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História We need to talk - Capítulo III


Escrita por: sheselectric

Notas do Autor


Olá!! <3
Demorei muito?? Desculpem D: tive que viajar, mas agora estou aqui!!

Fiquei pensando que aquela passagem de tempo que rolou no capítulo anterior possa ter deixado alguns de vocês confusos, então vou tentar explicar x-x No capítulo 1 a gente vai pro passado, lembram? Precisamente um mês e alguns dias, mas no decorrer do capítulo 2 o tempo vai passando e agora finalmente chegamos no presente! É meio confuso ainda, mas ta valendo xD
O importante é que para aqueles que lembram do início do capítulo 1 (sinopse), já sabem o que esse capítulo 3 irá ter 8D hoho

E antes que eu fale demais, não se assustem com o galpão do Sehun, ele não é tão "galpão" assim hahahahahahaha
Boa leitura para todos e ah é, tem lemon <3

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction We need to talk - Capítulo III

A temperatura em Seul era de aproximadamente 12º, mas a sensação térmica era uns três graus abaixo, principalmente se você resolvesse parar no meio da rua.
 

- Então...? Podemos ir pra lá? - Perguntou Luhan novamente assim que não teve uma resposta da primeira vez.
 

Sehun estava sem reação com aquele pedido tão repentino, mas moveu a cabeça positivamente assim que percebeu que ainda não tinha dito nada.
 

- Claro! - Falou sorrindo breve. - Mas isso não seria um...?
 

- Encontro? Não! De jeito nenhum, encontros não são feitos em casas! - Falou com uma firmeza que parecia estar sendo usada até mesmo para convencer a si mesmo disso.
 

Luhan já havia jogado seu cigarro no chão a algum tempo, mas a fumaça que saia de sua boca até confundiria uma pessoa qualquer que passasse por ali de tão densa. Ele estava com frio e Sehun havia percebido pela forma como apertava uma mão na outra.
 

- Bem, é você quem está dizendo! - Alertou Sehun se aproximando. - Vamos, é aqui perto.
 

Ambos deram meia volta e voltaram a caminhar juntos pelas calçadas desertas. Naquele momento Luhan só pensava em como seria bom chegar em algum lugar quente e quem sabe voltar a pensar de forma menos instintiva, já Sehun só conseguia concluir que o garoto da livraria era cada segundo mais enigmático.
 

- Você sempre se convida pra conhecer a casa de estranhos? – Perguntou Sehun apenas pra distrair do frio.
 

- Definitivamente não! – Riu breve. – Mas faz tempo que não conheço lugares novos! Sem falar que te conheço a um mês, isso não te classifica mais como um estranho pra mim.
 

- Isso me classifica como o que então?
 

Luhan que sempre tinha respostas rápidas para tudo mesmo que estranhas acabou ficando sem uma resposta convincente para tal pergunta. Afinal, o que Sehun era? Por sorte, antes que precisasse pensar logo em algo pra dizer, toda a atenção foi voltada para os pingos de chuva que começavam a cair em seus rostos.
 

- Ai era só o que me faltava! - Resmungou Luhan olhando para o céu. - Isso só pode ser um castigo!
 

Talvez realmente fosse por estar quebrando uma regra muito importante sua só porque resolveu ser espontâneo uma vez na vida, concluiu. Sehun riu e sem nem perguntar puxou o menor pelo pulso para saírem dali mais rápido.
 

- Por que seria um castigo se não estamos fazendo nada de errado? - Comentou Sehun colocando a mão sobre sua cabeça para que os fios de seu cabelo não atrapalhassem a visão enquanto corria. - Isso não é um encontro!
 

- Sim! - Gritou Luhan correndo logo atrás dele. - Principalmente porque pessoas não pegam chuva em encontros!
 

