Se passou uma semana depois de todo aquele teatrinho com uma participação especial de bipolaridade e glicose anal.
E nessa uma semana eu e Hanbin nos aproximamos ainda mais, ele começou a me acompanhar nos treinos, e claro que recebemos altos olharzinhos maliciosos de Taehyun, e eu ia quase todo dia para a casa ele, menos nas Quartas, eu não sabia o motivo do garoto não me deixar ir nas quartas para casa dele, a curiosidade me matava mas sempre quando eu perguntava ou ele desviava o assunto ou me beijava, e ele me beijava muito.
Nesses últimos dois dias ele andou me perguntando sobre o que JunHoe gostava ou o que ele fazia, e isso me irritava.
ele estava interessado em June?
Então porque vivia em minha volta?
Eu poderia ter me afastado dele por isso, mas eu era/sou trouxa demais para isso.
Mas vamos voltar para o dia de hoje, não é mesmo?
Estava eu escovando meus dentes ás 12h30min e também dando graças a deus que era sábado quando alguém começou a brincar de soquear minha porta.
E quando digo alguém vocês já sabem de quem eu falo.
Ele mesmo, Kim Hanbin.
Fui até a porta correndo com a escova em minha boca, abri a porta rapidamente, afinal não pode deixar o crush esperando, e ele estava lá.
O menor estava com uma camiseta branca sendo coberta por uma camisa xadres vermelha e preta, usava uma calça extremamente colada que destacava ainda mais suas coxas, e seus cabelos se encontravam bagunçados.
Aquela cena fez com que a escova que estava em minha boca caísse no chão, droga, como ele podia ser tão lindo? Ele nem estava tão lindo mas estava, poxa, até me bugou aqui.
Enquanto eu estava babando pasta de dente por Hanbin, o mesmo levou uma de suas mãos até meu queixo e fechou minha boca.
— Eu sei que sou lindo, não precisa babar.
Lindo, não é porque você é lindo que vou ficar falando que você é lindo.
— Que? Eu babei pela pasta de dente que estava me irritando, eu hein.
— Sh! Você fica bem mais bonito com a boca fechada! - Se me senti ofendido? Claro que me senti! — Mas estou aqui para perguntar onde nós iremos ir agora.
Que, ele está me chamando pra sair?
— Que, você está me chamando pra sair?
— É né, eu estou fazendo o que você deveria fazer, anda Jiwon, me chama pra sair.
— Que? Querido Hanbin, eu acordei agora, se quer alguma coisa explique ela devagarzinho, por favor.
— Onde eu fui me meter? Okay, pergunta pra mim onde eu quero ir.
Ele tava de palia assada com a minha cara, né?
— Onde você quer ir? - disse terminando de engolir a pasta, já que não sairia tão cedo dali.
— Não! Não! Tá errado! fala assim, ó. - Ele tava tendo outro ataque bipolar? — Hanbin, você quer sair comigo? , tem que ser assim.
Eu fiquei parado por uns 10 segundo com uma expressão ''o que ta acontecendo?''
— Eu acordei agora, então espera uma meia hora.
Infelizmente, ou felizmente, quando eu iria bater a porta na cara do mais baixo, porque eu ia mesmo.
Hanbin estendeu sua mão até meu braço e o apertou enquanto se aproximou mais de meu corpo, e rapidamente ''roubou'' meus lábios, deixando vários selares sobre meus mesmos.
— Acordou? - E novamente aquele sorriso que me levava a loucura.
— Oi, Hanbin quer sair comigo?
O que aquela boquinha dos deus não fazia comigo, socorro.
Eu estava virando o mascote dele?
— Auau. - ''Disse'' enquanto mandava um beijo a ele.
— Para Bobby! - Disse expandindo um sorriso naquele rosto maravilhoso.
Espera, eu nunca mencionei esse apelido e ele ficava tão bonitinho me chamando assim, eu estou exagerando demais com esses elogios mentais, tenho que parar com isso.
— Fala de novo!
— Que? - O sorriso sumiu da face do outro e agora formando uma expressão confusa.
— Me chama de Bobby.
Desta vez fui eu que me aproximei do menor e também fui que passei meu braço sobre a cintura do mesmo e colei o corpo dele ao meu, opa eu andei evoluindo.
