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História Vegan - Procurar


Escrita por: bossceo e Misun

Notas do Autor


FINALMENTE ÊEEEEEEE
CONFETOOOOOOOOO

mskapms essa fic demora mais pra ser escrita que comeback do Winner, vamo com calma.

Obrigada por todos os comentários de apoio no último cap, e esperamos que tenham uma boa leitura <3

Capítulo 7 - Procurar


Taeyong ainda não compreendia muito bem o motivo de ter dado o ingresso que lhe sobrava para o tailandês. Estava encostado em uma das paredes, visto que o local que acabou ficando não era muito privilegiado, pensando nas razões para subitamente ter ficado tão bonzinho com o mais jovem. Espantou esses pensamentos quando viu o próprio fazer alguma espécie de aegyo esquisito para Yuta, talvez querendo que o rapaz lhe comprasse alguma coisa. O platinado não reprimiu uma careta com a situação. Às vezes era como se Ten fizesse certas coisas de propósito para lhe deixar incomodado, mas não deveria prestar atenção nessas coisas.

O show iria começar em poucos minutos e havia cerca de doze mensagens de Jaehyun em seu celular pedindo desculpas pela falta. Taeyong resolveu ignorar todas, afinal, se respondesse naquele momento iria acabar iniciando uma discussão com o amigo.Decidiu tentar aproveitar o momento, já que tinha gastado dinheiro que não existia em sua conta bancária para estar ali, faria valer a pena. Enquanto pensava, ainda tinha a visão dos estrangeiros conversando de forma extremamente animada, será que eles tinham algo além de amizade? A relação deles parecia intensa demais para algo apenas entre amigos, não sabia ao certo, mas nunca chegou a fazer coisas parecidas com Jaehyun. Respirou fundo, estava morando com um tailandês tarado e aproveitador, era só o que lhe faltava naquele mar de azar.

Acordou para a vida novamente quando as garotas começaram a gritar quase o surdando ali mesmo, estava novo demais para usar aparelho nas orelhas, como aqueles caras aguentavam? Além de que eles nem eram tão bonitos, preferia muito mais estar no show do Twice ou do Red Velvet. Não que ele fosse fã delas, mas era o que mais gostava quando se tratava daquele estilo de música pop, Jaehyun era um frouxo mesmo. Afinal, que grupo era aquele mesmo? Franziu a testa, estava ali e nem sabia o básico. Olhou para uma menina ao seu lado e cutucou o ombro dela delicadamente.

— Moça, você pode me dizer que grupo é esse? — Perguntou baixinho um tanto envergonhado, a menina ao seu lado deu risada.

— Seventeen. — Ela respondeu parecendo se divertir com sua pergunta. — Você veio com sua namorada?

— Mais ou menos… — Taeyong se ajeitou novamente em seu lugar. Deus, o que tinha feito para merecer aquilo?

— Hyung, você quer um slogan do grupo também? — O tailandês falou se aproximando de si, falando o mais alto de podia devido ao amontoado de fãs ali presentes. — Yuta hyung conseguiu alguns para nós.

Taeyong encarou o mais jovem com um olhar incrédulo. Ele tinha preguiça até mesmo de vestir suas calças de manhã, jamais teria coragem de ficar segurando aquela coisa por horas.

— Não, obrigado. — Tentou parecer educado, mas a sua expressão era de poucos amigos e deixou Yuta intrigado. Há pouco o rapaz havia sido um exemplo de educação ao entregar seu ingresso e agora parecia estar irritado somente em dividir o ar com Ten, parecia… Ciúmes? O japonês sorriu sapeca e puxou o amigo pela cintura para mais perto de si, não se importaria em ganhar um olho roxo.

— Ele é assim mesmo, você acostuma. — Ten sussurrou para Yuta como se aquilo fosse tranquilizar o amigo. O japonês ainda não havia se adequado às mudanças de humor inesperadas de Taeyong.

O rapaz de cabelos tingidos de branco apenas observava toda aquela aproximação, retomando sua teoria de que os dois estavam mais envolvidos do que um simples relacionamento entre amigos. Não que aquilo fosse de sua conta, mas estava tentado a perguntar no final do show para Ten, isso se o tailandês fosse para o apartamento que dividiam. Tudo aquilo era realmente estranho, não se importava do outro ser gay e sim por esconder, não iria o criticar ou coisa do tipo, mas realmente era algo a se saber quando se divide um apartamento. Não queria acordar e ver os pombinhos abraçados por ai de surpresa.

[...]

