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História Vestida Para Matar - O Acordo


Escrita por: AnneVit

Notas do Autor


*******LEIA AQUI*******
Olaaaa, humanos! Ainda se lembram de mim e dessa história? Pois bem, eu disse que não iria desistir, e cá estou eu, postando novamente mais um capítulo. Me desculpem por quase (ou já deu) um ano sem postar nem um mísero sinal de vida, mas, estou aqui agora, andei muito ocupada feat. sem criatividade NENHUMA, e estou tentando me redimir uausus Enfim, esse capítulo é um “especial” com a narrativa todinha do Bradley. Espero que gostem, e continuem me incentivando com os comentários, como faziam antes, e o mais importante, que me perdoem pela demora (e também pela falta de capas elaboradas, como disse, criatividade baixa uausudh). ❤️

Capítulo 12 - O Acordo


P.O.V. Bradley Clark

Eu estava sentado em uma poltrona acolchoada de couro vermelho-vinho, em minha sala. Nada era tão entediante quanto aquilo.

Olhar para o teto na expectativa de que algo bom me aconteça, do nada, é um dos meus hobbies, e, infelizmente, isso acontece exatamente no momento em que estou cheio de coisas para fazer, vários papéis para assinar, e uma empresa inteira para tomar conta. Este, é mais um daqueles momentos agonizantes em que fico pensando em várias das coisas terríveis que já fiz... todos os erros que já cometi, e me sinto desumano por não sentir remorso ou arrependimento, o que qualquer pessoa normal – com toda a certeza – sentiria.

Ouvi sons de batida na porta. Me arrumei na poltrona e avisei para a pessoa que podia entrar.

Era Amy.

- Senhor Bradley – ela começou.

- Entra e fecha a porta, Amy — Peço, com entonação arrogante.

- Desculpe. – Amy falou.

- O que você quer? – Perguntei, ela rolou os olhos, quase revirando-os.

Eu adoro isso.

Me lembrei dos dias que a amei incondicionalmente, dos dias em que eu a beijei, do dia em que eu fiquei feliz ao sabermos que teríamos um filho; o Mike.

É, isso sempre me lembra do dia em que Mike completou um ano, e Amy pediu para que nós assumíssemos nosso romance, e eu fosse morar junto dela, junto ao nosso filho. Esse foi o pior dia, um dos quais eu tive que recusar seu pedido, pois minha esposa – agora falecida – Olívia, me avisara que estava grávida haviam quase dois meses. Obviamente, fiquei puto, pois eu finalmente iria me livrar daquela mulher, e correr para os braços de Amy, a mulher que sempre amei. Mas eu tive que deixar tudo de lado, e continuar casado com Olívia, apenas para manter as aparências, afinal, um homem influente como eu, não pode deixar que algo tão tosco arruine toda uma carreira.

Quando a criança nasceu, não pude negar que ela era uma linda garota – olhos azuis, e cabelo loiro – mas eu já a odiava, e o motivo era simples. Ela atrapalhou toda minha vida antes mesmo de sair do útero de sua mãe. Foi por isso que começaram as brigas e desentendimentos, e Olívia, como uma mulher medíocre que ela era, resistiu nos meus primeiros tapas em seu rosto, mas depois, tudo era em vão. As agressões físicas, verbais, ela não resistia. Eu assistia ela se encolher e chorar, pedindo ao Deus que ela tanto acreditara e amara, por sua misericórdia, e eu simplesmente ria de sua inutilidade. Ela nunca deixou que eu fizesse nada com a garota; não deixava que eu desse um tapa em Marilyn quando ela fazia algo de errado, ela a corrigia com palavras de ordem, mas nunca batia nela, nem sequer um tapa.

Eu nunca soube o que sinto por Marilyn, acho que talvez nunca saberei. Às vezes eu acho que deveria ter deixado Olívia viver sua vida longe de mim, abandoná-la com seu bebê, ao invés de oito anos depois, quando Olívia já havia falecido, perder meu tempo tendo que cuidar daquela garota inútil.

- Estou falando com você, Senhor Clark. – Amy estalou os dedos perto do meu rosto, para me trazer de volta à Terra, pois eu estava absorto.

- Que é? – Bufei.

- Arrogante. – Ouvi Amy dizer baixinho com os dentes serrados.

- Você que é chata. – Falei, e ela respirou fundo.

- Eu trouxe uns papéis pra você ler, eu não sei ao certo, mas tem a ver com os contratos dos funcionários. – Ela estendeu a mão que segurava uma pasta preta com papéis dentro.

