Usui
Depois da morte do último lobisomem, a guerra enfim terminou. Estávamos a atender os feridos, contar os mortos e nos recuperar. Algum tempo depois, os esquadrões de Aoi e Sayuki chegaram e, a julgar pela aparecia e sorriso de ambos, posso dizer que as coisas para aqueles dois foram mais tranquilas. Contudo, mesmo com o fim da guerra, Misaki parecia inquieta; olhava para os outros vampiros com um semblante de preocupação e parecia desconfortável. Eu tentei me aproximar dela, mas ela parecia querer ficar sozinha. Sentada em uma pedra e fitando o chão, foi assim que ela ficou por um bom tempo.
Aquela cena, vê-la assim, me deixou muito preocupado, contudo achei melhor deixá-la sozinha, refletindo. Eu sei que para ela o fato de não ser mais uma humana ainda é estranho, vai levar um tempo pra se acostumar. Eu realmente queria ajudá-la, dizer palavras confortantes, mas... Eu não sabia exatamente como ela estava se sentindo, afinal, eu já nasci um vampiro... Não posso imaginar como um humano pode se sentir depois de se transformar em uma criatura como eu. Estava perdido em meus devaneios quando meu irmão me “acordou”:
–Ei Takumi – Ele estalava os dedos, chamando minha atenção – Eu estou falando com você – o olhei confuso, eu não havia ouvido nada do que ele dissera antes – Esta tudo bem?
–Esta, é que... – eu dei uma longa pausa e, inconscientemente, levei meu olhar para onde Misaki estava.
Gerard pareceu entender o motivo da minha preocupação. Eu estava sentado em um tronco de arvore caído. Meu irmão soltou um leve suspiro e se sentou ao meu lado. De seu bolso ele retirou um maço de cigarros, me oferecendo um. Limitei-me a lançar um olhar serio para ele – Gerard sabia que eu não gostava do cheiro de tabaco. Com um sorriso ele acendeu o cigarro e o levou a boca, deu uma longa tragada e largou a fumaça lentamente.
–Sabe Takumi... – Ele deu uma leve pausa, parecia até um filosofo pesando em futuras frases de sabedoria – Quando a gente gosta de alguém-
–Não me venha com um papo de irmão mais velho – o interrompi com um sorriso travesso – Não combina com você.
Ele suspirou aliviado, dando uma leve gargalhada depois:
–Ainda bem, eu realmente não sabia o que dizer depois disso – deu de ombros ainda sorrindo.
Ele fitou o céu, faltavam poucas horas para o sol nascer. O plano seria levar os feridos para um lugar coberto, por isso a movimentação na floresta era frenética. O semblante de Gerard ficou sério:
–Você... Realmente gosta dela? – seu olhar parecia perdido no céu, mas eu sabia que ele estava bem atento a minha resposta.
–Não... Eu a amo – respondi serio e simples.
Um leve sorriso se fez nos lábios de meu irmão:
–Eu imaginei que responderia isso. Mas Takumi – Ele me olhou – Sabe que isso pode trazer problemas
Levei uma das mãos até meus cabelos, bagunçando-os. É claro que isso traria problemas, isso por que eu sou um sangue puro de uma família poderosa. Os nobres esperam que vampiros como eu e Gerard continuem a linhagem pura, em outras palavras, se casar com outra sangue puro. Eu nunca me importei com as intenções ou planos futuros que o conselho fazia para mim, tanto que por opção minha me afastei disso tudo, contudo será inevitável uma futura intervenção deles.
–Eu não ligo. Nobres, linhagem sanguínea, nada disso importa pra mim. – abaixei a mão e voltei meu olhar para Gerard – Eu estou disposto a lutar pela Misaki
Um sorriso mais radiante tomou conta dele:
–Como esperado de meu irmão
Ficamos um tempo olhando o céu que, já estava começando a ser tingido por fracos raios de sol. Estava na hora de nos retirarmos. Olhei para a direção onde Misaki se encontrava, mas me surpreendi ao constatar que a mesma já não estava ali. Meus olhos correram rapidamente por minha volta, mas nem sinal dela:
–Ela foi pra casa – uma voz familiar se fez presente próximo a mim. Era Miyazono. – Esta preocupada com a mãe e a irmã
–Entendo – meu olhar vagou pelo céu e uma brisa acariciou meus cabelos.
