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História Você pode me amar, não pode? - Quadro


Escrita por: PatyDoce

Notas do Autor


GENTE CAPITULO NOVO.

RS

Dessa vez não demorou taaaaaaaaaaaaaaaanto né?

Bom, espero que gostem.

Cara, 39 favoritos. UHUUUUU *correndo pela casa* Nossa eu pensei que a fanfic ia ser tipo, uma merda cara, nossa to tão feliz aqui, juro que pensei que ninguém ia gostar..................... MAS, MAS, ENFIM, EU AMO VOCÊS.

Me digam o que acharam.... e....

~Boa leitura <3

Capítulo 8 - Quadro


Fanfic / Fanfiction Você pode me amar, não pode? - Quadro

Autora ON:

Gente, olha eu estava pensando..... E sabe, dia 1° de Dezembro é aniversário da Hana, então eu queria saber se vocês vão querer algum especial, algo assim.... Porque se quiserem por favor, me digam, e eu também já tenho uma pequena ideia de especial....

Bjinnnn. Obrigada pela atenção. E... O menos importante..... Meu aniversário também é dia 1° *-*.

KISSU

Cap 8: Quadro 

    Bom, neste exato momento eu estou pintando o quadro que o Kanato pediu (ordenou) que eu pintasse.

    Estou de baixo de uma macieira do jardim, pegando uma sombra. Eu primeiro pintei o quadro todo de preto, e agora estou esperando secar.... Pois pra fazer uma galáxia é preciso pintar tudo de preto... Não sabia? Rs.

    Me surpreende o fato de Kanato ter escolhido uma galáxia, mas também adorei essa ideia. No apartamento em que eu morava antes de vim para cá, no meu quarto, o teto era uma galáxia, eu que havia pintado, mas antes era branco, eu deitava e ficava observando aquilo, mas era... Digamos que.... Sem graça...

    Até que depois eu tomei uma atitude, comprei tinta, arrumei meus móveis em um canto para que não sujassem, forrei o chão com jornal e comecei a pintar.... Depois de muito tempo pintando... Admito... Havia ficado muito mais bonito e colorido... E trazia um ar diferente no quarto, um ar mais... Vivo? Rs sim acho que sim.

    Como eu quase não saia de casa, nunca ia observar as estrelas de noite, no mínimo as via da janela, então eu ficava observando o teto, e viajando nos pensamentos.... Enquanto apreciava aquela bela visão.

    “Adoro as estrelas e agora tenho uma galáxia...” Eu pensava.

    Toda vez que eu ia deitar, eu observava aquela pintura.... E eu me sentia... Aliviada... 

    Sempre que eu olhava aquela pintura... Eu esquecia dos vários problemas que tinha... Era como se... Fosse... Um tipo de distração...

    A melhor parte do meu dia, era quando, eu deitava e olhava pra cima, enquanto todos os problemas iam embora de minha mente.

    Aaaaah, como eu queria que Aime visse o meu quarto.... Sabe, eu havia criado coragem e animação para fazer aquilo 1 ano depois de sua morte.... Do jeito que ela é... Tenho certeza que ela gostaria....

    *    ~    *

    Bom, enquanto eu estava sentada na sombra, do nada, simplesmente me deu fome... E sim eu já tomei café da manhã.

    Mas quando eu fui tomar café... Laito e Ayato estavam lá, e claro que Reiji também. Quando nós começamos a refeição.... Meu Deus, o Ayato e o Laito (principalmente) começaram a me provocar, e eu estava com fome, ou seja, se eu estou com fome significa que eu estou de mal humor entende? E então claro que eu respondi os dois... E ainda assim... E AINDA ASSIM. O Reiji-”san” veio me dar sermão. Ou seja, eu estou puta com ele hoje (todos os dias). Porque né? Ninguém merece dois ruivos te irritando... Aí quando você, ou melhor, EU tomo alguma atitude EU que sempre me fodo. Claro que o Reiji também deu um sermão neles, mas quando é COMIGO é tipo, MUITO PERIGOSO, É RISCO DE VIDA....

    Enfim, voltando ao que realmente interessa.....

    Quando eu estava com fome, olhei para cima e então pensei.

    “Eu vou escalar isso e pegar uma maçã.

    A árvore era bem alta, e eu com certeza não ia alcançar aquilo nunca, a minha única opção era escalar.

    Comecei a subir nela segurando alguns galhos, eu, por pouco, quase caio no chão. Eu ia me quebrar todinha caindo dali de cima, eu já estava quase no topo.

    Ao chegar lá em cima, me sentei em um galho que parecia ser o mais seguro, e depois peguei uma maçã.

    Limpei ela com a manga da minha blusa, e a mordi.

    - Nossa, mas que fome. – Falei depois de termina-la.

    Eu ainda estava com fome então peguei mais uma. Havia várias.

    Quando eu estava terminando de comer a segunda maçã, eu escutei alguém me chamar, então eu virei minha cabeça lentamente.

    - O que está fazendo aí? – Perguntou.

    Ué? Isso foi inesperado, jurava que podia ser um dos trigêmeos. Pensei.

    - Estou comendo uma maçã. Quer? – Falei pegando outra maçã.

    - Joga aí! – Mandou.

    Eu joguei a maçã em sua direção, mas ela acabou batendo na cabeça dele. E eu? Eu comecei a rir.

    - He he he. Há há há há. Ai ai. – Falei já chorando de rir.

