História Welcome to the Jungle - Don't Cry

P.O.V Maggie May

   Eu e Axl já estávamos andando por um tempo pela chuva, não parecia ter fim. A tempestade tomava conta de tudo pelo que passava, tinha o poder de destruir tudo que fora construído previamente com algum proposito, assim como eu.
   - Sabe... - Começou o ruivo. - É óbvio que você não é capaz de contar tudo que passa dentro de você, mas também é clara a dor que você sente quando permite se sentir. Eu sei que há algo de errado com você que não quer contar a ninguém, porém isso está te levando à loucura. - Completou olhando para o céu, sentindo cada gota cair sobre sua face.
   - Você pode até ter razão, mas eu também sei ser e ficar feliz. Tenho os meus problemas assim como todos e não posso me fazer de coitada por conta disso. - respondi.
   - Olha, se abrir não é se fazer de coitada. É, no máximo tentar aliviar o peso que carrega, por menor que seja.
   - Você diz tudo isso mas é recluso, se entorpece o quanto for possível, se sente ameaçado caso alguém note o que sente...
   - Olha, eu não faço isso porque não sei como fazer. Minhas músicas expressam tudo que sinto, é o único jeito que eu conheço de diminuir o peso e não ter que dizer diretamente que eu sou vulnerável. - Ele respondeu - Eu sei que é algo brega que todo musico fala, mas é a verdade.
   - Eu não sei nenhum jeito de fazer isso...
   Ele me olhou não com piedade, com compreensão.
   - Seus olhos mostram o mesmo que os meus, eu sei o que você fez. Não precisa falar, sei que é difícil... Eu conheço o fardo da morte tão bem quanto você.
   Me fingi de desentendida, entretanto, eu sabia sobre o que ele falava. Fiz que não liguei e tentei acender um cigarro mesmo na tempestade.
   - Vamos voltar para o quarto, lá será mais fácil de acender isso aí e eu também quero um. - Falou o vocalista com leveza.
   Já no quarto, fui até o banheiro tirar aquelas roupas ensopadas. Prendi meu cabelo e coloquei só uma calcinha e um moletom preto que chegava na metade das minhas coxas. Axl olhou para mim de um modo que achei que iria arrancar um pedaço da minha alma, gostei de saber que o provocava assim. Quando levei meus olhos ao seu corpo parecia estar vendo uma divindade, seus braços e troncos expostos, as tatuagens, seu cabelo molhado por cima de seu rosto... Não dá para descrever. Assim que notou meu "incomodo" deu uma risada de leve, um tanto sarcástica. Resolvi ignorar.
   Peguei meu tão desejado cigarro e o acendi, Axl pegou um e fez um gesto pedindo para que eu o acendesse. Ficamos na cama, deitados, juntos envenenando nossos pulmões, trazendo as escuridão das trevas para nossos órgãos.

      P.O.V. Diana

   Passei muito tempo conversando com Steven, cada vez que ele formava um sorriso no rosto parecia que eu estava olhando uma ursinho de pelúcia cor de rosa. Sei que não tem nada a ver mas como ele era fofo.
   Resolvemos pedir um filme aleatório pro serviço de quarto e assistirmos juntos. Nos arrependemos na hora, quando falamos aleatórios parecia que a atendente tinha entendido "bosta", afinal era uma grande merda e era longo demais.
   Voltamos a conversar e ignoramos o filme. Enquanto comíamos pipoca eu fazia várias piadinhas bestas com o apelido dele. O baterista sempre respondia com muito humor e cuidado.
   - Eu estou comendo uma pipoca... Mas o popcorn já me comeu... Seria isso canibalismo? Hahahahaha - falei em meio a risadas.
   - Não, está mais para uma piada péssima mesmo. - Ele respondeu rindo.
   - Você não me vê como uma comediante?! - falei pondo minhas mãos perto das minhas clavículas, fingindo espanto.
   - Não - Ele respondeu com aquele sorriso encantador.
   - Faço greve de sexo só pra você então- respondi rindo.
   - MEO DEOS DIANA VOCÊ É A PESSOA MAIS ENGRAÇADA DO MUNDO... CONTA MAAAAAIS -  Ele gritou fingindo desespero. - Vamos resolver isso... - ele completou maliciando e passando seu corpo por cima de mim.

