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História Vestida Para Matar - Seria Errado Gostar de Você?


Escrita por: AnneVit

Notas do Autor


Olá! Se passaram duas semanas e eu aqui aparecendo com essa cara de pau! haha. Espero que me desculpem muito mesmo pela ausência, e não, eu não desisti da Fanfic. Podem me cobrar quando eu não postar no dia certo ou ficar esse tempo todo sem dar notícias, eu sou 100% ciente desse descompromisso...
Enfim, eu espero que gostem desse capítulo, e eu vou tentar postar um no natal (25, não 24), como presentinho pra vocês.
Muito obrigada por todas(os) que acompanham e que gostam!
Aproveitem o capítulo! 💕

Capítulo 11 - Seria Errado Gostar de Você?


Fanfic / Fanfiction Vestida Para Matar - Seria Errado Gostar de Você?

P.O.V. Bradley Clark

Eu ainda estava naquela festa às 3hrs57min da manhã, sentado na mesa com Emma, vendo-a beber sem parar – e eu fazia o mesmo – enquanto não trocávamos uma palavra sequer desde que Mike e Chelsea evaporaram.

- Bradley? – Emma chamou, fixei-a.

- O que é? – Falei, soando um pouco ignorante, e ainda um pouco enraivecido pelo fora que a Chelsea me dera havia algum tempo, mas quase nem aí, porquê eu já estava praticamente bêbado.

- Você não acha isso estranho? – Emma falou, suspirando.

- Se você não falar o que, nunca saberei. 

Emma revirou os olhos.

- Você sabe... O Mike e a Chelsea – ela bufou. – Não seja tonto!

- Olha do jeito que você fala comigo. – Rosnei.

- Porra, Bradley, me deixa ir direto ao ponto. – Ela reclamou.

- Vá logo. – Revirei os olhos, enquanto tamborilava meus dedos sobre a mesa.

- Eu não gosto do Mike todo bonitinho pro lado da Chelsea.

- E o que eu tenho a ver com isso? – Falei.

- Tá – ela colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Hm, é o seguinte: eu não gosto, e só um tonto não perceberia o jeito em que você e a outra lá estavam se olhando. Ou seja, a gente pode se unir e separar os dois... simples. – Cocei a barba, soltando uma risada cínica, vendo-a ficar irritada.

- Sério isso? – Perguntei, impaciente.

- É claro que é né, pacóvio. – Ela estalou o lábio, e eu passei os dedos pelo meu cabelo bagunçado.

- Pacóvio? – Perguntei, entortando as sobrancelhas.

- Não gosto de chamar as pessoas de idiota, então eu uso sinônimos... – Ela explicou, perdendo o foco. – Mas esse não é o caso –Ela retornou ao fato anterior. – Você topa me ajudar a te ajudar?

Parei pensativo, ela me olhava fixamente querendo respostas, e eu não sabia nem por onde começaríamos com esse plano-sem-fundamento-de-separar-um-casal-que-nem-está-junto.

- Tanto faz. – Dei de ombros e bebi mais um gole do meu Whisky.

- Ótimo. – Ela sorriu vitoriosa. – Eu vou ir lá dançar, não suporto passar a noite inteira olhando para a cara de alguém se afogando em bebida. – Ela se levantou da cadeira que estava sentada.

- Eu vou com você. – Revirei os olhos e suspirei, vendo-a me esperar.

P.O.V. Marilyn Clark

- Então, eu esqueci que não estou com e nem tenho um biquíni por perto. – Falei para Mike, observando-o tirar a camisa, sentindo a brisa gélida bater em meu rosto. – E também, está fazendo frio.

- Qual é, Chelsea. – Ele revirou os olhos. – Você já está sem seu par de saltos... entra desse jeito mesmo. Não tem ninguém além de nós dois aqui. – Mordi o lábio inferior e ele me olhou.

- Eu não vou molhar minhas roupas novas de jeito nenhum. – Reclamei.

- Então tira tudo e entra pelada. – Ele fez piada, e eu soltei uma gargalhada junto com ele.

