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História We need to talk - Capítulo VIII


Escrita por: sheselectric

Notas do Autor


Demorei? D:
Eu tive um pequeno bloqueio misturado a procrastinação T-T me desculpem! Mas estou de volta com o capítulo 8 <3

Eu não quero enrolar muito aqui, mas irei alertá-los de algumas coisas que teremos a seguir:
1- O capítulo inicia um mês depois que os encontros frequentes começaram, mas teremos idas e vindas do passado que estarão com datas e em itálico no meio das narrações normais, acho que dá pra entender D: Só no meio do capítulo que a gente volta pra mesma data do início!!
2- É com muito pesar e medo que digo que não tem lemon! Maas teremos uma sutil insinuação, então não me batam! /foge

Bem, boa leitura pra vocês <3

Capítulo 8 - Capítulo VIII


Fanfic / Fanfiction We need to talk - Capítulo VIII

Já estávamos em dezembro. Com todas as ruas enfeitadas para o fim de ano, até mesmo o ar parecia mais festivo, e de todo o frio dos últimos dias, a tarde dessa quinta feira até parecia agradável.
Luhan que não havia ido pra livraria hoje, estava sentado no chão de seu quarto de frente para o grande espelho do armário. Escurecia do lado de fora e escurecia ainda mais do lado de dentro já que nenhuma luz estava ligada, mas não precisava iluminar nada se tudo estava bem claro diante de seus olhos. Usando apenas uma camisa cinza de lã bem maior que seu próprio corpo, Luhan encarava seu reflexo solitário.
 

- Eu estou perdido... - Com as pontas de seus dedos finos tocou uma suave marca roxeada na curva de seu pescoço.
 

Aquela não era a única marca passageira em sua pele, mas tocar cada uma era como acionar diversas lembranças em flashes onde o único rosto em comum era o de Sehun. Era assustador pensar que tudo havia começado a apenas um mês.

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1 de novembro
 

Passava das nove horas da noite e os termômetros na rua marcavam -1 °C. Nenhuma alma viva arriscava sair de casa naquela área, apesar do céu limpo, a mais suave brisa parecia que congelaria você como nitrogênio líquido.

Por trás das paredes de madeira escura, no interior da casa velha, o aquecedor estava ligado e duas canecas de café não tão fumegantes como antes permaneciam sobre uma cômoda ao lado da cama praticamente esquecidas a pelo menos meia hora. Hoje era o primeiro dia do acordo.

Sehun e Luhan que haviam se encontrado no galpão as sete, estavam agora deitados na cama dos lençóis escuros conversando e rindo a respeito de suas vidas. A companhia um do outro era tão confortável e agradável que tentavam manter suas bocas ocupadas com palavras e risadas o máximo que podiam para que não caíssem em seus anseios tão cedo, mas não existia distância segura quando estavam sozinhos. Desde o primeiro minuto que se viram naquela noite fria, não conseguiam evitar os toques e os beijos suaves que trocavam pelos cantos do quarto. Toda vez que seus olhos se encontravam naquela baixa luz era como se uma carga elétrica percorresse seus corpos bagunçando seus sentidos.
 

- Você não quer o café? – Perguntou Luhan se sentando na cama.
 

Seu cabelo estava uma bagunça assim como sua roupa e Sehun não conseguia deixar de reparar em como isso fazia o dono da livraria ficar mais bonito.
 

- Não... – Disse Sehun se sentando também. – Eu quero você...

 

E seus lábios se selaram pelo o que devia ser a vigésima vez naquela noite, só que dessa vez não existia mais nada a ser dito para que se separassem. Luhan se sentou no colo de Sehun e correspondeu ao beijo e a tudo mais que viria naquela noite.
 

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No início as regras desse relacionamento se mantiveram rígidas. Na primeira noite Luhan havia ido embora do galpão por volta das duas da manhã antes que adormecesse na mesma cama que Sehun.

