História When I met an ANGEL. - A NEW PLACE

A alguns anos atrás, quando eu ainda era pequena meu pai faleceu em um acidente de carro, eu tinha apenas três anos, então não me lembro de muitas coisas dele, tenho apenas fotos, lembranças? nenhuma... Mas mesmo assim eu sofri, não é fácil sabe? Ir a escola e ver os pais das amiguinhas indo buscar e saber que não tenho uma figura masculina em casa para ir me buscar, nunca foi fácil passar os dias dos pais e ver todos indo orgulhar os filhos(as) com suas profissões na escola, e você saber que quando chegar sua vez, você terá que explicar o que ocorreu com seu pai, pior ainda quando você tem que passar por tudo de novo, como assim tudo de novo? Depois de anos minha mãe irá se casar com um cara que mora em Atlanta, e teremos que deixar o Texas, isso quer dizer que irei ter que explicar sempre o que houve com meu pai. 

Meu nome é Angie Fuhrer, meu pai sempre acreditou em anjos, por isso o nome, minha mãe diz que ele achava que eu era o anjo dele, talvez seja, o motivo de eu não ter salvo ele seria ser muito pequena e imatura pra saber? Talvez... Eu por minnha vez acredito em anjos, eu juro que aos 7 anos quando estava me afogado por ter caído m uma piscina no clube, juro por Deus que vi uma luz, uma luz forte que me cegava, mas que me segurou e me puxou pra fora do grande "mar",desde então, coleciono estatuas, rezo para os anjos, para que cuidem de quem eu amo todos os dias. Hoje estou com 16 anos, e tenho um irmão chamado Auggie, de 5, fruto de outro relacionamento de minha mãe, ele até que acredita em anjos, diz que sou sua inspiração, e que acredita pois eu acredito. O pai de Auggie não é muito presente, ele tem outra família, mas não justifica o fato de não vir ver meu irmão.

Estou deixando para trás poucos amigos, Maya, Lucas, são meus melhores amigos, mas daremos um jeito, os anjos nos ajudaram.

7:40 PM / 2 de fevereiro de 2017 

O táxi para na porta da casa dos Fuhrer's, Maggie Fuhrer, uma senhora graciosa, sempre atenciosa com seus filhos fala em um tom notável.– Crianças o táxi chegou. –

Desço com dificuldade com minha última mala enquanto Auggie ri de meu esforço. –Angie é tão fracote. – Diz ele ainda em tom risonho enquanto desce a escada logo atrás de mim. 

–Eu sou fracote?– Pergunto deixando a mala no chão, me virando pra ele. –Você vai ver quem é a fracote aqui.– Começo a fazer cócegas em Auggie, o fazendo cair no chão.

–Angie, não é hora pra isso.– Minha doce mãe me condena com um sorriso no rosto. Largo Auggie ao ver Maya e Lucas na porta, o rosto da minha melhor amiga está identico a um pimentão, deixando nitído que chorou por horas, Lucas está com a mão sobre o ombro de Maya e diferente da nossa garota, apenas suas bochechas estão coradas.

Maya corre, envolvendo seus braços em mim e me abraçando forte, Lucas faz o mesmo, mas dessa vez abraçando nós duas, sinto lágrimas quentes em minhas bochechas, enquanto aperto forte meus olhos apenas sentindo os braços que tanto me acolheram pela última vez. Abro os olhos devagar enquanto crio forças para falar de forma firme e não chorar mais, solto um riso pelo nariz. –Calma gente, os anjos disseram que vamos nos ver mais vezes, e mais, temos a internet, lembram? 

–Não vai ser a mesma coisa sem você aqui Angel. – Angel, foi esse o apelido que me deram, que a Maya me deu, porque segundo ela, eu também sou um anjo. Sua voz saiu tremula, seu choro não sessava.

–Não esquece da gente, eu sei que vai ter pessoas melhores, mas não esquece. – Lucas segurava meu rosto com tanto amor enquanto olhava nos meus olhos, não nego, ele é meu melhor amigo, passavámos o tempo todo juntos, o que fez com que eu me apaixonasse por ele, mas nunca, NUNCA, rolou nada. 

Encarava aqueles olhos com uma imensa vontade de beija-lo pela primeira vez, mas não fiz, apenas chorei.

–Crianças eu sinto muito, eu sei que é difícil para vocês, mas nas férias vocês irão se ver, eu garanto isso... – Minha mãe disse, logo depositando um beijo na cabeça de cada um. –Agora precisamos ir meus anjos, já para o táxi.

Saimos todos de casa, nos abraçamos pela ultima vez, e entramos no táxi.

Não aguentei, tinha que vê-los pela última vez antes de partir, então sentei de joelhos no banco do táxi enquanto o carro se movimentava, nos olhamos pelo vidro traseiro até o automóvel virar a rua. 

      Doeu, mas os anjos disseram: Toda dor será recompensada.