- Resolve isso você, depois faça um relatório e me entregue – conferi as horas no meu relógio de pulso –, vou sair um pouco. – Peguei meu paletó que estava sobre a poltrona e saí, deixando-a para trás, conversando sozinha.

(***)

Me sentei na grama ao lado do Lago de Burlem Brock, e observei a vista por alguns minutos.

Um garoto de olhos castanhos, cabelos da mesma cor, bagunçados, sentou-se ao meu lado e cruzou as pernas. Observei-o fazer tal movimento, logo depois, ele colocou um cigarro entre os lábios, tirou um isqueiro do bolso e o acendeu.

Bingo! 

- Que foi? – Ele falou.

- Nada. – Resmunguei.

- Quer? – Ele ofereceu.

- Não, parei faz algum tempo.

- Hm. – Ele olhou para o horizonte e soprou a fumaça após alguns segundos inalando-a.

- Sou David, você é? – Ele se apresentou, com a mão estendida para um cumprimento, que eu cedi.

- Bradley Clark. – Falei, apertando sua mão. David ficou pasmo alguns segundos, mas logo após, olhou para frente e continuou a fumar seu cigarro.

- Dono da Soul's, né?! – David perguntou, assenti.

- E o que você faz, David? – Perguntei.

- Documentos. – Ele deu de ombros.

- Hm, você trabalha no cartório? – Ele balançou a cabeça, negando. Me chamou para mais perto com um aceno.

- Eu falsifico eles. – Ele cochichou, se afastou, e riu.

- Então você deve ter vários... hm, contatos importantes. Não é?!

- É... – Ele entortou o nariz.

- Olha, David, sei que acabamos de nos conhecer, mas podemos fazer um acordo, que beneficiaria ambos de nós. – Falei, com um meio sorriso no rosto.

- Um acordo? – Perguntou.

- É, um acordo. – Assenti.

- Que tipo de acordo? – Ele apagou o cigarro.

- Eu tive uma filha, e quando ela tinha catorze anos, fugiu de casa – suspirei –, e bom, ela não era legal comigo. Era uma atrevida, vivia respondendo a mim e a mãe. E eu só queria revê-la. – Arrumei o cabelo com a mão. – E, se você me ajudar a achá-la, ganhará uma grande recompensa por isso.

- Que tipo de recompensa? – David perguntou.

- Sei lá, você pode escolher. – Dei de ombros. – Concorda? – Ele parou pensativo.

- Tá – suspirou – preciso de informações sobre ela.

- Marilyn Clark, cabelo loiros, grandes olhos azuis, e extremamente branca.

- Pelo jeito que você fala, ela parece ser muito bonita. – David riu.

- Sim, ela é bonita. – Balancei os ombros com indiferença. – Você concorda?

- Olha, Bradley, eu vou aceitar. – Ele falou, e deu um meio sorriso. – Mas me passa seu número para conversarmos melhor quando eu tiver alguma informação. – Assenti e tirei meu cartão do bolso.

- O número e endereço que estão aí são do meu escritório, é só você ligar e pedir para a minha secretária, Amy, marcar um horário preferencial para você, ela vai entender. – Pisquei para David, que deu uma risadinha.

Emma estava certa sobre este cara, é uma ótima isca, além de colocá-lo para investigar o paradeiro de Marilyn, posso conseguir informações sobre Chelsea, para, finalmente, torná-la minha. 

Alguns minutos se passaram enquanto eu e David observávamos o horizonte sem trocar mais nenhuma palavra sequer.

Estava escurecendo, o céu começando a se estrelar, e a lua cheia fora de foco no universo, mostrava-se cada vez mais.

- Vou indo, Clark. – David levantou-se, e eu levantei respectivamente.

- Pensa bem na proposta, garoto. – Dei um tapa de leve no ombro dele.

- Pode deixar. – Ele suspirou, arrumou o cabelo e andou em passos largos pela calçada até desaparecer em uma curva à esquerda.

(***)

- E aí, pai?! – Mike me cumprimentou ao me ver entrar pela porta da sala. Ele levantou-se do sofá e veio em minha direção. – Você está atrasado para o jantar. – Ele avisou.

- É, eu sei – bufei, passando a mão pelo rosto, em um ato cansado, me sentando no sofá respectivamente.

- Aconteceu alguma coisa? – Perguntou.

- Não – umedeci os lábios com língua.

- Então, vamos lá comer? – Ele apontou para a sala de jantar com um dos polegares, enquanto a outra mão permanecia no bolso da calça.

- Eu vou daqui à pouco. – Suspirei.

