História Waiting for you (Narusasu) - Chapter Eight

*Naruto* 

Finalmente posso sentir que Sasuke está abaixando sua guarda perto de mim, a questão é por quanto tempo isso vai durar? Acredito que não muito, mas enquanto ele estiver dessa forma aproveitarei para tirar vantagem da situação, tratando o melhor do que o normal e demonstrando todo o amor que tenho por ele. 

Assim que chego em casa recebo a ligação de Itachi, aproveitarei para contar a ele sobre como as coisas estão indo. 

-Parabéns Naru-Chan vi que conseguiu sair com meu irmãozinho idiota 

-Não fale assim 

-Mas é a pura verdade, não entendo os fundamentos dele para nutrir esse ódio por você...  

-Talvez esse sentimento venha da questão que já conversamos antes, sobre seu pai ser bem autoritário e "obrigá-lo" a fazer as coisas do jeito dele, então quando ele me viu, alguém que está fazendo as mesmas coisas, mas por prazer e sendo exitoso nelas o faz se sentir de alguma forma que tem que me odiar por isso, se você olhar para nós dois vai perceber que somos totalmente opostos, ele é totalmente antissocial, não é gentil com as pessoas mas sim trata todos com polidez, mas isso não é algo que cativa as pessoas – me jogo na cama – No fim ele só é uma pessoa que está infeliz por ter que fazer coisas que ele está sendo pressionado a fazer e por isso no fim eu acabei sendo seu alvo para descontar toda essa frustação 

-Uau, Naru-Chan você é realmente bom em entender as pessoas, sempre vê o lado bons nelas, ainda que elas não tenham um bom lado, ainda que toda essa frustação seja culpa do meu pai, ele não pode simplesmente descontar em você por isso, não é justo sabe..., mas parece que vocês estavam se dando bem hoje! 

-Como você sabe? Pois acredito que o Sasuke não te contaria algo assim, bom ele não falaria nada assim para ninguém né? 

-Isso é verdade – ele diz rindo – Eu vi vocês dois no Taxi, ele estava sem aquela mascara no rosto, então supus que estava tudo bem e que vocês estavam indo bem, me enganei? 

-Não, aparentemente ele está abaixando a guarda perto de mim e até aceitou o meu presente, ah falando nisso depois você me diz se ele ainda está usando o colar que dei para ele... 

-Ele aceitou? Que progresso hein, estou feliz por você Naru-chan, se você precisar de qualquer coisa só me falar ok? 

-Sim, espero que ele aceitei o meu convite para sairmos os quatro essa semana, ele ficou de pensar... Se você... 

-Vou perguntar a ele eu mesmo – diz ele me interrompendo – É minha vez de ser o seu cupido! 

-Tem certeza? 

-Claro Naru-Chan, não se preocupe, te mando uma mensagem depois ok? Se cuida! 

-Você também! 

Assim que desligo o telefone fecho meus olhos e lembro do momento em que beijei o Sasuke, a maciez do seus lábios e o quão entorpecido fiquei naquele momento e o como eu queria beijá-lo naquela hora dentro do taxi, tenho que me controlar mais ou ele pode acabar me odiando ainda mais que o normal e aí sim por motivos com mais coerência que iram me machucar de verdade. 

Pego meu porta lenços descartáveis e volto a fechar os olhos lembrando do rosto de Sasuke, da sua pele, do seu beijo e do meu grande desejo de tocá-lo, não posso deixar de ficar excitado e acabo me masturbando ao pensar em tudo isso. 

*** 

Os dias da semana se passaram normalmente, Itachi não me mandou a resposta sobre sair em quatro e Sasuke tão pouco me deu uma reposta, ainda que eu não tenha perguntado uma segunda vez. 

Ele continuou almoçando comigo e com meus amigos, e até me deixando acompanhá-lo até em casa, mas além disso não abriu nenhuma brecha a mais para mim, na verdade ele estava agindo com bastante cautela. 

Mas hoje é sexta, e eu preciso de uma resposta ou melhor quero uma resposta positiva e vou consegui-la. Assim que Sasuke chega, pego o presente que trouxe para ele e caminho em sua direção. 

-Bom dia Saa-chan, o professor teve um contratempo e não vai poder dar aula agora, então você pode me acompanhar um pouquinho até lá fora? 

-Bom dia – ele olha para mim hesitante, mas concorda com a cabeça. 

Entramos na mesma sala em que demos nosso primeiro beijo, ele se encosta em uma carteira, me aproximo dele. 

-Sobre o que você queria falar? – diz ele claramente nervoso. 

-Então - seguro uma de suas mãos com minha mão livre – Tenho um presente para você! 

-Não precisa ficar me dando presentes... 

-Mas eu quero – coloco o embrulho na mão dele – Vamos, abra! 

Ele abre o embrulhe ainda um pouco hesitante e sua expressão muda ao ver o que há dentro, um sorriso aparece no seu rosto. 

-Esse livro, venho procurando por ele há um tempo, como conseguiu? Essa edição é a primeira, deve ter custado o olho da cara – diz ele abrindo o livro cuidadosamente. 

-Meu pai tem um amigo que tem muitos desses livros que são difíceis de encontrar, então agora que ele está muito doente e perdeu a visão de um olho, ele resolveu que me doaria todos esses livros já que seus filhos não se interessam pela leitura e ele queria dá-los a um verdadeiro amante da leitura... Como ele me conhece desde pequeno e eu sempre fui a sua casa para lê-los, então ele achou que eu era a pessoa certa para tê-los...

-Eu realmente posso aceitar ele? Quero dizer ele deu para você... 

-Não só pode como deve, você também ama tanto os livros quanto eu e parecia estar querendo muito esse, então é claro que você pode ficar com ele – sorrio. 

Ele me encara por alguns segundos, então dá um sorrisinho de lado e inesperadamente me abraça, ficou por alguns segundos em choque, mas retribuo o abraço. 

-Obrigado – ele sussurra e meu coração salta do peito – No outro dia Itachi veio me perguntar se íamos sair no sábado, nós quatro e eu disse que daria a resposta para você, mas que a resposta é sim 

-Sério? – me afasto alguns centímetros para olhar em seus olhos, encosto minha testa na dele e passo o braço em sua cintura. 

-Sim – ele diz sem desviar o olhar. 

Quero tanto beijá-lo nesse momento, mas será que eu devo?