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História What I see? - Agora


Escrita por: Nekogawa

Capítulo 11 - Agora


Fanfic / Fanfiction What I see? - Agora

Acordei. Sinto-me cansada. Nem me sinto eu. Afinal, quem sou eu? As memórias que passam na minha mente parecem pertencer a outra pessoa. Sinto-me vazia. Perdida. Sou uma rapariga diferente. Demasiado diferente. Que prevê o futuro? Talvez, sei lá. Não basta perder a mãe, a felicidade a melhor amiga.. e descubro que sou vidente. Porque tem que ser assim? Eu sei que esta marca na minha mão não é normal, mas eu não me incomodava se permanecesse intacta. A marca foi o meu gatilho para fazer amigos. Todos perguntavam:

- Que marca é essa? – E observavam melhor. – Mas.. mas .. é uma nuvem! – Exclamavam surpreendidos e algo maravilhados. – Nunca vi igual. – E de facto era verdade, pois nenhum médico conseguiu explicar o porquê desta marca.

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Fui para a escola, em baixo. Devem estar a perguntar porque estou deprimida. “Afinal descobriste que vês o futuro”. Pois. Parece fantástico visto de fora. Mas tudo o que seria desnecessário era ter ilusões. Eu quero normalidade na minha vida. Ser adolescente, rir, viajar, ter experiências novas.. enfim uma vida indecentemente feliz. É precisamente o que eu procuro.. ser ridiculamente feliz. Ter pessoas com quem falar, que gostem e se importem comigo.. como o Luke. Só agora é que voltamos a falar. Ontem ele ligou-me a perguntar se hoje queria ir almoçar a casa dele. E logicamente que disse que sim. Ele disse-me que os pais dele nos fariam companhia ao almoço.. e  estou muito curiosa para conhecer os pais dele. E também a casa dele. Sinceramente não consigo de todo imaginar como deve ser.

Cheguei à hora do toque de entrada, e fui para a sala. Ninguém lá estava. Sentei-me numa mesa do fundo, e comecei a ler o livro que requisitara no dia anterior. E tão envolvente.. tão cativante.. tão perspicaz..

Mas o chiar de uma porta interrompeu o meu raciocínio. Levantei os olhos rapidamente (confesso que um pouco assustada) e vejo.. o Jonathan.

- Bom dia, Sakurai. – Cumprimentou-me a sorrir demasiado. Que sorriso mais falso.

- Hum.. olá. – Respondi. – Se estás à procura da Kath eu não a vi. – Baixei os olhos para retomar a minha leitura e lhe dizer indiretamente que não queria falar naquele momento, mas ele continuou a aproximar-se, eu sentia o vento contra mim enquanto ele andava.

- A Kath? Ela já não quer que lhe chamem Kath. – Disse-me pensativo. – Agora é Kah. – Eu fiz uma expressão indignada. Daquela não estava eu à espera. Ele riu. – É estranho, não é? Eu bem lhe disse, mas ela acha que esta alcunha é mais fixe. – Explicou-me.

Ficamos calados por alguns segundos mas ele falou logo.

- E não, não procuro a Kath.. quer dizer Kah. – Eu olhei pela janela lá para fora. – Procurava-te a ti. – O meu corpo decidiu ficar em modo estátua. Por mais que quisesse não me conseguia mexer.

Pela porta principal entra Luke. Ele arregalou os olhos ao ver-nos na sala. Tentou disfarçar, mas o Jonathan já tinha começado a chateá-lo.

- Olá.. – Olhou-o com uma discreta repugnância. – Luke. – Sorriu.

Eles nunca se deram bem. O Luke sempre foi o melhor aluno, e eu a melhor aluna. O Jonathan por mais que tentasse não lhe chegava aos calcanhares. Pois nessa altura o Luke gostava de mim.. e o Jonathan também. O Luke ignorava-o o tempo todo, acho que as suas guerrinhas não lhe interessavam minimamente.

- Olá Sakurai. – Sorriu-me ignorando-o. – Tudo bem? – Perguntou-me amavelmente.

- Olá Luke.. sim tudo bem. E contigo? – Tentei ser o máximo gentil.

- Não vos incomodo mais. – Disse o Jonathan claramente chateado. – Depois tratamos daquele assunto Saku. – Disse dando um tapinha nas minhas costas.

Olhei rapidamente para o Luke e ele não gostou desta confiança que ele mostrou para comigo. Desculpa Jonathan, mas eu gosto tanto do Luke que não o troco por alguém como tu.. tão vazio, superficial, invejoso e competitivo.

- Não me chames assim. – E retirei delicadamente a sua mão dos meu ombros.

Jonathan ficou extremamente aborrecido. E Luke aliviado, eu acho.

Ele saiu da sala, e Luke virou-se para mim.

- De que falavam?

- De nada em concreto. Conversa de circunstância. – Atalhei.

- Se te chatear.. chama-me. – Disse-me. Eu derreti-me toda. E ainda mais quando ele se sentou ao meu lado e colocou o seu braço por cima de mim. Fiquei surpresa! Quem eu mais queria, estava o mais perto de mim! Eu estava nas nuvens. Mas o toque de entrada interrompeu o meu sonho.

Ele desajeitadamente tirou o braço da minha volta.

- Estás contente por logo? – Perguntou-me.

- Sim. – Mas o que me apetecia era responder: claro. Porque era assim que eu me sentia em relação ao seu convite.

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O meu vazio cada vez está mais preenchido. Mais completo. O Luke está a conseguir remediar o que não tem remédio. Fazer possível o impossível.

Ele completa-me.

 


Notas Finais


Espero que gostem!


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