O show estava quase acabando quando Yuta sai de perto dos dois para atender um telefonema, o tailandês achou aquilo bem estranho porque o amigo tinha feito uma expressão preocupante ao ver quem ligava, não teve tempo de ver o nome na tela do celular. Taeyong parecia mais acostumado com o barulho e também parecia estar gostando de algumas músicas, fazendo com que a sua carranca fosse menor do que a que estava no começo da apresentação.

— Está tudo bem hyung? — Perguntou quando o outro voltou ao seu lado. A expressão de Yuta tinha se intensificado ainda mais, deixando Ten mais nervoso.

— Era da creche. — Falou diretamente para o tailandês. — Johnny desapareceu pouco antes de irmos para casa e até agora não apareceu. — Completou, a voz falhando pela preocupação e pelo início de choro que parecia querer dar as caras. Ten levou as duas mãos até a boca e deixou o queixo cair, em choque com a notícia.

— Como isso é possível?! Ninguém ligou pra mãe dele? — Também dava indícios que começaria a chorar. O movimento incomum dos mais novos atraiu a atenção de Taeyong, estranhou a expressão de choro e pânico que os mesmos possuíam e a sua curiosidade atacou.

— O que aconteceu? — Perguntou de forma indiferente.

— O Youngho desapareceu! — Em um momento de desespero, Ten acabou falando o nome coreano da criança, deixando Taeyong ainda mais confuso. — Hyung, precisamos ir embora.

— Calma, quem?! Eu deveria conhecer esse ai?

— O Johnny! — De imediato, Taeyong se sentiu preocupado também, embora no seu exterior não tivesse alterado sua expressão em nada. Apenas se permitiu soltar um suspiro, tinham dois desesperados, tinha que ser a mente daquela situação.

— Vamos então. — Se levantou contra gosto do seu lugar e seguiu em direção a saída da casa de show sendo seguido pelos mais novos.

Assim que chegaram do lado de fora do estabelecimento, após certa dificuldade pela quantidade de pessoas amontoadas dentro do local, Ten teve um momento de lucidez e parou de andar com tanta pressa, chamando a atenção dos outros dois rapazes que fizeram o mesmo apesar do evidente desespero no rosto de Yuta. Não iriam conseguir achar o garoto no meio de Seoul daquela forma, ainda mais agindo por impulso e sem planejar uma forma de cobrir uma área maior. Afinal, estaria procurando uma criança em uma cidade gigantesca e as possibilidades eram inúmeras.

— O que foi? — Yuta perguntou olhando para o tailandês sem entender o motivo do mesmo ter parado do nada. Ao que parecia, Taeyong também estava querendo fazer a mesma pergunta, afinal, eles tinham que ir procurar o pirralho e o outro decidiu parar no meio do caminho?

— Temos que nos separar e procurá-lo. Não vamos o encontrar sem um plano. — O tailandês respondeu respirando fundo, seus pensamentos estavam apenas focados em Johnny completamente perdido nas ruas daquela cidade infernal.

— Ele tem razão. — Yuta comentou concordando com Ten. — A cidade é muito grande, temos que encontrá-lo antes de anoitecer por completo, não quero pensar naquela criança perdida em Seoul de noite.

— Eu e o Yuta podemos procurar de moto, Taeyong hyung está de carro não é? Pode ir procurar sozinho, vamos percorrer a região da creche, ele não pode ter ido muito longe. — Ten disse o seu plano. — Acho que dessa forma podemos encontrá-lo mais rápido.

— O que uma criança de 4 anos faria sozinha? — Taeyong questionou, mais para si mesmo que para os outros, chamando a atenção de Yuta.

— Johnny gosta de brinquedos e parquinhos. Talvez ele esteja próximo à alguma loja para crianças ou em alguma praça. — Tentou a dedução mais óbvia, recebendo em resposta um acenar de cabeça do tailandês.

— Ele pode estar com fome. — O coreano voltou a se pronunciar. — Mas próximo à casa dele tem inúmeros restaurantes. Isso pode levar uma eternidade. — Levou ambas as mãos até sua cabeça, tentando acalmar as batidas do seu coração.

Se ele fosse uma criança que convive com poucas pessoas e não gosta da sua própria casa, para onde ele iria? Provavelmente para um lugar onde já tenha ido com pessoas que goste e se sinta bem. Apenas um lugar veio na mente de Taeyong, ele temeu muito que realmente fosse aquele local, tinha certeza que o garoto iria se perder no meio do caminho. Engoliu seco, a sua única opção era tentar.

— Tudo bem. Eu estou com meu celular, então se qualquer um de nós o encontrar, vamos nos comunicar, certo? — Ten deu fim a conversa com a pergunta e assim que os outros dois presentes concordaram, se direcionaram aos seus respectivos veículos - no caso de Ten, a moto de Yuta - para iniciar a busca pelo rapazinho fugitivo.

