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História When Love Arrives - Red Light


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: Luz Vermelha.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 12 - Red Light


Fanfic / Fanfiction When Love Arrives - Red Light


 

- Okay. O banheiro — Disse para mim mesmo e caminhei até lá. — Acha que consegue tomar banho sozinha...?

- Consigo. Você pode me trazer um pouco de água?

- Claro — Ela me deu um novo selinho. — Eu já volto.

Sentei-a no banco que havia ao lado do chuveiro e saí do quarto em seguida.

- Cara. Fala o que aconteceu. Ela parecia péssima. — Eles se aproximaram de mim dentro da cozinha.

- Já disse para não fazerem perguntas! — Rosnei de volta.

- Qual é, Styles, Emma é nossa amiga. Também nos preocupamos com ela. — Disse Liam e então passei a mão pelo rosto.

- Aconteceu que ela — Nos assustamos com um estrondo. — Emma. — Saímos correndo e em menos de um segundo eu já tinha chutado a porta do banheiro e empurrado Liam da minha frente.

Emma estava caída no chão, desacordada e era como se o meu coração não batesse mais.

- EMMA! — Pulei na direção dela e peguei-a nos braços abraçando-a. — meu amor… — Murmurei chorando. — POR FAVOR CHAMEM UMA AMBULÂNCIA!

Mas os três permaneceram imóveis, desnorteados, com os olhos arregalados para nós dois.





 

Harry

 

- VAMOS CHAMAR UMA AMBULÂNCIA, RÁPIDO! — Gritou Niall e todos saíram do banheiro deixando-me sozinho com ela.

- Emma! — Novamente a chamei, com ela ainda inconsciente.

Sem nem comentar o fato de que não sabia se ela estava respirando ou não.

- Emma, acorde, acorde! — Pedi chacoalhando-a para que despertasse. Ela tinha que acordar, por favor!

- Já chamamos uma ambulância, Harry! — Niall apareceu ofegante na porta. — Ela já está vindo. Tente se acalmar agora

- COMO QUER QUE EU ME ACALME?!

- ELA PRECISA QUE VOCÊ FIQUE CALMO, SEU IDIOTA!

- Galera, sem brigas! A Emma não iria gostar disso! — Proferiu Liam.

- Me deixem sozinho, por favor… — Choraminguei apertando-a em meus braços.

- Vamos fazer o que ele pediu, pessoal... — Ouvi Liam cochichar.

Eu estava desnorteado...

Ora tentando fazê-la despertar, ora deslizando os dedos pelo seu cabelo com um carinho.

O som de uma ambulância soou em meus ouvidos minutos depois, e vozes de estranhos vindo de todas as direções…

Peguei a mão dela, beijando-a no dorso.

- Eles chegaram, amor — Sussurrei palavras de conforto.

Rapidamente duas pessoas entraram no banheiro, carregando uma maca onde eu ajudei a deitá-la.

Os paramédicos me fizeram uma série de perguntas, que eu mal sabia responder. Só lembro que respondi a mais importante de todas.

Não foi a primeira vez que ela teve um desmaio.

- Posso ir com ela? — Soprei também me levantando.

- Não é aconselhável — Respondeu um deles.

- Eu sou o marido.

- Eu sei. Mas ainda tentaremos estabilizá-la dentro da ambulância. Só é permitido profissionais durante o procedimento. Eu sinto. Mas você pode ir nos seguindo e encontrá-la no hospital Lebanon Bronx.

Assenti com a cabeça, eu estava tão abalado que sequer tentei discutir com ele.

Eles saíram com ela na maca e meus pés me levaram com eles, sem soltar da mão dela.

- Vamos subi-la — Um paramédico disse para o outro depois de abrir a porta da ambulância.

Soltei minha mão da dela e senti outra apertando o meu ombro esquerdo. Era Liam e os outros.

Um dos paramédicos nos fez um gesto de cabeça, antes de fechar a porta da ambulância.

Fiquei ali chorando, tentando entender tudo que havia acontecido.

- Hazza, vem — Senti Liam me puxando pelo braço. — A gente precisa ir pro hospital agora, a ambulância já tá levando a Emma — Concordei e fui com eles até o carro.

Niall sentou no banco do motorista e eu ao seu lado.

Minha cabeça girava, mas ao mesmo tempo eu não pensava em nada… só havia um vazio… e medo.

O tempo parecia que tinha parado, não passava nunca…

Olhei pro céu e não consegui ver as estrelas que estavam ali antes. Parecia que todas caíram no mesmo abismo que eu… um abismo escuro e profundo...

E para completar a minha angústia, nosso carro parou no sinal vermelho e vi a ambulância seguir caminho.

Tentei abrir a porta, mas foi em vão.

- Niall, abre essa porta — Pedi e ele me olhou.

- A gente já tá chegando, Hazza — Disse Liam.

