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História Vencendo Preconceitos - Baile- Part 2


Escrita por: LadyAzulDark

Notas do Autor


Olá pêssegos. Tudo bem?

CAPÍTULO NOVINHO. ACABEI DE TERMINAR!!!

Boa leitura.

Capítulo 8 - Baile- Part 2


Fanfic / Fanfiction Vencendo Preconceitos - Baile- Part 2

Pov. Nico.


Eu não sabia se corria ou se gritava. Aquela era a única pessoa que eu esperava. Nunca pensei que o Sr°Anônimo fosse Will Solace.

- Podemos conversar fora desse barulhão?- Perguntou alto e apenas assenti. Eu deveria? A insegurança me bateu forte.

- Certo, Will Solace.- Falei e olhei para pista de dança. Não avistei meus amigos e suspirei.- Vamos estão?

- Me conhece?- me olhou sorrindo.

- Por incrível que pareça.

- Então... Você está acompanhado?- Perguntou.

- Não.- Peguei um mini hambúrguer da bandeja do garçom que passava por perto.

- Vamos então.- Falou e me puxou pra fora. O bom do local que a escola tinha alugado era o jardim enorme e lindo na parte de trás.

Arbustos com rosas vermelhas, brancas, amarelas e rosas enfeitavam de forma graciosa junto das pequenas luzes penduradas. Andamos até o chafariz com uma estátua do cupido em cima e vários anjinhos menores.

- Sobre o que quer falar?- perguntei me virando para encara-lo. Os olhos azuis brilhavam de forma incrível e naquela fantasia, ele realmre parecia um deus, um deus muito quente. Tentei afastar aqueles pensamentos e a hipótese de ser uma armadilha, de Théo e seu grupo só estarem esperando o momento certo me deixou nervoso.

- Bom, queria saber o que não sei de você.- Ele sorriu pequeno e se sentou. Me sentei ao seu lado porém um pouco distante.- Que tal perguntas e respostas?

- Tipo um jogo?- perguntei olhando pra ele.

- isso.- Sorriu largamente.- E no final, se eu tiver metade das perguntas resolvidas você ganha um prêmio.

- Não deveria ser você a ganhar um prêmio?

- Uma espécie de jogo diferente.- suspirou e me encarou. O olhar de Will pesava e me deixava constrangido, o por que disso? Eu não sabia.- Primeira pergunta, você estuda aqui? Sabe, só pra saber. Do jeito que o mundo tá não se pode confiar em todo mundo. Principalmente as da internet.

Ri pela pergunta.
- Claro.- Ele assentiu.- Não é como se eu fosse sequestrar você.

- Ok.- Falou meio sem jeito mesmo com o sorriso nos lábios.- Segunda, qual o curso que quer fazer me Harvard?

- Hummm... direito.- Falei e olhei pra ele.- Meu pai gostaria disso.

- Gostaria?- Perguntou confuso.

- Assunto pessoal, não gosto de falar sobre isso.- Ele assentiu.- E você?

- Medicina.- Falou e sorriu. Será que ele sempre sorria? Não parava nunca? Mas a verdade era que eu não queria que ele parasse, estava gostando de ver ele sorrindo.- Terceira, você já me viu na escola?

- Por incrível que pareça, sim.- Falei.- Vamos caminhar por aí, odeio ficar muito tempo parado.

Ele riu e se levantou. Começamos a caminhar pelo jardim.

- Eu já vi você por aí?- Ele perguntou me encarando.

- Talvez.- olhei pra ele e sorri.- Quem sabe não é mesmo?

- Posso saber sei nome?

- Não.- Ele ia abrir a boca pra falar e o interrompi.- Eu acho melhor não. Desculpe.

Ele apenas assentiu e sorriu pequeno.

- Se surpreendeu em saber quem eu era?- Perguntou depois de um tempo.

- Devo admitir que sim, mas não tanto.

- Você gosta de garotos ou dos dois?- Perguntou. Ri contido.

