História We Must - Casar?

Acordo no dia seguinte e Jensen não está na cama.

Ouço sons vindos da varanda e o vejo sentado ali com o seu violão. Pego sua camiseta no chão e a coloco. Caminho até ele e me sento atrás dele, abraçando suas costas nuas.

- Ei – Ele diz ao me ver.

- Ei.

- Dormiu bem?

- Sempre durmo bem quando durmo com você.

Continuo o abraçando enquanto ele deposita um beijo curto em meus lábios, voltando logo a atenção ao seu violão e começando a tocar Fare Three Well, uma de minhas músicas preferidas e a mesma que Chuck tocou em Supernatural.

Sua voz é tão linda e eu sou sortuda por ouvi-la, merda, eu estou cada dia mais apaixonada por esse homem. Poderia ficar dias ouvindo ele cantar sem ao menos enjoar.

Ele termina de cantar e se vira de frente para mim. Sua expressão era suave e ele esboçava um sorriso lindo.

- Estamos tão empolgados ontem que eu me esqueci de perguntar, onde está Sammy?

- Eu achei melhor deixa-lo na casa do meu irmão. Não sabia como eu iria fazer para te achar, não quis traze-lo para essa loucura.

- Então vir atrás de mim foi uma loucura?

- Vir atrás de você sem fazer a mínima ideia de onde você estava? Sim, foi uma loucura.

- Mas você me achou.

- Eu achei, mas não seria legal levar Samuel para o bar do Oliver ou simplesmente deixa-lo me esperando em um quarto de hotel.

- Você está certa, mas precisamos busca-lo.

- Será um grande passo se fizermos isso.

- E você não quer?

- Claro que quero, isso é tudo o que eu mais quero.

- Então vamos busca-lo. A gente monta o quarto como ele quiser, pode ser todo o batman ou de qualquer outro super-herói que ele escolher. Você pode terminar a sua faculdade por aqui e arrumar um emprego em algum jornal local, mas se você não quiser, nem precisa mais trabalhar, eu posso lidar com as contas sozinho, posso pagar a faculdade de Sam e... – Eu o interrompo com um beijo.

- Calma apressadinho, um passo de cada vez.

- Estou indo com muita pressa?

- Muita.

- É que eu estou tão feliz que nós finalmente vamos ficar juntos.

- Eu também estou – Coloco a mão em seu rosto e o beijo novamente.

- Será que a gente pode repetir a dose da noite passada? – Dou um riso e ele faz uma cara de pidão.

- Só porque eu sou boazinha.

Ele me pega no colo e me leva para a cama.... Lá vamos nós de novo!

Acordo repentinamente e percebo que já e quase de noite. Jensen e eu passamos a tarde inteira na cama e eu não consigo distinguir se isso é bom ou assustador.

Olho para o lado e ele ainda está dormindo, da maneira mais linda do mundo. Deposito um beijo em seus lábios e ele começa a esboçar alguma reação. Logo seus olhos verdes estão abertos e ele me olha com um sorriso no rosto.

- Que horas são? – Ele diz enquanto passa a mão pelos cabelos.

- 17:48.

- Nós dormimos a tarde inteira.

- Parece que sim Sr. Ackles – Ele ri.

- Eu amo quando você me chama assim – Eu deito em seu peito e começo a acaricia-lo.

O dia estava chuvoso lá fora e a cama era o melhor programa. Era um sábado e eu não queria sair dali. Pode ter certeza que o abraço do Jensen é o melhor lugar do mundo. Ele deposita um beijo em minha testa e começa a balbuciar algumas palavras.

- Nós poderíamos ter outro filho – Eu o olho surpresa.

- Oi?

- Uma filha.

- Nós temos Sammy.

- Mas eu queria um casal.

- E Justice?

- Danneel não deixa eu vê-la muito. Encontro com ela um final de semana ou outro. É bem deprimente. Por isso queria uma garotinha.

- Tudo bem, então vamos fingir que eu estou esperando uma menina, você quer escolher o nome dela? – Jensen ri.

- Ok, vou entrar na brincadeira. Eu não sei um nome.

- Eu deixo você escolher – Ele me olha e começa a acariciar minha barriga e eu começo a gargalhar.

- Sara.

- Oi?

- Não, vamos colocar o nome dela de Sara.

- Mas esse é o meu nome – Ele ri.

- Eu sei, mas eu gosto desse.

- Desculpe Jensen, não vou fazer a linha Lorelai Gilmore – Ele ri.

- Tudo bem, então qual?

- O que acha de a gente decidir quando eu realmente estiver gravida?

- Então você aceita ter mais um?

- Claro. Precisamos de uma companhia para Sammy não é mesmo?

- Sim, mas a gente não precisa ter agora, só depois que nos casarmos – Arregalo os olhos e engulo a seco depois de ele dizer isso.

- Oi?

- Nós vamos nos casar.

- Ah, vamos?

- Sara – Ele se ajeita na cama – eu te amo e se vamos fazer isso dar certo, essa é a melhor maneira.

- Jensen... – Ele me interrompe.

- Ah, qual é? Então você não gostar de mim?

- Como que é?

- Parece que você não gosta de mim Sara.

- Não, eu gosto de você. Gosto da maneira que faz meus dias serem melhores, do jeito que me trata, e de como me cuida. Eu gosto quando você sente saudade, e gosto mais ainda quando você diz que tá com saudade. Eu gosto de saber que está aqui, mesmo quando não está aqui. Eu gosto e eu sinto. Eu gosto quando acha que me entende, mas na verdade não chegou nem próximo de me entender, mas sei lá, eu gosto. Eu gosto da maneira que você me gosta, é gostoso ser gostado. Eu gosto de sentir sua falta, mas gosto mais ainda de matar essa falta. Gosto do seu bom dia, do seu boa noite, e até de quando você não diz nada, mas queria ter dito. Eu gosto tanto do seu silêncio, mas também gosto do seu barulho, mesmo não gostando tanto assim de barulhos, mas do seu eu gosto. Eu gosto do seu ciúme exagerado. E gosto do seu jeito pra frente. Gosto um pouco. Eu gosto de ir embora só para ter certeza que não sei ir embora, e gosto mais ainda quando não me deixa ir embora. Eu gosto de ficar, apesar de ter um medo absurdo de ficar. Sabe quando você começa a me contar um caso no qual não estou prestando atenção? Pois é, eu gosto. Gosto porque parei de prestar atenção no caso para prestar atenção na sua voz. Eu gosto da sua voz. E da sua risada. E das suas lamentações. E das suas perguntas. É, eu gosto. E gosto mais ainda dos seus medos, dos meus medos, dos nossos medos que se entrelaçam e formam um medo só. Ainda tem dúvida de que eu gosto de você?

- Nenhuma – Ele me beija – então vamos nos casar?