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História What am I to you? - Baby, just cry


Escrita por: Joyverdose

Notas do Autor


Olha quem realmente postou dois capítulos seguidos?? Hehehe, aqui estou com um capítulo que eu sinceramente tenho um puta orgulho de ter feito.

Não tenho muito mais o que dizer, então vejo vocês nas notas finais, meus muffins, espero que gostem do cap!!

Capítulo 30 - Baby, just cry


Fanfic / Fanfiction What am I to you? - Baby, just cry

"Recently, I've been questioning my own existence more than I should... Maybe it's because I'm in love"

 

- Por que? - tirei o pingente de dentro do bolso da calça, mostrando a ele, e entrando no quarto a passos lentos.

Ele arregalou os olhos, parecendo não acreditar no que via. - Ainda tem isso? - aquela voz rouca mexia comigo como se eu tivesse passado anos sem lhe ouvir falar todas as vezes que ele abria a boca.

- Estava remexendo as coisas que não havia tirado da mala quando me mudei pra cá, e encontrei isso... - olhei para o colar - Me trás tantas lembranças.

- Lembranças boas? - perguntou, com um mínimo pingo de esperança no olhar. O tom que ele usou ao fazer aquela pergunta quase me fez ter pena de respondê-la.

- Como se alguma lembrança que eu tenha com você seja boa. - disse, seca - Sequer se lembra de quando me deu isso? - eu já sabia da resposta, mas quis no mínimo confirmar.

- Lembro de no dia seguinte te ver usando, e perguntar como o conseguiu, mas não lembro do dia exato. - exatamente como eu imaginava.

- Pois é. Esqueceu de mencionar que no dia em que me deu isso era natal, e você bebeu tudo o que tinha direito, logo depois disso me bateu até eu gritar por socorro, e me deixou em um quarto, até o dia seguinte, quando estava sóbrio, e havia esquecido o que fizera na noite passada, como todas as vezes fazia. - ele ficou calado, sem expressão, e abaixou a cabeça.

- Eu só vim perguntar... Por que? - mostrei o cordão novamente, balançando-o em frente ao meu rosto.

- Eu ganhei isso do meu avô - ele começou - e meu avô ganhou isso da sua esposa. No dia em que ele me entregou isso, disse pra eu dar a alguém que significasse tanto pra mim quanto a coisa mais importante da minha vida. Eu dei a você, porque você é, foi, e sempre será tão importante pra mim quando música. - ele aproximou-se de mim, pegando em minha mãos, e logo em seguida me dando um abraço, e me envolvendo por completo.

Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tantos anos, senti-lo tocando em mim ainda me causava arrepios, mas não da forma boa. Éramos apenas nós dois, sendo observados pela luz do sol do lado de fora do quarto e pelo único objeto ali: o piano. Baekhyun havia saído do quarto em algum momento no meio da conversa, porque ele sabia que não era uma boa ideia ficar ali.

- Eu já disse que quero me desculpar. - aquela voz rouca sussurrava, em um tom baixo, para apenas eu escutar. - não faz ideia do quanto eu me sinto um lixo todas as vezes que me olho no espelho. Não faz ideia de quantos pesadelos eu já tive relacionado a isso. Não faz ideia do quanto eu me arrependo. Pedra de Jade, você, uma das pessoas mais inteligentes que eu já tive o prazer de conhecer, deve entender, certo? Lembro-me que você sempre via o ponto de vista de todos antes de tomar qualquer decisão, e eu amava isso em você. Pense, pense o quanto tudo poderia ficar melhor agora. - Suas mãos, que estavam em meus ombros, foram até minha cintura, e uma delas veio até meus cabelos, puxando minha cabeça para mais perto da curva de seu pescoço.

Novamente, aquele perfume inconfundível.

Naquele momento, eu comecei a sentir algo, um calor começou a subir pelas minhas costas, e sentia meu rosto ficando quente, e minha cabeça começara a pulsar.

Eu já havia sentido aquilo uma vez, no dia em que eu decidi dar um basta a tudo aquilo.

Era raiva.

Empurrei-o com todas as forças que tinha, e meu corpo foi impulsionado para trás, batendo com as costas na porta atrás de mim. Nós dois ficamos em silêncio por alguns segundos. Eu estava com a cabeça abaixada, meus olhos fechados, e os punhos também, segurava o colar na mão esquerda, apertando com tanta força que eu pensei que poderia quebrá-lo.

Dei um soco na porta, que fez um barulho extremamente alto, assustando-o. Eu continuava com a cabeça baixa, e meus olhos começavam a arder.

Naquele momento, não sei descrever o que eu sentia, era uma mistura de raiva, ódio, frustração, medo e cansaço, era tudo, e ao mesmo tempo nada, um furacão de sentimentos. - Nós tínhamos tudo, Chanyeol. - comecei a falar, e parece que todos aqueles sentimentos acumulados dentro de mim começaram a transbordar em forma de palavras. - Lembra como éramos felizes? - levantei a cabeça, olhando em seus olhos. Ele ainda estava assustado. - O mundo era nosso, nós tínhamos ele na palma da nossa mão, mas não era o mundo das outras pessoas, era o nosso próprio mundo. Nós o construímos, da nossa forma, à nossa imagem. Mas você o pegou e o jogou fora, jogou tudo pro ar, nossas esperanças, sonhos... Lembra quando planejamos comprar uma casa? Ter nossa vida independente... - eu odiava chorar, e resistia ao máximo quando sentia vontade de fazê-lo, mas era incrível como a simples menção do nome dele fazia meu corpo inteiro tremer. As lágrimas apenas não se controlavam, mesmo que eu lutasse muito para que elas não saíssem. - Sabe por que não daria certo de novo? Porque todas as vezes que encostasse em mim, eu ia sentir todas as cicatrizes e tatuagens pelo meu corpo arderem, lembrando de cada toque seu. Eu lembraria de seu rosto, as expressões que fazia, era doentio, e ao mesmo tempo era de dar pena. Park Chanyeol, o que eu sentia por você era amor, mas a partir do momento em que você levantou essa mão pra mim pela primeira vez, todo aquele amor transformou-se em medo. - levantei a barra da calça, mostrando uma cicatriz no meu tornozelo causada pelo acidente. - Mas eu nunca notei isso, e quando eu notei... Era tarde demais...

Ele nem sequer se movia, seus olhos, focados nos meus. A boca entreaberta, o cenho levemente franzido, e a luz do sol vinda da janela atrás dele iluminava sua silhueta. Tirando o fato de que era a pior pessoa que eu já havia conhecido na vida, Park Chanyeol era incontestavelmente um dos garotos mais bonitos que eu já havia tido o prazer de ver. Como eu já disse, se sua personalidade não fosse podre, ele seria literalmente perfeito.

Me aproximei dele, parando em sua frente, e entregando o colar em suas mãos. - o meu medo transformou-se em raiva, e a raiva transformou-se em ódio... Eu te odeio. - eu pude sentir a dor em seus olhos. A forma como ele me olhou... Sua expressão praticamente gritava que ele estava desesperado, mas seu orgulho era grande demais para que ele dissesse que não queria que eu o deixasse. Virei-me, indo em direção à porta, e a abri. - Ah, e dê esse colar a alguém que te mereça e te queira, porque a única forma que terá de ver meu rosto a partir de hoje será por fotos. Adeus, Park Chanyeol.

 


Notas Finais


Gente, eu realmente quero agradecer pra vocês que não deixaram de me acompanhar, me incentivam com comentários e até mesmo os leitores fantasmas. Eu não sei quem vocês são, mas cada um de vocês está guardado dentro do meu coraçãozinho, viu? <3

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