A cena de ambos correndo era um tanto engraçada, até mesmo para eles que não conseguiam parar de rir mesmo tremendo de frio.
A chuva ameaçou apertar e estavam prestes a petrificar naquela rua quando finalmente chegaram na fachada escura da casa. Sehun puxou as chaves da mala com pressa e abriu a porta deixando que o menor entrasse primeiro para então fazer o mesmo.
A casa estava em uma completa escuridão, mas as risadas de Luhan pareciam iluminar o caminho até ele. Sehun ligou a luz e olhou para o mais velho que estava exatamente ao seu lado encostado na parede, sua respiração estava irregular e os fios de seu cabelo úmidos assim como sua pele pálida. Luhan era sem dúvida uma pessoa muito bonita, pensou.
 

- Pessoas se molham em encontros? - Perguntou Sehun enquanto sua respiração se normalizava.
 

- Eu acho que não... - Disse acalmando. - Eu acho que elas também não correm para galpões de entulho...
 

Luhan desencostou da parede e começou a dar uma boa olhada no local que estavam. A casa tinha três andares e não era à toa que o estudante de artes a chamava de “galpão”, aquilo realmente era um. No térreo onde estavam precisamente, tinha tanta coisa esquisita como diversas escadas de madeira quebradas, cadeiras velhas e até mesmo placas de transito, aquilo era um depósito empoeirado.
 

- Eu não sabia que receberia visitas então dispensei a empregada...
 

- E por acaso alguma empregada já pisou aqui?! - Perguntou olhando pra ele.
 

- Ops... - Riu se aproximando. - Vamos lá pra cima, tem aquecedor e podemos tirar esses casacos molhados.
 

Luhan concordou com a cabeça e deixou que o maior fosse na frente lhe guiando pelas escadas de ferro.
Ao contrário do térreo, o segundo andar era limpo e até que bem organizado. Tinha muitos móveis antigos e nada harmoniosos com o ambiente, mas também tinha seu charme. Luhan deixou sua mala sobre uma mesa de canto e retirou o casaco entregando-o à Sehun, esse também tirou o casaco que vestia e colocou ambos pendurados em uma arara para secar.
 

- Oquei, qual é a do galpão-casa? – Perguntou Luhan curioso com o local.
 

- Essa casa pertencia aos meus bisavós, ai eles morreram e foi pros meus avós que moraram por uns anos. – Dizia enquanto tentava ligar o aquecedor antigo. - Mas agora eles moram em outra cidade com meus pais.
 

- Hmm... Então é de família... – Falou pensativo enquanto seus dedos tocavam as teclas um pouco empoeiradas de um piano velho.
 

Por mais que Sehun e Luhan se falassem todos os dias na livraria a um mês, nunca realmente entraram em detalhes a respeito da vida fora daquele ambiente. Resumindo, nenhum sabia muito sobre o outro além de seus nomes e seus livros favoritos por exemplo, mas para Luhan que passara tanto tempo convivendo com pessoas comuns incluindo um namorado advogado que gostava das coisas milimetricamente organizadas, Sehun parecia ser alguém interessantemente fora dos padrões.
 

- Sim e eu até podia morar aqui, mas como você viu, isso é um caos. – Disse finalmente conseguindo ligar o aquecedor. - Lá embaixo só tem entulho, lá em cima parece um sótão do terror cheio de caixas mofadas e aqui... Bem, aqui é meu atelier.
 

E Sehun agora parecia ser uma pessoa muito talentosa também.
 

- Então esses quadros são seus?! – Exclamou Luhan se referindo às pinturas escoradas nos móveis e penduradas nas paredes sem moldura.
 

Sehun confirmou e sorriu para si gostando do interesse de Luhan. Ter pessoas entusiasmadas com suas telas era algo meio novo.
 

- E por sinal, você é o primeiro a vê-los... – Falou enquanto andava pela sala e entrava em um segundo quarto.
 

- Jura?! – Perguntou Luhan espantando. – Mas por que? São lindos!
 

Todas as pinturas se tratavam de pessoas, algumas em paisagens ao ar livre enquanto outras apenas sozinhas em um fundo escuro. Eram quadros incrivelmente realistas.
Luhan estava mais espantado com a riqueza dos detalhes do que no fato de ser o primeiro a vê-los na verdade. Até porque para quem via Sehun como um simples estudante não imaginava que pudesse fazer coisas tão profissionais assim.
 

