História What am i to you? - O garoto de sete anos e o papai noel

Enquanto estávamos tendo aquela que posso chamar de Tensãozinha Sexual.

A imitação barata de Clover – JinHwan -  apareceu estragando ou até mesmo me livrando daquele momento com a Sam barata – Vulgo Hanbin -.

—  Binnie, e eu achando que você não era de nada, foi caçar justo o Coelho. – O ajudante de Junedor disse enquanto eu ainda olhava para o narigudinho em minha frente.

— Se situa, projeto de gnomo. – Quando falei aquilo recebi um ‘’carinho’’ não tão agradável de Hanbin. – Cara doeu, ele que me chama de coelho e eu que ganho o tapa?

—  Jinan não chame ele de coelho e Bobby pare de agir como você tivesse sete anos. – Ele forçou seu pulso se soltando de minha mão.

       Logo depois do Hanbin dar liçãozinha de moral para mim e o anão, JinHwan, o próprio anão pegou a mão do narigudo e o puxou levando o outro para eu sei lá onde.

Eu fiquei alguns minutos mosqueando ali pensando o que eu estava fazendo da minha vida, quando eu senti dedos cutucarem a palma de minha mão e ouvi uma voz conhecida logo falar.

— Você irá dar um susto em alguém. – Quando me virei, me deparei com o garoto que eu havia comparado com um zumbi, DongHyuk.

—  O que? Você não aprendeu que bulinar os coleguinhas é feio? – Falei enquanto tirava minha mão de perto daquele ser que cada vez me assustava mais.

—  Trouxa, eu estou lendo a sua mão. – E novamente ganhei um tapa, acho que minha cabeça tem um imã com as mãos das pessoas, só pode.

—  Filho, aqui não tem nenhuma letra pra você ler não. – O garoto a minha frente começou a rir de uma forma que parecia uma hiena, esse garoto me assusta cada vez mais.

            —  Okay, agora vamos para a aula.

Seguimos juntos o caminho falando de qualquer coisa que vinha na cabeça, o garoto assustador era até que legalzinho.

Ao chegar na sala fitei meus olhares em um único ser que me observava com um olhar demoníaco, esse ser era Hanbin, no outro lado da sala estava JunHoe rindo da minha situação.

Espera, em que situação eu estou?

—  Onde estava?! – Hanbin falava em um tom agressivo enquanto eu me ajeitava sobre a cadeira.

—  Na escola. – E novamente o mesmo olhar.

—  Temos um trabalho para fazer, hoje. – O outro fez questão de dar um ênfase naquele ‘’Hoje’’.

—  Eu tenho treino de basquete, hoje. – E eu retribui o mesmo ênfase.

—  Falte. – Não estamos em um campo mas está tendo muita Palia Assada aqui.

—  Eu já faltei ontem e foi por sua causa, não irei faltar hoje.

—  Okay. – Ele foi infectado pelo June, porque eu já estou querendo dar uns tapas nesse garoto.

— Okay? – Franzi minha testa, tentando entender qual era o jogo do garoto.

—  Eu irei com você! – Eu não me contive e acabei por rir, e rir muito, minha situação era pior que a do dong.

—  Essa foi a melhor piada que você já contou. – Ele me olhava serio, não foi piada?

— Eu vou, peço para o Hyung me levar e depois iremos fazer o trabalho.

‘’Blá blá Hyung blá blá blá trabalho’’

      Bem, me mantive quieto pelo o resto da aula o narigudinho já havia estragado meu barato mesmo.

Quando eu estava quase dormindo de olho aberto, um dedo começou a bater no meu ombro, virei meu rosto para o destruidor de sonhos chamado Kim Hanbin e o garoto me olhava de uma forma ‘’triste’’.

—  Me desculpe, olha eu só ando estressado. – E tem que soltar as patas justamente no seu colega?

— Tudo bem.

— Se não quiser que eu vá no treino, tudo bem mas tem que fazer o trabalho. – O modo que ele sussurrou foi tão... Socorro.

—  Você pode ir. – E aqui observamos um Jiwon trouxa.

O menor deixou um sorriso estampado em seu rosto, o mesmo sorriso do dia que nos conhecemos, no caso ontem.

Aquele sorriso ‘’mexia’’ comigo, eu não consigo explicar como, mas eu posso dizer que eu ficava sem graça com aquela expressão do menor.

O tempo foi passando e a aquilo ainda estava atucanando minha cabeça quando o sinal ‘’tocou’’.

