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História Welcome to Murderville - I trust you


Escrita por: boombayah_tk

Notas do Autor


~☆~

Capítulo 9 - I trust you


Fanfic / Fanfiction Welcome to Murderville - I trust you

- Você está gostando dela. - Emma afirmou. Estávamos no armário dela esperando os outros chegarem.
- Não! Eu não estou! - neguei com todas a minha convicção e ela arqueou a sobrancelha.
- Por que é tão difícil de aceitar? Por ela ser uma garota? - a pergunta de Emma me deixou sem argumentos.
Não, não é por isso. Eu não gosto da Audrey, não desse jeito.
- Eu não sou lésbica! - exclamei e ela riu.
- Lembro quando a Audrey me disse isso dois anos atrás, após o vídeo dela beijando a Rachel ter vazado. - Emma me lançou um sorrisinho de lado.
- Ok, tem razão. - acabei por rir do meu pensamento idiota. - Mas eu não gosto da Audrey desse jeito, é sério, se eu gostasse saberia! - afirmei confiante e a loira revirou os olhos.
- Ta bom, continue mentindo pra si mesma. - ela deu de ombros e fechou o armário.
Saímos andando pelo corredor e logo a frente avistamos o quarteto fantástico rindo de alguma coisa que provavelmente Noah havia falado.
- Vocês vieram cedo hoje. - Brooke estranhou.
- Vieram juntas? - Audrey perguntou com a voz um pouco alterada e com uma expressão estranha que não consegui identificar, mas Emma soltou um risinho.
- Sim, a gente precisava conversar uma coisa. - a mesma respondeu com um sorriso sapeca no rosto.
O que de fato deixaram todos curiosos, mas preferiram deixar pra lá. O sinal tocou para a primeira aula de filosofia e no meio do caminho, ao passar pelo banheiro, eu parei.
- Encontro vocês na sala, ok? - avisei indo até a porta do mesmo.
Todos assentiram e saíram andando na frente enquanto eu entrava. Fui até a pia e fiquei encarando meu reflexo no espelho, logo minha atenção foi voltada para as cabines dali de dentro do banheiro e eu me lembrei do dia no cinema. Automaticamente me senti estremecer e preferi sair dali o mais rápido que podia.
Abri a porta do banheiro e me deparei com corredores totalmente vazios já, ajeitei a bolsa no ombro e saí andando normalmente, era só um corredor vazio, certo?
- Respira Larissa, a sua sala é no próximo andar, não tão longe. - comecei a repetir para mim mesma em voz alta.
Mas de repente a luz do corredor se apagou e eu soltei um grito de susto, dessa vez comecei a caminhar mais lentamente até a escada, quando cheguei ao ponto de vê-la meu coração quase parou de bater por ver quem estava em frente ela.
Aquela mesma máscara e capa preta, segurando a bendita faca em uma das mãos, ele me viu e começou a vir em minha direção lentamente.
Senti meu sangue ferver pela adrenalina e eu saí correndo para a direção contrário o mais rápido que podia. Pensava em coisas do tipo "ele não vai me matar, senão já teria feito bem antes" mas então pensava em meus amigos, e também que ele poderia estar esperando a hora certa e essa era a hora certa!
- Merda, merda, merda! - comecei a murmurar ficando apavorada.
Virei dois corredores e me escondi atrás de uma fileira de armários, minha respira estava rápida e falhada, eu não conseguia pensar direito, apenas peguei meu celular na bolsa e quase o deixei a cair pelo nervosismo, disquei os números com as mãos tremendo e coloquei o aparelho ouvido tentando controlar a respiração.
Depois do terceiro toque ele atendeu.
- Noah! E-e-ele está aqui! - falei baixo com a voz alarmada.
- Quem? Lari, onde você ta? - o nerd perguntou preocupado.
- Ele, ele veio me pegar, Noah, eu não quero morrer! - sentia meu coração bater acelerado, mal podia pensar em algo fixo porque já estava apavorada.