- O que você acha?- olhei pra ele.

- Não sei.

- Bem, eu sou gay assumido.- Falei.- E você?

- Eu não sei.- Falou baixo.

- É algo difícil as vezes. Você descobre com o tempo.

- Um amigo já me disse isso.- Falou baixo.

- Você gosta de garotos? Tipo, já sentiu atração por um? Ou por garotas?

- Devo mesmo dizer?

- Só se você quiser.

- Uma vez na verdade. Quando tinha 14 anos.- Falou.- Por um garoto.

- Hummm... e aí?

- Eu não sabia ao certo o que pensar.- Falou e me encarou. Paramos novamente. O arco de flores e luzinhas deixaram o local bonito.- Talvez tenha medo, eu sei que meus pais não se importam, mas... mas meus amigos, bom eu não quero perde-los.

- Se não aceitarem você do jeito que é, então não são amigos de verdade.- Falei e ele suspirou.- Não deveria fazer algo pra agradar os outros, minha irmã diz que devemos seguir o que o coração diz.

- Sua irmã parece sabia.- Will falou.

- É...- Hazel era como meu porto seguro após o desaparecimento do nosso pai e a morte da minha mãe e irmã mais velha. Ela era tudo o que eu tinha de família e uma das poucas pessoas que me entendiam profundamente.

- Você já se apaixonou?- percebi que ele ficou nervoso com a pergunta e eu devo admitir, meu rosto ficou muito quente ao ouvir aquela pergunta.

- Já... sabe, a paixão é algo passageiro, então você sempre pode se apaixonar.- suspirei. Eu já tinha namorado antes, e claro, as cicatrizes não fecharam ainda. Lembro bem dos meus dois namorados, e ainda lembro do quão difícil é a dor da perda e da traição.- Amor é diferente, Sr° Anônimo... pode demorar muito para achar ou pode acontecer com apenas uma troca de olhares.

A música alta dava pra escutar do jardim. Tocava Perfect, Ed Sheeran . Sabia por que Hazel vivia escutando aquela música pela casa.

Will me olhava como se estivesse admirado, os olhos azuis se destacando na pele bronzeada. Senti meu coração falhar várias batidas, Will era lindo, mas ainda sim era um completo desconhecido pra mim.

- Acho que eu tenho um jeito de saber se eu realmente gosto de garotos, ou então dos dois.- Ele falou e se aproximou. Senti meu cérebro dar voltas e não pensar direito, minhas pernas ficarem bambas e minha respiração falhar. Ele não faria aquilo que eu estava pensando não é?


Pov. Will


Me aproximei do garoto a minha frente. Lorde das Trevas, pensei que nunca o acharia, nunca o veria, Mas ali estava ele, na minha frente e estávamos concordando.

- Mas antes uma última pergunta.- A aproximou mais dele do que já estava. Vejo suas bochechas ficarem tão vermelhas, deixava ele fofo.- Qual o seu nome?

Ele engoliu em seco e me encarou. Os olhos negros pareciam olhar no fundo da minha alma e mente tão conturbada.

- Essa é a única resposta que não terá.- Ele falou. A música tocava ao fundo e me mostrava que talvez, só talvez, naquele momento, eu poderia ser alguém que não era todo o tempo. Sentia que com ele eu seria eu mesmo, sem me esconder, sem ter medo.

No fundo eu sabia, o motivo de nunca acreditar que gostava de garotos era o medo do abandono dos meus "amigos", medo de que não me aceitassem. Mas ali eu percebi, ele tinha toda a razão. Se não me aceitarem como eu sou, então não são meus amigos de verdade.

- Tanto faz, você respondeu e ganha um prêmio.- Sorri pequeno.- Vai ser um prêmio pra mim também, eu acho.

Me aproximei e um simples toque, nossos lábios foram selados. Senti que ele ficou tenso, uma das minhas mãos foi para sua bochecha e a outra para sua cintura.