    Depois enxuguei a lágrima que caia dos meus olhos de tanto rir.

    - Muito bom Subaru. – Comentei.

    - Tch! – Resmungou.

    - Foi mal. – Falei já me preparando pra sair de lá de cima.

    Enquanto eu descia, quase que um galho tinha quebrado, e eu acabei escorregando de leve, mas não cai eu segurei forte o outro galho.

    Mas depois eu escutei uma risada diferente.... MEU DEUS O SUBARU TÁ RINDO?!

    - Há há há hehe. – Ria ele, e eu ainda estava meio surpresa por ele estar rindo, pois ele tem uma expressão um pouco séria. – Parece que o jogo virou não é mesmo? – Zombou, tentando me provocar.  

    - Vai se fuder. – Falei bem baixinho terminando de descer da árvore. Ainda bem que ele não escutou.

    - Que!? – Perguntou, e eu só neguei, fazendo um sinal de que não era nada.

    - Bem, agora eu vou terminar de pintar isso aqui. – Me sentei perto do quadro todo preto, já um pouco seco.

    Peguei um pincel grosso, e as cores: roxo, azul escuro, azul claro, branco, lilás e rosa.

    - O que que é isso?! – Perguntou enquanto mordia a maçã.

    - Eu vou pintar. – Respondi olhando pro quadro, pensando em que cor iria usar primeiro.

    - Como você conseguiu comprar isso? – Perguntou. – Assaltou alguém? – Eu assenti, pois eu não estava nem escutando direito o que ele falava.

    - Sim... – Ainda estava olhando o quadro, começando a morder meu dedo pensativa.

    - É sério? – Perguntou novamente.

    - Calma aí, o que você perguntou mesmo? Foi mal, eu não tava escutando. – Falei saindo do transe em que estava.

    Ele apenas amaçou levemente a maçã em suas mãos, mas não a destruiu por completo.

    - Você conseguiu dinheiro aonde?! – Aumentou o tom de voz.

    - Kanato que comprou e mandou eu pintar. – Falei normalmente.

    - Ah. Entendo. – Respondeu se acalmando e mordendo a maçã.

    Comecei a pintar o quadro, espalhei primeiro a cor lilás em cada canto do quadro.

    Enquanto eu fazia isso, vi que alguém havia sentado ao meu lado.

     - Bitch-chan!!! Que que você está fazendo? – Falou a “tal” pessoa.

    - Pintando. – Respondi sem muita emoção, porque eu estava muito concentrada.

    - Mas o que é isso? Tudo preto... – Perguntou pensativo. – Já sei, é um buraco negro.

    Sim isso! (Ironia). Vou aproveitar e te jogar aí dentro.

    - Ainda não está pronto, vai demorar um pouco para terminar, e não. Não é um buraco negro. – Expliquei para Laito enquanto Subaru se encostava na árvore cabisbaixo.

    - Então o que é? 

    - Uma galáxia. – Respondi.

    - Ummm, legal. Onde conseguiu dinheiro? – Perguntou, eu ia responder até que alguém interferiu já irritado.

    - Não, ela não roubou, foi o Kanato que comprou e mandou ela pintar. – Dissera enquanto erguia um dos braços para pegar outra maçã.

    - Hm. Bem então Bitch-chan, eu quero ver você fazer essa galáxia tá? Nfu~ - Dissera. – Parece que agora temos uma artista nessa casa não é? – Eu não disse nada.

    - Eu já vou indo. – Falou Subaru saindo de lá, já com outra maçã.

    A não me deixa sozinha com ele não...

    Depois de alguns minutos espalhando a tinta, peguei outra cor e comecei a mesclar, já estava dando um leve efeito de brilho.

    Laito que me observava apenas ficou um pouco surpreso com aquilo, e eu sorri sem mostrar os dentes, ainda pintando.

    - Bitch-chan, eu adoraria se você fosse minha professora de artes. – Dissera com um olhar malicioso, mas eu não estava o olhando, só queria saber de pintar e pintar.....

    - Laito. – O chamei. – Você sabe quem é Tougo?

    Quase que eu esqueço de perguntar.

    Laito fez uma expressão de surpresa.

    “Quem será que ele é?

    - Essa pergunta.... De novo... – Dizia para si mesmo.

    - De novo? – Perguntei interessada no assunto.

    - Sabe Bitch-chan, a noiva que veio antes de você... Ela também... Fez a mesma pergunta.

    Eu não pude deixar de ficar curiosa com aquilo.

    “Será que esse Tougo também falou com ela?

    Eu me pergunto.

    - Onde vocês ouviram esse nome? – Perguntou.

    - Em um “sonho”. – Dei um pequeno ênfase. – Mas, você sabe.... Quem é Tougo, não sabe?

   - Em um “sonho”... – Falou pensativo. – Tougo... Ele é o nosso, pai.... Mas esse não é seu verdadeiro nome. – Explicou, e eu fiz apenas um sinal para que ele continuasse. – Nosso pai... Ele é o rei dos vampiros.

    Eu ouvia atentamente cada detalhe... Então... Quer dizer que eu já falei com o pai deles.... Essa alternativa nem se passou em minha cabeça. E eu adoraria conhecer essa outra noiva...

    Cada palavra que saia da boca de Laito, tudo que se referia ao pai dele, eu via, seus olhos expressando puro ódio e nojo desse homem...

    - Laito.... Então, qual é o verdadeiro nome “dele”? – Perguntei, e senti um clima um tanto pesado quanto tenso.