— Bobby... - Hanbin praticamente gemeu o apelido perto de minha orelha.
Aquele garoto estava definitivamente me enlouquecendo.
Infelizmente quando eu fui descer meus lábios ao pescoço do menor, ele me empurrou.
— Psiu, você me chamou para sair, e também não quero que meu pescoço fique cheirando pasta de dente, agora vá se arrumar.
Ele estava de sacanagem comigo, só pode.
Apenas revirei meus olhos e sussurrei um ''Tá'', quando me virei ao garoto para ir me ajeitar, senti a mão do mesmo apalpar minha bunda com a menor delicadeza do mundo.
Eu fingi que não havia sentindo aquela agressão e fui caminhando em direção ao meu quarto.
Enquanto caminhava novamente a conversa com Tae perturbava meus pensamentos.
''— Porque eu gosto do carinha lá mas eu não quero ser o cara de baixo.
— O que? Você está se referindo a você e o narigudinho? Não tem nenhuma possibilidade daquele narigudo ficar por cima.
— Que? Como sabe?
— Bobby, você vê um alfa no Hanbin? Não, ele é um beta.''
Em primeiro lugar eu nem sabia o que era dizer um ''alfa'' e um ''beta'', em segundo eu estava cutucando isso só por quê ele havia apertado minha bunda? Em terceiramente eu nem lembro mais qual era esse.
Quando cheguei em meu quarto apenas coloquei um moletom cinza em conjunto a uma jaqueta, logo passei minhas mãos pela calça que estava, para terminar só puxei meu cabelo para o lado.
Voltei correndo até onde Hanbin estava e o mesmo se encontrava agora futricando as fotos de uma das prateleiras.
— Hanbin! - Pude ver o outro dar um pulinho, largar o retrato e logo se virar para mim.
— Hm, nada mal!
Seus olhos desceram sobre todo meu corpo e isso fez com que um sorriso nervoso se abrisse aos meus lábios.
— Onde quer ir?! - Disse enquanto passava minha destra sobre meus cabelos.
— Vamos a uma lanchonete maravilhosa que fica perto da quadra, então se for um bom garoto e a quadra estiver aberta eu levo você até lá.
Agora era sério, eu realmente me sentia o mascote de Hanbin.
— Nossa, para de falar isso me sento o seu bichinho de estimação.
O outro soltou uma gargalhada alta, e eu novamente fiquei com cara de idiota, tentando entender qual era a graça daquilo.
Depois que ele parou de rir, o que demorou um pouquinho, saímos da minha casa e fomos para o lugar que o garoto havia sugerido.
Fomos o caminho todo falando coisas aleatórias, e eu fiquei me perguntando mentalmente se seria uma boa ideia me aproximar do garoto, mas desisti dessa ideia quando o garoto começou a falar de JunHoe.
Porra, sempre em algum momento ele tratava de falar de JunHoe.
— Como uma pessoa tem que ser para o Koo se apaixonar?
Eu já estava ao meu limite com aquilo.
— Eu não sei e nem quero saber, por que você não vai lá agora e pergunta pra ele? Aproveita e beija ele, porque eu vou voltar a minha casa.
Eu estava me virando para voltar a minha amada casa, porque ela pelo menos não me fazia de trouxa, quando mais uma vez uma das mãos de Hanbin apertou meu braço, ele gostava mesmo de apertar meu corpo.
— Bobby, você está com ciúmes?
Não, to felizão aqui e você não percebeu, e depois eu sou o burro.
O garoto fez questão de abrir um grande sorriso sobre os lábios.
— Não te interessa, vá pedir pro June te convidar pra sair.
— Se eu quisesse isso já teria feito eu mesmo, mas eu quero sair com você!
Eu não sei se aquela frase me fez ter mais ciúmes ou me fez ficar feliz.
— Então porquê sempre fala dele?
E invés de eu ganhar minha resposta, eu ganhei outra coisa.
— Sente esse cheiro! Chegamos!
Eu apenas revirei meus olhos, não queria começar uma briga e essa mesmo ter um final com beijinhos, apesar que eu queria os beijinhos.