- É. Só faltam três quarteirões. — Completou Niall. — Espera só mais um pouco

- Eu não quero esperar, por favor, abre. Eu tenho que ficar com a Emma — Pedi com voz de choro e ele vendo o meu desespero destravou a porta e assim eu saí.

Comecei a correr o mais rápido que pude, não iria perder nem mais um minuto longe da mulher da minha vida.

Por onde eu passava as pessoas me olhavam assustadas, mas não me importei, continuei correndo, com os meus pés já perdendo as forças para me manter de pé.

Por fim cheguei ao hospital e fui até a recepção pedir informações sobre uma mulher que havia acabado de chegar desmaiada, mas a recepcionista não soube informar.

- Como assim não sabe?! — Alterei-me diante de sua carência de informações. — Uma mulher! De cabelos longos e negros! De pele branca! Que acabou de chegar desmaiada, em uma ambulância!! É a minha esposa!!

- Senhor, acalme-se

- NÃO ME PEÇA CALMA! — Vociferei fazendo-a me olhar com medo.

- Harry, o que houve...? O que aconteceu? — Liam chegou aproximando-se do balcão.

- Não sabem dela. Como é possível que não saibam, Liam!?

- Eu vou te ajudar. Vou me informar e você vai sentar. — Assenti e me sentei em uma das cadeiras da recepção.

Passei a mão pelo cabelo, nervosamente, eu estava uma pilha de nervos e emoções...

Ouvi um pigarro chamando a minha atenção e por reflexo olhei. Era Louis.

- Posso? — Eu simplesmente sacudi a cabeça positivamente.

Ele arrastou a cadeira sentando ao meu lado.

- Ela vai ficar bem. — Eu sabia o que ele estava tentando fazer. Me trazer um conforto impossível naquele momento.

Então só respirei fundo e massageei minhas têmporas.

Espiei, e quando avistei Liam se aproximando, levantei-me depressa.  

- Ela já acordou. Mas estão fazendo agora alguns exames nela. Já foi detectado uma anemia profunda

- Então por que essa filha da puta não me disse quando eu perguntei? — Encarei a recepcionista.

- Você sequer disse o nome da Emma, como queria que ela adivinhasse? — Cochichou-me.

- Quando eu poderei vê-la?

- Só ao final dos exames.

- Eu sei, mas quanto tempo levará isso?!

- Isso somente os médicos que poderão dizer

Sôfrego, fiquei andando de um lado para o outro na recepção.

Passaram-se uma hora e Niall já estava dormindo por cima de Louis que estava dormindo por cima de Liam.

Não censurei-os por conseguirem dormir. Emma era minha responsabilidade. Era a minha esposa, era eu que a amava acima de tudo.

Notei, vindo pelo corredor, um cara de jaleco branco que ia até a altura de seus joelhos com uma prancheta em mãos e subjuguei ser o médico.

Sua expressão parecia preocupada ao ler os papéis e fui correndo em sua direção.

- Acordem! — Proferi fazendo os três darem um salto em suas cadeiras. — O senhor é o médico da Emma? — Perguntei-lhe.

- Vocês são familiares de Emma Styles? — Sua expressão não parecia alegre.

- Somos. — Respondemos aflitos.

- Venham comigo, por favor — O seguimos pelo corredor extenso, meu coração diminuía a cada passo que dava. Sua expressão dizia que não eram notícias boas e eu sinceramente não estava preparado para elas. — Entrem. — Entramos na sala e ele fez sinal para que dois de nós sentássemos na cadeiras.

Sentei e em seguida Liam.

- Então doutor, como ela está? — Angustiei-me.

- Devo ser sincero, não sei se tenho boas notícias... — Meu coração parou por dois segundos. — Fizemos alguns exames em Emma e houve alterações no seu hemograma. Ela está com baixa produção de glóbulos vermelhos, que são as hemácias, e em contrapartida, seus glóbulos brancos, que são os leucócitos, estão se reproduzindo de forma descontrolada.

 

Hema o que… leuco o que?!

 

- Como assim, doutor? O que isso quer dizer?

- Ainda não posso dar um diagnóstico sem total certeza do que suspeito. Para a confirmação, será necessária a coleta de medula óssea para outros exames: como biópsia e imunofenotipagem

- Então é grave? — Saiu em sussurro.

- Espero que não. Pode ser apenas uma anemia profunda, que poderá ser tratada com medicamentos e uma severa mudança na alimentação. Porém me preocupo com esses desmaios e as alterações que deram em seu exame

- Eu posso vê-la…? — Perguntei já chorando.

- Pode, ela já deve está acordada da medicação. Quarto 202. Mas é importante que não a preocupe ainda. Eu vou prescrever os exames que serão necessários

- Pode ir lá vê-la, Harry. A gente fica aqui pra receber — Niall disse e Liam apertou o meu ombro.