O trato de se verem de vez em quando também se manteve. No dia seguinte cada um ficou em seu apartamento. Sehun trabalhando no seu sexto quadro para a exposição e Luhan vendo mais um de seus filmes antigos. Mas é claro, por mais que não tivessem se falado durante todo o sábado, não era como se seus pensamentos respeitassem a distância.

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3 de novembro
 

Domingo chegou e com ele também veio o tédio e a tristeza típica daquele dia. Luhan lia um livro na varanda de seu amado apartamento focando sua mente na história e ao mesmo tempo treinando-a para não desejar aquilo que parecia lhe consumir, mas era mais difícil do que imaginava. Entre uma frase ou outra, se via no final da página sem lembrar de absolutamente nada que tinha lido no início e a culpa não era sono, fome, frio ou o vício do cigarro. Embora a sensação de abstinência fosse bem parecida com essa última opção.
Largando o livro para trás sem nenhuma marcação, Luhan levantou e correu para o quarto, jogou os lençóis claro da cama para trás em uma busca de vida ou morte por seu celular e quando finalmente o achou debaixo do travesseiro, puxou-o e começou a correr a lista de contatos até o nome que precisava. Talvez se arrependesse por parecer tão desesperado, mas tudo era tão recente que precisava de mais.

 

“Podemos nos ver hoje?” by Luhan.
 

E enquanto andava de um lado pro outro em seu quarto, a resposta chegou mudando o destino daquele domingo morno.
 

“Que horas?” by Sehun.

--
 

Naquele dia ambos se encontraram logo após o almoço e só se separaram quando escureceu.
 

Ninguém sabia dos encontros e assim continuou. Durante os dias normais da semana Baekhyun até pareceu desconfiado, mas Luhan conseguiu dar alguma desculpa para justificar seu sumiço no fim de semana. Sehun também não aparecia mais na livraria para não levantar suspeitas, mas esse infelizmente não era o único motivo para seu desaparecimento. O sexto quadro para a exposição parecia mais complexo do que devia e o estudante de artes estava trabalhando nele todos os dias, só que pela forma frustrada com que era visto ultimamente, talvez não estivesse tendo muito progresso.

Diante de suas agendas incompatíveis, naquela segunda sexta após o acordo não houve encontro.

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10 de novembro
 

Luhan havia tirado aquele domingo para arrumar seu apartamento. Não gostava muito de empregadas mexendo em suas coisas embora alguém precisasse fazer a limpeza semanal, então resolveu fazer isso sozinho. Varreu os cômodos, limpou os móveis e até mesmo lavou o banheiro. Claro que Moustache as vezes atrapalhava um pouco, mas não era como se já não estivesse acostumado.
Luhan estava menos dependente daquela vontade de ver Sehun que havia lhe dominado no domingo passado, principalmente depois de uma semana sem vê-lo. Era muito bom ter o controle de suas próprias vontades, entretanto a outra parte da relação não compartilhava do mesmo sentimento hoje.
Quando Luhan finalmente havia terminado a faxina e estava no meio de um perfeito banho de banheira, um certo estudante de artes lhe ligou.

 

- Você poderia me ver hoje? – Pediu Sehun com um tom de voz desanimado.
 

O coração de Luhan apertou em seu peito e sua vontade foi de afundar naquela banheira, seu vício estava de volta.
 

- Claro... – Respondeu com uma voz suave. – Estarei aí em meia hora.
 

Luhan saiu do banho, arrumou-se e pegou um táxi para chegar o mais rápido que pode no galpão.
 

Não existia dúvida alguma que ambos estavam entrando em um relacionamento tão obscuro quanto as profundezas do oceano. Aos poucos aquilo deixava de ser só sexo e conversas aleatórias, para virar algo muito mais pessoal.

 

- Não fique assim... – Disse Luhan se aproximando de Sehun que estava encostado na grade da cama abatido. – Você é ótimo!
 

Sehun estava tão preocupado com sua exposição que o sexto quadro parecia uma barreira impossível de ultrapassar. Luhan não podia ver como a pintura estava e nem Sehun lhe dizia muito sobre, mas estava claro que o problema era a pressão para terminar logo que lhe fazia não conseguir pintar.
 