    - Karlheinz. – Respondeu com puro desgosto, e ainda com uma expressão séria.

    K-Karlheinz? Por que sinto... Que já ouvi esse nome? Mas que sensação é essa?

    - Hm. – Foi a única coisa que eu falei, eu estava muito surpresa por talvez já ter escutado esse nome...

    - Não repita esse nome. – Dissera sério.

    - Está bem. – Respondi voltando a espalhar as cores.

    Laito foi o único que me respondeu... Por que será que Ayato disse que não sabia?

    Pelo o que eu vi, eles se sentem muito desconfortáveis ao falar de... Karlheinz.

    Esse nome, esse nome.... Onde foi que eu o ouvi?

    Como eu já sei sobre o tal de “Tougo” eu não precisarei mais perguntar algo pra eles... Ainda bem...

    Passamos alguns minutos em silêncio, eu não me importei porque estava pintando, mas ele parecia agoniado.

    E então eu finalmente resolvi quebrar aquele clima.

    - Ei Laito. Bom, que dia é o seu aniversário? – Perguntei.

    Eu sei que foi bem aleatório, mas é bem melhor do que nada.

    - Fufu, bem aleatório né Bitch-chan? – Dizia se referindo á pergunta.

    - Vai se ferrar. – Falei baixo, bem baixo.

    - Oh? Bitch-chan você tem uma boca muito suja. Né? – Falou. – Acho que vou começar á contar o tanto de palavrões que você fala. Nfu.

    - Fod... – Eu mesma me interrompi, pois eu já iria xingar de novo, e ele ia ficar me perturbando.

    Ele apenas deu um leve sorriso.

    - Enfim, respondendo sua pergunta.... Meu aniversário é dia.... Dia.... – Tentou lembrar. – Dia 20 de Março.

    - Ummm. – Respondi.

    - Então, qual é o seu?

    - 1 de Dezembro. – Respondi.

    - Ora ora, temos uma sagitariana. – Dissera. – Deve ser por isso que você é engraçada Bitch-chan. - Sorriu.

    Eu. Sou. Engraçada?

    QUÊ?

    Eu apenas fiz uma cara surpresa, essa foi realmente inesperada.

    - Eu? Engraçada? Não me faça rir. – Falei olhando para ele.

    - Ué? Você é divertida e engraçada. Por isso que também não fico entediado conversando com você, e é muito melhor ficar com a Bitch-chan do que ficar sozinho. – Fez uma voz meio manhosa. – Ah e parabéns!

    Ue? Parabéns por quê?

    - Sei. Sei. – Falei irônica.

    Ele apenas riu.

    - Viu? Engraçada.

    Ele apenas se aproximou e lambeu levemente minha bochecha.

    Apenas ignorei isso e continuei fazendo o efeito de galáxia.

    * Alguns longos minutos depois *

    - Finalmente. – Passei a mão na testa limpando o suor que lá estava por conta do calor. 

    Eu havia acabado de terminar de pintar o quadro.

    Laito estava encostado na macieira descansando, ele já havia comido várias maçãs...

    - Uh? Já terminou? – Ele se aproximou para ver como havia ficado.

    Eu só vi sua expressão de cansaço virar uma expressão surpresa de repente, o que me fez rir de leve.

    - Uau. Adorei Bitch-chan. Sério que não quer mesmo trocar com a minha professora de artes?

    - Obrigada... – Sorri. – Mas você nunca vai deixar seu lado malicioso né? Hehe.

    - Mas com uma presa dessas em minha frente.... É impossível Bitch-chan.

    É... Ele nunca vai deixar de ser assim.. Mas isso é... Engraçado as vezes.

    - Eu sou demais. – Falei brincando. – Me ajuda á tirar essas coisas daqui? – Pedi ajuda, era muita tinta, pincel, papel (sim eu havia pedido para Reiji me dar algo para não sujar a grama de tinta), e também precisaria de ajuda principalmente para tirar o quadro dali, Kanato comprou um quadro realmente grande. Juro pra você, foi até difícil de trazer pra cá.

    Ele apenas concordou, pegou algumas coisas, e eu também.

    Então estávamos indo em direção ao meu quarto, pois eu entregaria o quadro á Kanato assim que ele chegasse. Ele estava fora.

    O que ele estava fazendo?

    Não sei.

    ^     ~    ^

    Ao entrarmos no quarto, organizei as coisas.

    Laito que carregava o quadro, colocou o mesmo perto da escrivaninha.

    - Eu preciso ver esse quadro. – Falei em um tom engraçado.

    Laito apenas me acompanhou e foi olhar o quadro junto comigo.

    - É.... Acho que você é o novo Picasso. Porque.... Ta foda. – Dissera enquanto eu apenas fiz um gesto de agradecimento, logo rindo depois.

    Depois de observar direito o quadro, acabei tendo uma ideia, então puxei uma cadeira e me sentei em frente á escrivaninha.

    Peguei uma folha de caderno e um lápis, então escrevi.

    “Me veja como uma tela em branco, sem passado, sem cores, sem memória; apenas com o desejo de uma nova cor....”

    Depois de escrever, vi que Laito estava do meu lado, olhando o que eu havia escrito.

    - Uau. Profundo Bitch-chan.

    Eu sorri de leve com seu comentário.

    Eu estava quieta, ainda olhando aquela frase marcante, até que Laito me puxou e me prensou na parede, me olhando maliciosamente.

