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História We Between The Universe - V - A Queda da Garota de Aço.


Escrita por: RussianDoll

Notas do Autor


Cara, eu tava vendo aqui... já alcançamos 1.081 visualizações e 49 comentários em só quatro capítulos
Eu amo vcs <3
E esse capítulo será meio... Triste (?), então quem quiser, vai pegando os lencinhos de papel aí
É nóis

Capítulo 5 - V - A Queda da Garota de Aço.


Fanfic / Fanfiction We Between The Universe - V - A Queda da Garota de Aço.

 Algum lugar a cima de National City, Terra-39;

 

 

 Fazia uma hora. Uma maldita hora!

 Karen voou por cima de toda National City – e até alguns lugares mais além -, de ponta à ponta, mais vezes do que pôde contar ou memorizar. Ia, parava, rondava, e vinha como um maldito GPS. E nada, nem um fio de cabelo ou a ponta de uma unha, de Lori. Era como se sua irmã mais nova tivesse simplesmente evaporado no ar e deixado de existir, sumindo como mágica. E ela, na verdade e na sinceridade, já estava acostumada com isso - com Lori desaparecer quando lhe convinha ou quando estivesse passando por algo difícil. Ela geralmente voltava algumas horas depois, se trancava no próprio quarto e só saía no outro dia, sem dizer uma palavra sobre o assunto até que ele esteja morto e dentro de algum caixão no fundo de suas memórias.

 Era sua forma individual de processar a situação, e Karen respeitava isso.

 Mas estar acostumada com e respeitar o muro problemático que Lori havia criado em torno de si própria, não significava uma plena concordância por parte da irmã mais velha.

 Karen, que simplesmente ama sua irmã com todo o coração, já quase não podia lidar mais com Lori como antes. Seu temperamento era difícil e ela sempre se afastava dos outros que mostravam importância para com a meio-kryptoniana mais nova. Era como se ela não quisesse amar mais ninguém por medo de se apegar e depender de tal pessoa, e, depois, ter seu coração estraçalhado ao perder um ente querido outra vez.  

 Era seu próprio mecanismo de defesa, e mesmo assim, era tão Luthor. Não qualquer Luthor. Era tão Lena Luthor.

 Uma boa meia hora depois, Karen desistiu de procurá-la. Já havia vasculhado por toda a cidade, e sabia que era inútil. Lori só seria encontrada quando quisesse, e ela se sentia horrível por isso. Deveria cuidar de sua pequena irmã como o fazia na infância, quando Lori tinha pesadelos ou sofria com algum valentão na escola. Não simplesmente desistir da adolescente difícil e reclusa em que aquela criança doce e adorável tinha se tornado. Num passado distante, Lori era sensível e tímida. Agora, ela parecia mais uma paródia bizarra e frustrada de si mesma.

 E ela tinha apenas dezesseis anos.

 Karen desceu no telhado do prédio da CatCo., onde havia escondido uma mochila com roupas civis de baixo do tablado do heliporto. Ela era a CEO, e eventualmente teria de aparecer na empresa ao menos uma vez por dia – suas responsabilidades civis se faziam tão importantes quanto suas responsabilidades de heroína. Gostava de manter um equilíbrio perfeito entre as vidas humana e kryptoniana – e não era apenas um alter-ego, um disfarce; ser Karen Luthor-Danvers fazia parte de quem ela era tanto quanto ser Kara Zor-El II.

 Estava bem vestida, com os óculos meio tortos no rosto e um suéter preto, quando desceu as escadas até o último andar do prédio, sendo bem recebida por vários dos funcionários nos quais gostava de apelidar de “baba-ovo”. Aquele andar abrigava seus repórteres mais importantes e, sinceramente, eles eram bastante irritantes. Cheiravam a perfume forte e tinham sorrisos plastificados, tão interessantes quanto uma rachadura numa parede. Nenhum deles concordava com uma moça tão jovem e inexperiente mandando e desmandando em seus traseiros ricos - e, em alguns casos, cheios de silicone -, mas não é como se Karen realmente se importasse com isso.

 Tinha mais coisas para lidar do que tentar agradar meia dúzia de caras ricos de terno e gravata.

“Senhorita Danvers, senhorita Danvers!” Fora chamada por uma mocinha afobada, que trazia café quente numa mão e algumas pastas na outra. Mackenzie, sua mais nova secretária. Tinha apenas dezoito anos e era mais desastrosa do que um tornado, mas Karen genuinamente gostava dela. “N-não vi que a senhorita já tinha- A-ah! Aqui, seu café, preto e sem açúcar como gosta.”