- Fique comigo. – Pediu Sehun puxando Luhan pela cintura.
 

- Eu já estou aqui, não? – Respondeu com um sorriso enquanto colocava os braços envolta de seu pescoço. – Não se preocupe mais...
 

E ambos se beijaram calmamente.

--
 

Os encontros secretos continuaram durante o decorrer daquele mês de novembro. Por baixo dos segredos Luhan e Baekhyun decoravam a Revive em clima de natal e do lado de fora a neve decorava Seul em clima de muito frio.
Sehun parecia ter finalmente conseguido superar seus problemas de criatividade e estava menos estressado quanto a tarefa de pintar um quadro para a exposição, mas é claro que os preparativos ainda davam um pouco de dor de cabeça. Pelo menos não era nada que não pudesse ser esquecido na presença de Luhan.

Os dois começaram a se encontrar todas as sextas, todos os sábados e todos os domingos conforme o mês corria. Sabiam que o trato era se ver uma vez ou outra, mas a partir de um certo ponto isso se tornou impossível.

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22 de novembro
 

Luhan havia trazido uma das luzes que ele e Baekhyun não haviam colocado na faixada da livraria e Sehun teve a ideia de coloca-la sobre a cabeceira da cama. Como gostavam sempre de deixar o galpão praticamente às escuras quando estavam juntos, as pequenas luzes azuis eram perfeitas para iluminar só o que queriam ver.
 

- Você devia poder enxergar com meus olhos. – Disse Sehun escorado no outro lado da cama vendo Luhan em pé sobre a mesma.
 

- A vista é muito bonita? – Disse sorrindo de forma convencida segurando o lençol envolta de seu corpo.
 

- É maravilhosa... – Respondeu puxando as pernas descobertas do mais velho e fazendo-o cair sobre o colchão.
 

Ambos começaram a rir por baixo das cobertas, mas Sehun não estava brincando. Deitado sobre o corpo de Luhan iluminado só pelas luzes que piscavam, não conseguia imaginar alguém que fosse mais bonito que ele.
Quando as risadas e os risos cessaram seus lábios se selaram.


--
 

Nenhum dos dois ousava dizer em voz alta, mas a relação que haviam criado paralela a vida cotidiana parecia mais real e sólido que qualquer outro relacionamento, mas é claro, quando anoitecia cada um ia para seu apartamento e voltavam a ser apenas conhecidos.

Talvez essa fosse a única coisa que havia restado de suas “regras” iniciais.

 

~We need to talk about it

 

Com muita expectativa finalmente dezembro chegou. Amigo secreto, muita venda na livraria e folga da faculdade. Fim de ano é sem dúvida uma época muito agradável, exceto pela obra repentina que a prefeitura de Seul havia iniciado na rua e que além de irritante, impossibilitou que a Revive abrisse durante os dias 4 e 5.
Sem poder trabalhar, Luhan havia usado a quarta feira para comprar alguns presentes, mas na quinta feira preferiu ficar em casa. No início parecia uma ideia natural já que sempre fez isso, porém quando acordou naquele dia frio percebeu que era praticamente a primeira vez em um mês que estava sozinho e sem planos a luz do dia. Era um tanto intimidante.

Colocou comida para seu gato e depois foi para a varanda ler um pouco. Enquanto lia tirava alguns minutos para apenas observar a rua e os prédios vizinhos, e quando ficou distraído demais com a vista Moustache lhe tirou do transe pulando em seu colo.
 

- Oi Mous... – Disse fechando o livro e o colocando de lado. – Eu ando lhe negligenciando, não é mesmo? Me desculpe, eu não sei o que está acontecendo comigo...
 

Ou talvez soubesse, mas só tinha medo de dizer em voz alta e arruinar tudo.
 