- Ai meu Deus, ele está aqui no colégio? Onde você está? Ele te machucou?? - Noah perguntou já se apavorando também.
- N-n-não, eu to bem! Estou me escondendo atrás de uma fileira de armários! - falei rapidamente e dei uma olhada rápida para trás pelo corredor, nem sinal do assassino ainda, me escondi novamente. - Não venha, apenas avise os outros. Vou arrumar um jeito de sair daqui! - ouvi ele protestar, mas não dei ouvidos e desliguei a ligação.
Respirei fundo e quando estava me preparando para sair dali ouvi passos. Fechei os olhos forçadamente e comecei a negar mentalmente que aquilo estava acontecendo.
- Ok, está tudo bem, eu vou sair daqui! - afirmei para mim mesma e dei uma olhada para o corredor.
Estava tudo vazio ainda, mas os passos continuavam. Levantei de trás dos armários e saí correndo, quando olhei para trás a maldita máscara surgiu longe, cacete to ferrada!
Virei o corredor e praticamente me joguei atrás da parede, tentava pensar no que fazer quando ouvi passos vindos de onde eu estava. Ai não!
Virei-me para o lado e quando ia gritar de susto Noah tapou minha boca fazendo "shhhh".
- Ficou maluco?! - indaguei quando ele tirou a mão. - Mandei não vir, ainda mais sozinho! - briguei.
- Eu sei e estou pirando por feito isso, mas sei bem que sua decisão de encarar o bad guy sozinha é idiotice! - ele retrucou bravo e eu bufei dando de ombros.
- Pois é, mas quem disse que to afim de encarar ele?! - arqueei a sobrancelha e ele riu fraco.
- Ok, precisamos sair daqui o mais rápido possível! - Noah exclamou se sentada e eu o encarei incrédula.
- E acha que eu já não estava tentando fazer isso? - questionei brava, mesmo que em voz baixa.
Quando meu celular tocou foi quase como se nós dois tivéssemos tido uma parada cardíaca naquele momento pelo susto! Era uma ligação de número desconhecido. Fiquei receosa e olhei para Noah.
- Atenda! - ele falou e eu assenti.
Atendi com as mãos tremendo e respirei fundo tentando manter o controle para o que eu sabia que viria a seguir.
- Hello lier. - a voz robótica soou do outro lado da linha e me estremeceu por completo.
- O que você quer?! - bradei.
- Sua amiguinha amante de freezers resolveu sair da sala de aula. Será que devo avisá-la onde vocês estão? - a voz soltou uma risada sarcástica. Arregalei os olhos apavorada.
- Não toca na Brooke! - praticamente gritei e Noah pareceu ficar apavorado também.
- Receberá as instruções pelo ex virgem, se não fizer o que se pede dê adeus à little bitch! - e desligou.
Engoli em seco e olhei para Noah esperando por alguma coisa e no mesmo momento o celular dele tocou. Ele tirou o celular do bolso e abriu a mensagem que havia chegado.
Pedia para clicar no link que aparecia em menos de cinco minutos. Nos entreolhamos praticamente surtando.
- O que fazemos? - ele perguntou também tremendo.
- Não podemos deixar a Brooke morrer! - exclamei tirando o celular da mão dele
- Mas não sabemos o que tem no link! Se eu tivesse algum tempo poderia... - ele começou a dizer nervoso.
- Não temos tempo pra rastrear nada, Noah. São cinco minutos! - retruquei mesmo com a expressão de receio total.
- Tudo bem, vamos em frente com isso logo! - o nerd engoliu em seco e mesmo apavorado clicou no link antes que eu o fizesse.
A tela de seu celular ficou preta de repente e ele xingou baixo o pegando de minha mão. Segundos depois meu celular apitou e eu vi uma notificação de vídeo novo postado.
- Sinto que estamos ferrados. - Noah me olhou assustado.
- Bem ferrados! - completei contraindo os lábios em seguida.
Abri o vídeo torcendo mentalmente para não ser nada grave demais. Só alguma ameaça, mas ao contrário disso era uma gravação feita do hall do cinema.