Eu nunca pensei que pudesse sentir algo tão forte por alguém. Sorri inconscientemente.
Misaki
Eu andava vagarosamente pelas ruas, meu olhar estava perdido no céu. Todas as cenas de horas atrás ainda estavam tão vivas em minhas lembranças. Cessei meus passos e fechei meus olhos; como um filme, as ultimas horas daquele dia passaram como cenas rápidas.Uma das cenas monopolizou meus pensamentos, Usui com seu sorriso. Abri meus olhos, esse alien pervertido esta até nos meus pensamentos. Uma brisa me acolheu mexendo meus cabelos levemente. Olhei para minha roupa, tinha que chegar em casa antes da minha mãe acordar, assim poderei me trocar e tomar um banho.Voltei a andar, mas desta vez dando passos largos e rápidos.
///
Assim que cheguei em casa fui direto para o banheiro, tomei um banho e me troquei, em seguida escondi as roupas que Miyazono me emprestou dentro de uma mochila velha. Minha mãe e Suzuna estavam dormindo, então fui até a cozinha preparar o café da manhã pra elas. Eu nunca fui de cozinhar bem, mas ao menos sei fazer um café da manhã aceitável. Enquanto fritava os ovos percebi que o cheiro da comida normal pouco me atraía; não que o cheiro dos meus ovos mexidos não fosse bom, mas de certa forma não era tão interessante quando o cheiro de sangue.
Tinha acabado de fazer os ovos quando fui pegar uma faca para cortar o pão. Ao abrir a gaveta uma ideia estúpida me correu a mente e, sem pensar muito a respeito, decidi por a mesma em prática. Peguei a maior faca que tinha e fui até a pia. Meio hesitante pousei a lamina sobre meu pulso. Era loucura, eu já havia visto que era uma vampira, não? Então por que... Fechei os olhos e passei a lamina por meu pulso, fazendo um corte mais profundo do que o planejado.
Largue a faca, deixando-a cair dentro da pia. Meus olhos estavam fixos sobre o corte. O liquido caia rapidamente, abri a torneira e coloquei meu pulso sob a água fria. Já se podia notar o sangramento parando e o corte se fechando pouco a pouco:
–O que esta fazendo, onee-chan?- a voz de Suzuna me assustou.
Rapidamente me virei, escondendo o pulso ferido atrás de meu corpo:
–Bom dia. Suzuna – respondi com claro nervosismo na voz
Ela me fitou vagarosamente, parecia sonolenta e meio desligada, provavelmente não notou que eu estava nervosa. Com passos lentos ela foi até a mesa e fitou o café da manhã, se sentou em uma das cadeiras e pegou um dos pães:
–Quando foi que você chegou? – indagou mantendo seu tom de voz brando
–Bem cedo... Eu tenho o dia de folga hoje
Suzuna esbarrou em um copo de vidro que jazia sobre a mesa. O mesmo iria cair, mas eu fui mas rápida e o apanhei antes que colidisse com o chão. Meus olhos se arregalaram, meus movimentos foram bem rápidos e em meu pulso já não havia marca alguma. Graças aos céus Suzuna não percebeu minha velocidade acima do normal, apenas sussurrou um “desculpe pela minha falta de atenção” e voltou ao seu trabalho de fazer seu desjejum.
Não demorou muito tempo pra que minha mãe acordasse e se juntasse a nós na cozinha. Elas comiam e eu apenas as olhava, inventei uma desculpa de já ter tomado o café. Minha mãe, apesar de ter uma saúde frágil, parecia estar radiante e minha irmã estava bem também, vê-las assim me deixou feliz e tranquila.
Depois do café eu lavei a louça, era um sábado e só fui dar conta disso quando percebi que Suzuna não iria pra a escola. Eu realmente perdi a noção do tempo. Minha mãe se arrumou, ela iria ao mercado, eu iria com ela, mas hesitei. Estava um sol arrebatador lá fora, tinha medo de me expor a ele.
Durante um tempo, apenas eu e Suzuna ficamos em casa. Estávamos na sala, vendo televisão, vez ou outra conversávamos de algo relacionado à escola ou ao programa que assistíamos. Estava meio distraída quando Suzuna disse algo curioso:
–Você... Parece diferente, onee-chan – apesar da aparente preocupação, seu tom de voz fora o mais usual possível.