O dia foi passando calmamente e quando começou a esfriar, Luhan entrou com seu gato. Ligou o aquecedor e ficou andando pela casa com sua camisa cinza de lã favorita. Hoje era um dia para se fazer nada.
Enquanto preparava um chá para tomar, seu celular começou a tocar esquecido no quarto. Devia ser umas seis horas da tarde já e logo ficaria com fome então estava vendo o que poderia comer e por isso acabou nem escutando o toque do celular. Assim que terminou as atividades culinárias e resolveu ir até seu quarto pegar o celular, viu a chamada perdida.

Era de Sehun. Por um segundo pensou em retornar preocupado já que nunca haviam se ligado durante a semana, mas então viu que tinha uma mensagem também. Se alguma coisa tinha acontecido, certamente estava naquele sms.
Luhan então clicou.
 

“Eu sei que hoje é quinta, mas podíamos nos ver? Amanhã é a exposição e eu tenho certeza que ficaria menos nervoso com você aqui... Ah é, eu terminei o quadro! Você quer ver?” by Sehun.

 

Luhan ficou olhando para aquela mensagem na escuridão de seu quarto, mas dentro de seu peito era como se explodissem múltiplos fogos de artifício radiantes. Olhou para seu próprio reflexo no espelho e respirou fundo.

Aquela era uma mensagem simples de se responder. O que era uma quinta feira perto de todos os dias que vinham se vendo? Era apenas fingir que já estavam no fim de semana do acordo. Luhan pensava em tudo isso, mas a realidade é que estava farto de dar desculpas para si mesmo apenas para não se sentir culpado. Queria ver Sehun todos os dias, essa era a mais pura e amedrontadora verdade. Sentado no chão de seu quarto diante de seu próprio reflexo, pegou seu celular e respondeu.

“Estarei ai em uma hora, ok?” by Luhan.
 

- Eu estou perdido... - Com as pontas de seus dedos finos tocou uma suave marca roxeada na curva de seu pescoço. – Realmente perdido...
 

Luhan se arrumou para sair e se certificou que Moustache teria comida e água suficiente para a noite. Deu tchau para seu gato com um certo pesar e então saiu. No fundo não estava fazendo nada errado, mas algo dizia que talvez fizesse.
 

Após um metrô praticamente vazio e uma pequena distância caminhando, o dono da livraria já estava diante da porta de metal velha do galpão. Bateu três vezes e ficou esperando Sehun abrir. Fazia um frio absurdo e essa sensação misturada ao peso da culpa era sufocante.
Talvez não tivesse que ter vindo, mas no instante que a porta de correr se abriu e seus olhos se encontraram com os do mais novo foi como se tudo isso tivesse se dissolvido no ar.
 

- Desculpe por ter lhe chamado hoje. – Disse Sehun com um sorriso.
 

- Me esquente e estará perdoado! – Falou tremendo enquanto entrava rápido na casa.
 

Sehun fechou a porta e depois deu um breve beijo em Luhan para aquecer seus lábios frios. O que faziam não podia ser errado se era tão bom.

Ambos subiram as escadas até o quarto e os casacos e as luvas puderam ser retirados. A previsão do tempo dizia que talvez nevaria, mas o aquecedor iria aquecê-los ali.
 

- Então você terminou o quadro, é? – Disse Luhan olhando envolta, mas vendo apenas as tintas. – Onde ele está?
 

- Bem guardado! – Respondeu Sehun enquanto limpava as mãos sujas de tinta.
 

- Como assim? – Falou sem entender. – Você disse que ia me mostrar!
 

- Não, eu perguntei se você queria ver! – Falou rindo conforme se aproximava de Luhan novamente.
 

- Sai, não me toca! Eu vim aqui pelo quadro! – Disse se fingindo de ofendido.
 

- Jura...? – Perguntou ignorando toda a defensiva e lhe segurando pela cintura a força. – Achei que tivesse vindo pelo pintor!
 

- Por você? – Luhan riu de deboche. – Não, definitivamente não...
 

Sehun sorriu e então puxou o corpo menor de encontro ao seu.
 