Era Audrey com uma aparência carregada de ódio e segurando sua arma, apontando para várias direções, em seguida eu apareci segurando a barriga que sangrava. Ai merda!
-É do dia que o assassino te atacou! - Noah exclamou pasmo.
- E ele fez parecer que foi a Audrey... - concluí sentindo um aperto enorme no coração.
[...]
Assim que entramos na sala de aula todos os alunos já estavam com seus celulares nas mãos vendo o maldito vídeo. Audrey também via junto com Emma, Stavo e Brooke. Espera, Brooke?
Cacete, o assassino estava blefando!
- Ótimo, agora sabemos que ferrados com nossa amiga à toa! - Noah disse com um sorriso irônico e revirou os olhos antes de ir se sentar.
- Qual o motivo do atraso senhorita McDonell? - Mrs. Lang perguntou me encarando preocupada de sua mesa.
- Estava passando mal, sinto muito Mrs. Lang! - falei sorrindo fraco e ela assentiu me mandando ir sentar.
Assim que sentei, eu e Noah reunimos os quatro e tratamos logo de contar tudo que havia acontecido.
- Eu sabia, sempre culpada. - Audrey revirou os olhos batendo forte na mesa e jogando seu corpo pra trás na cadeira logo em seguida.
Soltei um longo suspiro de arrependimento, eu precisava esperar até que a aula acabasse para poder ir até a prefeitura falar com papai. Ou até mesmo diretamente com o pai de Stavo!
Mas não demorou muito tempo para que a própria polícia viesse até mim. A porta da sala se abriu bruscamente e dois policiais junto com o diretor se posicionaram na porta.
- Audrey Jensen, por favor nos acompanhe. - um dos policiais pediu com a voz firme.
Senti um nó se formar em minha garganta, Audrey se levantou recebendo olhares amedrontados de todos. Antes que ela fosse eu segurei seu braço a fazendo se virar para mim.
- Eu vou te tirar dessa, confia em mim! - falei decidida e ela sorriu fraco.
- Eu confio em você. - afirmou antes de se soltar e seguir os policiais.
Meu coração disparou, mas decidi ignorar a sensação, no momento não era a melhor coisa para se questionar dentro de mim!
[...]
No final da aula antes que eu pudesse sair voado dali o mais rápido possível, Mrs. Lang me encontrou e me levou para conversar com ela em sua sala. Pra variar...
- Miguel Acosta me disse que seria melhor se você conversasse comigo sobre o que aconteceu. Sei que pode estar intimidada e talvez sendo ameaçada, mas tudo vai se resolver! - ela falou como sempre com aquele sorriso de quem quer ajudar.
- Mrs. Lang, a Audrey não fez nada disso! Outro assassino apareceu com a máscara do Brandon James e foi ele quem me atacou no cinema! - tratei se explicar rapidamente, mas a professora ficou séria.
- E por que não constatou a polícia depois do ataque? - ela questionou.
- Não considerei importante. - respondi simplesmente e ela arqueou a sobrancelha.
- Outro assassino aparece, te ataca, e você não considera importante?! - Lang me direcionava um olhar de desconfiança.
- Talvez eu não tenha pensado direito no que faria, mas acredite em mim, não foi a Audrey! - insisti e ela assentiu.
- Tudo bem querida, pode ir para casa e descansar, irei ligar para Miguel e explicar tudo. - ela me lançou um sorriso confortante.
Retribui o sorriso sentindo um grande reconforto em meu peito e me levantei agradecendo antes de sair da sala.
Assim que fechei a porta ouvi sua ligação se iniciar com o xerife e não contive a curiosidade. Encostei o ouvido na porta para tentar ouvir e me decepcionei com o que veio a seguir:
- Não, não. Ela disse coisas desconexas, não faziam sentido, temo que esteja sofrendo problemas psicológicos e ameaças da amiga. - Mrs. Lang afirmou com sua voz irritante de sonsa.
Xinguei mentalmente e me controlei para não entrar naquela sala na mesma hora e começar uma discussão.


Notas Finais


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