- Talvez seja porque eu não costumo trazer ninguém aqui. – Riu breve voltando à sala principal. - Por sinal eu não tenho mais nada pra beber, espero que goste de vinho...
 

Luhan olhou para Sehun enquanto esse se aproximava e se sentiu meio mal por ter praticamente o obrigado a estar ali graças a suas ideias repentinas.
 

- Quem não gosta?! – Sorriu aceitando uma das taças de vinho. – E não precisava se preocupar com isso afinal fui eu que dei uma de louco e me convidei... Me desculpe.
 

- Está tudo bem, se eu não quisesse vir eu teria inventado alguma desculpa. – Falou tranquilizando o menor de seus pensamentos. – Esse é o “não-encontro” mais interessante que já tive!
 

- Acho que esse é meu primeiro! – Falou brindando com sua taça na de Sehun. – Mas eu também estou gostando...
 

Para ser mais sincero, quebrar suas próprias regras nunca tinha parecido tão divertido como agora, mas não iria admitir isso em voz alta.
 

Ambos conversaram mais um pouco sobre os quadros para saciar toda a curiosidade de Luhan que ainda restava e então Sehun se afastou para colocar alguma música, um pouco mais de som além de suas vozes iria animar mais aquele tempo frio.
Sehun colocou sua taça de vinho sobre a mesa onde ficava uma caixa de som, tirou o celular do bolso e o conectou ao aparelho. Não vendo nenhum sofá ou poltrona livre, Luhan resolveu andar até a cama que ficava no centro da sala e se sentou observando o mais novo escolher as músicas.
Ninguém ali sabia mais que horas eram, não que tivesse passado muito tempo desde que estavam na rua, mas hora não era uma preocupação naquele momento.
 

- Eu estou me sentindo em desvantagem... – Falou Sehun pegando sua taça de vinho novamente.
 

- Em desvantagem? Sobre o que? – Perguntou não fazendo ideia do que o outro estava falando.
 

Sehun se aproximou devagar e se sentou no chão exatamente de frente para Luhan.   
 

- Você sabe muito sobre mim, mas eu não sei nada sobre você, percebeu?
 

Luhan esboçou uma leve surpresa com aquele comentário e então sorriu olhando para sua própria bebida se mexendo dentro da taça.
 

- Eu sou uma pessoa muito misteriosa, é difícil saber sobre mim... – Falou tentando fugir do que o outro evidentemente queria.
 

Sehun riu com aquela resposta e então começou a pensar em uma solução simples para aquele dilema.
 

- Uma moeda para cada confissão? – Falou tirando uma moeda do bolso e colocando-a sobre o chão de madeira aos pés de Luhan.
 

- Você acha que sou barato assim?! – Disse fingindo se sentir ofendido. – De jeito nenhum! – Chutou a moeda e cruzou as pernas.
 

- Oquei oquei! Deixa eu pensar mais um pouco... – Sehun começou a olhar envolta e então teve a ideia perfeita para arrancar os segredos de Luhan. – Eu faço um quadro seu se me disser pelo menos cinco coisas sobre você.
 

- Duas! – Falou em seguida.
 

- Três! – Rebateu.
 

Luhan não sabia porque estava realmente negociando aquilo, mas a oferta de Sehun era realmente tentadora levando em consideração que havia se apaixonado à primeira vista por seus quadros.
 

- Oquei, três confissões! – Disse se sentindo iludido pela maça vermelha da bruxa velha. – O que você quer saber?
 

- Eu não sei, diga o que quiser... Mas precisa ser algo interessante, hein! – Falou deixando sua taça de vinho já vazia de lado e apoiando as mãos no chão um pouco atrás de seu corpo.
 

O dono da livraria começou a pensar no que podia dizer até que o som que tocava de fundo lhe deu uma luz perfeita para iniciar.
 

- Bem... Essa música que está tocando pertence a minha banda favorita! – Falou já pensando em mais coisas que pudesse emendar logo em seguida. – Hmm... Você já sabe que tenho um gato chamado Moustache...
 