 Karen apreciava um bom café com creme, leite e açúcar, mas para não desanimar a moça que parecia ter se esforçado, apenas aceitou aquele copo de amargura numa forte cor amarronzada, dando uma golada e segurando-se para não distorcer o rosto numa careta feia.

 Como, na Terra, algo poderia ser tão ruim assim?

 “Qual minha agenda para hoje?” Enquanto andava de forma ritmada, esquecendo o desgostoso copo de café na mão esquerda, perguntou para a pobre secretária perdida. A moça soltou algumas tossidas, puxando seu tablet para conferir os afazeres de sua superior.

 “A senhorita tem uma reunião com o prefeito às dez e quinze, ao meio-dia um almoço com os investidores interessados na proposta de um laboratório científico, às treze e dez uma reunião com os representantes da Lord Technologies, às quatorze horas é quando a senhorita Wayne chega na cidade, e ficou pendente uma reunião com o diretor da escola de sua irmã. Devo adiá-la, ou...?”

 E ela sabia o motivo; Lori matando aula de novo, obviamente. Terceira vez no mês em que era chamada na escola. Aquela garota era impossível, mais um pouco e seria expulsa! Karen apertou a têmpora direita com a mão disponível, suspirando pesadamente ao colocar algumas mechas do cabelo loiro indomável para trás da orelha.

 “Marque-a para algum horário entre às quinze e dezesseis horas.” Fora meio seca, processe-a por isso.

 “Certo. Ah!” A jovem lembrou-se de alguma coisa. “E sua mãe lhe espera em seu escritório.”

 O quê?

 A CEO parou no meio do corredor, a mão quase esmagando o frágil copo de café quente. Virou-se para a secretária com uma careta esquisita, como se a mocinha tivesse desenvolvido uma segunda cabeça nesse meio tempo, e tal ação não pôde deixar de intimá-la. Os assustadores genes Luthor são uma coisa poderosa.

 “Minha mãe?” Seu tom de voz era confuso, quase como se estivesse ouvindo algo numa língua que não entendesse.

 E ela era fluente em kryptoniano, pelo amor de Rao.

 “A-a senhorita Luthor pediu que eu lhe informasse quando chegasse...” A secretária agora olhava para o chão, temendo ter feito alguma coisa idiota.

 Karen bufou, tão forte que por pouco não acabou por congelar alguma coisa ao seu redor: “Okay. Vou falar com ela.”

 

 

|S|

 

 

 Base do DEO em National City, ala de treinamento, Terra-39;

 

 

 Kara desviava das balas com uma facilidade impressionante, e isso não exigia nem ao menos um terço de sua verdadeira velocidade.

 Sem permissão para deixar o DEO em qualquer circunstância, o tédio havia se tornado sua mais nova Kryptonita. Já tendo decorado os novos padrões tecnológicos usados pela agência governamental e se impressionado com a quantidade de alienígenas que agora trabalhavam naquele prédio, a falta de contato social começara a incomodar de uma forma absurda. Parecia estar presa numa gaiola de chumbo. Sentia falta de ser humana quase tanto quanto sentia falta de uma fatia de pizza de calabresa.

 Como uma Kara entediada conseguia ser mais irritante do que uma sirene que não para de gritar, Alex logo tratou de arrumar uma saída: E então, sua mais nova forma de entretenimento viera no formato de vinte androides de treinamento com alto poder de fogo e uma fome de sangue insaciável. Aqueles mesmos que não foram aprovados pelo governo por serem “excessivamente violentos”.

 Incrível.

 “Você vai ficar aí o dia inteiro ou vai vir aqui e falar comigo?” Não precisou que Kara se virasse para sentir o olhar de Alex queimando sua capa vermelha. A irmã mais velha estava parada na porta, encostada no batente, de braços cruzados e expressão vaga.

 Sem medir esforços, Kara socou os dois últimos androides restantes com tamanha força que eles foram reduzidos a uma pilha de sucata e fios, sujando o chão. A sala estava um caos, mas Kara era ilustre e parecia intocada. Acabou que no final, aquilo não havia sido realmente um desafio à sua altura.  

 Alex enfim se moveu, aproximando-se da doppelgänger de Kara de outro universo e desviando de uma cabeça robótica meio amassada:

 “Temos alguma coisa sobre o que falar?” Fora cautelosa, preocupando-se em saber das intenções da kryptoniana. Aparentemente, o ataque de Lori a tinha afetado de alguma forma, mas mesmo uma grande detetive como era Alex não conseguia entender o porquê.

