Oi, gente. Tudo bom?
Pois é, devo realmente ser maluca por ter postado outra fic. Acho que preciso de ajuda.
Mas fazer o quê. Lá estava eu assistido ao filme e logo pensei em solangelo. Fazer o que, esse casal lindo persegue não é mesmo?
Mas bem, avisos.
1- nada de Lemon.
2- algumas coisas são baseadas no filme outras não. Então nada vai ser exatamente igual ou algo assim.
3- Se não gosta de violência eu não indico essa fic.
4- Hades não tá morto, ainda... Eu espero.
5- Eu espero que gostem dela e que comentem e favoritem. Amo vocês e boa leitura.
Pov. Nico
Como descrever a minha vida.
Bem, primeiramente eu me chamo Nico di Ângelo e tenho 17 anos. Estou no último ano do colegial, o que é uma droga e ao mesmo tempo um alívio. Porém isso não vem ao caso agora.
A escola na maioria tem alunos idiotas e o fato é que eles pegam muito no meu pé. Motivos? Há, existem muitos motivos. Os principais é o fato de eu ser gay e ser considerado estranho. Era só o que me faltava, estar em pleno século XXI e estudar com idiotas.
Quando eu tinha doze anos meu pai desapareceu sem deixar rastro. Agora quem tem minha guarda e da minha irmã mais nova, Hazel, é um tio que mora em outro país. Por que ele desapareceu? Vai saber. Eu e minha irmã estamos tentando acha-lo mas parece que não anda surgindo efeitos, e nos negamos a achar que ele está morto.
- Anda logo Nico.- Hazel me chama irritada. Estávamos arrasados, novamente para a escola.- É nisso que da ficar trabalhando até tarde.
- Alguém tem que botar comida na mesa querida irmã.- Falei irônico.
- Eu ajudo você ingrato.- Ela me da um soco no ombro. Hazel era um ano mais nova que eu e apesar se ser minha irmã ela era super diferente de mim. Hazel tinha cabelos castanhos e cacheados, olhos dourados e pele morena. Já eu era pálido como papel, cabelos pretos e compridos até um pouco acima dos ombros e olhos bem pretos. Alguns considerariam uma beleza exótica, eu considero uma completa maldição. Sabe como é difícil esconder roxos dos socos que alguém leva por ser gay? Principalmente alguém bem pálido? Pois é amigos, nem o pó de arroz da Rainha Vitória da Inglaterra resolve.
- Eu sei.- Falei e dei um sorriso pequeno.- E agradeço por isso.
Peguei as chaves do carro. Ele era um pelo Impala 67 preto, uma beleza de carro. Hazel tinha colocado o nome dele de Caronte, era um belo nome.
[...]
- Essa escola tá um verdadeira merda.- Hazel resmungou enquanto procurávamos uma vaga no estacionamento da escola.- Tem muito carro pra pouca vaga. Realmente uma merda.
Ri baixo. Era interessante quando minha irmã ficava brava, porque era raro e quando ficava era melhor ficar bem longe.
- Tem uma ali.- Ela falou. Antes que eu pudesse entrar na vaga, um carro de rico todo rosa entrou na frente. Seria muito ruim acelerar e amassar aquele carro todo?
- Deve ter outra vaga.- Olhei ao redor e vi outra mas assim como antes outro carro veio do nada e entrou na vaga. Esse era um carro esportivo amarelo. Gruni irritado. Só podia ser brincadeira mesmo.
- FOI MAL!- gritou um cara que tinha saído do carro. Théo Fisher, garoto irritante e jogador do time de futebol da escola. - Não tem vaga pra bichinhas perdedoras.
Revirei os olhos. Só podia ser mesmo brincadeira.
- Bichinha é seu pai.- Gritei e sai dali antes que quebrassem meu bebê.
Percebi antes de sair, o cara mais popular da escola, Will Solace, nos encarando. Ele era o cara mais popular da escola e tudo mais, na minha opinião, ele não era tudo isso e super irritante, mesmo nunca falado com ele. E você pode imaginar o motivo não é? Aparenta ser metido de mais, filhinho do papai.
- Você está se superando.- Hazel falou enquanto se matava de rir.- A cara que ele fez foi ótima.
- É.- Foi a única coisa que falei. Eu tinha certeza que iria apanhar depois.
[...]
Nunca tinha dormido em uma aula de física, mas essa foi uma surpresa de tão chata. Sai da sala com pressa, eu tinha que ir para o refeitório e também estava na hora da minha eventual troca de mensagens. Sei que não é legal fazer isso, mas a pessoa era até legal.
▪Sr°Anônimo:
Olá Lorde das trevas, como vai seu dia?