    - Nee Bitch-chan.... – Falou perto do meu ouvido. – Agora, eu quero minha recompensa. – Ele lambeu levemente meu pescoço.

    Nem tinha dado tempo de eu piscar direito, ele foi muito rápido, por isso eu fiquei quieta, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

    Laito me prensou ainda mais contra a parede e segurou meus braços com um dos seus, me imobilizando.

    Ele aproximou suas presas perto do meus seios, logo puxando a manga de minha blusa para baixo, quase á rasgando.

    Eu me mexia, mas era inútil tentar fazer algo.... Eu tentei chutar suas partes, e falhei, o mesmo havia segurado minha perna esquerda, logo á empurrando levemente.

    - Ai caralho. – Falei reclamando da força que ele usou para “jogar” minha perna na parede.

    O mesmo riu levemente e mordeu perto dos meus seios.

    Aquilo... Estava doendo tanto...

    E saber que isso só vai aumentar... Me perturba.

    Ele gemia de leve ao beber meu sangue, enquanto eu queria xingar todos os palavrões possíveis pra ver se aquela sensação parava ou passava mais rápido...

    Dor. Eu te odeio.

    - Puta que pariu a égua. Umm. – Resmunguei baixo. – Vai se foder essa vida. Porra.

    Acho que o melhor jeito de “tentar” aliviar essa dor, é xingar ou morder a mão, no meu caso é isso....

    Sentir meu sangue escorrer, sentir ele sendo drenado... E.... Ainda sentir dor e enjoo.

    É tão ruim.

    - Seu sangue é tão bom e quente.... – Falou parando de sugar meu sangue.

    Eu o olhava meio tonta, minha visão estava completamente embaçada. Eu só o via rir de mim... 

    - Bitch-chan, até quando bebo seu sangue você me faz rir. Fufu.

    - Aham... Sei... – Eu novamente parecia uma bêbada.

    E como eu estava naquele estado.... Eu falei merda.

    - Foda-se tudo. – Falei. – Você, foda-se, putz grila. – Olhei levemente minha roupa se sujando. – Mano, isso é sangue? Olha o que você fez. – Bati levemente em seu peito. – Cara, olha essa merda, é tudo culpa sua. Nossa... Socorro. – Falei.

    Nunca xinguei tanto na minha vida.

    - Nfu~ Bitch-chaaaaan, você bebeu? Eu que devia estar ficando louco... – Sorriu de canto, observando eu ir ao banheiro.

    Eu estava andando e ignorando tudo, eu resmunguei bem baixinho um “vou vomitar”, e acabei falando “arrombado”.

    - Bitch-chan? Está me escutando? – Indagou o ruivo enquanto eu encostava a porta do banheiro.

    “Que viajem, nossa, que loucura mano, que isso?”

    Eu me perguntava, mas eu realmente estava meio inconsciente, igual da vez que Ayato bebeu meu sangue, só que dessa vez.... Foi muito pior.

    Comecei a molhar meu rosto, e logo limpando a nova ferida...

    Apenas reclamei da ardência enquanto jogava água de leve nela.

    Peguei um pacote de bandejes que havia lá no banheiro e coloquei dois em cima da mordida...

    Me olhei no espelho, e vi que eu estava toda bagunçada, e meus longos cabelos estavam sobre meu rosto, o escondendo de leve.

    - Há há. Parece uma delinquente. – Ri de mim mesma apontando para o espelho. – Eu to doida mesmo. – Repeti para mim mesma.

    Peguei meus cabelos e os tirei de minha testa, assim os prendendo em um coque, para melhorar minha visão. Então me olhei no espelho novamente.

    “Não me importo se não estou bonita”.

    Eu não diria que sou “bonita”, eu tenho corpo, mas, não quero que me olhem só de aparência....

    Na escola em que eu estudava, sempre recebia cartinha de meninos, eu odiava isso, e as meninas de minha sala, sempre me odiaram por causa disso... Esse também era um dos motivos para eu ser isolada na escola, sabe? Aquela garota que fica no fundão da sala? Ela era eu.... 

    As meninas da minha sala... Sempre tentavam fazer “brincadeiras de mal gosto” comigo, mas só tentavam, porque eu havia aprendido a me defender... E acabou que todos achavam que eu... Era tipo, a louca isolada e nerd da sala, e isso me magoava profundamente...

    Ninguém ali me conhecia o suficiente para falar algo assim, ninguém....

    Por isso odeio humanos, só enxergam a aparência, a maioria deles.... Nunca, nunca tentam enxergar o que a pessoa é de verdade.

    Eu acredito que exista pessoas que pensam o mesmo que eu, porque... Nesse mundo tem de tudo... Não é?

    - Já estou chorando? – Disse enquanto limpava meu rosto levemente com a manga da blusa. – Do nada eu estou sorrindo, e depois, eu estou chorando, por quê?

    Eu sei que sorrio de muitas e muitas coisas, mas no fundo, no fundo, eu estou querendo voltar no passado, no fundo eu quero esquecer de tudo....

    Até hoje eu não acredito que perdi meus pais, nem Aime, essa dor é muito pior que a dor física, é muito pior....

    Imagine: Você está sorrindo, acenando para alguém que você confia, acha importante, e... Ama. Então, imagine você sem essa pessoa, isso não doí? Isso é tão ruim que as vezes você chega a se culpar por algo que você não tem culpa.....

    Imaginou? Doloroso não?