- Sim, ele já me arranhou. – Acrescentou se divertindo com aquilo.
 

- Desculpe por isso, Mous não gosta muito de pessoas estranhas, ele passou meus quatro anos de namoro arranhando meu ex! AH! Isso é uma confissão importante! Eu namorei por quatro anos! – Disse empolgado que agora só lhe restava mais uma. – Deixa eu ver...
 

- Fale de seu namoro. – Sugeriu Sehun aparentemente mais interessado.
 

- Meu namoro? – Luhan ficou um tempo olhando pro nada e começou a perceber o quão assustador era não vir nada legal a sua mente para falar além dos clichês irritantes. – Bem, eu estar muito feliz que finalmente estou solteiro pode ser considerado uma confissão sobre meu namoro?
 

- Hmm... Acho que sim! – Sehun sorriu satisfeito e se levantou. - Estamos quites agora. – Falou pegando as taças vazias de ambos e colocando sobre uma escrivaninha.
 

- Mas eu ainda quero o meu quadro! – Disse Luhan apoiando suas mãos no colchão da cama.  – Eu sei que devia falar que não precisa, mas como você disse que faria...
 

Sehun olhou para Luhan e riu balançando a cabeça negativamente. Ele era alguém inacreditável.
 

- Você não quer escolher outra coisa, não? Porque eu adoraria pintar você, não tem ideia do quanto, mas não posso. – Disse com uma voz de lamento.
 

- Como assim não?! Eu não quero outra coisa se você já ofereceu o melhor. – Disse desapontado. – Qual o problema comigo? Ou você está tentando fugir do nosso trato inicial?!
 

- Nenhum e nem outro. – Riu das acusações. - Eu apenas não conseguiria pintar o corpo do garoto da livraria se não conheço de fato o corpo do garoto da livraria.
 

Luhan abriu a boca para contestar tal alegação, mas então voltou a pensar o que talvez ele quisesse dizer com aquilo. Estavam apenas se divertindo com todo aquele papo até então e podia sim escolher outra coisa em troca ou simplesmente nada, mas agora que estava pensando bem não haviam realmente conversado a respeito das pessoas dos quadros antes, se Sehun as conhecia ou se eram apenas estranhos. Talvez ele estivesse falando sério sobre não poder pintá-lo e o segredo da recusa podia estar exatamente nisso.
 

- Oquei. – Disse Luhan se levantando. – Quão a fundo você precisa conhecer meu corpo para pintá-lo?
 

Sehun acabou se espantando com a pergunta, só que mais pelo fato de ser Luhan que a estava fazendo do que ter que responde-la. Ainda não estava totalmente acostumado com os momentos repentinos do mais velho.
 

- Acho que você já deve suspeitar... – Começou a falar. – Mas, todas essas pessoas nos quadros tiveram alguma espécie de ligação comigo no passado, é por isso que consigo pintá-las. – Confessou sem entrar em detalhes.
 

Entretanto nem era preciso. Luhan olhou envolta, passando os olhos por todos os quadros que sua visão alcançava e deviam ter cerca de quinze telas ali aparentemente de ex relacionamentos de Sehun. Era praticamente uma exposição de amores esquecidos.
E por mais que aquele fosse o momento ideal para encerrar o assunto e deixar o “trato” para trás, Luhan não queria.
 

- Você me chamou para sair por causa disso, não é? – Perguntou se aproximando devagar. – Quer dizer, iríamos nos conhecer melhor e quem sabe ter algum tipo de “relação” para então você me acrescentar à sua coleçãozinha...
 

Sehun sorriu com o canto dos lábios ao ouvir o que o menor achava a seu respeito e cruzou os braços respirando fundo.
 

- Confesso que te chamei para sair com a intenção de ter algo a mais, sim. - Disse sem se mover do lugar que estava. – Mas não finja que veio aqui só para conversar. Pintar você seria apenas um bônus se alguma coisa entre nós de fato acontecesse.
 