— Bobby? – O dedo do menor cutucou minha bochecha e eu acabei rindo daquela ação, por algum motivo Hanbin continuou cutucando meu rosto até que eu pedi para ele parar. O garoto assentiu com sua cabeça. - Hey, você passou a aula inteira com essa cara de tonto, prestou atenção em alguma coisa que aconteceu?

Eu sacudi meu rosto negando, sei que a próxima coisa que o outro iria fazer era me dar um tapa, afinal minha cabeça tem um imã com a mão dele, mas ele nem levantou a mão.

—  Você não perdeu nada. – Ele bateu levemente em meu ombro mas não para me ‘’agredir’’, foi apenas um cumprimento mesmo.

Pegamos nossos matérias e saímos juntos da sala, mas antes de sairmos June nos obrigou a esperarmos, eu já não estava mais bravo com o mais alto mesmo ele tendo ‘’ferrado’’ com meu plano de nunca mais voltar para a escola, ele fez meu irmão mandar uma babá para mim.

Espera, eu era para estar bravo com ele sim, eu tenho uma babá agora.

Ambos estávamos falando coisas sem sentido enquanto caminhávamos para fora daquela prisão e novamente eu vi meu irmão parar o carro.

—  Bobby vejo que Hanbin conseguiu te tirar da cama a tempo. – Eu queria pegar um tijolo e jogar na cara dele.

 — Hyung, eu não irei para casa, eu e seu irmão precisamos fazer um trabalho. – Hanbin sussurrou mais como uma pergunta do que como uma afirmação e eu já sabia que assim como meu irmão, Junhoe que estava ao meu lado iriam maliciariam aquilo.

—  Okay, crianças usem proteção. – Quando Jiun falou aquilo em um tom nada baixo, o narigudo arregalou seus olhos e deu as costas não só para os dois patetas, mas também para mim, sendo que eu sou o terceiro pateta.

Eu deixei os outros dois conversando e fui atrás do mais baixo.

— Hanbin, eu jogo basquete e não sou corredor. – Pude ver ele revirar seus olhos.

—  Idiota, eu não sei quem é mais infantil você ou seu irmão. – Ele estava irritado e isso me fazia rir.

—  Falou o garoto que pega carona e é babá. – Quando sussurrei última frase ‘’abaixei minha bola’’, eu queria zoar com a cara dele e acabei auto me zoando.

—  Parece que o jogo virou, não é mesmo? – Ele falou enquanto caía na risada com a minha desgraça alheia.

O caminho não foi longo e sinceramente eu estava me divertindo com aquele baixinho esquisito.

Em um dos momentos do fim do caminho eu até mesmo cheguei a pensar que a caminhada poderia ter sido mais longa, mas depois repensei e repensei, não a caminhada não poderia ter sido mais longa.

Quando eu entrei porta a dentro de minha casa, Hanbin segurou meu braço me fazendo virar a ele.

— Bobby, que horas começa o treino? – Seus olhares estavam fixos aos meus.

— Daqui a pouco, só irei pegar minha mochila e já vamos. – Eu tentei soltar meu braço daquelas ‘’mãozinhas’’ mas ele continuou apertando minha pele.

—  Mas.... Eu estou com fome. – O menor havia formado um bico sobre seus lábios fazendo cada vez mais manha.

— Eu levo alguns biscoitos se quiser e você come lá, okay? – E o mesmo só assentiu com seu rosto e soltou meu amado e agora ‘’esmagado’’ braço.

Fui rápido enfiei alguns biscoitos em um pote qualquer e também enchi uma garrafinha de leite e os coloquei dentro da mochila, me sentia uma criança de sete anos alimentando o Papai Noel.

— Vamos? – O outro moreno tirou a mochila de minhas costas sem um aviso nenhum e colocou dependurada em seu braço sussurrando ‘’Deixa que eu levo’’.

O caminho foi ainda mais curto já que o ginásio era bem perto de minha casa.

Ao chegarmos lá vimos o time já se aquecendo, eu estava um pouquinho atrasado e a culpa era do novo Papai Noel.

Quando ‘’aparecemos’’ na quadra, um olhar se direcionou a Hanbin e esse olhar era de Mino meu ‘’arqui-inimigo’’, na verdade nem posso o chamar assim, nem somos inimigos, tínhamos uma amizade saudável até o treinador começar a decidir quem seria o novo capitão da equipe.

Tanto eu como Mino erámos competitivos e isso virou um probleminha na nossa amizade.

—  Bobby, você está bem? – Hanbin sacudia sua mão em frente ao meu rosto.