▪
Lorde das trevas:
o normal de todos os dias, chato.
▪Sr°Anônimo:
parabéns seu dia está sendo o mesmo do meu. Rs.
▪Lorde das trevas:
Sorte a nossa.
▪Sr°Anônimo: com toda certeza. Bem sinto muito mas tenho que ir agora, tarefas chatas.
▪Lorde das trevas:
Boa sorte com isso.
▪Sr°Anônimo:
Obrigada.
O refeitório estava lotado e barulhento. Como alguém conseguia ficar ali, parecia até um galinheiro. Revirei os olhos e entrei na fila. Lanche do dia: hambúrguer, salada, refri coca e uma gelatina de limão.
- Os outros estão lá fora.- Hazel apareceu do nada do meu lado. Caminhamos pra parte de grama da escola onde eu e meus amigos ficávamos.
- Onde você tinha se metido Di Ângelo?- Leo falou irritado. Ele tinha pele morena e típica aparência de um latino.- Achamos que tinha sido sequestrado.
- Não exagere Leo.- Reyna revirou os olhos. Reyna era praticamente minha melhor amiga.
- Não é exagero Ramirez.- Leo falou.- Diga pra ele Jay, não é verdade que você quase foi atrás do time de futebol e bater neles.
Meu rosto corou na hora. Aquele não era meu dia mesmo.
- Você o que?- Minha voz saiu meio presa. Jason me olhou indignado, os olhos azuis elétricos que as vezes chegava a ser assustador.
- Não acredito que você caiu nessa do Leo.- Jason revirou os olhos.- Eu não fiz isso...
- Mas faria.- Piper falou. Ela era namorada do Jason a bastante tempo.
- Não faria não.- Jason falou cruzando os braços.
- Sim você faria.- Hazel falou e riu.- Você protege o Nico com unhas e dentes como se ele fosse seu irmão mais novo.
- Coisa da qual eu não preciso.- Revirei os olhos e mordi o hambúrguer.
- Fala sério né.- Jason bufou irritado.- Se nenhum de nós estivermos por perto é capaz daqueles idiotas transformar você em paçoca.
- Paçoca é bom.- Leo falou avoado fazendo todos olha-lo.- A comida, não o Nico virar paçoca. Quem mais eu iria irritar?
- Ainda tem o Frank, o Jason e o Percy.- Eu comentei.- E ainda tem as meninas.
- Não... nem tem mais graça.- Leo fez um gesto indiferente.
- Falando nisso onde o Percy e o Frank estão?- Piper perguntou.
- Percy deve estar no treino e Frank não vou hoje.- Hazel falou.- Meu namorado está doente.
Devo admitir que ainda não consigo imaginar minha irmã namorando um cara como Frank Zang que mais parecia um lutador com uma cara fofa.
- Annabeth também não veio?- Piper perguntou.
- Ela viajou com os pais.- Hazel falou.
◇◇◇
Estava andando pelos corredores vazios da escola. Era nisso que dava ter que ficar procurando livros na biblioteca para estudar e ter dispensado carona.
Andei apressado. Hazel ficava um pilha se eu chegasse atrasado em casa, o bom é que eu não tinha trabalho no dia.
Estava tão perdido em meus próprios pensamentos que senti apenas meu corpo cair com tudo no chão.
- Veja só o que achamos.- senti o medo percorrer minha espinha. A voz de Théo era irreconhecível. Ele se aproximou mais do meu rosto, tanto que dava pra sentir sua respiração.
- Se você quiser me beijar eu não vou deixar. Evito pegar doenças.- falei olhando pra ele. As orbes verdes do garoto pareceram brilhar de forma assustadora.
- Seu idiota.- Ele me deu um soco no rosto o que me fez bater as costa no chão.- Temos assuntos a acertar, bichinha.
Senti socos no rosto e no estômago. Senti o gosto do sangue na boca de forma abundante.
- Pare, por favor.- pedi baixo e ofegante. Eu queria me defender e eu até poderia se ele não estivesse em cima de mim e eu estivesse recebendo socos fortes o bastante para me nolcatear.
- Será que aprendeu a lição?- Théo riu e desferiu mais socos.- Aparentemente sim.- Senti alguns chutes na costela antes de ouvir os passos se afastando.
Me levantei com cuidado. Senti minha cabeça rodar um pouco e me apoiei em um armário.
- Idiotas.- Murmurei e caminhei até o banheiro masculino.
Lavei meu rosto. Estava com um corte na boca, um pequeno na testa e o rosto estava inchado. Minhas costelas doiam e tinha certeza que estaria todo roxo amanhã de manhã.
A sorte que tinha no dia era que estava com um casaco com capuz, então dava ora usar enquanto ia pra casa.