— Pega um cachorro-quente pra mim, ou qualquer coisa.
O garoto puxou meu braço até a lancheria que na verdade era uma cafeteria e lá não tinha cachorro quente.
Então nós, com o ''nós'' digo ele, escolhemos dividir um achocolatado com chantilly, que segundo ele era a melhor coisa que ele tomou na vida.
Parecíamos um casalzinho apaixonado tomando com dois canudos no mesmo copo, mas pensando bem eu estava mesmo apaixonado, ele eu já tinha parado de querer entender.
Depois de estarmos no caixa e eu perceber que não havia levado a carteira, fazendo com que Hanbin pagasse o achocolatado com chantilly, que ele ainda insistia que não era isso.
Fomos direto para a quadra, como ele havia me prometido.
Sendo que eu não tinha sido um ''bom garoto'' por faze-lo pagar a conta, mas poxa eu não tinha culpa.
Sim, a quadra estava aberta, então o inocente Jiwon foi correndo até a porta do local e entrou.
Mas quando entrou, uma nova surpresa.
Lá iria ter uma partida de vôlei, que eu havia esquecido, tinha cinco garotas, porque provavelmente era cedo demais.
E três delas eu conhecia.
Eu acho devo ser o cara mais azarado do universo.
A primeira garota era Jennie, e fazia um tempão que eu a não via, a segunda era a garota da festa, que nem saber o nome eu sabia, e a outra não menos importante era a tal de Lee Hi.
E como uma maldição, as três olharam para mim.
Gente, eu sei que sou maravilhoso e entre outras coisas, mas vamo para de prestar atenção em mim.
Logo a Lee Hi, abriu um sorrisão do tamanho da terra e ficou abanando que nem uma retardada pra alguém.
No começo até achei que fosse eu, mas depois de lembrar de toda aquela cena da semana passada eu repensei e vi que não podia ser eu, então virei meu rosto para trás e percebi que era para o narigudo que ela estava tendo aquele ataque.
Então vi um Hanbin se engasgar com a própria saliva, eu até poderia ter rido, porque aquilo foi muito engraçado, mas eu estava sentindo que estava acontecendo alguma coisa ali e eu estava por fora.
— Jiwon, eu acabei de lembrar que tem uma sorveteria logo ali. -Disse com um ar nervoso.
— Ah, mas eu não estou com fome, aquele café me encheu, sabe, por que não ficamos e olhamos o jogo? - Sim, o tom de minha voz era completamente sínica.
— É melhor eu ligar para seu irmão nos buscar já esta tarde! - Disse enquanto pegava seu celular.
— Mas eu quero ficar aqui! - E eu como uma pessoa maravilhosa, peguei o celular da mão dele.
Como? Não faço ideia.
O baixinho quase me deu uns tapas mas algo atrapalhou.
— Binnie! Não sabia que você iria vir! - A Lee metida Hi, apareceu das trevas para falar aquilo.
— É... E-Eu vim de última hora... - Hanbin transbordava nervosismo e isso me fazia sentir vontade de rir e também de soca-lo, porque o ciúmes havia voltado.
— Exatamente de última hora. - E eu como não poderia deixar isso tudo barato me intrometi.
— Ele veio com você? - A garota mostrou uma expressão que deus me livre no rosto, não sei se ela estava brava ou sendo possuída.
— Hi! Melhor eu ir pegando lugares se não irá lotar! - O menor apenas se virou a ela e começou a caminhar.
E realmente estava lotando mesmo, havia bastantes colegas meus lá, sendo que não conheço a maioria.
Enquanto a metida Hi foi fofocar com as meninas, que agora estavam em maior número, Hanbin como sempre puxou meu braço e me levou para o lugar mais escondido da arquibancada.
Sentamos e eu me mantive calmo, sendo que calmo eu não estava nada.
E rapidamente eu me virei ao menor e o fiz me olhar.
— Que merda tá acontecendo?
E minha voz saiu num tom bem intimidador, opa.
O mais baixo apenas ficou me olhando como um cachorrinho sem dono que rasga o lixo de uma casa e o dono dessa casa vê tudo.
E ali eu tive certeza de que eu me ferrei muito me apaixonando por Kim Hanbin.
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