Taeyong mal conseguiu acreditar que isso estava acontecendo. Enquanto girava a chave para ligar seu carro, tentou, mais uma vez, por os pensamentos em ordem. Seus ombros estavam tensos e ele mal conseguia mover suas mãos sem que as mesmas tremessem, tamanha a sua preocupação. Jamais imaginaria que seu dia teria tantas reviravoltas, mas o mais impressionante era estar tão tocado pela situação de uma criança que mal conhecia. Aquilo não era muito comum em sua personalidade. Apenas torcia para que Johnny estivesse seguro e longe de encrencas.

Provavelmente Ten e Yuta tinham realmente ido procurar perto de lojas de brinquedos ou parquinhos, mas era tarde e provavelmente Johnny não tinha comido nada sem ser as refeições da creche que tinham sido a umas boas horas. Mesmo sendo uma criança, o garotinho provavelmente se preocuparia em arrumar algo para comer. Pelo pouco que pode conhecer, era um garoto inteligente e era realmente uma pena que não tivesse amigos dentro da creche. Parando para pensar, Taeyong compreendeu o motivo de Ten trabalhar voluntariamente em um local como aquele.

“É bom não é? Johnny gostou.” Lembrou-se da criança elogiando aquele hambúrguer vegano com a maior felicidade do mundo, realmente parecia estar feliz ali na presença dos dois adultos.

[...]

Taeyong já havia passado por alguns locais, apenas por precaução, que se localizavam mais próximos da residência de Johnny. Contudo, mesmo usando de sua completa e total atenção, não viu nenhum sinal de que o garotinho havia passado por ali. Chegou a perguntar para algumas pessoas se haviam o visto, mas a região era movimentada demais para que alguém fosse capaz de distinguir a descrição que Taeyong lhes dava de qualquer outro garoto na rua. O rapaz de cabelos platinados acabou dirigindo até o local que havia imaginado anteriormente: Aquele restaurante vegano que Ten havia levado ambos para comer alguns dias atrás. Ele ficava localizado na rua Insadong, o que fazia a situação ser ainda mais preocupante.

Lá era um local conhecido pelo grande fluxo de turistas e com certeza não era muito seguro para uma criança perdida e sem noção alguma de onde estava ou de quem confiar. Mas mesmo assim decidiu ir procurar lá, provavelmente Johnny procuraria por ele ou por Ten também e o único lugar que tinham ido juntos era naquele maldito restaurante. Se o garoto fosse realmente esperto, conseguiria encontrar o estabelecimento nem que fosse perguntando para alguém, o medo da criança indo falar com algum estranho fazia-o ficar ainda mais desesperado.

Assim que chegou em Insadong decidiu descer do carro para procurar talvez com mais facilidade, o fluxo de pessoas ali estava grande e sabia que mais tarde iria piorar, então, focava em ser rápido. Às vezes parava algumas pessoas no meio do caminho e perguntava se tinha visto a criança, descrevendo Johnny da melhor forma que conseguia, mas não tinha sorte já que ninguém tinha o visto. Passou pela porta de outros estabelecimentos rapidamente para ver se conseguia encontrá-lo por lá, mas seus passos acabaram lhe levando para o seu foco principal.

Adentrou no restaurante já ofegante. Observou ao redor, vendo que haviam algumas famílias comendo, já que estavam próximo do horário da janta. Taeyong torceu com todas as suas forças para que encontrasse o pequeno por ali, mas estava ficando zonzo com toda aquela pressão e não conseguia pensar direito no que fazer.

Taeyong ia em direção ao balcão, mas sentiu algo puxando a jaqueta que vestia com um tanto de força, aquilo fez o corpo do platinado gelar por completo. Virou-se e procurou em volta pela pessoa responsável pelo puxão, olhou para baixo em um momento, dando de cara com Johnny com a boca e bochechas cheias de molho.

— TY HYUNG! — A criança gritou abraçando a perna do mais velho, que ainda estava paralisado no seu lugar. — Eu sabia que você iria me encontrar!

Taeyong se abaixou rapidamente, seus olhos estavam arregalados e sentia uma mistura de alívio e surpresa, não sabia ao certo como reagir, mas ver que o menino estava bem foi a melhor coisa do seu dia. Abriu a boca para respondê-lo, porém, uma voz desconhecida o chamou a atenção.

— Oh… Então é você o TY hyung? Essa criança chegou aqui sozinha procurando por você e um outro rapaz, demorou um pouco, mas conseguimos acalmá-lo com algumas fritas. — Aquela provavelmente era a gerente do lugar, Taeyong respirou fundo, talvez nem tudo estivesse tão bem assim. Sem pensar, ele pegou Johnny no colo e olhou para a mulher, ela não parecia brava e sim preocupada, mordeu o lábio, onde estava Ten naquelas horas?

