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História Vampire And The Maid - Everything Black


Escrita por: PsicoPoney

Notas do Autor


Boa leitura, responderei os comentários quando der >.>

Capítulo 24 - Everything Black


Uma cena amedrontadora digna de um filme de terror. Em meio a corpos e sangue, apenas um ser se mantinha em pé. Um grande lobisomem rugia imponente enquanto destroçava sua ultima vitima; reconhecê-lo a essa altura era impossível. Entre seus gigantes caninos, a carne era retalhada. O corpo aberto ao chão já parecia não satisfazê-lo mais; o largou. Com o olhar negro fitava as arvores, ele procurava uma nova presa.

Misaki ~

Eu e Usui nos escondemos entre os arbustos altos e troncos de arvores caídos enquanto fitávamos a besta comer uma de suas vitimas. O cheiro de sangue despertava algo em mim, não que eu estivesse com fome, mas aquele aroma parecia tão irresistível e ao mesmo tempo tão tétrico. Não tínhamos idéia de como iríamos matar aquela coisa, porem armas não nos faltavam; muitas delas estavam ao chão, jogadas junto com os corpos. Ainda escondidos, percebi que havia um órgão perto de mim. Nem pude reconhecer qual era, apenas desviei o olhar. Mesmo agora, sendo um ser sanguinário, eu ainda sentia nojo de ver essas coisas.

Os olhos de Usui estavam atentos as ações da besta, que mesmo depois daquela carnificina, ainda parecia estar com fome. Encarei o loiro, ele retribuiu o ato. Quando nós iríamos avançar até a fera, senti duas mãos pousarem pesadamente em meus ombros. Eu quase dei um pulo, me virando logo em seguida. Ainda estava pasma de mais para dizer algo, mas logo vi que era uma certa loira com o olhar desesperado.

–Você é maluca?! – indagou Miyazono. Ela tentava sussurrar, mas sua voz saiu mais elevada do que deveria. Uma expressão confusa se formou em minha face, então ela prosseguiu – Dou as costas pra você por dois segundos e você some!

O momento me veio à mente, pois é, esperei a loira se distrai e sai correndo entre as arvores. Foi uma atitude bem imprudente. Meio sem jeito sussurrei um desculpa. Miyazono então, subitamente me abraçou e choramingando disse a Usui:

–Eu não tive culpa ok? Você acabou de ver que ela confessou ser a culpada dessa situação – pura cena no final das contas, eu sorri. Apesar daquelas falsas lágrimas descerem, eu sabia que no fundo ela realmente estava preocupada comigo.

Uma expressão engraçada se formou no rosto de Usui; ele não parecia nem um pouco comovido com as lágrimas de crocodilo da jovem:

–Só te digo uma coisa, cada arranhão que a Ayuzawa tiver, será descontado do seu salário. – imediatamente a loira me soltou e passou a procurar qualquer ferida em meu corpo. Os olhos azulados da mesma brilharam ao constatar que eu estava sem nenhum ferimento.

Nesse momento Gerard aparece também. Ele arregalou os olhos enquanto me encarava, parecia estar vendo uma assombração:

–Você não esta morta? – disse enquanto apontava para mim

–Eu? – respondi meio confusa. Usui parecia estar segurando o riso. O encarei, depois voltei o olhar para Gerard, que logo veio a mim, dando leves tapinhas na minha cabeça – Ei!

–Você não parece morta – disse depois de dar mais alguns tapinhas

–É claro que não! – Levei minha mão até minha testa, massageando o local

–Takumi, você não me disse que ela morreu? – O loiro de uma gargalhada abafada por uma de suas mãos. Eu e Gerard o metralhamos com os olhos.

Ele balançou a cabeça: - Não me matem, eu posso explicar – ele deu uma pausa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, um rugido ecoou pela floresta. A expressão dele se fechou – Bem, deixaremos as explicações pra depois.

Todos assentiram.

–Só sobrou esse? – indagou à loira.

–Eu e a Ayuzawa matamos um – disse o loiro empunhando sua katana

–E eu e a Miyazono o outro – o irmão de Usui se pronunciou – ótimo, só tem esse. Vamos atacar ele juntos. – O loiro assentiu.

Miyazono e Gerard foram até a besta. Eles eram rápidos. Estava pronta pra segui-los quando senti o loiro me puxar pelo braço. Virei para lançar um olhar reprovador pra ele; se o Usui ta pensando que eu vou ficar aqui, me escondendo, há! Ele esta muito enganado! Estava pronta pra lhe soltar um sermão, contudo ele sorriu maliciosamente:

–Vamos apostar? – disse simplório

–Apostar o que?