- Obrigado... — Funguei abalado.

Saí do consultório e segui as pressas até o quarto dela. Precisava vê-la. Necessitava sentir o seu cheiro, o seu calor!

Abri a porta do 202, sem fazer barulho e a encontrei dormindo, parecendo estar serena, e com a respiração calma.

Me aproximei da cama e me sentei na poltrona ao lado dela, velando o seu sono.

Fiquei acariciando sua mão e a vi abrir os olhos devagar.

- Oi, meu amor — Eu disse assim que ela me olhou confusa.

- Oi… — Ela disse sorrindo, passando a minha mão em seu rosto fechando os olhos com o contato.

- Que susto você me deu… — Não resisti e abracei-a com força. — Por favor, não faz mais isso comigo… eu não iria aguentar viver sem você…

- Ei, eu estou bem — Ela afastou-se e beijou a minha bochecha. — ...você chorou...? — Assenti devagar com a cabeça. — Por mim…? — Assenti de novo. — ...eu te amo. — Sorri com o meu rosto entre suas mãos.

- Eu também te amo… — Ela me deu um selinho carinhoso, mas aproveitei para beijá-la de verdade.

- Tudo bem, eu posso sair se vocês quiserem — Zombou Niall e Emma riu me afastando.

- Meninos! — Ela estendeu os braços para eles, que a envolveram em um abraço coletivo enchendo seu rosto de beijos.

- Vou dar dez segundos para soltarem a minha mulher antes que eu quebre os braços de vocês — Eles riram do meu incômodo, mas eu só estava brincando. Era legal ver o quanto eles se gostavam.

- Será que agora posso examinar a minha paciente...? — O médico disse em tom divertido.

- Claro. — Eles a soltaram.

- Como se sente? — Ele a perguntou ao examinar os seus olhos, expandido-os com os dedos.

- Me sinto bem…

- Que bom. Fico feliz — Ele respondeu e pediu-lhe licença encostando o estetoscópio em seu peito, buscando alguma anomalia. Eu observava tudo nos mínimos detalhes. — Eu prescrevi alguns exames para você e preciso que sejam feitos o mais breve possível

- Algo grave? — Ela quis saber e ele hesitou.

- Vou dizer o mesmo que disse ao seu marido. Eu espero que não. Mas preciso eliminar alguns palpites o quanto antes — Ela assentiu com a cabeça.

- Eu já posso ir pra casa?

- Eu gostaria que passasse a madrugada aqui. Por causa de seu desmaio. Gostaria de observá-la por mais algumas horas — Ela me olhou temerosa.

- Eu fico com você — Garanti apertando sua mão.

- Está bem… — Aceitou.

- Perfeito. — Concluiu o médico.

- Oi… — Emm cumprimentou-me sorrindo. Como se tivesse acabado de me encontrar.

- Oi, princesa... — Não entendi nada.

- Você chorou…? — Perguntou-me ela.

Franzi o cenho.

- Sim…

- Por mim…?

Olhei em pânico para o médico.

- Doutor. O que está acontecendo com ela?! Ela já me fez essas perguntas antes!

Ele me olhou tranquilo.

- Esse tipo de esquecimento é normal. É chamado amnésia aguda ou súbita e é causada devido à falta de oxigênio adequado em certas partes do cérebro. Devido ao desmaio, seu cérebro ficou certo tempo sem oxigenação. Ela deve apresentar alguns lapsos de memória, mas é só momentâneo — Me tornei aliviado.

- Não me assusta, pequena... — Afaguei seu rosto.

- Bom, preciso ir ver outros pacientes. Com licença, jovens.

- Harry — Ouvi Liam. — A gente vai em casa preparar uma muda de roupas pra você e alguns objetos pessoais.

- Ok. Valeu, galera.

- Se cuida, Emma — Niall disse dando um beijo na testa dela e em seguida Liam e Louis fizeram o mesmo.

- Até mais tarde, meninos. Obrigada por terem vindo — Eles sorriram para ela antes de saírem do quarto.

Olhei para Emma que me observava em silêncio.

- Você não deveria ter ficado aqui… — Me disse com a voz fraca.

- Aqui, com você?

- Sim. — Ela abaixou o rosto.

- Por que está dizendo isso...? — Me tornei chocado.

- Porque esse é um problema meu, Harry e não seu. Veja o que passou por causa de mim durante toda essa noite...? Aborrecimentos… angústias… choros. Não é justo. Esse problema é meu e você não deveria está aqui nisso — Dessa vez suas palavras feriram os meus sentimentos.

- Você acha que estou brincando quando digo que amo você? É isso? — Havia mágoa em minha voz.

- Eu só acho que não deveria está passando por isso...