    “Se eu soubesse que aquilo aconteceria... Eu teria feito algo? Eu estaria com.... Eles?

    Sempre, sempre essas perguntas invadem minha mente todas as noites.... E por isso eu não consigo dormir tranquila.... Nunca.

    Sei que meus pensamentos.... Do nada mudam, uma hora eu falo de mim,  outra eu falo de meus pais, de minha amiga e... Depois acabo levando isso pro lado pessoal...

    “Eu sou péssima com pensamentos.....”

    ^    -    ^

    Neste momento, estou na cozinha, vim buscar meu “suco”.

    Eu tive que trocar minha blusa, tudo culpa do Laito....

    Puta que pariu.

    Pensei enquanto fechava a geladeira já com o meu suco na mão.

    Puxei um banco para me sentar, colocando Bonnie sobre a mesa.... Enquanto eu bebia o suco tranquilamente, tentando pensar em algo aleatório... Do nada simplesmente veio duas coisas na minha cabeça.

    “FUDEO, O KANATO VAI ME DAR PUNIÇÃO, COMO EU ESQUECI DISSO?!”

    “JÁ TA CHEGANDO O DIA DO MEU ANIVESÁRIO! QUE DIA É HOJE MESMO!?”

    - Hoje é dia... Dia...? – Falei pensativa. – Que dia é hoje mesmo?!

    - Dia 1°. Por quê? – Falara Ayato logo puxando uma cadeira e se sentando em minha frente.

    - Di-dia pr-primeiro? – Falei trêmula. – Não pode ser mesmo.

    - Hoje é quinta feira, dia 1°. Não sabia Panqueca? E, o que tem de tão importante hoje? – Falou bagunçando levemente sua franja.

    Que idiotice, to parecendo a Dori agora.

    Que decepção.

    - Não é nada demaaaaaais. – Falei indignada comigo mesma.

    O mesmo fez um gesto para eu continuar.

    - É porque hoje é meu aniversário. – Expliquei.

    Eu realmente não me importo muito com esse dia... Não sei, só não me sinto tão animada igual á antes....

    - Então, parabéns Panqueca. – Dizia, e eu só agradeci.

    “Agora sei porque Laito me deu parabéns.”

    - Mas agora, eu quero que me siga. – Falara.

    Eu apenas disse. “Pra onde?”

    - Nada de especial, só venha. – Ele se levantou e me puxou violentamente.

    - Calma aí! – Reclamei enquanto pegava Bonnie e jogava a embalagem do suco no lixo. – Agora sim. – Falei logo em seguida.

    *    -    *

    Ficamos andando durante muito tempo....

    Até que chegamos em uma sala, ele abriu a porta e nós entramos. Estava tudo muito escuro não conseguia enxergar direito.

    Eu caminhava cada vez mais para frente, esperando Ayato dizer algo.

    Mas eu acabei me arrependendo, pois ele me segurou, e por conta do susto acabei soltando Bonnie.

    Do nada, simplesmente ele me jogou.

    Acabei gritando involuntariamente.

    Eu vi que eu tinha caído em uma piscina, sim, como? Pois é.

    O que eu fiz?

    Eu levei um susto, e por isso acabei quase me afogando, e ainda estava escuro, não dava para ver nada... E aquela piscina (Lago na minha opinião) era muito funda.

    Eu estava afundando, enquanto escutava a risada sádica do ruivo.

    Quando finalmente vi o que estava acontecendo, comecei a nadar para algum lado...

    Enquanto eu nadava, pude escutar a risada sádica de Ayato parar.

    Ele parecia inconformado... Ele realmente queria me afogar?

    Quando eu senti que tinha uma parte da borda da piscina na minha frente, a segurei fortemente e me levantei.

    Minha respiração estava falhando, nadar cansa muito, principalmente pra quem não tem costume.

    Minhas roupas estavam encharcadas, e eu estava com muita raiva do ruivo.

    Me levantei e tomei cuidado para não tropeçar e cair na piscina de novo.

    Eu vi as luzes se acenderem e rapidamente vi Ayato em minha frente, com um olhar inconformado.

    - Sabe nadar? – Perguntou e eu assenti. – Então terei que lhe punir de outra forma. – Ele estava muito sério.

    - Por quê? – Perguntei apertando a minha blusa, fazendo cair várias gotas de água no chão.

    - Você desobedeceu Ore-sama. – Ele não hesitou em sorrir sadicamente. – E por isso merece uma punição.

    Quase, quase, por pouco que eu não dou dedo pra ele, mandando ele se foder.

    Fiquei quieta, tentando me controlar psicologicamente.

    Ficamos em um completo silêncio, até que ele fez uma expressão de ideia, olhando para meu corpo, o que me deixou trêmula.

    Ele se aproximou, e eu andava para trás lentamente. A cada passo que ele dava, seu sorriso aumentava.

    Quando vi, eu já estava encurralada.

    “De novo não...”

    Ele me prensou na parede e me......... Beijou?

    Que? Não to entendendo.

     “Não faz isso comigo não Ayato”

    Depois que ele me beijou, me deixou completamente sem ação, e eu corei violentamente.

    - Você beija bem Panqueca. – Falou em meu ouvido, logo abaixando um pouco a cabeça e chupou o meu pescoço, enquanto eu me arrepiava. – Com seu sangue eu posso ter mais poder. – Afirmou.

    Não demorou muito para eu sentir outra mordida logo no lugar que ele deu um chupão.

