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História Vencendo Preconceitos - Karaokê, Sorvete e uma... desgraça


Escrita por: LadyAzulDark

Notas do Autor


Olá Padawans?

Desculpa a demora mas aqui está. Capítulo novo.

Ler as notas finais.
Boa leitura.

Capítulo 10 - Karaokê, Sorvete e uma... desgraça


Fanfic / Fanfiction Vencendo Preconceitos - Karaokê, Sorvete e uma... desgraça

Pov. Will.


Nas semanas em que Théo não estava indo a escola, a mesma parecia bem mais calma. Tomás iria sair com Nico em uma semana, já que semana passada não deu. O meu trabalho com o mesmo foi adiado, já que tinha um projeto e eu estava nele e não poderia ajudar Nico, mesmo ele dizendo que poderia fazer tudo sozinho. As vezes ele era muito cabeça dura.

Estava sentado na arquibancada da quadra fechada da escola e olhava discretamente, Tomás e Nico conversando animadamente. Fazia alguns dias que eu não trocava uma palavra direito com o garoto.

Ok, eu admito. Culpa minha por não querer que os outros alunos tenham motivos para acharem que sou gay. Ninguém merece, ter pessoas falando barbaridades pra você por causa da sua orientação sexual. Agora, de certa forma, entendo o que Nico sente. Não que eu sentisse algo por ele, porque não sentia. Mas pelo Lorde das Trevas... minha cabeça explodia na esperança de poder vê-lo novamente, beija-lo novamente. Mas não podia, porque ele sempre negava um encontro.

- Você não acredita.- diz Tomás vindo até mim com um sorriso enorme no rosto.- Vamos sair nesse sábado. Não é demais?

- Aham.- Digo simplesmente.

- Você está bem?- perguntou levantando a sombrancelha.

- Estou, por quê?- Olhei pra ele.

- Você está esquisito.- Ele abriu um sorriso.- Lorde das Trevas?

Olhei pra ele não tentando demonstrar a surpresa que tive ao vê-lo que descobriu sobre isso.

- Sim.- Bufei irritado.- porque ele não que me ver de novo. Seria tão ruim assim saber quem ele é? Porque eu não acharia.

- Vai ver ele não está mais na cidade, ou talvez esteja viajando.- Tomás fala.

- Ehh...- Suspirei e saímos da quadra.

- Você acha legal dar flores?- perguntou pensativo depois de um tempo.

- O que?- Olhei pra ele sem entender.

- Sabe, dar flores pro Nico.- ele falou novamente.- No encontro.

- Acha que faz o tipo dele?- perguntei abrindo o armário e pegando o livro para a próxima aula.

- É, você tem razão.- ele cruzou os braços. - Talvez chocolate?

- Todo mundo gosta de chocolate.- Falei e andamos novamente, dessa vez em direção a quadra.

- Claro que sim.- fala feliz.- Obrigada Will, você é um ótimo amigo.

- De nada.- Falei e fui para a sala.

◇◇◇

Pov. Nico.


Finalmente era sábado. E eu iria sair com Tomás.

Minos não estava em casa desde ontem, e sinceramente não queria que ele voltasse tão cedo. Ele tinha nossa guarda mas não fazia jus a isso. Desci as escadas olhando o celular. Tomás chegaria em pouco tempo.

- Você sabe pra onde ele vai levar você?- Hazel perguntou do sofá. Ela estava com a cabeça no ombro de Frank. Eu nem sabia que ele estava ali.

- Não.- Falei pegando minha chave em cima da mesinha da sala.

Ouvi o som da buzina e suspirei. Fazia um tempo que não saia em um encontro.

- Estou indo.- dei um beijo na bochecha da minha irmã.- Não façam besteiras e se comportem.

- VAI LOGO NICO!- Has gritou. Ela e Frank estavam vermelhos, ri e sai. Tomás estava em um carro vermelho bastante bonito.

- Olá.- Falei assim que entrei. Ele usava uma camisa branca, uma jeans claro por cima, calça cor mostarda e tênis preto. Me senti um mendigo, pode-se assim dizer. Não que me importasse com roupas, mas naquele momento eu estava. Eu usava uma calça preta com rasgos no joelho, camiseta preta da banda Nirvana, blusa xadrez cinza e All Star preto cano médio.

- Você está um gato.- Quase engasguei com o que Tomás disse.

- O que?

- Que fofo você. Não fique assim. É um elogio de amigo.

Sorri mais aliviado. Até porque foi algo meio do nada.

- Tudo bem.- Falei sem jeito.

- Desculpe qualquer coisa.- Ele sorriu.

- Já disse que tudo bem.- Olhei para a janela.- Então, onde nos vamos?