— Desculpe pelo inconveniente, nós estávamos preocupados procurando por ele. — Respondeu tentando ser o mais educado possível. — Poderia me dizer o valor do que Johnny comeu? Vou pagar.

— Não foi incômodo, os funcionários se divertiram com o rapaz. Não se preocupe com o valor também. — A moça disse com um sorriso simpático. — Fico feliz por você tê-lo encontrado. Você é o pai dele?

Taeyong precisou respirar fundo para não soltar uma risada nervosa com aquela pergunta. Tudo bem que ele havia tingido seus cabelos, mas ele não aparentava ser assim tão velho, não era? Mas era possível, já que Johnny era bem pequeno e novo. Retribuiu o sorriso, tentando não parecer mal educado, afinal a senhora a sua frente havia sido muito bondosa consigo e com Johnny, que por acaso estava agarrado a sua perna como se fosse um coala gigante.

— Eu sou. Quer dizer, não o pai dele, eu sou um amigo. — Se embolou com as palavras. Ele não era tão acostumado a ter aquele tipo de diálogo.

— Oh… Não precisa ter vergonha, é normal ser pai cedo. — A mulher disse dando uma risadinha. — Seu filho é muito educado e bonzinho, tragá-o mais vezes aqui. — Taeyong nunca se sentiu tão envergonhado em toda sua vida, sentindo suas bochechas esquentarem.

    Sorriu mais uma vez e fez uma reverência para a funcionária, agradecendo por tudo. Assim que a senhora os deixou a sós, Taeyong direcionou sua atenção para a criança colada em seu corpo. Não pode evitar de soltar uma risada baixinha e suspirar em alívio. A tensão em seus ombros pareceu diminuir, porém, momentaneamente, se lembrando que ainda tinha que ligar para Ten e Yuta. Os dois deveriam estar muito preocupados e por alguma razão, Taeyong não queria que o sofrimento do tailandês se prolongasse.

    O mais velho se abaixou para ficar face a face com Johnny, que abriu um sorriso contagiante ao ver seu hyung de perto.

— Está tudo bem? — Questionou para o pequeno, não querendo lhe encher de perguntas sobre a razão de ter fugido. Achava que não era a pessoa certa para isso.

— Johnny tá com fome!

— Mas você não acabou de comer?

A criança fez um bico enorme e cruzou os braços na frente de seu corpo, além de, é claro, bater seu pé no chão, demonstrando indignação. Oras, quem ligava se ele tinha comido ou não? Sua barriga ainda roncava. Taeyong encarou a cena perplexo, encantado com a persistência do garoto até em uma situação daquelas.

— Vamos fazer um acordo, ok? Você não quer ver o Ten hyung? — O garoto moveu sua cabeça de forma empolgada, a expressão de raiva sumindo em instantes. — Então vamos ligar para ele, o que você acha, hm?

— Depois Johnny come?

O mais velho bufou.

— Isso. Depois Johnny come…

O garotinho acabou concordando com Taeyong, pegando a mão do mais velho e saíram do restaurante indo para o carro do platinado. Johnny falava sobre como ter conseguido ir até lá sozinho e como muitas pessoas tinham sido legais com ele, parecia bem feliz e orgulhoso de si mesmo. Taeyong não queria dar um sermão no menino, mas ao mesmo tempo ficava com medo de isso se repetir mais vezes.

Antes de ligar o carro, ainda sem saber para onde levar a criança, pegou seu celular em seu bolso e buscou pelo número de Ten em seus contatos. Por um segundo quis ter um relacionamento melhor com o garoto, quem sabe assim já soubesse discar seu número sem maiores problemas. Queria resolver aquilo de uma vez só. Como se o destino estivesse contra sí, a ligação não foi completada por falta de sinal. O mais velho dentro do veículo soltou um “qual é”, já que não queria falar um palavrão ao lado de uma criancinha inocente. Tentou mais algumas vezes até que, finalmente, conseguiu ligar para o companheiro de apartamento.

    Ten não demorou para atender, sentindo o celular vibrar e atendendo no primeiro toque. Estava tão nervoso por aquela ligação, torcendo que Taeyong tivesse encontrado o garoto, que qualquer ruído lhe chamaria a atenção. O coreano respirou aliviado ao ouvir Ten do outro lado da linha e não pode evitar de sorrir, orgulhoso de si mesmo.

— Nós o encontramos.

 


Notas Finais


Dúvidas, perguntas? falem comigo no tt! (autora desse cap, estamos alternando de capítulo em capítulo há alguns meses!)

https://twitter.com/woosanx


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