 Kara então se virou, cruzando os braços rente ao “S” em seu peito, o rosto fazendo uma expressão irritada. Sua capa estava meio chamuscada em uma das pontas, mas de resto a loira parecia parcialmente bem. Ela deixou de flutuar, a sola das botas fazendo um eco ao encontra-se com o chão da sala.

 “Talvez me dizer um pouco mais sobre meu ‘eu’ desse mundo fosse ajudar!” Seu tom era quase ofendido, e Alex ainda não conseguia desvendar o motivo de toda essa frustração por parte de Kara.

 “Eu literalmente caí aqui, sem qualquer noção de coisa alguma, e fui atacada e levei um dardo de Kryptonita em menos de uma hora. Então eu acordo e sou tratada como hostil, ninguém acredita em mim, sou obrigada a ficar nesse prédio o tempo todo como uma maldita prisioneira, e, aparentemente, eu morri. E agora, outra garota com os mesmos poderes que eu me ataca. Acho que eu mereço mais do que alguma explicação sobre o que está acontecendo aqui e mesmo assim ninguém me diz nada! Apenas enfiam essa realidade em mim e esperam que eu aceite!”

 O rosto de Kara estava vermelho, seu peito pesava conforme a raiva e a frustração cresciam dentro de si. E realmente, de todas as pessoas, ela era o mais próximo o possível de uma vítima. Fora mandada para outro universo, atacada e presa – e tudo isso em menos de cinco dias! Estava cansada, exausta e confusa, e suas memórias não passavam de borrões incertos e imagens turvas, mas tudo que ela sabia era que apenas queria voltar para casa.

 Alex mordeu o lábio inferior, sem se atrever a tocar em Kara ou fazer algum tipo de contato visual.

 “Tem razão.” Ela admitiu, balançando a cabeça de maneira infeliz. “Você merece algumas explicações. Pergunte o que quiser.”

 Finalmente alguém ali estava colaborando! Kara pôs as mãos na cintura, estreitando seus olhos azuis. Não era sua intenção ser hostil, mas ela simplesmente não conseguia mais aguentar com toda essa confusão onde fora jogada e de que não tinha culpa nenhuma. Seus ombros caíram e ela abaixou a cabeça de modo desleixado.

 “Apenas... Me diga quem eu sou. Quem eu era.”

 Alex passou as mãos pelo rosto, ela não estava completamente pronta para isso. Não ainda. Mas ela devia à Kara uma resposta. E então começou, após tomar uma longa golada de ar e coragem:

 “Você era Kara Zor-El, de Krypton. Caiu aqui na Terra aos treze anos. Você cresceu, se tornou a Supergirl, se casou, teve uma família. Era feliz. Até que começou. Eles apareceram do nada. Ou pelo menos, pareceu isso na época. Invadindo a Terra, destruindo países, os escravizando. E eles trouxeram junto um monstro, Apocalypse. Aparentemente brilhante... imparável! E assim começou a verdadeira guerra. Nós contra-atacamos, lógico. Soldados do mundo unidos, nós contra-atacamos e pressionamos aqueles demônios, porque tínhamos nossos próprios anjos. Kara, Clark, J’onn... Olhando de volta para esse dia, eu me pergunto se eles sabiam, talvez no fundo dos corações... Se eles sentiram isso. Se eles sabiam que iriam morrer.”

 A diretora comprimiu os lábios, apertando os olhos para evitar de derramar as malditas lágrimas quentes. Odiava falar sobre esse assunto proibido – falar sobre seus amigos (família, na verdade. Eram sua família) mortos. Apertava-lhe o peito e lhe fazia querer morrer junto deles. Ela não aguentava mais esse peso todo. Não tinha como aguentar mais.

 “E eles não paravam. Os Daxamitas simplesmente não paravam de vir.” E então, finalmente, Alex chorou. Abaixou a cabeça e a meneou de um lado para o outro, revivendo em suas memórias aquele dia terrível que fedia à morte e sangue fresco. Ela nunca mais foi a mesma pessoa, depois do que viu em campo de batalha. Depois de quantos amigos perdeu naquele dia. Tantos sons. Gritos, os agonizantes. Sua cidade morrendo – não, já estava morta.

 Os Daxamitas eram cruéis.

 “Winn e Lena criaram esse dispositivo que liberaria chumbo na atmosfera, mas isso não adiantaria de nada se o portal que os trouxe aqui estivesse aberto. Então você, sendo a idiota que sempre foi, se ofereceu para fechar aquela coisa monstruosa aberta no céu. Ele só poderia ser fechado com a explosão de uma bomba bem específica, que tinha como base a kryptonita. E aí... A maneira estúpida e sem sentido como Kara morreu... Aquilo não foi certo. Não era assim que a Supergirl deveria supostamente terminar!”