Suspirei e tirei meu cropped e minha saia, colocando-os sobre a espreguiçadeira ao lado. Mike me observou arrumar as roupas íntimas e jogar o cabelo para trás dos ombros.

- Algum problema? – Perguntei, parando e fitando-o.

- Não é nada. – Ele pigarreou, parando de me fitar. – Quem pular por último é mulher do padre. – Ele cantarolou, rindo.

- Ah, qual é. – Cruzei os braços abaixo dos seios e bufei, revirando os olhos, mas isso tudo era apenas uma bela distração para correr na frente e pular dentro da piscina.

Não sei qual de nós dois é mais infantil.

Ao pular dentro da água, emergi e olhei para Mike sentado na beirada da piscina, com os pés dentro da mesma.

- Não valeu, sua ladra. – Ele brincou, e riu.

Nadei até a borda em que Mike estava.

- Você é lerdo demais. – Revirei os olhos.

- Abre espaço aí, a água deve estar menos fria do que o vento. – Eu me afastei e ele saltou.

Senti Mike segurar meus tornozelos por debaixo da água, e a medida que ele subia, suas mãos subiam junto, passeando delicadamente por cada espaço do meu corpo, me causando calafrios. Nossos rostos se encontraram e suas mãos pousaram em meu rosto, me fazendo fixá-lo sem parar.

- Eu já te falei que você é linda? – Perguntou.

- Umas mil vezes. – Ri.

- Talvez você prefira um elogio diferente agora. – Ele acariciou minha bochecha.

- Tanto faz. – Dei de ombros.

- Pois eu quero que você saiba que eu adoro tudo que sei sobre você.

Ou seja, ele não adora nada em mim.

- OK. – Suspirei, com uma das mãos pousadas sobre a mão de Mike. – Eu não vou elogiar você. – Falei, olhando-o nos olhos.

- Else... – ele riu. – Não quero que me elogie. – Ele mordeu o lábio inferior e retomou seu olhar sério. – Eu apenas quero ser seu. – Ele sussurrou ao meu ouvido e eu estremeci.

É, eu estremeci.

Senti algo gelado em minha barriga, algo estranho e que tomava conta do meu corpo aos poucos.

- Eu gosto de você. – Ele sussurrou ao meu ouvido, e suas mãos apertaram firme minha cintura, nos fazendo ficar cada vez mais próximos.

Eu acho que também gosto, não sei. Esse não é meu foco.

“Seria errado gostar de você?” pensei em dizer.

Fechei os olhos e puxei Mike para mais perto, tudo estava ficando estranho. E ficou mais estranho ainda quando nós nos beijamos, por que eu não sinto nada por ele, mas, minha cabeça está confusa. Não consigo parar de pensar no nojento do Bradley me agarrando, e não consigo parar de pensar nos meu planos, nas minhas mentiras e farsas.

Tudo que eu queria era dizer a verdade para Mike, dizer quem eu sou realmente. Esse tempo todo ele está sendo legal comigo e eu me sinto um pouco incomodada por estar mentindo para ele. Mas, por que eu sinto isso? Será que ele gosta de mim e acha que isso é recíproco? Eu não sei de mais nada.

Quando finalmente nos descolamos, Mike me olhou e sorriu.

- Quer namorar comigo? – Ele perguntou, sem desmanchar o sorriso do rosto.

- Mike, nós nos conhecemos há pouco tempo e eu não quero ter uma paixãozinha temporária nem nada. – Ele riu.

- Não precisa ser uma paixãozinha temporária – ele parou as mãos em meu rosto -Pode durar o tempo que você quiser. – Ele afagou meu cabelo e beijou meu pescoço. – Pelo menos tenta... – Ele sussurrou em meu ouvido.

- Eu não posso e nem quero prometer nada, Mike. – Suspirei.

- Vamos tentar, e ficará só entre a gente. – Ele insistiu.

- Me dê um tempo pra pensar. – Pedi, ele assentiu. Juntando nossos lábios novamente em um beijo calmo e envolvente.