- Não sei ainda.- ele falou e eu ri.

- Você me chama pra sair e não sabe pra onde vai me levar?- perguntei debochado.

- Mais ou menos.- ele falou e mexeu no rádio do carro.- eu tenho uma ideia mínima.

- Entendi.- Sorriu.

- Você gosta de música?- Ele perguntou mudando de estação de rádio.- Você gosta de rock né?

- Sim.- Falei olhando pra frete.

- Acho que não tem nenhum tocando.- ele falou meio cabisbaixo.

- Não tem problema, eu gosto de outras músicas.- Ele me olhou e sorriu.

- Sério?- ele parecia surpreso.- Tipo o que? Quais bandas? Quais cantores?

- Bem, eu gosto de Lana del Rey, The Cab, The Neighboourhood, Troye Sivan, Shawn Mendes, Adam Lambert... sei lá.

- Uau!- ele riu.- Pensei que você era muito gótico pra esses tipos de música.

- Pois é.- Sorriu.- Uma surpresa não é?

- Muito.- ele riu.- Eu tive uma ideia. Vamos a um Karaokê.

- Ahhh meu Deus.- ri constrangido e pus a mão no rosto.


O karaokê estava sem muita gente. O local era espaçoso, mesas vermelhas cadeiras branca, o piso de madeira, paredes brancas com pôster de várias bandas e cantores, discos de vinil e CDs, um globo de vidro no teto e jogos de luz nos cantos. Tinha um bar/lanchonete no fundo e o palco.

Nos sentamos em uma das mesas do fundo. Tinha dois cardápios na mesa, um para comida e outro para as músicas disponíveis.

- Olá, sejam bem vindos.- disse uma garçonete com um belo sorriso no rosto.- O que vão pedir?

- Batata frita.- Tomás olhou pra mim.- Você quer isso ou outra coisa?

- Pode ser.- Falei e olhei o cardápio.- E também um refri Coca.

- Ok.- Tomás falou e olhou para a garçonete.- duas porções de batata frita E dois refrigerante Coca.

- Ok. Já volto com os pedidos.- ela sorriu e saiu.

- É então, que músicas vamos cantar?- Tomás perguntou olhando as músicas.

- Sério Que vamos cantar?- ri e deitei a cabeça mesa de vergonha.- Pensei que íamos só ver o povo cantando.

- Bem, nos vamos cantar e depois vamos a sorveteria e depois ao parque.- Tomás sorriu largamente.

- Isso é realmente um encontro?- Falei levantando a sombrancelha.

- É.- ele falou.- Ao menos que você não queria que isso seja um encontro.

- Eu... acho que está tudo bem.- suspirei.- Faz tempo que não saiu em um encontro.

- Sério?- ele pareceu surpreso.- Você já namorou?

- Já.- Falei e cruzei os braços.- Devo dizer que o último não foi lá muito bom.

- Que falar sobre isso?- ele Perguntou com a voz baixa.- Ao menos que não queria.

- Eu acho que tudo bem... não falei sobre isso nem com meus amigos nem com minha irmã.- Fechei os olhos e suspirei.- Meu primeiro namorado foi a uns 4 anos, seu nome era Ethan. Ele era legal sabe, Mas aí um dia ele sofreu um acidente.- Sem perceber fechei a mão em punhos.- Ele acabou morrendo. Saber da morte dele me deixou muito abalado e sinceramente, eu pensei que não iria superar. Viver com tantas perdas deve fazer isso com as pessoas.- dedilhei os dedos pela mesa e suspirei novamente.- Meu segundo namorado foi Bryce, terminamos faz quase dois anos. Aquele filho da puta me traiu com um idiota chamado Octavian.- rangi os dentes.- Fiquei com muita raiva e agradeço pelo fato de não estarem mais por aqui.

- Você se livrou deles?- Tomás pareceu chocado.

- O que? Não!- Falei e ri.- Eles se mudaram.

- Ahhh.- ele gargalhou.- Ufa, eu já estava me preparando pra sair correndo.

- Depois disso não namorei mais. Talvez um quase caso com Th...- perai na hora. Tomás me olhava com curiosidade.

- Caso com quem?- ele Perguntou.