–Ué, quem matar o lobisomem ganha – seu sorriso me dizia que suas intenções não eram nem um pouco castas.

–Ganha o que? – perguntei corada

Ele se aproximou e sussurrou em meu ouvido: - O que quiser do perdedor – Acredito que meu rosto ficou mais vermelho – Acho melhor se apresar Ayuzawa, a menos que queira me dar alguma coisa – esse “dar” soou tão pervertido.

Com uma passada rápida ele foi até o animal. Sacudi a cabeça, até parece que vou perder pra ele! Com convicção e fogo no olhar, fui à batalha. Se ele queria guerra, ele terá!

Miyazono e Gerard pegavam as armas no chão e atiravam na besta, Usui passou a imitar o ato, vez ou outra passava a katana pela pele grossa do animal. Meus olhos corriam o chão, precisava atacar também. Fixei o olhar em uma metralhadora. A cena da ultima vez que eu usei uma me correu a mente. Pouco importa! Eu só não posso perder para aquela alien pervertido!

Peguei a arma, mirei e apertei o gatilho... Não aconteceu nada. Como assim não aconteceu nada?! Merda, ta descarregada! A besta se virou logo para minha direção. Gelei, aqueles olhos negros me paralisaram; por alguns segundos, me senti perdida dentro daquele olhar negro e vazio. Contudo, ele não me atacou, isso porque Usui entrou na minha frete, passando a katana pelo rosto do animal, que recuou. Em seguida ele fora alvejado por rajadas de balas vindas da arma de Gerard.

O loiro me olhou, soltando um sorriso malandro:

–Pareceu que eu vou ganhar – quase cantarolou tais palavras.

Nem pensar! Passei a procurar outra arma, arremessando a anterior em algum lugar aleatório. Droga, tanta arma no chão, mas agora, parecia que todos haviam sumido. Estava puta da vida quando vi uma arma embaixo de um dos cadáveres. Tratei de virar o corpo e tentei puxar o que parecia ser um rifle, mas o mesmo tinha uma bandoleira, que estava presa ao colete dele. Eu só posso ser a pessoa mais azarada do mundo. Porem nesse momento a sorte apareceu. No colete do soldado havia uma granada. Já havia visto em alguns filmes como se usa uma dessas. Peguei a mesma e me levantei, eu só tinha uma, ou seja, tinha que acertá-la. Era tudo ou nada!

Estava com medo de jogá-la e não surtir efeito, afinal a pele desses bichos se mostrou bem grossa. Eu precisava de um plano. Passei o olhar pelos galhos. O animal vez ou outra rugia e sua boca passava a maior parte do tempo aberta. Um enorme alvo, sorri. Meio desajeitada, subi na arvore próxima ao animal, ficando sobre um dos seus galhos. Eu só preciso que ele olhe pra cima, o encarava, esperando o momento certo. Quando o lobisomem enfim levantou a cabeça para soltar um rugido, me preparei para tirar o pino da granada, mas fui surpreendida por algo que eu não levei em conta em meus planos; o galho cedeu, fazendo-me cair.

Eu iria cair sobre o animal, que agora estava com o olhar fixo em alguém. Não pensei, apenas agi. Girei levemente meu corpo e estiquei meu braço, agarrando a primeira coisa que toquei. Infelizmente, a primeira coisa fora nada mais nada menos, que o focinho do animal. Ele abri a boca, pude ver aquelas enormes presas de perto, e o cheiro de seu bafo era horrível! Tirei o pino da granada com os dentes e a arremessei pra dentro da boca do animal, ela bateu em sua língua e rolou, ficando presa entre dois dos enormes dentes dele.

Uma das mãos da besta vinha de encontro ao meu corpo, mas alguém me tirou da li. Com um salto, Usui me agarrou, em seguida ele girou seu corpo no ar, fazendo me cair sobre ele. O lobisomem deu seu ultimo rugido para então explodir. A explosão foi mais forte do que eu pensei e o crânio do animal ficou totalmente destruído. A cara de espanto de todo foi até engraçada. O loiro me fitou, logo depois, ele girou seu corpo, fazendo-me ficar embaixo dele. Em minha boca ainda jazia o pino da granada, ela a retirou de meus lábios. Eu sorri triunfante:

–Eu venci!

O sorriso caloroso de Usui me fizera corar, com o indicador ele acariciou meu rosto:

–Você é realmente muito astuta, Ayuzawa.

Mesmo tendo vencido, uma parte de mim ainda sentia que eu fora mais uma vez superada por ele. Usui idiota! Fazendo-me sentir coisas estranhas.



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