Após algum tempo, subimos para o quarto de Mike novamente. Eu estava enrolada em um roupão branco e me joguei sobre a cama dele, vendo-o fazer o mesmo a seguir.

- Eu estou com sono – Balbuciei enquanto bocejava.

- Fique à vontade. – Mike falou, referindo-se a sua cama.

- Onde você vai dormir? – Perguntei, me deitando corretamente.

- Cabem duas pessoas aí sem muitos esforços. – Ele sorriu e se deitou ao meu lado.

- Tanto faz... – Falei, fechando os olhos. – Boa noite, espero que amanhã minhas roupas ainda estejam na sua gaveta. – Brinquei, rimos.

- Boa noite. – Mike sussurrou, e eu senti seus lábios tocarem minha bochecha delicadamente.

Caí no sono gradativamente.

(***)

Abri a porta de entrada da minha casa, fui para meu quarto, e inesperadamente, vi David sentado em minha cama, lendo um livro.

- Oi. – Ele falou, ao me ver entrar.

- Oi, o que faz aqui? – Perguntei, minha cabeça doía.

- Vim ver se você já tinha chegado e acabei me distraindo com um de seus livros.

- Eu te xingaria por mexer em minhas coisas, mas minha cabeça dói muito. – Resmunguei, me sentando ao seu lado na cama.

David me olhou por um longo tempo e riu.

- Quê? – Perguntei.

- Você é a irmã mais nova e pirralha que eu nunca tive.

- Você é o irmão mais velho e chato que eu nunca tive.

Rimos juntos.

- Dav, como estão você e a Hollie? – Perguntei.

- Ah, sei lá. – Ele deu de ombros. – Vamos marcar um dia para saírmos juntos.

- Muito bem, assim que eu gosto de ver! – Dei um empurrãozinho em David, e ele riu. 

- Tá. – Ele suspirou. – E você, com sua vingança estúpida, e esse monte de pessoas envolvidas na qual eu ainda não sei?

- Conheci uma menina, que é chata pra caralho. O Mike me levou pra casa dele ontem, nós nadamos na água fria, e eu dormi junto com ele depois de sair algumas horas antes da festa porquê eu estava bêbada. – David fez uma careta de espanto.

- Vocês não... Tipo..? – Ele se confundia com as palavras.

- Claro que não! – Revirei os olhos com uma careta e David pareceu suspirar de alívio. – Mas ele tá afim de mim. E isso é estranho, já que ele não sabe que somos irmãos, de certa forma.

- O que você disse pra ele? – David olhou para o lado, respirou fundo e tentou parecer calmo, mas o ciúme estava estampado em seu rosto.

- Disse que vou pensar.

- Hm. – David falou.

- Para de ser ciumento – Falei, rindo, e dando uma leve tapa em sua perna que estava dobrada sobre a cama. – Vamos seguir por caminhos diferentes agora. – Concluí.

- Eu sei Marilyn, não vem me falar isso de novo. Eu estou tentando com a Hollie, mas está difí...

- Não! – Eu o interrompi, com um sorriso bobo. – Eu quero dizer no sentido literal, pra você ir para o seu quarto e eu ficar no meu. Caminhos diferentes. Sacou? – Ele riu.

- Tá bom. – Ele levantou e beijou minha testa. – Quer sair hoje?

- Tanto faz – dei de ombros.

- Daqui uma hora e meia passo aqui de novo, você vai ter bastante tempo. – Assenti e ele se retirou do quarto.

Fui para meu banheiro, relembrando da noite passada, e pensando em todas as coisas que virão a partir daqui.

(***)

- Achei que você estivesse com saudades dos hambúrgueres daqui. – David falou ao entrarmos na única lanchonete com variados lanches vegetarianos de Fireland.

- Achou certo. – Assenti e ele sorriu para mim.

Nós nos sentamos em uma mesa com poltronas cor azul-escuro.

Estávamos frente à frente e David me olhava enquanto lia o cardápio com vozes engraçadas, do jeito que ele faz geralmente – imitando um locutor de rádio rouco.

O meu locutor de rádio rouco, que eu amo.