E essas palavras quebraram qualquer intensão de prosseguir com a discussão que ainda imperasse na cabeça de Luhan. Não existia motivo para se fazer de inocente se nem um fio de seu cabelo claro era no final das contas.
Parou diante de Sehun desarmado e lhe devolveu o mesmo sorriso com o canto dos lábios.
 

- Boa resposta... – Disse em um tom mais suave que o usual.
 

Sehun descruzou os braços vendo que o menor não parecia mais querer fugir e o puxou pela cintura para fechar a distância que ainda restava entre seus corpos.
Seus olhares se encontraram no ar permitindo que todos aqueles desejos que vieram nutrindo por baixo dos sorrisos e comentários gentis todo esse tempo viessem à tona como de fato eram, e assim como a explosão da música que tocava de fundo, enfim se beijaram.

Sehun levou uma das mãos até a nuca de Luhan e inclinou ligeiramente o próprio rosto para que suas bocas pudessem se encaixar melhor. Seus lábios se moviam um entre o outro fazendo com que suas línguas se tocassem por frações de segundo que não pareciam suficientes. Mas de fato não eram.

Quando aprofundaram mais o beijo, Luhan levou uma das mãos até o abdômen de Sehun e começou a puxá-lo pelo tecido da camisa para que andassem em direção da cama. Tudo parecia muito rápido e talvez realmente fosse, mas Luhan iria apenas culpar os últimos meses sem sexo e Sehun, é claro.
Ambos andavam tropeçando em seus próprios sapatos que tentavam tirar as cegas, mas assim que a necessidade de ar se tornou insuportável tiveram que se separar. Luhan caiu na cama com seus batimentos acelerados e sua respiração desregulada como se tivesse corrido na chuva mais uma vez naquela noite.
 

- Você não vai se arrepender, não é? – Perguntou Sehun lhe olhando sério enquanto colocava um dos joelhos sobre a cama.
 

- Quem sabe se você me perguntar mais uma vez eu considere?! – Falou com um leve tom de sarcasmo na voz que logo em seguida se desmanchou. – Por favor...?
 

Sehun sorriu com aquela resposta e subiu sobre o corpo de Luhan voltando a beijá-lo. Arrependendo-se ou não no final, não tinha mais volta. Seus quadris se chocavam devagar e suas línguas se moviam na mesma velocidade. A cada intervalo para respirar ambos se provocavam com mordidas e beijos no canto da boca que logo viravam novos beijos tão duradouros e carentes quanto seus toques por baixo das roupas que ainda vestiam. O gosto de Luhan não podia ser mais doce embora a culpa fosse provavelmente do vinho.

Quando tiveram que se separar por mais tempo para repor todo o ar perdido novamente, Sehun retirou a camisa que vestia e posteriormente fez o mesmo com a do menor para não perderem mais nenhum segundo sem contato. Ofegante, Luhan tocou o abdômen do mais novo com as pontas dos dedos e o puxou pela alça da calça.
 

- Não seja gentil... – Disse a centímetros de sua boca.
 

- Não se preocupe... – Sehun esboçou um leve sorriso. – Eu não serei. - E em seguida empurrou Luhan com a mão em seu pescoço para que permanecesse deitado na cama.
 

Não existia nenhuma relação afetiva para ser protegida e talvez aquele momento nunca mais fosse se repetir então não existia motivos para cordialidades.

Suas bocas se tocaram por alguns instantes e então Sehun começou a descer os lábios pelo pescoço de Luhan depositando sucintos beijos sobre as marcas avermelhadas recém deixadas por seus dedos ali.
Luhan gemia baixo enquanto sentia as mãos frias do mais novo começarem a tentar abrir e tirar sua calça com certa dificuldade por ser muito justa. Ergueu ligeiramente os quadris para facilitar a retirada dela junto com sua própria boxer e em seguida chutou todos os tecidos para longe de suas pernas ficando finalmente livre de todas as roupas que vestia quando chegou ali.
 

- Você está vendo minha mala daí? – Perguntou Sehun entre mordidas nos quadris de Luhan e beijos duradouros em seu abdômen. – Pegue pra mim.
 