    A dor... Dessa vez eu senti ela aumentar quando ele mordeu meu pescoço.

    Sabe... Pense que você se cortou, e esse corte foi bem pequeno. Então, imagine ele aumentando cada vez mais e mais.

    Resumindo é isso que está acontecendo comigo.....

    Ao retirar suas presas de mim, senti um grande alívio....

    - Putz.... – Reclamei logo colocando minha mão sobre a nova marca no meu pescoço, enquanto ele se afastava com um sorriso satisfeito.

    - Você... Nunca mais me desobedeça. – Dissera logo desaparecendo me deixando sozinha com Bonnie do outro lado, jogada no chão.

    Eu não olhei para o sangue, não quero ficar enjoada novamente. Apenas andei ainda apertando o machucado dolorido.

    Peguei Bonnie e saí da piscina.

    Então comecei a procurar meu quarto rezando para que ninguém aparecesse, principalmente um certo alguém.

    *    -    *

    Agora, eu estou deitada, olhando pro teto, eu já me troquei de novo, mas dessa vez eu tinha tomado um banho, e sim, já fiz novos curativos.

    Eu tinha acabado de almoçar, estava cansada demais, só de manhã já tive que “alimentar” dois vampiros, isso é muito cansativo, e eu acho que vou faltar aula de novo..... Vou ter que falar com Reiji.... Que merda.

    Me levantei rapidamente, pegando Bonnie e saindo do quarto, fechando a porta lentamente para não fazer nenhum barulho.

    Enquanto estava á procura de Reiji, vi uma sala, e pelo cheiro, sim eu sou boa quando o assunto é o cheiro das pessoas. Pelo o que eu vi, tinham três Sakamaki na sala.

    Então vi pela brecha da porta que estava meio aberta, que lá estavam: Subaru encostado na parede e Ayato e Laito jogando sinuca.

    CALMA AÍ! Jogando? Eu quero jogar também.

    - Bitch-chan! – Chamou Laito batendo na bola da sinuca. – É feio ficar espiando.

    Ok tá tá.

    - Eu não estava espiando. – Falei abrindo a porta e entrando na sala. – Eu só estava escondida vendo vocês jogarem. – Melhor explicação.

    Os dois riram em conjunto.

    - O que foi? – Perguntei. – Bom, posso jogar também? – Fiz uma carinha pidona para eles, e Laito apenas assentiu, assim como Ayato.

    Mesmo que eles tenham feito aquilo comigo, não consigo ficar brava com eles, bom, ás vezes, mas eles são legais.

    - Subaru, não quer jogar? – Falei pegando um taco qualquer, logo olhando o albino que parecia cansado.

    - Não. – Respondeu, e eu não pude deixar de sorrir levemente com aquilo, as vezes é engraçado quando você fala com alguém sério.

    - Ok. – Falei me virando, e vendo que os dois ruivos já haviam arrumado a mesa de sinuca, para outra partida.

    Eu sou muito viciada em jogos, mas é muito divertido, não vai me dizer que é entediante.... Fufu.

    Ayato pegou a bola branca e a jogou no triângulo de bolas, ele tacou com uma “pequena’ força que fez todas as bolas se espalharem, e assim derrubou uma em um buraco.

    Ele apenas deu um sorriso vitorioso, enquanto eu analisava o seu jeito de jogar, sempre que eu jogo algo, gosto de deixar os outros irem primeiro, porque assim, posso ver qual o estilo que cada um joga.

    Pelo que notei Ayato usa muita força ao bater na bola, e isso faz com que ela bata no canto do buraco e caia fora. Porém, ele tem um bom jeito de jogar.

    Agora era vez de Laito, ele bate mais de leve na bola, mas é muito lento...

    “Poxa vocês são péssimos.”

    Se você ver eles jogando é quase que... Bom, duas crianças competindo para ver quem é o melhor.

    Nós estamos jogando sem regras, apenas batemos em qualquer bola, pelo que vi... É assim que estão fazendo.

    E finalmente chegou a minha vez. Mirei a bola branca na 8, que estava quase na boca do buraco, bati de leve, e assim a bola caiu no buraco. E assim, fiz 1 ponto!

    Os dois me olharam com uma expressão de “sabe jogar?” e então eu não resisti e disse.

    - Claro que eu sei jogar. – E sorri, logo batendo em outra bola, e derrubando a mesma. – Não me subestimem só por ser uma garota. – Falei com um sorriso de vitória.

    Em casa. Eu ficava muito á toa, e então tive que fazer algo, eu ia nos fliperamas jogar, eu era muito viciada, até o cara que trabalhava lá já tinha decorado meu nome.... Rs.

    - Meus amigos. – Falei sorrindo. – Vocês estão falando com a campeã dos jogos de fliperama. – Brinquei com eles, mas isso era verdade.... Há há. Tinham que ver a cara deles.

    - Ore-sama vai ganhar. – Falava Ayato com uma expressão séria. E Laito não disse nada.

    Falei demais?

   Continuamos jogando, eu ainda estava na frente, e eles estavam cada vez mais bravos. Acho que para eles perder para um humano é inaceitável. Isso chega a ser infantil fufu.

    *    ~    *

    No final do jogo, sim sim, eu ganhei! E agora estou fazendo uma dancinha da vitória.

    Subaru está rindo da derrota dos irmãos, e eu também.

    Quando olhei para trás depois que coloquei o taco no seu lugar, vi um lança dardos.