Eu gelei, podia simplesmente mentir, mas acabei ficando nervosa:
–D-diferente e-eu? –gaguejei
–É... Parece meio distraída – deu de ombros
Eu estava mesmo pensativa e vez ou outra ficava alheia à conversa, isso por que, por mais que eu tentasse, meus pensamentos sempre acabavam em uma certa pessoa; Usui. Levei uma das mãos até o rosto, senti que dei uma leve corada:
–Eu estou bem Suzuna – suspirei pesadamente, procurando me acalmar. Feito isso, olhei para minha irmã ternamente, e completei – Não precisa se preocupar.
Ela pareceu ficar mais aliviada. Algum tempo depois, minha mãe chegou com as compras.
///
Passavam das oito, já havíamos jantado e o dia com a minha família fora simplesmente perfeito. Depois do almoço assistimos alguns filmes na televisão e conversamos bastante. Foi divertido e, durante esse tempo, todas as preocupações que eu tinha sumiram. Após ajudar minha mãe na cozinha, lavando a louça, subi para tomar um banho. Fiquei em baixo da água fria por um bom tempo apenas deixando-a cair sobre minha nuca. Um leve aroma se fez presente e chamou minha atenção; era doce e familiar... Sangue? Abri meus olhos e rapidamente, sequei-me e coloquei roupas limpas.
Fui até a direção que exalava tal cheiro e pude constatar que era realmente sangue. Minha mãe havia furado o dedo na agulha. Todo aquele aroma forte veio de uma simples gota de sangue. Talvez eu estivesse com fome:
–E então Misa-chan, como esta indo lá no trabalho? – indagou minha mãe enquanto continuava a costurar
–Esta tudo bem – respondi simples. Aquele cheiro ainda me incomodava; fui até a geladeira, pegar um copo d’água.
–Eu falei com o seu patrão no telefone uma vez – eu a olhei na mesma hora – Foi bem recente isso – ela sorriu – ele parece ser uma pessoa amigável
Com uma única golada, solvi todo o líquido do copo:
–Ele é... – respondi depois de um tempo. Um leve sorriso se formou em meus lábios e só fui notar tal acontecimento quando vi minha mãe dar um sorriso bobo – O que foi? – indaguei desviando o olhar
–Nada – seu sorriso ainda estava presente
Aquela atitude inesperada me deixou encabulada. Meio corada dei um boa noite e fui para meu quarto. Por que corei? Nem mesmo eu havia entendido.
Ao chegar em meu quarto, sentei-me próximo a janela. Estava um céu estrelado e aquela lua estava tão bela. A brisa estava um tanto fria, mas ao mesmo tempo aconchegante. Fome né? O que devo fazer? Suspirei ainda admirando o luar, que hoje já não significava mais um perigo.
Usui ~
Dizem que depois da tempestade vem a abonança, certo? Devo concordar plenamente. Depois da guerra, passei o dia todo dormindo na casa da Miyazono. Na verdade eu deveria estar na casa da Sayuki, resolvendo assuntos diplomáticos e tudo mais, mas eu deixei essa tarefa exaustiva pra meu irmão e para Miyazono. Agora, depois disso tudo, devo admitir que ela me ajudou bastante. Acho até justo aumentar o salário dela, mas por hora não direi nada, se não ela ficará me apresando.
Assim que o sol se pôs, eu fui para minha casa e fiquei vendo televisão. Foi um tédio, a casa fica tão chata sem a Ayuzawa. Sim, ela faz muita falta. Entediado ao extremo, subi para meu quarto. Fui para o banheiro e tomei um banho demorado. Quando estava me vestido, senti uma presença em meu quarto; não era hostil, na verdade parecia familiar.
Fui verificar quem era, já estava devidamente vestido, mas ainda enxugava os cabelos com uma toalha. Minha janela estava aberta e o vento balançava levemente as cortinas brancas. Fiquei surpreso ao ver uma figura parada próxima a enorme janela; Ayuzawa Misaki.
Ela tinha o rosto corado e não olhava para mim:
–Eu... Estou com fome – Ela fica tão linda quando esta enrubescida.