Luhan que já sofria um pouco para manter a mente atenta ao ambiente virou o rosto para procurar a mala de Sehun e quando percebeu que a alça da mesma estava presa na grade da cama onde estava esticou os braços e a puxou.
 

Por que você precisa disso? – Perguntou Luhan lhe entregando e apoiando os cotovelos na cama para vê-lo melhor.
 

Sehun não respondeu e apenas se ajoelhou no chão deixando a mala ao seu lado sobre o piso de madeira desgastado. Luhan que agora conseguia enxergar com mais clareza o que estava prestes a acontecer, se sentia um tanto exposto naquela posição e moveu as pernas em uma tentativa falha de se proteger dos olhos que lhe devoravam, mas Sehun levou as mãos até suas coxas e lhe impediu.
 

- Suas pernas são tão bonitas... – Disse Sehun enquanto corria os dedos pela lateral de ambas e observava atento cada centímetro de pele que tocava.
 

 O menor sentiu um leve arrepio com os toques e ao levantar uma das pernas para fugir da sensação, Sehun a segurou novamente e a colocou sobre um dos ombros. Estava hipnotizado pela suavidade e a aparência praticamente intocável da pele clara de Luhan, ela pedia para ser marcada. Aproximou o rosto devagar e começou a beijar sua coxa interna, sugando-a demoradamente e deixando pequenas marcas roxeadas que até mesmo pareciam borrões de tinta em uma tela branca. E talvez fosse exatamente essa a fixação de Sehun.
Luhan sentia seu coração disparado e aquela sensação enlouquecedora de ansiedade. Sehun percebia as sutis reações que provocava no corpo menor e não ia tortura-lo por muito tempo. Enquanto percorria a língua por sua coxa e mordia a região já inteiramente marcada, tirou da mala um pequeno frasco de lubrificante e derramou um pouco do líquido em seus dedos.  

Sem nenhum aviso prévio, Sehun levou dois de seus dedos até a entrada de Luhan e os introduziu conforme se levantava para ficar por cima de seu corpo.
 

- A-ah... – Luhan arqueou as costas ao sentir a invasão, mas aos poucos os beijos suaves que recebia por seu corpo foram lhe acalmando.
 

Sehun igualou seu rosto ao de Luhan e o beijou enquanto seus dedos se moviam dentro do corpo dele sem longas pausas. Certamente o dono da livraria não tinha nenhuma relação desse tipo a algum tempo e era perceptível pela forma como estava, mas ninguém ali iria parar.
Luhan acomodou suas pernas flexionadas envolta do corpo do mais novo e levou as mãos até a barra da calça que ele ainda vestia. Desabotoou um tanto impaciente os botões e quando finalmente conseguiu abri-la, desceu o tecido apenas o suficiente para conseguir mover uma das mãos por dentro e retirou seu membro. Seus corpos já estavam ligeiramente úmidos e algo dizia que aquele aquecedor iria se tornar uma péssima ideia em alguns minutos.

Luhan começou a mover sua mão envolta do membro de Sehun conforme o próprio aumentava o ritmo com que seus dedos se moviam, mas por mais que sentissem a respiração difícil e a vontade de continuar, aquilo ainda não era o suficiente. Sehun retirou os dedos de dentro de Luhan e levou suas mãos até as coxas dele lhe puxando sobre a cama com certa ferocidade.
 

- Ah! – Disse Luhan com a ação repentina do outro. – Sehun...?
 

O menor esticou os braços acima da cabeça alongando seu corpo esguio sobre os lençóis negros da cama e subiu as pernas pela lateral do corpo de Sehun apenas lhe provocando. E essa provocação certamente estava funcionando já que o estudante de artes não podia estar mais obcecado por aquele corpo como estava agora.
Sehun colocou uma das pernas de Luhan sobre o ombro novamente e apertou com a mesma força de antes a região de seu quadril. O mais velho acabou deixando outro ruído breve ecoar de sua boca quando sentiu o aperto, mas estava ciente que a partir de agora isso seria nada.