    Depois que vi aquilo, fui rapidamente até lá, peguei um dardo e olhei para os três naquela sala e perguntei:

    - Vamos jogar? – Os ruivos recusaram, mas logo que viram Subaru vindo em minha direção já começaram a rir.

    Subaru pegou um dardo e lançou, foi rápido e ele pelo visto tem boa mira....

    Como disse antes, como eu ficava em casa á toa, eu tive que fazer algo, e eu tinha dardos no meu apartamento, e ficava jogando o tempo todo.

    - Você é bom. – Falei olhando o dardo que havia caído quase no centro.

    Peguei o dardo que estava em minha mão direita e o coloquei na esquerda, mirei bem no centro, e joguei.

    - Não pode ser. – Disseram Ayato e Laito em uníssono.

    Eu acertei, e comemorei mentalmente. É muito divertido.

    - Tch! – Resmungou Subaru saindo da sala irritado.

    Uou.

    - Vamos descobrir um jogo em que você irá perder Bitch-chan. – Dissera Laito em um tom desafiador.

    - Tá. – Dei de ombros peguei Bonnie e saí da sala.

    Ainda bem que não me chamaram de volta, devem estar falando sobre o tal jogo.

    Mas continuando, vou falar com Reiji antes que fique tarde demais.

    *    ~    *

    Fui na cozinha beber água, estava com muita sede. E acidentalmente encontrei um vampiro de óculos, mexendo na geladeira.

    - Ah, oi Reiji, finalmente te encontrei. – Falei pegando um copo qualquer, e colocando um pouco de água gelada.

    - O que quer me falar? – Dissera, logo tirando um pequeno saco de macarrão da geladeira.

    - Bom, eu vou faltar de novo, e por isso vim te falar. E... Você cozinha? – Perguntei.

    - Entendo, mas na próxima semana já começará as avaliações. – Apenas assenti, lavando o copo que peguei. – Estou aprendendo a cozinhar. – Dissera se aproximando.

    Ele pegou um garfo e enrolou o macarrão que tinha na panela, e eu só observava.

    - Experimente. – E então eu abri a boca e ele me deu o macarrão. – Está bom? – Dissera enquanto eu mastigava.

    - Uau! Que maravilhoso, tá divino Reiji. Onde aprendeu a cozinhar assim? – Perguntei. – Me dá mais?

    Ele sorriu de canto orgulhoso.

    - Que bom que gostou. Tenho alguns livros de culinária, é bem simples o método que vocês usam. – Dizia, e eu sorri por causa do jeito que ele fala, sempre mantendo a postura. – Quer mais? – Perguntou e eu assenti.

    Ele apenas enrolou novamente o macarrão no garfo e me deu novamente.

    Esse sabor, é muito bom, nossa. Incrível.

    - Reiji, qualquer dia desses me ensina a cozinhar? – Falei depois de engolir aquele delicioso macarrão.

    - Huhu, claro. – Falara e eu sorri.

    - Isso, vou aprender a cozinhar alguma coisa além de miojo. – Comemorei baixo, arrancando um sorriso de Reiji.

    Apenas acenei já saindo da cozinha, e depois pensei.

    “O Reiji.... Me puniu de um jeito realmente horrível... E mesmo assim, ainda falo com ele normalmente.”

    Incrível.

    ^    -    ^

    Você deve se perguntar o que eu estou fazendo, né? Bom, eu estou deitada, de novo....

    Todos já foram para escola, e se alguém não foi, não sei quem é. 

                                    TRACK

    Quando eu estava pensando olhando pro teto, ouvi um barulho de vidro quebrando no corredor...

    Eu me levantei devagar, e depois fui em direção á porta enquanto segurava Bonnie.

    Por isso eu digo que os filmes de terror mostram uma realidade do que nós faríamos se estivéssemos em um caso parecido, pois qualquer ser humano faria o mesmo...

    Quando nós escutamos algum som estranho perto de nossos quartos, sempre criamos curiosidade, e acaba que nós nos levantamos para ver o que é...

    Vamos ver um exemplo....

    Disseram que Charlie Charlie era do demônio, mas mesmo assim ainda queremos jogar para ver se é verdade, ou seja, estamos brincando com algo sério.

    E também tem o tabuleiro Ouija, sobre esse jogo eu não sei se é verdade o que dizem, mas eu tenho curiosidade... E essa curiosidade é sempre o que vai acabar nos ferrando. E isso é fato.

    Depois eu coloquei a mão na maçaneta e abri a porta lentamente, olhei para fora e não tinha nada no corredor...

                                    TRACK

    Mas depois eu escutei o mesmo barulho de vidro quebrando, só que dessa vez veio lá de baixo.

    Estava escuro então peguei meu celular para usar a lanterna, eu não estava com medo, pois isso sempre acontecia lá no apartamento as vezes, e também.... Agora eu moro com 6 vampiros né? Isso deve ser considerado normal.

     “Porra Kanato, justo agora você não tá aqui.”

    Pensei, iluminando o corredor escuro, isso parece realmente um filme de terror.

    Comecei a descer as escadas lentamente sem fazer barulho algum, eu olhava só para frente.

    Eu me virei lentamente.

    “Jurava que tinha alguém aqui.”

    Nossa, mas que merda.

    Quando cheguei no final da escada, a primeira coisa que fiz foi perguntar.

    - Tem alguém aí?! – Falei alto.