- Já decidiu, moça? – Ele engrossava a voz ao falar, e eu soltava longas gargalhadas.

- Já sim, Senhor Locutor. – Mordi o lábio inferior e bati o dedo indicador devagar sobre a bochecha, mostrando parecer pensar em qual decisão eu deveria tomar dentre os mais variados tipos de coisas. – Eu vou querer um hambúrguer de soja com bastante maionese, e um Milk Shake de baunilha com muita calda de chocolate.

- Parece que alguém finalmente vai ganhar alguns quilinhos. – Ele debochou e nós rimos. – Como sou diferente de você, vou querer um hambúrguer com bastante bacon, uma porção bem grande de batatas fritas – ele passava o dedo pelo cardápio –, e é claro, um suco de laranja natural porque hoje eu estou leve.

- Você não presta! – Falei, ele estalou o lábio e riu de mim.

- Querida, não prestar é a minha maior qualidade. – Rimos alto, o que acabou atraindo alguma atenção de pessoas ao redor, mas nós não ligávamos.

David chamou a garçonete, que usava uma linda saia xadrez e um avental branco. Seu cabelo negro estava amarrado em um coque por debaixo de sua touca. Ela anotara os pedidos em seu bloquinho e se fora.

De repente, o sorriso de David se desmanchou, e ele estava completamente absorto.

Estalei os dedos perto de sua face, para chamar a atenção dele, que deu um sorriso frouxo, e me fitou.

- Que é, hein? – Perguntei. Ele estalou os lábios e riu. – Pensando muito na Hollie?

- Nada disso, minha Mayzinha. – Ele estendeu o braço e bagunçou meu cabelo.

- Tem algo de errado sim, meu Danoninho. – Imitei-o com um tom irônico, e passei a mão por seu cabelo, que já estava bagunçado. David nem fez questão de arrumá-lo.

- Tá. – Ele suspirou. – Eu estou preocupado com meu “emprego”. – Ele expressou as aspas com os dedos, em um movimento aéreo.

- Por qual motivo? Não está achando clientes? – Perguntei, pondo uma mecha de cabelo para trás da orelha.

- Não – ele passou a mão pela nuca, demonstrando nervosismo – Nessa parte tá tudo indo bem.

- Hm, então, o que é? – Apressei-o.

- É que eu estou com medo, sabe? – Ele se levantou, deu a volta na mesa e sentou-se na poltrona do meu lado. – Falsificação é um crime muito grave. – Ele cochichou ao meu ouvido. Virei o rosto para olhá-lo nos olhos. Ele demonstrava espanto.

- Relaxa – Pus a mão sobre a sua bochecha, acariciando-lhe com o polegar – Não vai te acontecer nada. Nunca aconteceu. – Ele mordeu o lábio inferior em resposta, e logo depois um sorriso surgiu em seus lábios, ele pôs a mão sobre meu rosto da mesma maneira que eu fiz, e acariciou-o também.

Um arrepio subiu por minhas costelas, e eu o via se aproximar cada vez mais, com seus lábios muito próximos aos meus.

- Licença. – A garçonete apareceu com os pedidos, tirando toda nossa concentração, nos fazendo voltar a ficar sentados normalmente. – Desculpa aí se eu atrapalhei alguma coisa... vim trazer os pedidos de vocês. – E ela sorriu.

- Não atrapalhou em nada, ao contrário, eu estava morrendo de fome, obrigada. – Ela pôs os pedidos sobre a mesa.

- É, eu também estava com muita fome. – David me olhou fundo nos olhos, fazendo eu me sentir invadida.

- Caso precisem de alguma coisa é só me chamar. – Assentimos e ela saiu.

Eu sei que David gosta de mim, eu também gosto dele. Mas eu acho e sempre acharei que não somos tão bons assim juntos. Ele sabe, eu o amo mais a cada dia, ele me quer mais a cada dia, e eu discordo mais da ideia de ficarmos juntos a cada dia.


Notas Finais


Comentem o que acharam. 💜 (E me desculpem, mais uma vez).


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