A música que tocava ao fundo acabou e um silêncio se alastrou pela sala. Sehun segurou seu próprio membro e deixou um pouco de sua saliva escorrer até ele espalhando em seguida. Suas respirações pareciam combinar com a batida da música que se iniciava ainda tímida. Levou seu membro até a entrada de Luhan e após uma troca rápida de olhares negros, o colocou dentro de seu corpo.
 

- Oh... – Luhan arqueou as costas e fechou os olhos abrindo a boca em busca de ar.
 

Sehun entrava devagar conforme sua mão deslizava pelo dorso do menor e tentava lhe acalmar. O interior de Luhan era apertado, mas não que viesse a lhe incomodar, na verdade estava mais para torturar Sehun que estava no seu máximo de autocontrole. 
 

- Se-hun... – Falou Luhan com uma voz falha. – Se mova...
 

E esse pedido foi prontamente atendido. Sehun se posicionou melhor entre as pernas do menor e começou a se mover sentindo como o corpo a sua frente lhe recebia melhor ao decorrer das primeiras investidas. Aos poucos os gemidos de Luhan começaram a se tornar parte constante do ambiente e Sehun não podia ter melodias melhores ecoando por seu galpão.
 

- Hmmm... Mais rápido... – Implorava sobre a cama.
 

Luhan segurou a mão de Sehun que ainda estava repousando sobre seu dorso e a puxou até seu pescoço. Não precisava ser dito o que queria dessa vez, estava bem explícito em seus olhos.   
Sehun fechou os dedos envolta de seu pescoço e atendendo ao pedido anterior, começou a se mover com mais força e rapidez contra o corpo de Luhan. O caos estava instalado.

A cama de metal raspava ainda mais o chão de madeira desgastado do quarto, entretanto o chão sairia o menos arranhado no fim. Assim que Sehun se inclinou sobre o corpo de Luhan para beijá-lo, esse levou as mãos até suas costas e cravou as unhas em sua pele também pálida. Tocando com as pontas dos dedos todo o caminho de sua coluna, Luhan sentia cada musculo de Sehun se mover com mais força a cada minuto e isso não podia lhe excitar mais. O mais novo certamente não era o único a se sentir atraído pelo corpo do outro.
 

- A-Aah... Assim! – Luhan gritou sentindo Sehun acertar seu ponto mais doce. – Oh... Mais... Por favor... – Moveu a cabeça para o lado deixando os lençóis da cama úmidos com os fios molhados de seu cabelo.
 

Do lado de fora a temperatura caia ainda mais, mas dentro do quarto tudo parecia mais quente e abafado, principalmente com o atrito de seus corpos se movendo juntos seguidas e seguidas vezes. Suas bocas se tocavam entre mordidas e toques breves de línguas entre os lábios, mas nada durava mais que breves segundos com a necessidade de respirar elevada. Tudo parecia insano, mas só conseguiam pensar em mais. Sehun voltou a se levantar puxando a perna de Luhan para cima e aumentou mais a velocidade das estocadas contra seu corpo. 
 

- Aah... Sehun... – Luhan gemia não conseguido se conter enquanto agarrava a grade da cama com força.
 

- Abra a boca. – Ordenou Sehun levando dois de seus dedos até a frente dos lábios do mais velho.
 

Luhan prontamente obedeceu e moveu sua língua por entre os dedos que invadiam sua boca, chupando-os devagar desde o início até a ponta. Sehun observava a imagem entorpecido, mas infelizmente não demorou muito e os retirou deixando um rastro de saliva escorrer pelo queixo do menor. Desceu a mão pelo corpo perfeito de Luhan e quando chegou na altura de seus quadris, moveu os dedos envolta de seu membro e começou a masturba-lo no mesmo ritmo com que se movia.  
Estava mais que claro que a linha que haviam ultrapassado era bem mais profunda do que imaginavam, mas essa por sua vez também teria o seu fim.

Luhan sentia Sehun acertar o limite de seu corpo sucessivas vezes e sabia que logo não aguentaria mais.
 

- Não pare... Hmmm... - Entre gemidos arrastados e frases incoerentes, Luhan arqueou as costas sentindo aquela típica sensação de formigamento em seu baixo ventre e se desfez sobre seu próprio abdômen. – Oh... Sehun...
 