- Vamos fazer um jogo, tudo bem? – Disse ele em um tom baixo guiando Luhan devagar até onde ficava sua área de pintura. – Eu te darei dicas e se você acertar eu te mostro o quadro.
 

Luhan se sentou em um banco entre todas as tintas e então moveu a cabeça positivamente concordando com a ideia do outro. Isso poderia ser interessante.
 

- Já aviso que sou ótimo em adivinhações! – Falou de forma convencida.
 

- É o que veremos... – Sehun retrucou e colocou as mãos por baixo do tecido da camisa do mais velho.
 

Luhan sentiu o toque gelado em sua pele aquecida e se esquivou, mas Sehun o impediu que se afastasse lhe beijando novamente. O beijo era sutil, mas o suficiente para conseguir o consentimento para continuar, suas bocas se separaram e Sehun retirou a camisa de Luhan.
 

- Vire de costas que lhe darei a primeira dica. – Disse caminhando até a mesa de tinta ao lado.
 

Luhan virou-se no banco de madeira que estava sentado e ficou observando a rua pela janela. Minúsculos flocos de neve começavam a cair calmamente do lado de fora, sendo levados pelo vento sem direção. Sehun voltou a se aproximar sem que o mais velho percebesse e com o pincel molhado de tinta azul fez uma linha fina desde a nuca dele até o meio de suas costas. Um leve arrepio percorreu toda a espinha de Luhan e lhe tirou do rápido transe em que se encontrava.
 

- Como me sujar de tinta pode ser uma dica? – Falou virando o rosto para o lado e tentando ver o que Sehun fazia.
 

- Olhe pra frente! – Disse Sehun lhe repreendendo. – Você não disse que era bom de adivinhações? Te sujar de tinta tem tudo a ver com meu quadro.
 

Por mais desconfiado que estivesse, Luhan obedeceu e voltou a olhar para a janela sem a menor ideia do que aquela dica poderia significar. Sehun por sua vez se fechou em seu mundo novamente e fez mais um traço roxo nas costas do menor seguido por outro verde claro, ambos começando na nuca mas terminando em alturas distintas. Só que o maior deles e quarto traço descia todo o caminho da coluna de Luhan em um vermelho vivo que terminava na altura de seu quadril.
 

- Estou começando a achar que você está me enganando para poder me usar como tela! – Disse ainda observando a neve cair do lado de fora.
 

Sehun riu breve com aquele comentário e jogou o pincel sujo na mesa bagunçada.
 

- Você podia estar certo porque isso sempre foi uma vontade minha... - Disse puxando sua câmera polaroide antiga que estava em outra cadeira. - Mas eu realmente estou dando uma dica.
 

Luhan segurou os fios compridos de seu cabelo para cima e Sehun tirou uma foto de sua “obra” terminada.
Com a pequena foto em mãos, o mais velho ficou observando aqueles quatro riscos que estavam em suas costas e a única coisa que conseguia pensar era que talvez não fosse tão bom em adivinhações. Virou-se de frente para Sehun e lhe entregou a foto frustrado.
 

- Sei lá... Você pintou quatro pessoas coloridas? – Luhan disse em um chute nem um pouco sério.
 

Sehun riu alto movendo a cabeça negativamente e puxou o menor de cima do banco pela mão.
 

- Você não quer pensar melhor? É muito óbvio. – Disse Sehun colocando os braços envolta da cintura fina dele.
 

- Eu juro que não sei, obvio pra mim seria se você tivesse pintado um arco-íris, mas você não está no jardim de infância pra pintar isso! – Falou insatisfeito. – Não devia valer! Você não me deu dicas suficientes!
 

- Eu te dei uma ótima dica, não seja um mau perdedor! – Falou beijando seus lábios meio a sua face aborrecida. – Desiste?
 

- Não! – Falou direto. – Me dê mais uma dica, eu tenho o direito a pelo menos mais uma!
 

Sehun riu com todo aquele apelo e então decidiu colaborar com o menor. Daria uma segunda dica.
 

- Preste bem a atenção dessa vez, ok? – Sehun sorriu com o canto dos lábios e levou as mãos até a calça de Luhan começando a desabotoá-la.
 