 “Oh, Alex...”

 Kara deu poucos passos, segurando nos braços o corpo fraco de sua irmã que soluçava alto como nunca havia visto antes. A própria kryptoniana derrubava suas próprias lágrimas silenciosas. Mas esse não era o foco agora. Sua principal preocupação era Alex, que parecia finalmente ter chorado tudo que tinha para chorar. Ela havia quebrado várias vezes nos últimos dias, mas não tão ruim quanto agora.

 Kara passou as mãos pelas costas de Alex, que subiam e desciam de modo que deveria ser bem dolorido para um ser humano.

 “Por que você teve que ir?! Por quê?! Você nos deixou! Você me deixou para trás! Isso é tão injusto, Kara, sua egoísta de merda! Como você pôde fazer isso com a sua família?!” A Danvers mais velha socava inutilmente os ombros da Supergirl, apertando os olhos enquanto as malditas lágrimas teimavam não parar mais de descer. Kara não fazia nada. Nem se movia. Apenas estava quieta e assistia as coisas acontecerem conforme as ações de uma Alex Danvers triste e despedaçada. “Como você pôde... Como você pôde?”

 

 ...

 

 Estava acabado. Os Daxamistas se tornaram pó. Apocalypse morreu – e assim também J’onn e Clark. A guerra pela Terra havia acabado depois de longos sete dias de sofrimento.

 Mas Alex não podia acreditar que esse era o verdadeiro final disso tudo. Não quando viu, ao longe, Kara despencar de várias metros de altura. E no local de sua queda, os civis sobreviventes se reuniam em volta conforme Alex se aproximava. A cidade devastada, o céu avermelhado e começara a chover. Mas por que todos estavam em volta de onde Kara tinha caído? Por que tinha gente chorando? Onde estava sua irmã? Ela... Ela sobreviveu! Kara sempre sobrevive!

 Então, por que simplesmente não se levantava dali e comemorava o fim do que parecia ter sido o próprio... Fim?

 Alex escutou um grito. E ela conhecia aquela voz, era Lena. Lena Luthor-Danvers, esposa de sua irmã.

 Foi empurrando com os cotovelos e de modo grosseiro os cidadãos aglomerados de monte, querendo ver o que estava acontecendo ali. Por que Lena estaria gritando? As crianças estavam à salvo, com Maggie, Eliza e James na base do DEO no deserto. E Kara estava viva, Kara tinha que estar viva! Mas... Se Kara estava viva, por que Lena estaria gritando?

 Alex apenas fora abrindo caminho no mar de gente. Tinha que chegar até o centro disso tudo e saber o que estava acontecendo ali.

 Até que ela viu. A cena que nunca mais sairia de sua cabeça.

 Lena de joelhos no chão, apertando o corpo inerte de Kara como se não fosse soltá-la nunca mais. Ela falava coisas sem sentido e tentava inutilmente fazer sua esposa dar algum sinal de vida. Winn estava encolhido ao lado, chorando de forma catastrófica e batendo na própria cabeça, resmungando negações para si próprio. E Kara... Sua Kara, sua irmãzinha radiante, seu símbolo de esperança, completamente ferida. Mas seu rosto não se movia por quê? Por que Kara não acordava?

 Por que ela não estava de pé?!

 Enquanto Lena chorava e gritava, tocando o rosto de Kara e tentando acordá-la de maneira falha, Alex caiu de joelhos, suas próprias mãos tremendo e o nó em sua garganta duplicando de tamanho. Ela entendeu. Kara não se levantava porque estava morta.

 Kara estava morta.

 Um trovão ecoou junto do grito quebrado que saiu da garganta da Luthor.

 “Não!” O grito sufocante de Lena deu voz aos pensamentos de Alex. A esposa de sua irmã era uma bagunça terrível, e olhar para ela fazia seu coração doer. Mas seus olhos jamais deixavam Kara, tão bonita... Morta e fria. “Não, por favor! Supergirl, acorde! Por favor, por favor, não nos deixe aqui! Não assim! Não, Supergirl, não, não, por favor!” O desespero era o que comandava sua voz. Lena soltou outro grito, colando sua testa à de Kara e molhando o rosto da heroína morta com suas lágrimas. Os movimentos molengas que o pescoço da kryptoniana fazia dava enjoos à Alex.

 A chuva era como se Deus, Rao ou qualquer outra entidade entendesse o que aquele momento significava para National City, e tivesse decidido ficar em luto.