      P.O.V. Axl

   - Você fuma compulsivamente. - Falei me dirigindo à Maggie.
   - Mas esse é só o terceiro seguido - ela respondeu rindo, pendurada de cabeça pra baixo na cama - Já fiz pior...
   - Você não tem nenhum pouco de medo da morte? - Indaguei.
   - Não, não tenho motivos para isso, o inferno já é aqui mesmo... - respondeu soltando a fumaça.
   - E você não pensa em durar um pouco? Por que assim você não vai muito longe... - Retruquei fingindo indiferença.
   - Mas... Não é divertido quando você sabe que vai morrer jovem? - Ela me perguntou com os olhos fixos nos meus... Não respondi, porém aquela frase não parecia sair da minha cabeça de modo algum, desde o que a compunha até o tom.
   -Sabe... - ela quebrou o silêncio. - Tive ideias para umas fotos, tem uma câmera aí?
   - Tenho... - respondi sem entender nada.
   - Vamos fazer assim: Você tira fotos minhas e eu suas, aí veremos os resultados.
   - Mas o que eu ganharia com isso? - Disse olhando fixo em seus lábios volumosos ao redor daquele cigarro.
   - Que tal um "ensaio de nudez" - respondeu maliciando - após algumas fotos podemos aproveitar que já estamos do jeito que precisamos.
   Entendi o recado e fui correndo pegar a Polaroid. Assim que virei a olhei nua, deitada na cama com o cigarro entre os dedos e liberando a fumaça, com uma das mãos sobre seus seios, era como se eu visse um anjo em meio ao inferno. Tirei uma foto.
   Cada movimento que eu conseguia, capturava na câmera. As mais leves mudanças de posição do corpo dela pareciam agitação de um mar raivoso, me perdia em meio a beleza dos movimentos. Cada toque no lençol me remetiam a vontade de ter suas unhas passando pelo meu corpo. Quando sorria, seus olhos eram indecifráveis... Ficamos um longo tempo tirando fotos dela.
   - Acho que agora já é minha vez! - falei pondo a câmera de lado e retirando minha roupa. Maggie pegou a câmera lentamente, me provocando e seu sabia que já estava criando um volume... Meu deus, ela vai me levar a loucura.
   Na minha mente o tempo não passava. Ela dizia que as fotos estavam boas, que eu poderia trabalhar de modelo (risos).
   - Olha isso! - Ela apontou para um crânio  da decoração do quarto do hotel. Antes que eu pudesse falar algo ela pegou, colocou em minhas mãos e disse para eu posicionar em frente ao meu membro, que estava quase com vida própria.
   Quando ela tirou essa foto, fez uma cara de satisfação enorme e falou:
   - Pronto, agora nós podemos fazer o que você estava querendo. - Sorriu com malicia.
   Devolvi o crânio e fui até a jovem. A tirei em um beijo ardente, de puro desejo. Ela correspondeu. Me jogou sobre a cama e veio se debruçando sobre mim, sem encostar, mas o suficiente para que eu sentisse o calor de seu corpo.
   (...)

      P.O.V. Izzy

   Quando fomos chamar os quatro para ir em algum bar, ao nos aproximar dos quartos, dos dois. Pensei que estivesse ocorrendo um terremoto e cama estivesse a beira de explodir, sem contar o gemidos. Realmente, sexo conserta tudo. Logo após chegarmos eles pareciam estar acabando, então assim que fizeram silencio, eu, Duff e Slash decidimos atrapalhar. Batemos na porta e falamos pra saírem que era urgente, os quatro estúpidos saíram afobados e viram que não era nada. As duas amigas se olharam com espanto e logo baixaram as cabeças.
   - Olha, em dez minutos vamos beber em algum bar, se quiserem nos encontre na recepção em 7 minutos. - Saímos e deixamos eles lá.
   Ver Maggie e Diana enroladas por um lençol quase que enfarta a nós três, elas tinham potencial. Socorro.
   Quando íamos sair e já tínhamos desistido de esperá-los, vimos os quatro vindo em nossa direção.
   (...) Já no bar

      P.O.V. Maggie

   Eu não aguentava ficar sem pensar no que havia feito com o Axl, ele era selvagem e egoísta mas ele sabia o que fazer. Estávamos todos sentados ao redor de uma mesa, conversando, bebendo, o usual.
   Assim que começou a tocar Lick It Up do Kiss eu e Diana nos olhamos, com o olhar fizemos as pazes. Nos dirigimos à pista de dança e iniciamos os movimentos que julgávamos sexy, olhando para os garotos que pareciam babar. Gostamos daquela atenção e então fomos convidadas a dançar nos postes... Obvio que aceitamos.
   Diminuímos as camadas de roupas que nos cobriam. Eu fiquei somente com um shorts jeans de cintura alta, um salto preto e um sutiã de renda preta transparente. Di ficou somente com a blusa sem sutiã que estava antes, de calcinha e salto. Nós sabíamos o que estávamos fazendo, tínhamos experiência. Todos os homens no ambiente tinham os olhares fixos em nós. Não vi nenhum piscar. Quando finalizamos fomos tão aplaudidas que parecia que havíamos achado a cura pro câncer e que todos os caras de lá tinham acordado o amiguinho nas calças. Sentando na mesa todos os garotos nos olharam espantados.