O mais velho olhou pasmado para o que Sehun fazia e o encarou realmente crente que ele estava apenas se divertindo com sua cara.
 

- Tirar toda a minha roupa é dica agora? – Perguntou indignado, mas não impedindo que Sehun continuasse com o que fazia.
 

- Não, tirar sua roupa não é uma dica. – Disse jogando a calça de Luhan para o lado. – Foder você que é...
 

E aquelas últimas palavras pegaram Luhan verdadeiramente de surpresa. Essa era uma dica que precisaria mesmo prestar bem a atenção.
Sehun lhe beijou logo em seguida e guiou seu corpo até a cama sem dificuldades. Aos poucos sua boxer também foi parar no chão daquele quarto e as roupas do mais novo também encontraram o mesmo destino frio.

Aquela quinta feira estava oficialmente inclusa no acordo.
 

Suas línguas se tocavam entre seus lábios formando pequenos fios de saliva que se quebravam conforme seus corpos se moviam impacientes um sobre o outro na cama. A tinta que já estava seca na pele de Luhan começava a borrar as linhas com o suor e o atrito nos lençóis negros. Pernas flexionadas, dedos apertando os quadris, marcas no pescoço... No final tudo acabava assim entre os dois.
 

- Ah... Sehun... – Luhan gemia baixo enquanto o mais novo entrava e saia de seu corpo.
 

Durante todos esses dias, em nenhum mísero segundo um havia deixado de desejar o outro como da primeira vez que se viram naquele galpão. Cada toque e cada beijo era sempre tão insaciável como o último e isso era o motivo pelo qual aqueles encontros teriam que acabar.
 

- Fale meu nome mais uma vez... – Sussurrou Sehun no ouvido de Luhan.
 

Um estava afundando o outro.
 

- Sehun... Por favor... – Implorava Luhan cravando suas unhas nas costas do maior.
 

A neve caia densa do lado de fora agora, mas tudo era tão calmo na rua que contrastava com a euforia de dentro do galpão. O som da cama rangendo, os gemidos, os ruídos, tudo ecoava pela casa em uma bagunça sonora. Só que após esse longo período de insanidade, veio a súbita calmaria. Os dois corpos caíram cansados sobre os lençóis amarrotados e o único som prevalecente agora era o de suas respirações.
Sem pressa, Sehun desligou os abajures e se acomodou ao lado do corpo sonolento na cama. Luhan era tão belo, o estudante de artes tirou algumas mechas de cabelo úmidas que caiam sobre olhos dele e lhe beijou. Adoraria poder contar sobre o quadro, mas sabia que o menor acabaria adivinhando. Cedo ou tarde ele entenderia as dicas.
 

Deitados um de frente para o outro sem dizer nenhuma palavra, Sehun e Luhan quebraram a última regra que ainda restava. Um de cada vez fechou os olhos e adormeceu.


Notas Finais


Eles dormiram juntos! Literalmente! Acho que quando amanhecer teremos um pequeno caos no galpão....
Alguém sacou o quadro do Sehun?? Acho que todo mundo já imagina mesmo sem as dicas xD só o Luhan que não!
Sobre os encontros, desde o início eles já estavam fadados a não darem certo, né? Temos dois capítulos pra descobrir como HunHan vai terminar! Isso me faz pensar que essa fic acabou indo bem rápida o-o

Mudando completamente de assunto, pessoal que for de São Paulo e estiver pensando em ir no Ressaca Friends semana que vem, algumas amigas minhas vão fazer sala lá e eu acho que vou passar um dia ou outro com elas. Eu não pretendo me revelar xD mas quem quiser aparecer todas as meninas são uns amores!! Vocês podem escolher o que toca na sala, vai ter maquiadora profissional fazendo maquiagem de girlband e eu juro que sou simpática ao vivo tbm Q-S
Bem, tá feito o convite!

Acho que é isso, espero que tenham gostado do capítulo <3 até loogo~~


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