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História Weakness (Fraquezas) - Capítulo 1 - Lembranças


Escrita por: breooliver

Capítulo 1 - Capítulo 1 - Lembranças


Quando meus sapatos tocaram o piso do Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson, meu coração inconsequente acelerou. Forcei meus pés em direção ao táxi já me aguardava. No caminho provavelmente esbarrei em no mínimo duas pessoas. Eu realmente estava mexida por voltar para o lugar onde tudo começou.
Conhecê-lo não foi um erro, bem longe disso. Eu tentei esquecê-lo, realmente tentei, mas algo dentro de mim não permitia.

- Senhora, tudo pronto. Podemos ir?-a voz do taxista soou. Nem tinha percebido que ele já havia terminado de guardar minhas malas. - Senhora?

-Uh...Sim, vamos! - respondi, saindo de meus devaneios.

A caminho do meu antigo apartamento, notava pequenos detalhes que o traziam á tona em minha mente.

5 anos atrás...

- Você viu o novo contador? - as mãos finas e quentes de Alexis tocaram meu ombro nú esquerdo fazendo-me à encarar.

Arquei uma das minhas sobrancelhas a incentivando á prosseguir.

- O Bieber? O que acabou de chegar?-Alexis se reencosta ao meu lado.

- Ah não! Você também não... - balanço a cabeça em negação e beberico meu café.

Eu já havia ouvido falar dele quase á tarde inteira, principalmente no banheiro feminino.

- Você não diria isso se já tivesse o visto. - diz dando um gole em seu chá de camomila, como faz todos os dias. - Juro que ele nem parece real de tão lindo que é.

Assim que ela conclui a frase, um homem alto, com um topete perfeito, que aparentava ter no máximo 25 anos, cruza a entrada da cafeteria.

Logo meu toquei que aquele era o cara que tanto ouvirá falar. Suspiro e volto meu olhar pra Alexis que estava quase babando. Olho mais uma vez, e percebo o quanto ele merece o que as mulheres dizem sobre ele. É incrível. Os cabelos perfeitamente alinhados, são nun tom dourado e brilhante. Quando ergue seus olhos pra encarar-me de volta. Percebo que seus olhos são castanhos e penetrantes. Seus lábios carnudos e convidativos, tão bem desenhados em forma de coração.
Não que eu saiba que tenho que parar de olhar e parar agora. Mas seus olhos grudados nos meus, vão se tornando cada vez mais intensos, assim que seus lábios esboçam um sorriso.

E então desvio o olhar pra Alexis, que me olhava com um sorrisinho do tipo :"E então o que eu disse? ".
- Ele é bonitinho - dou de ombros, me dirigindo á lixeira.

[...]

Olho no meu relógio de pulso, e o mesmo marca 19h45. Fim do expediente.

Jogo minha bolsa sobre os ombros e caminho em direção ao elevador. É um longo percurso, devido ao extenso corredor, cheio de portas e deserto. Não era comum ser a última à sair, porém hoje havia me empolgado, digitando planilhas.

Quando estou quase concluindo meu percurso, as portas do elevador estão prestes á se fechar. Apresso o passo na tentativa de chegar à tempo. Porém, alguém coloca as mãos entre as portas do elevador prateado, impedindo-o de fechar.

- Obrigada. - agradeço.

Olho para o painel, e pressiono o botão com a letra "T" , já que o único que está pressionado é o "G".
Há somente uma pessoa dividindo o elevador comigo e seus olhos estão cravados em mim.

- Claryssa não é? - sua voz sooa rouca e aveludada. Assinto, sem desviar os olhos. - Sou Justin Bieber.

- Eu sei - penso alto.

- O quê? - ele solta uma risada divertida que mais parece música para os meus ouvidos.

- Eu...Já ouvi falar de você por aí - tento concertar.

No momento seguinte, as portas do elevador se abrem. Dando passagem para o hall do prédio. Me adianto e passo á sua frente. Sinto sua mão firme tocar o meu braço.

- Tá com presa? - indaga.

- Não - lanço um sorriso tímido.

- Então, estava aqui pensando se você não quer jantar comigo? - pergunta tranquilo.

-Acho melhor não. - respondo sem pensar por força de hábito.

- Eu sou novo na cidade. Não conheço ninguém por aqui, eu só pensei que...

As palavras somem, assim que me perco em seus magníficos par de olhos. Desvio o olhar pelo simples fato de não saber o que falar.

-Esqueça, foi bobagem da minha parte - resmunga dando-me as costas.

Quando finalmente caio em si, Justin está quase entrando novamente no elevador. Praticamente corro em sua direção. Agarro seu braço esquerdo sentindo sua definição.