Misaki ~
Eu estava com vergonha, não queria pedir isso a ele, mas ficar com fome poderia ser uma péssima escolha; estava com medo de acabar fazendo alguma besteira. Meio hesitante, olhei para o loiro, que dava um sorriso travesso. Ele jogou a toalha sobre a cama e veio até mim. O maior usava uma blusa social branca e calça preta; ele passou a desabotoar a blusa social. Arregalei os olhos e lancei um olhar reprovador a ele:
–Calma – deu uma leve gargalhada –Não vou tirar a roupa... – ele me olhou maliciosamente – A menos que você queira
–Não seja pervertido! – retruquei
Ele sorriu e chegou um pouco mais próximo a mim:
–Vamos, morda – ele indicou o pescoço. Neguei imediatamente – Ayuzawa, você precisa aprender a usar suas presas – ele disse sério, mas no fundo eu ainda sentia que aquilo era uma desculpa para mordê-lo.
A principio hesitei, contudo fui em frente. Meio nervosa e sem jeito aproximei meus lábios de seu pescoço; senti um cheiro tão bom. Subitamente, deu uma mordida forte no local:
–Ai, Ayuzawa! Vai com calma ou vai arrancar um pedaço do meu pescoço – disse ele. Recuei na hora, diminuindo a intensidade da mordida.
Minhas presas haviam penetrado em sua pela e eu já sentia o líquido fluir pelos furos. Eu sugava o sangue com certo receio, tinha medo de machucá-lo de novo. Lentamente levei uma das minhas mãos até a nuca dele, sem cessar o mordida. Por alguns segundos ficamos assim. Depois de certo tempo, senti a fome latente diminuir, mas ainda era um incômodo dentro de mim. Eu cessei a mordida e, sem encara-lo.
Sua mão pousou em meu queixo, guiando meu rosto em sua direção. Mesmo contrariada, deixei-me levar por esse gesto. Havia um pouco de sangue escorrendo pelo canto da minha boca, ele se aproximou e lambeu o rasto do líquido de forma lenta e torturante, aproximando seus lábios dos meus, mas sem tocar-me. Uma provocação que acabei cedendo, extingui o espaço entre nossos lábios; um beijo malicioso e envolvente. Seus braços me envolveram, diminuindo o espaço entre nós. Usui idiota! Como ele sempre consegue me deixar assim? Perdida e confusa?!
Nosso beijo cessou, mas permanecemos próximos. Meus olhos estavam fechados e eu pude sentir a boca dele descer até meu pescoço, beijando e lambendo o mesmo. Minha mão pousou em sua nuca, acariciando o cabelo que ali estava. Sua língua fez um caminho pecaminoso que se iniciou em meu pescoço e parou em minha orelha, lá ele sussurrou:
–Você ainda pode pedir Ayuzawa, você ganhou a aposta – mordeu minha orelha sensualmente – O que vai querer?
Milhões de pensamentos nada castos povoaram minha mente, mas não tinha coragem de pedir nenhum deles. Normalmente eu o empurraria, sairia dali, mas eu não queria. Sim eu o desejava e, de certa forma, esse desejo parecia mais vívido depois de eu ter virado vampira – ou talvez eu estivesse chegado em meu próprio limite.
Mesmo tomada pela vergonha, sussurrei:
–Eu quero você
O loiro me beijou fervorosamente enquanto encaminhava meu corpo até a parede mais próxima, me pressionando contra a mesma. Nossas línguas se tocavam sem pudor e suas mãos acariciavam meu corpo de maneira gentil, contudo exigente.
Com certa afobação, tentei tirar a blusa do maior; ele percebeu minha pressa e sorriu, beijando-me enquanto retirava sua peça lentamente, me torturando. Nossos lábios se separaram e ele tratou de retirar minha blusa. Os olhos dele estavam vermelhos, transbordavam desejo e me fitavam com tanta malicia. Ele voltou seu corpo contra o meu, me pressionando com um pouco mais de força, senti seu membro pressionar minha intimidade e, sem querer, deixei um gemido escapar de meus lábios.
O loiro mordeu o alça do meu sutiã, puxando-o enquanto uma das mãos o retirava lentamente. Inquieta, o ajudei a tirar aquela peça, que parecia tão incomoda nesse momento. Ele lambeu um dos meus mamilos, em seguida o abocanhando levemente. Gemidos saiam sem permissão, mas já pouco me importava.