 Ela cobriu a própria boca com as mãos tremulas e machucadas, tendo problemas para respirar e sentindo a garganta arder e os pulmões receberem menos ar do que o necessário. Alex tinha somente uma missão de vida: proteger sua irmãzinha, custasse o que custar.

 E ela falhou miseravelmente.

 

 ...

 

  Kara beijou a testa de Alex, nunca deixando de abraçar sua irmã: “Eu estou aqui, agora. Não sou exatamente quem você precisa, mas eu ainda estou aqui, Alex.” A agente apenas balançou a cabeça, se recuperando do ataque de choro que roubara suas energias.

 “Aquela garota que te atacou mais cedo, ela se chama Lori.” Alex finalmente tirou o rosto do ombro de Kara, fazendo contato visual com a irmã mais nova. Seus próprios olhos castanhos estavam vermelhos e inchados, sua respiração ainda era difícil de se controlar, mas não é como se ela se importasse com isso num momento. “Ela e Karen são irmãs. E ... E elas...”

 “São filhas dela, não é? Da sua Kara. Minhas... Minhas filhas.”

 Alex assentiu, mordendo o lábio inferior.

 “Quem é o pai delas?” Kara só podia torcer para que não fosse Mon-El. Ele obviamente gostava dela em sua Terra, mas ela não sentia nada além de amizade pelo Daxamita. Porém, quem sabe a história com seu eu dessa Terra fosse outra coisa?

 Por Rao, que não seja isso.

 “Elas não têm pai. Foram criadas com ajuda da tecnologia da Fortaleza da Solidão, utilizando o DNA humano de sua esposa e o seu DNA kryptoniano, e depois, geradas no útero de sua esposa.”

 Então ela havia se casado com uma mulher? Isso é... Novo. Ela já havia se sentido atraída por garotas antes – uma em específico era sua melhor amiga -, mas casar-se com uma era novidade. Porém, não havia nada de ruim nisso. Em Krypton, era normal que homens se casassem com homens e mulheres com outras mulheres. Vários planetas, na verdade, estavam bem com a união do mesmo sexo – somente a Terra era problemática dessa forma, mas Kara os via como um povo ainda muito atrasado para poder reclamar de alguma coisa.

 “Minha esposa, huh? Quem é ela?” Kara questionou, ansiosa pela resposta. Gostaria de saber quem havia sido a humana que laçou o coração de seu eu dessa realidade ao ponto de formarem juntas uma família.

 Alex olhou no fundo dos olhos de sua irmã, quando simplesmente dissera: “Lena Luthor.” Esperando ver a reação de Kara.

 Reação essa que nunca existiu, porque Kara não sabia o que dizer.

 Ela se casou com Lena Luthor... Oh doce Rao, ela precisará mais do que uma bebida depois disso.

 

 |S|

 

 Escritório de Karen, prédio da CatCo., Terra-39;

 

 A jovem heroína encarava as costas da outra CEO, que fitava a cidade por entre as portas de vidro que davam à varanda do prédio. Desde que a meio-kryptoniana entrara no recinto, não fora dito uma palavra e isso estava começado a incomodar. Cansada do silêncio, Karen se pôs de pé, aproximando-se de Lena.

 “Então, não vai dizer por que está aqui? Nos vimos ontem.”

 “Sim, eu sei.” Dissera a mulher mais velha, sem olhar para a filha. Correndo a mão até o bolso de seu sobretudo escuro, Lena capturou seu celular, o desbloqueando e buscando nele algo de suma importância.

 Em silêncio, entregou-o à Karen, que fitou o aparelho por vários segundos mas enfim o pegou meio desconfiada, como se fosse uma cobra venenosa.

 “Mas eu quero que você me leve até Kara.”

 Karen não entendeu, de início. Como? Como ela sabia? Mas então, seus olhos caíram até o celular que Lena lhe entregara, e aí que ela compreendeu – porque ela viu.

 A imagem meio problemática mostrava uma luta aérea travada entre a Powergirl e a Supergirl. Karen, de costas, socava o rosto de Kara.

 “Karen, eu quero vê-la.” Dissera Lena, finalmente olhando para sua filha.

 

   

 

 


Notas Finais


Entãooo... Algum palpite de como a Lena conseguiu a foto?
E ansiosos pela volta do embus- Manuel no próximo episódio? Ou pelo relacionamento (forçadérrimo) Lena x James? Nem eu >:c
Aliás, alerta de spoiler: a Sam aparecerá no próximo capítulo
bye


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