◇◇◇
Abri a porta da frente de forma silenciosa. Se tudo estivesse certo, Hazel com certeza estaria no trabalho e não iria ter que explicar nada a ela.
Caminhei o quão silencioso eu podia até a escada. Assim que dei o primeiro passo o piso de madeira do degrau rangeu alto.
- Nico é você?- Hazel perguntou seja lá de onde ela estava.
- É, sou eu.- Falei.- Estou indo pro meu quarto.
Subi as escadas correndo e tranquei a porta do quarto. Joguei a mochila em qualquer canto do quarto (que por sinal precisa de uma arrumada) e depois me dirigi ao banheiro.
Tirei toda a roupa de cima e me surpreendi com o tanto de roxos. Meu tórax e peitoral estavam com marcas vermelhas e roxas ( além de estar todo dolorido), meu rosto ainda estava um tanto inchado e meu olhos esquerdo estava roxo.
Suspirei pesadamente e passei as mãos nos meus cabelos rebeldes. Como esconder aquilo de Hazel?
◇◇◇
Estava deitado na cama desde que cheguei em casa. Tentei fazer as atividades do dia mas todo meu corpo parecia mais dolorido a cada instante.
Peguei o celular e vi a hora. Ainda era cedo e com toda certeza Hazel bateria na porta avisando que era hora da janta. Liguei a internet com a intenção de ver se tinha caído alguma mensagem. Você pode achar ultrapassado conversar por E-Mail mas pra mim é bem melhor. Para minha infelicidade ou então alegria, não tinha nada.
- Deve estar ocupado.- Falei ora mim mesmo e virei o rosto para a cômoda ao lado da cama. Observei por um tempo a única foto que tinha com meu pai, antes dele desaparecer. - Você bem que poderia estar aqui não é mesmo? Quem sabe pudesse me dizer algo.
Quando eu era pequeno, meu pai parecia meio distante, pelo menos desde a morte da minha mãe e da minha irmã mais velha. Mas ele demonstrava carinho comigo e com Hazel as vezes, e eu sei que mesmo ele não demonstrando tanto, ele nos amava. Por isso eu sei que deve ter um motivo para ele ter ido embora.
Me levantei e desci. Por sorte Hazel pudesse acreditar em alguma mentira minha.
- Ahhh fala sério!- Ouvi a voz do Leo.- Você sempre ganha e isso não é justo.
- Você que é ruim no jogo Valdez!- Reyna falou.
Me escorei na porta da cozinha vendo meus amigos conversando baboseiras.
- Não tem graça ser o saco de pancadas.- Leo fez uma cara emburrada fazendo Reyna e os outros rirem. Os olhos de Reyna se chocaram com os meus e ela correu até mim me abraçando forte.
- Nico!- Ela falou e apertou mais me fazendo dar um gemido baixo por causa da dor. - Meu Deus, o que ouve com você?
- Eu cai de cara.- Falei simples.
- Você cair de cara não faria você gemer por conta de um abraço.- Reyna me fuzilou com o olhar.- O que aconteceu Nico?
- Nada.- Falei e me sentei na mesa ao lado de Piper. Percebi que Percy era o único que não estava. Com certeza estava destruído por causa do treino.
- Você mente mal.- Jason me encarou.- Pode começar a falar.
- Já disse que não foi nada.- Falei dando de ombros.
- Nico di Ângelo, pode começar a falar logo se não quiser levar bronca de nós. - Hazel me ameaçou e balançou uma colher de pau na minha frente.
Escolhi os ombros e olhei pro lado. Eles iriam descobrir de uma forma ou de outra.
- Théo.- Foi apenas o que disse.
- Ele bateu em você?- Hazel perguntou com a voz calma e baixa. Assenti em concordância.
- Desgraçado, filho da mãe.- Jason falou.- Não deveríamos ter deixado você só.
- Por favor, porém de agir como se eu fosse uma criança que precisa de proteção!- Falei irritado. Eu odiava que sentissem pena de mim.- Eu posso me virar.
- Sei..olha seu estado agora.- Reyna falou.- Sabemos que sabe se defender, mas Théo tem quase o dobro do seu tamanho. Isso é injusto e horrível.
- Deveria ser expulso da escola. Como o diretor pode aceitar coisas assim?- Piper bifou irritada.
- Ele não aceita, mas também acho que ele nem sabe o que se passa na escola.- Frank falou. Eu nem tinha percebido ele ali.
- Você parece péssimo.- Leo comentou.
- Vem Nico, vamos ver como isso está.- Hazel me levou para cima e Reyna e Piper vieram juntas.
Aquela seria uma longa noite.