- Théo.- falei com raiva.- Ele não que se assumir, a família dele é bastante conservadora e quando estávamos "juntos" - fiz aspas com os dedos.- nunca pedi pra ele contar ou precionei ele. Acontece que quando você conhece, ele até pode ser legal. Mas aí, um dia, tudo mudou. Estávamos na escola e ele me bateu tanto...- Fechei as mãos e os olhos com raiva.- Não justificaria nada, se ele me pedisse para ficar longe dele eu ficaria, Mas agir como ele agiu... eu não gosto de lembrar.- a garçonete voltou com os pedidos e logo saiu.- Desde que isso aconteceu ele vem me atacando, como se ferir alguém por sua orientação sexual fosse mudar o que aconteceu. O fato é que, ele sente medo dos pais, quem não sentiria. E eu não julgo por completo, mas o que ele fez e ainda faz, me fez ficar com raiva dele.

- Nossa.- ele falou depois que acabei de desabafar. - Não sei o que dizer.

- Não precisa.- mordi minha batata.- Mas vamos mudar de assunto.

- Claro.- ele sorriu sem jeito.

A essa altura você pode estar se perguntando porque falei tudo isso ao Tomás e não ao Will.
E fácil. Não confio plenamente em Will e não sei se ele entenderia. Na verdade, eu não entendo Will. Ele manda mensagens para o meu e-mail, mas comigo...

" Esqueça isso Nico." Falei pra mim mesmo. " Ele pode apenas estar confuso. Não é como se ele fosse gay ou bi."

- Vamos cantar um música do Alan Lambert.- ele falou e me puxou para o palco.

- Boa escolha.- Falei enquanto ele escolhia a música.

- Eu sei.- ele falou alegre.- Você me lembra um pouco ele. Só precisa de lentes azuis (acho), maquiagem, pintar as unhas e roupas extravagantes. Ele tem uma pegada bem gótica né? E a banda também.

- Verdade.- Falei.

- Vamos cantar Ghost Town.

Tomás não cantava mal, o que foi bom, porque meio que encobria minha voz um tanto desafinada. Ouvi algumas pessoas cantando junto ao fundo. Aquela música era ótima, contagia todo mundo.

Quando terminamos ouvimos os aplausos. Sentia meu rosto vermelho de vergonha.
Voltamos a mesa e terminamos nossas batatas e falamos sobre várias coisas. Série, filmes, livros, bandas e cantores.

Ele não ficou tão surpreso ao falar sobre as bandas de rock que disse que ele deveria ouvir.

Saímos do Karaokê e fomos a uma sorveteria.

- Eu realmente não pensei que iríamos vir aqui.- Falei pegando meu sorvete e nos dirigindo a mesa perto da janela.

- Eu cumpro com minha palavra.- ele falou tomando um pouco do sorvete de baunilha e morango.

- percebi.- Falei e senti o celular vibrar. Olhei a mensagem e franzi a testa.

- Aconteceu alguma coisa?- Tomás perguntou.

- Eu... não.- Falei e desliguei o celular.- Acho que eu deveria ir pra casa.

- Ue? Porque?- Tomás perguntou confuso.

- Minha irmã me mandou mensagem. Meu... tio que falar comigo.- Falei sem muita emoção.

- Levo você.- ele se levantou.

- Desculpe.- Falei.

- Está tudo bem. Vamos indo?- ele sorriu e assenti.

Saíndo do local fomos em direção ao carro. Tomás colocou uma música qualquer que não prestei muita atenção. Tempos depois chegamos e paramos na porta de casa.

- Obrigada por tudo.- Falei.- Hoje foi legal.

- Então vamos repetir a dose.- ele sorriu.

- Talvez.- sorri e abri a porta.- Nos vemos na escola?

- Claro que sim.- Falei e sai.- Tchau.

- Tchau.


Abri a porta e me deparei com Minos e Hazel na sala. Junto deles estava um homem alto, de cabelos castanhos e olhos castanho penetrante com uma cicatriz abaixo do olho esquerdo. Usava uma blusa vermelha sangue, jaqueta de couro preto, calça preta e coturnos militar. Uma arma estava ao seu lado e um distintivo.

- Ares, o que faz aqui?- perguntei trancando a porta.

- Minos me chamou.- Ares falou e me olhou meio... triste?

- Quer saber o porque?- Minos perguntou. Olhei pra ele e depois pra Hazel. Minha irmã mantinha a cabeça baixa e as mãos cruzadas.

- Tenho certeza que você vai me falar o que aconteceu do mesmo jeito.- Revirei os olhos e suspirei.

- Bem Nico,resolvi encerrar as buscas pelo seu pai.- Minos me olhou nos olhos.

Senti minhas pernas falharem e minha respiração pesada.

- Você o que?- minha voz saiu como um murmúrio.

A única coisa que eu queria era bater em alguém e descontar minha raiva. Talvez Minos fosse a melhor escolha.


Notas Finais


Então gente... eu vou viajar. Logo não sei quando vou postar. Talvez quando eu voltar.

Por isso, até logo.

Bjs de Nutella 💙


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