-Eu quero ir! - exclamo quase num tom desesperado.

Solto seu braço o permitindo me encarar. Um sorriso incrível paira em seu rosto. Retribuo com o mais belo sorriso que poderia dar.

Justin conhecia um restaurante próximo ao nosso trabalho. Estranhei, pois até onde eu sabia ele era novo na cidade. Fomos andando, ele preferiu assim não discordei. Caminhar era um de meus hobbies favoritos. Seguimos por uma rua que eu costumava passar todos os dias.

-Você tem um belo sorriso - elogia.

-Obrigada, você também tem um belo sorriso - digo automaticamente, pensando que seu sorriso não é somente belo. É perfeito.

Na verdade não é só o sorriso. Reparo desde o seu cabelo castanho claro até o seu tênis preto. Tudo nele me parece convidativo. Sua boca, seu corpo, tudo é magnífico. Ele realmente é real? Paro de observa-lo e começo à olhar ao meu redor.

Estou completamente perdida em meus pensamentos aleatórios, quando me assusto ao sentir um leve puxão.

-Aonde está indo? - ouço o som de sua voz divertida.

Me perco, pela segunda vez no mesmo dia, em seus olhos cor de mel que estão colados aos meus. Meus olhos caem sobre sua boca rosada e tão beijável. Estamos tão próximos que posso sentir sua respiração tranquila contra a minha.

-Ao restaurante - respondo afastando-me.

-Qual? - ironiza com as sobrancelhas arqueadas de forma divertida.

-O que estamos indo, não? - pergunto confusa.

- Mas ele é bem ali - responde soltando uma de suas gargalhadas apaixonantes.

Ele passa um de seus braços pelos meus ombros, me guiando à duas portas grandes de vidro giratórias.
Assim entramos no restaurante, Justin se adianta e pede uma mesa para dois.

Meus olhos vagam pelo restaurante. Recordo-me de já ter vindo aqui em alguma ocasião antes. Mas tudo parece mais bonito e encantador, o que me leva à acreditar que o lugar tenha sofrido reformas. Volto meu olhar pra Justin que está olhando para mim sorrindo.

- Já veio aqui antes? - pergunta sereno.

-Sim, mas está um pouco...diferente-respondo encantada.

-Vamos, nossa mesa já está pronta - assenti e nos dirigimos em direção à nossa mesa.

A mesa ficava perto das incríveis janelas, que davam uma vista maravilhosa para a cidade.
O garçom logo veio e anotou nossos pedidos.

-Está gostando daqui? - pergunto me referindo à Atlanta.

-Sim. - responde empolgado - Aqui é exatamente como falaram.

Justin olha através das janelas, e por um momento posso ver seus olhos brilhando. Me inclino um pouco para também desfrutar dessa deslumbrante vista que tinhamos.

-Mas, por quê quis morar logo aqui?-ele me encara sério.

-Eu não sei...Eu apenas...- Bieber parece procurar as palavras certas - Estava cansado da minha antiga cidade. Queria conhecer novas pessoas, sabe? - sorri.

-Entendo plenamente. Mas, essa não ao certo a cidade na qual eu escolheria morar.

-E qual seria a cidade que a senhorita escolheria morar?

-Não sei bem, Gosto de Los Angeles, mas Nova Iorque realmente me encanta, talvez Paris. - ele ri de minha indecisão me fazendo rir junto.

-Por que nunca foi morar lá ou até mesmo visitar? - pergunta interessado.

-Nunca tive oportunidade. Mas um dia ainda visitarei cada uma dessas cidades - digo certa de minhas palavras - E você? Ainda não me disse sua cidade natal.

-Sou canadense, nasci e cresci por lá.- ele se endireita numa posição mais despojada e da um gole em seu champanhe - Você é daqui não é mesmo?

-Sim - digo apenas.

O garçom retorna a nossa mesa com nossos pedidos, nos servindo. Comecei a comer, enquanto Justin me observa-va. Parecia que ele realmente gostava de fazer isso.

-O que foi? Há algo de errado comigo? - perguntei com a boca levemente cheia.

-Nada - riu e em seguida desviou os olhos.

Dei de ombros e continuei comendo. Justin começou á comer também. Não conversamos mais, apenas desfrutamos a presença agradável um do outro.

Termino de comer e olho á minha volta. O restaurante é bem decorado e extremamente iluminado. A mesa é forrada com um forro nude claro e seu tecido é de um típico cetim. O piso é de madeira. No centro do restaurante à um lustre incrivelmente brilhante. Também noto as pessoas que ali estavam. Algumas delas estavam sérias e parecia que estavam em um jantar de negócios, levando em conta suas vestimentas. Outras, estavam sorridentes acompanhadas aparentemente por pessoas do sexo oposto, assim como á mim e Justin.
Mas aí, percebo que uma mulher nos encara. O que me assustava não era o que ela fazia e sim como ela o fazia. A mulher estava sozinha. Esperava seu pedido e revezava seu olhar entre mim e Justin, que estava de costas para ela. Seu olhar era pavoroso.