Ele desceu até o cós da minha calça e, com a boca, abriu o botão e o zíper. O loiro levantou o olhar e suas mãos desciam a calça vagarosamente; aquele par de olhos cor de rubi me paralisaram, não por medo, mas por excitação. Assim que ele retirou minha calça, me deixando apenas com uma única peça, a calcinha. Subitamente ele se levantou, suas mãos agarraram minhas pernas, me erguendo, eu tratei de envolvê-las na cintura dele.
Usui foi andando até a cama, que ficava bem perto de onde estávamos. Ele se sentou e eu fiquei em seu colo, me senti mais confortável assim. Suas mãos apertavam minhas coxas e chupões eram deixados em meu pescoço, se eu fosse humana, amanheceria cheia de marcas. Nossos sexos estavam próximos, podia sentir seu pênis pulsante.
Com certa urgência, o loiro retirou a ultima peça que cobria meu corpo. Ele ficou um tempo deslizado o olhar por mim, isso me deixou meio encabulada. Puxei levemente seus cabelos da nuca, forçando-o a olhar apenas pare meu rosto; o beijei. Sua mão fora até sua própria calça, abrindo e libertando seu membro. Encostei minha testa na dele e fechei meus olhos; queria senti-lo.
Os dedos dele tocaram levemente minha intimidade, fazendo-me arrepiar. Mordi meu lábio e cravei minhas unhas em seu ombro. Usui deslizou o rosto até meu pescoço. Então, de uma vez, ele me penetrou e, simultaneamente, cravou suas presas em meu pescoço. Dei um gemido alto; um misto de dor e prazer tomou conta de mim. Sua mordida havia doido, mas ainda sim fora prazerosa. Palavras desconexas deixavam meus lábios entre um gemido e outro, minhas unhas cravaram em suas costas com certa violência; já sentia o liquido escorrer entre meus dedos.
Movimentei meu quadril e ele entendeu meu recado. Meu quadril fora acolhido pelas mãos dele e ele passou a me auxiliar nos movimentos, que começaram simples. Aos poucos eles foram se intensificando, ficando mais rápidos. Suas presas ainda estavam em meu pescoço e eu podia sentir o liquido descer dali, sujando-me; pouco ligava, queria mais. Os movimentos passaram a ser frenéticos e eu sentia o ir cada vez mais fundo. Estava quase chegando ao meu limite quando ele enfim retirou suas presas de mim e aumentou a intensidade dos movimentos.
Alcancei o ápice clamando por seu nome, pude sentir que o loiro também havia chegado ao seu orgasmo. Meus lábios foram tomados por ele, um beijo com gosto doce e apetitoso. Ele girou seu corpo, ficando sobre mim e retirando seu pênis. Estávamos sujos de sangue e intoxicados de prazer. Usui deitou-se ao meu lado, acolheu minha mão nas dele e a levou até seus lábios avermelhados, dando um beijo terno nela:
–Ayuzawa – ele me olhou – Dorme comigo? – fora uma pergunta inesperada, mas seu tom foi inocente.
Assenti levemente:
–Só essa noite – disse encabulada.
Ele me abraçou e assim ficamos por um tempo. Um misto de emoções passava por mim. Eu estava feliz e sentia algo que não conseguia explicar. Minha vida mudaria drasticamente daqui pra frente, mas sempre que eu pensava em Usui, eu me tranquilizo. Sim, no final das contas não importa, desde que ele fique com ele, sinto que posso superar qualquer coisa.
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O cenário pós-guerra era devastador. O que antes podia-se chamar de casa, agora parecia uma pilha de madeira e cinzas. Os vampiros acabaram como todo o que os lobisomens haviam construído. Três homens avaliavam os estragos causados na ultima noite. E pensar que haviam perdido tanto em menos de 24h.
Um deles se destacava pelas vestes vermelhas, este tinha um olhar perdido perante aquela cena:
–Malditos! – um deles se exaltou e, esbravejando, socou uma arvore. Tentativa inútil de extravasar a raiva – Eles acabaram com tudo!
Um sorriso indescritível se formou nos lábios do homem de vermelho:
–Não se preocupe – ele deu as costas para a carcaça de casa que antes observava – Isso pode parecer o fim, mas a história esta apenas começando – seu olho tomou um tom acinzentado se formou em seus olhos.
Dito isso, os três sumiram nas sombras da noite.
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