O mais novo acelerou ainda mais o ritmo vendo a forma como Luhan se desmanchava exausto sobre os lençóis molhados da cama e depositou mais força a cada investida até que não demorou muito para vir dentro de seu corpo também.

Agora o som da chuva do lado de fora parecia bem mais nítido.

 

~We need to talk about it

 

Não havia silêncio, mas de suas bocas não saia nenhuma palavra. Luhan soltou a grade da cama deixando que sua mão caísse morta sobre o colchão e permaneceu encarando o teto escuro da sala enquanto sua respiração ainda se normalizava. Haviam tantos pensamentos em conflito na sua cabeça naquele momento, mas queria que todos sumissem.
Sehun esperou que o ar gelado que entrava pelas frestas das janelas esfriasse seus ânimos acalorados e enfim se ajeitou sobre a cama virando-se de frente para o corpo menor ao seu lado.
 

- Eu preciso ir pra casa. – Luhan quebrou o silêncio ainda sem olhar para Sehun, mas acabou rindo breve da forma como aquela frase havia soado. – Eu me senti meio biscate dizendo isso agora...
 

Sehun riu daquele comentário e se sentou olhando para todas as roupas jogadas no chão.
 

- Eu também preciso, eu não tenho nada aqui. – Disse se levantando e fechando sua calça para então poder caçar sua camiseta em algum canto. – Você pode tomar banho se quiser, o banheiro fica naquela segunda porta.
 

Luhan se sentou na cama trazendo as pernas para junto de seu corpo e se virou para olhar a porta que o outro estava se referindo. Concordou com a cabeça e puxou um dos lençóis para se enrolar. Sehun certamente teria que leva-los para alguma lavanderia mesmo, não tinha problema arrastá-los pelo chão. Pegou todas as suas roupas e foi para o banheiro.

Sua mente ainda lhe enviava diversos pensamentos confusos sobre o que acabara de acontecer, mas não queria se prender a nenhum deles e a água morna sobre sua cabeça ajudaria a espantá-los.  

Sehun se vestiu e ajeitou toda a bagunça levando o resto dos lençóis da cama até uma cesta de roupa suja. Quando Luhan finalmente acabou seu banho, também se vestiu e saiu do banheiro segurando a toalha e o lençol que havia usado.
 

- Você quer secar o cabelo? – Perguntou Sehun pegando de suas mãos o resto da roupa suja.
 

- Por acaso você tem secador aqui?! – Olhou envolta não vendo nada que fosse daquele século no quarto exceto o aparelho de som.
 

- É... Não. – Riu breve e lhe entregou o casaco. – Mas tem guarda-chuva, poderemos ir pro metrô sem se molhar!
 

- Fico feliz com isso. – Luhan sorriu e vestiu o casaco agora seco.
 

Não queria enfrentar o frio da rua mais uma vez, principalmente com o cabelo molhado, mas não tinha outra escolha. Precisava ir embora dali para o seu próprio bem.
Sehun desligou o aquecedor, Luhan calçou seu sapato e ambos desceram as escadas de ferro que levava de volta ao térreo bagunçado da casa para enfim saírem.
 

A temperatura estava bem mais fria do que Luhan e Sehun se lembravam, mas ambos tinham plena consciência que aquela não era a única diferença da noite. Entre breves olhares mais profundos e toques não tão ingênuos de mãos por baixo do guarda-chuva, muitas coisas haviam mudado desde a última vez que andaram por aquelas ruas.


Notas Finais


Viram como o galpão do Sehun é de boa?? 8D hohohohoho
Luhan é uma pessoa complicada de decifrar, mas eu sinto que Sehun já entendeu como as coisas funcionam. O que vocês acham??
Aos poucos vamos sabendo também mais coisas sobre o Jinhee e como era o relacionamento com o Lu, só não vale se apegar a ele xD

Próximo capítulo eu tentarei não demorar e teremos mais Baekkie <3 Bem, espero que tenham gostado e até a próximaa~~ <3


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