- O.K... – Mike falou lentamente e de uma maneira esquisita, enquanto fazia uma careta, levantando uma das sobrancelhas.

Vi meu filho ir para a sala de jantar cochichando algo com si mesmo, mas eu não havia entendido e nem fazia questão de entender.

Peguei meu celular do bolso de minha jaqueta e desbloqueei a tela.

Uma mensagem apareceu, com o nome de Emma piscando na tela.

“Brad, preciso conversar com você pessoalmente, pode vir até minha casa?”

Revirei os olhos e suspirei.

Saí sem avisar, liguei meu carro e me direcionei à casa de Emma. Fica a algumas quadras da minha casa.

Avistei um prédio em um condomínio fechado, parei na portaria e o segurança avisara que eu podia entrar. Subi os andares de elevador, e bati a campainha no apartamento 506.

Emma logo apareceu na porta, vestindo um robe bege com mangas compridas, deixando à mostra sua lingerie preta. Ela escorou-se na porta, mordeu o lábio inferior, e me fitou de uma maneira sexy.

- Pode entrar – ela abriu espaço, e eu entrei sem falar uma palavra, vendo-a trancar a porta, e colocar a chave dentro do sutiã, com um sorriso travesso estampado nos lábios. – Sente-se, fique à vontade. – Ela ofereceu, apontando para o sofá de couro vermelho.

- Para que você me chamou aqui? – Perguntei.

- Ei, calma aí! – Ela riu, e colocou sua mão em minha bochecha, acariciando-a. – Você não quer uma água, um suco, ou talvez... – ela parou, e soltou uma risadinha antes de completar a frase – talvez você queira mais do que isso. – Emma começou a acariciar minha perna, e eu resistia para não agarrá-la.

- Emma, a gente não tinha combinado que isso tudo já acabou? – Perguntei finalmente.

- Se você não quer, pode ir embora – ela deu de ombros e foi em direção ao corredor. – Só que você vai ter que conseguir a chave primeiro.

- Merda – suspirei. – Não me provoque assim, garota.

Ela veio em direção a mim, e se sentou em meu colo.

- Quer que eu desista cem por cento de você, e volte para o Mike? – Ela fez biquinho, acariciando minha bochecha.

Não houve respostas minhas.

Ela se levantou, cruzou os braços e suspirou.

- Ah, você quer a Chelsea, não é mesmo? – Ela revirou os olhos. – Tá tudo bem, não vou me rebaixar. – Ela pegou a chave no sutiã. – Pode ir embora, eu sei que você quer ir. – Ela andou até a porta, e destrancou-a, sinalizando com a cabeça para o lado de fora. – Mas não conte mais comigo para essa porra de investigação que você quer fazer sobre aquela vadiazinha de quinta. – Retrucou.

- Emma, você já sabe a razão pela qual nós terminamos com isso, não tente envolver mais ninguém nesta história. – Fui até a porta e a fechei. Ela me olhava sem expressões aparentes.

- Eu não quero ser sua amante, Brad, que você só chama quando precisa – ela me puxou para perto, e colocou sua boca próxima ao meu ouvido. – Eu quero ser mais do que isso, e você sabe que eu sou só sua. – Senti um calafrio correr por minha pele, e antes que eu tomasse conta do que estava fazendo, agarrei-a, e a beijei com intensidade, com desejo.

Segurei-a pelo pescoço, para que me olhasse nos olhos, com a outra mão, toquei a superfície de sua calcinha, arrancando suspiros dela.

- Faça por merecer e serei só seu, garota. – Ela riu excitada, e eu a beijei novamente, pressionando-a contra a parede.

Parei de beijar Emma, e ela me olhou, um pouco decepcionada.

- Não – suspirei, peguei na maçaneta da porta, e esperei alguma intervenção dela.

- Só quero saber, por quê? – ela engoliu em seco.

- Tchau. – Me despedi, andando em passos largos até o estacionamento.

Entrei em meu carro, encostei-me no banco, e respirei fundo.

Eu posso ser perdidamente louco pela Emma, mas a única que eu quero agora é a Chelsea, e Emma é uma ótima ferramenta para que eu consiga isso.

Chelsea! Ela sim é irresistível, com aquele seu olhar provocante, e nunca parecer se importar me deixam cada vez mais atraído por ela. Eu não sei o que há nela que me deixa nervoso, estranho, e eu quero conhecê-la, preciso que ela seja minha, e eu vou conseguir isso, seja por bem ou por mal.


Notas Finais


E aí, o que acharam? ❤️


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