- Por que fez isso?- Ele me olhou. As bochechas vermelhas, como se todo o sangue tivesse ido para seu rosto.

- Sinceramente... Eu não sei.- Falei nervoso. Eu estava com medo dele me rejeitar, gritar ou qualquer outra coisa.

- Hummm...- senti suas mãos trêmulas no meu rosto. Olhei pra ele e ficamos nos encarando.- Só não faça mais isso.

- Certo.- Falei e ele sorriu de canto e me encarou.

- Você é bem legal, diferente do que achava antes.- Ele riu. Senti meu rosto corar.

- E como você achava que eu era?

- Metido, filhinho do papai, que se sentia superior a todo mundo e que era igual aos seus amigos do time.- Ele respirou fundo e me encarou.- Mas você é realmente diferente, parabéns Will Solace, você mudou meu jeito de pensar sobre você.

Ele se aproximou e me deu um beijo. Ele me beijou. Senti prender minha respiração e aprofundei o beijo.

O toque abafado de um celular nos fez separar. O moreno pegou o celular do bolso e suspirou irritado.

- Droga.- Falou e desligou o celular e se virou pra mim.- Eu tenho que ir embora.

- Fique mais um pouco.- Segurei seu pulso e olhei no fundo dos seus olhos negros. Minha mão seguiu para seu rosto, mais precisamente para a máscara. Eu queria ver a pessoa por trás dela.

- Não.- Ele segurou minhas mãos.- Um dia quem sabe. Tenha uma boa noite.

Ele saiu correndo para dentro do salão de festa novamente. Eu não poderia deixá-lo ir.

Corria atrás dele, a luz da prata reluzia por conta das lâmpadas. Ele tinha deixado cair o cordão. Uma corrente prata com um pingente de asa de anjo do mesmo material.

Eu tinha que acha-lo, e era uma promessa. Não iria desistir.

◇◇◇

Pov. Nico


Corri pelo salão a procura de alguns dos meus amigos. Tânatos tinha mandado mensagem e tínhamos que estar na funerária logo. Já era quase meia noite. Procurei Hazel pelo salão e a encontrei junto dos outros.

- Temos que ir embora.- Falei assim que cheguei perto dela. Ela me olhou assustada.

- Não chegue assim Nico.- Ela falou e me deu um soco no braço.- Principalmente vestido desse jeito.

- Minos já está voltando. Temos que ir.- Falei.

- Merda... porque ele não pode ter demorado mais?- resmungou.

- Tânatos está esperando a gente lá fora. Vamos.- Falei e ela assentiu. - Nos vemos segunda.

- Até galera.

Corremos pra fora como um furacão. Não iria ser legal se Minos chegasse antes que nós.

- Como foi o baile? Achou seu amigo virtual?- Hazel perguntou assim que entramos no carro.

- Conheci. Ele é ninguém menos que Will Solace.

- O QUÊ?- Hazel me encarou surpresa.

- Quem é esse?- Tânatos perguntou.

- Um idiota da escola.- Hazel falou.

- Ele não é tão idiota assim. Na verdade ele não é idiota.- Ela me olhou com a sombrancelha erguida.- Ele até me beijou.

- O QUÊ?- Os dois perguntaram juntos me olhando curiosos.

- Pois é. - Sorri com a lembrança.

Talvez Will Solace fosse diferente dos seus amigos babacas. 


Notas Finais


SURPRESA!!!!!!!! TEVE BEIJO!!!

Minos atrapalhando mesmo que indiretamente. Filho de uma Hera😑😐

No filme a guria perde o celular, Mas como é fácil tirar senha de um celular hoje em dia, eu resolvi colocar o cordão mesmo. Achei mais fofo. E entenderam a referência? Cordão com pingente de asa e o sobrenome do Nico é " di Ângelo" . Hehehe pois é amigos.

Letra da música:
https://m.vagalume.com.br/ed-sheeran/perfect.html

Até o próximo

Bjs de Nutella.


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