-O que tanto olha? - pergunta Justin acompanhando meu olhar.

-Aquela senhora, você a conhece? - no momento que Justin à fita, o rosto da mulher perde a cor. Pânico paira em sua face.

-Não...Não conheço muitas pessoas aqui em Atlanta. - desviou seu olhar para mim, dando de ombros - Esqueça ela.

Justin puxou meu rosto para si e fez um carinho em minha bochecha. Tal ato, me fez sentir um frio na barriga, um ótimo frio.

No momento seguinte, nossas sobremesas chegam. O que me fez suspirar frustada, ao sentir as mãos do Justin se afastar de mim.

-Da próximo vez te levo ao Mc Donalds - brinca um pouco insatisfeito.

Não consigo parar de pensar no fato de que Justin coagitava sair comigo outra vez.

Justin me olhava de uma forma diferente. Confesso que em alguns momentos me constragia, pelo fato de ser intenso. Seu olhar era misterioso. Um convite perfeito para o perigo. Milhões de coisas se escondiam naqueles olhos caramelados. Queria que aquele momento durasse para sempre, mas ao mesmo tempo queria que acabasse o mais rápido possível.

Ao chegar a conta, Justin se antecipou retirando um cartão com apenas um detalhe de metal, de sua carteira negra.

- Não Justin, me deixe ajudar a pagar- não me parecia certo o deixar pagar tudo sozinho.

- Nada disso Claryssa, eu te convidei, portanto eu pego -insistiu. Pelo visto ele não iria desistir tão cedo.

- Tudo bem - cedi vencida. Bieber cruzou os braços e deu um sorriso vitorioso.

Enquanto aguardava ele colocar sua senha na pequena máquina, procurei com os olhos a mulher misteriosa. Porém, foi uma tentativa sem sucesso, ela não se encontrava mais no local.

- Podemos ir? - pergunta Justin, fazendo meu olhar se encontrar ao dele. Assenti levantando.

Justin me ofereceu uma carona para casa. Aceitei sem pensar duas vezes, pois infelizmente eu ainda não tinha um carro.

Ele era estranho. Não era como os outros ou talvez fosse. Mas assim que o vi pela primeira vez, algo dentro de mim entrou em alerta. Tudo nele era perfeito demais para ser real.

- Clary? - sua voz calma e rouca me desperta de meu transe. Sorri pelo modo como ele disse meu apelido.

- Sim? - encontro sua íris caramelada pela garagem pouco iluminada da nossa empresa.

Por alguns segundos ele me encara pensativo. Não era possível descrever seu olhar. Meu corpo inteiro se arrepiou e meu coração acelerou. Justin desvia seu olhar para o nada a sua esquerda travando o maxilar. Molhou os próprios lábios e ainda olhando na mesma direção disse :

- Vamos? - seu tom de voz era áspero.Assenti, ainda me sentindo estranha.

Um vento gelado passou pelo meu corpo ainda arrepiado. Inconsequentemente abracei meus ombros com frio. Bieber procurava as chaves em seu bolso e quando a encotrou destravou o alarme. Ele abre a porta do passageiro para mim e logo se senta no seu lugar. E liga o ar quente.

Durante todo trajeto estávamos em silêncio até que ele exclama empolgado:

- Atlanta é uma cidade incrível! Como não vim para cá antes?

- Você veio pra ficar? - pergunto receosa.

- Sim! Já estava na hora de expandir horizontes. - sem pensar sorri largo.

Assim que Justin estacionou em frente ao prédio em que eu morava, suspirei decepcionada por essa noite estar no fim. No meu consciente eu queria que tudo acabasse logo, odiava parecer tão fácil e vulnerável na frente de um homem. Mas no meu coração tudo era bem diferente.

- Claryssa, eu gostei de ter sua companhia essa noite. Espero que possamos repetir em outra ocasião - seu rosto se aproxima cada vez mais do meu.

Estamos tão milimetricamente perto que podia sentir seu perfume forte. Porém quando seus lábios mudaram a direção para minha bochecha corada, me amaldiçoei mentalmente por não ter roubado um beijo de sua boca rosada.

- Então nos vemos amanhã? - pergunta ele sereno.

- Claro. - minha voz sai baixa.

Abri a porta de seu carro e andei em direção ao portão de entrada do prédio. Não preciso olhar para trás para saber que seus olhos estão cravados em mim.



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