    Se eu estivesse em um filme de terror, tenho certeza que seria a primeira á morrer, quem faz esse tipo de pergunta?!

    Em resposta, eu recebi um assovio, bem fino, perto do meu ouvido.

    - Mano, que porra é essa? – Disse normalmente, olhando em volta.

    Eu fui na cozinha primeiro, chegando lá ouvi uns resmungos e a porta estava aberta, então eu entrei na cozinha e vi Kanato catando alguns cacos de vidro, e vi que ele tinha se cortado.

    - Oi Kanato, nem te vi hoje. – Sorri de leve me agachando e colocando Bonnie ao lado, para ajuda-lo a catar os pequenos cacos.

    Então era só isso? Eu me pergunto.

                                   TRACK

    De novo? Mas nada se quebrou.

    - Kanato ouviu esse barulho? – Perguntei jogando alguns cacos no lixo.

    - Não. – Respondeu olhando seu corte no braço.

    - Vem, vamos colocar um curativo nisso. – Falei olhando para ele que havia terminado de limpar o chão.

    - Não preciso disso. – Falara.

    - Pelo menos pra parar o sangramento. – Insisti.

    - PARE DE TENTAR ME OBRIGAR! – Gritou irritado.

    Ah não. Não, e não.

    Tirei um bandeje do bolso do meu pijama (é preciso ser prevenida ué).

    - Fica quieto por favor. – Falei.

    - NÃO! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ME DAR ORDENS?! – Gritou, apertando meu pescoço fortemente.

    - K-Kanato. – Falei travando por ele estar apertando meu pescoço com mais força.

    - Por que você faz isso comigo? – Dizia, começando a chorar, e soltando um pouco meu pescoço, e assim respirei ofegantemente.

    Ele me lembra uma criança. Faz birras, chora, brinca, come doces, tem uma pelúcia....

    - Kanato. – Falei baixo. – Deixa... – Eu tentava buscar ar, sentia minha respiração falhar... – Eu... Te ajudar... Em? – Eu falei e ele me soltou, eu caí de joelhos, e ele estava enxugando suas lágrimas com o seu casaco lilás, meio roxeado.

    Me recuperei da falta de ar e me levantei, peguei um pano molhei de leve, e me aproximei dele que estava sentado na cadeira da cozinha, ainda com os olhos vermelhos, ele estava pensativo.

    Eu passei de leve o pano em cima de seu corte, ele resmungou porque estava ardendo, mas isso é normal, não é?

    Depois disso enxuguei o seu machucado com o outro lado do pano, que estava seco, ele ficava quieto, e eu também.

    Coloquei um bandeje no lugar do machucado, e beijei a bochecha dele.

    - Por que fez isso? – Indagou colocando a mão sobre sua bochecha. – Por que está me ajudando sendo que eu quase te matei? Você tola. – Dissera.

    - Eu fiz isso, porque.... Porque.... Porque eu confio em você, e... Você é o meu novo amigo. – Sorri para o mesmo que parecia surpreso.

    Sabe, eu sei que ele ás vezes faz birra, me machuca, me pune, mas... Eu sinto que ele é confiável, eu sinto que ele... Não vai me deixar na mão, eu nunca pensei que eu conseguiria mais um amigo nessa vida, porque... É tão difícil achar amigos de verdade... Não é?

    É muito difícil.....

    - A-amigo? – Fez uma voz de choro.

    - Sim. Agora... Você quer ser o meu amigo? – Perguntei.

    Ele assentiu de leve e abaixou a cabeça levemente, fazendo com que seus cabelos caíssem sobre seus olhos roxos cintilantes.

    - Eu tenho uma nova amiga. – Dizia para ele mesmo. – E ela quer cuidar.... De mim....? Eu... Estou.. Feliz? Por quê?

    - Bom, Kanato, eu já vou tá? – Falei segurando Bonnie indo em direção á porta.

    - Não vá. – Me impediu segurando meu pulso ainda com sua voz de choro. – Eu me sinto tão sozinho... 

    - Vem comigo... Assim você não estará mais sozinho. – Sorri de lado.

    “Um sorriso verdadeiro.”

    Ele pegou Teddy e então fomos para o quarto dele, ele me puxou pra lá e eu fui.

    Nem liguei mais para o barulho de vidro quebrado.

    Chegando no seu quarto, ele me puxou para a cama dele e eu fui junto.

    Coloquei Bonnie em sua pequena estante, ao lado de Teddy, e me encostei na cabeceira da cama.

    Kanato deito em meu colo, apenas observando minha face, isso me envergonha muito. Nunca fiquei tão próxima de um menino assim...

    Comecei a acariciar seus cabelos, enquanto ele apenas aproveitava aquilo, então eu me aproximei de seu ouvido e disse.

    - Kanato. Eu nunca vou te deixar sozinho. – Cochichei e beijei sua testa.

    “Não irei te deixar sozinho... Nunca.”


Notas Finais


Comentem o que acharam, (isso me motiva pra porra).

Adoro vocês.

Não sei quando vou postar os capítulos (ainda não).

Bem, e eis os links:

Kanato:

http://36.media.tumblr.com/3748c305b123b03d0c2b70514392b06d/tumblr_mw2ry4vudw1si30aao1_500.png

Teto do apartamento de Hana:

https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1WcNSKVXXXXXbaXXXq6xXFXXX8/Custom-3D-Photo-font-b-Wallpaper-b-font-font-b-Galaxy-b-font-Star-Ceiling-Fresco.jpg


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