—  Estou sim, se sente na arquibancada. – Ele sorrio e assentiu com o rosto indo em direção ao lugar.

—  Hm, Bobby você me surpreendeu, não sabia que jogava para esse lado. – A voz grossa de Mino me acordou de meus devaneios.

No início eu não entendi sua referência, o que ele queria dizer com ‘’jogava’’?

Sabe aquelas lampadazinhas que aparecem do nada em cima da sua cabeça? Então foi exatamente o que aconteceu comigo.

Ele estava se referindo a Hanbin.

— Eu jogo basquete mais nada, tio. – Quando sussurrei isso o outro apenas rio e isso me arrepiava.

— Comecem o jogo! – O treinador gritou enquanto eu e Mino ainda nos encarávamos.

O jogo começou.

O jogo meu e de Mino, pois a bola corria apenas em nossas mãos, ambos nos dois queríamos ser os melhores, tínhamos os mesmos objetivos ali.

Quando Mino pegava a bola ele passava para Taehyun.

Quando eu pegava a bola passava apenas para Yunhyeong.

E todo o jogo era feito por nós quatro, dribles, passes tudo entre nós.

Jogavamos enquanto os outros caras gritavam para que passássemos a bola para eles ou até mesmo para o treinador parar o jogo por ser injusto, mas nem nós e nem o próprio treinador ligávamos para as falas.

Já havia passado sete minutos, ainda faltava três minutos para a primeira rodada acabar e bem como sempre eu passei a bola para Yun e neste mesmo momento aproveitei para admirar Hanbin que agora estava mordendo o biscoito com a menor delicadeza do mundo, nesse mesmo instante enquanto um sorriso se abriu em meus lábios, Hanbin me fitou e tentou gritar alguma coisa mas eu não ouvi, já era tarde demais.

Quando acordei, estava o próprio narigudo batendo em meu peito e também gritando.

— Bobby pelo amor de deus acorda garoto! – Sua mão batia com força em mim.

— Se continuar me batendo ai sim que não irei acordar. – O baixinho arregalou seus olhos e se afastou de meu corpo.

Logo apareceu Yunhyeong colocando aquela mão na minha testa.

—  Você acabou de tomar uma bolada na cabeça, você está bem? – Yun falava em um tom exagerado.

—  Bolada? A única coisa que me lembro foi... – Parei minha fala quando lembrei que eu estava admirando minha própria babá. — Espera, quem foi o babaca que fez isso?

De longe pude ver Taehyun se escondendo do meu rival.

—  Não foi por querer, Song estava atrás de você e mandou jogar a bola. – Ele falava enquanto se pendurava no uniforme de Mino e esse mesmo ria de tudo como se houvesse planejado.

—  Eu vou te levar para casa! – Hanbin como sempre apareceu do além e estendeu sua mão para mim.

E eu como um amorzinho de pessoa apenas bati na mão do outro.

— Eu sei andar sozinho. – É eu fui grosso com o mesmo, mas pense comigo, ele foi o culpado de isso ter acontecido comigo, não exatamente ele, pois era eu que estava mosqueando mas foi ele que tirou toda minha atenção então isso o faz automaticamente o cupado.

—  Eu já disse para você parar de agir feito uma criança de sete anos. – Sua voz saiu firme, eu havia o irritado.

Acabei por me levantar e o encarar.

—  É assim que me tratam mesmo, até me deram uma babá, que diferença irá fazer? – Eu o empurrei para trás, desta vez ele não era o único irritado aqui.

—  Você é irresponsável, leva tudo na brincadeira, finge que tudo o que os outros fazem para você é pra te prejudicar. – Ele havia gritado aquilo e isso fez com que todo o pessoal olhasse para nós.

—  Você não me conhece, só está bancando o legalzinho comigo por pegar carona com meu irmão.

—  Exatamente, você também não me conhece, Bobby.

—  Pessoal... É melhor vocês resolverem isso em outro lugar pois já deu ibope demais. – Yun sussurrou baixo entre eu e o narigudo, confirmamos aquilo e saímos andando.

Saímos juntos, um ignorando o outro, e por incrível que pareça isso me incomodava, eu sou muito falante, então ter alguém ao meu lado e não conversar é mais difícil quanto você pensa.

Mas quando eu iria puxar assunto com o baixinho o meu celular apitou.

''Góticohoe:

Precisamos conversar, mas não conte nada ao Hanbin, estarei te esperando na praça.''

—  Eu preciso ir. – Não esperei o outro me responder apenas corri sozinho até a praça.

Isso ainda vai dar merda.