- Emma, nós somos um casal. E é isso que os casais que se amam fazem. Eles se apoiam. Cada lágrima que chorei hoje, foram lágrimas de amor. De amor por você. Estou onde devo estar e não irei embora.

Ela me olhou emocionada e apertou-me com força.

- Me desculpa… — Abracei-a de volta. — Eu só quis te mandar embora para não vê-lo fazer isso por conta própria… me desculpa… — Afaguei sua nuca.

- Eu nunca irei embora… nunca irei te deixar…

- Obrigada por ser a coisa mais linda que eu tenho… por ser a pessoa mais linda do mundo… — Acariciou minhas costas e eu sorri discordando.

- Sem querer me gabar, mas a pessoa mais linda do mundo é minha — Seus lábios beijaram o meu pescoço, suspirei mordendo o meu lábio.

- Eu quero experimentar algo novo com você. — Senti malícia em sua frase e meu rosto se encheu de calor. — Você já transou em uma cama de hospital…? — Perguntou-me e neguei com a cabeça várias vezes engolindo a saliva que se formou em minha boca. — Nem eu… — Ela sorriu e afagou meu queixo, soltando um suspiro.

- Emm... não podemos fazer isso… — Sussurrei sem fôlego, deixando que sua língua quente lambesse o meu pescoço.

- Desde quando fazemos o que é certo…? Roubamos um carro…

- Tem razão, que se foda. — Grunhi e ela puxou-me contra seu corpo, devorando minha boca, amolecendo-me.

Meus dedos se embolaram em seus cabelos, enquanto eu gemia em sua boca...

Enfiei minhas mãos por dentro de sua bata de hospital, constatando que ela estava completamente nua…

Senti seus mamilos endurecerem na mesma hora…

Com calma, ela passou a blusa por minha cabeça e escorregou-a por meus ombros, levei os braços para trás, facilitando a sua retirada.

Trocamos um sorriso excitado... e baixei minha cabeça começando a beijar seu pescoço e o macio vão entre os seus seios antes de abocanhar um deles, sugando o mamilo com desejo e delicadeza…

Suas unhas se enfiaram em meus ombros... gemi baixo sentindo uma dor prazerosa…

Se antes eu não estava preocupado, de repente fiquei, ao ouvir vozes se aproximando.

- Tem alguém vindo! — Saltei para longe dela e tentei desajeitadamente vestir a minha blusa.

Emma ria de se acabar diante do meu afobamento. Acabei por rir também e depois de muito insistir consegui passar a blusa pelos braços e cabeça.

- Posso entrar? — Alguém bateu na porta.

- Pode — Emma respondeu de volta.

Era o seu médico. Então eu estava certo.

- Como se sente? — Perguntou ao se aproximar dela e começar a examiná-la.

- Bem… — Ela estava com uma expressão tão sapeca que não soube nem disfarçar.

O médico pegou seu estetoscópio e levou ao peito dela.

- Batimentos acelerados e pupilas dilatadas... — Ele disse e mordi os lábios, segurando um sorriso por saber o motivo. — Vocês não estavam… — Gesticulou deixando a frase no ar.

Meus olhos se arregalaram e corei nas bochechas de tanta vergonha.

- Nã-não! — Emma tentou negar e eu esconder minha ereção que ainda dava sinal de vida entre minhas pernas.

- Muito juízo, jovens. — Ele não engoliu essa. — Isso não é proibido, mas até que ela saia do período de observação, é melhor evitar. Caso contrário, os sintomas gerados pelo ato, poderam se confundir com outros que possam ser reais.

Emma e eu nos entreolhamos e assentimos ao mesmo tempo, quase roxos de constrangimento.

- Que bom. — Concluiu. — Volto em meia hora para realizar um novo exame — Ela me olhou e sorriu assim que ele deixou o quarto.

- Vem cá… — Chamou-me com o dedo.

Me aproximei dela ainda receoso e seus braços rodearam meu pescoço, me puxando pra ela.

- Nem começa. — Desviei os lábios quando ela tentou me beijar. — Não vou me render ao teu charme barato de novo.

- Ah não…? — Ela depositou alguns beijos na curva do meu pescoço, me rendendo pequenos arrepios. Meu corpo era um traidor.

-…não… não vem com isso, Emma...! — Choraminguei e ela soltou uma gargalhada gostosa. — Não, não, sai! — Fiz um esforço para resistir e escapei dela, ouvindo-a rir. — Maldita. Outro vexame daquele eu dispenso. — Resmunguei e ela me deu língua, em seguida olhando-me cínica.

- Então deita aqui comigo…?  

- Eu fico na poltrona. É mais seguro.

Ela me deu língua novamente, e assim mordi sua bochecha, com meus dedos fazendo cócegas em seus quadris.

- Au! — E então ela soltou um gemido de dor entre os risos.

- Te machuquei??

- Acho que não, mas doeu — No mesmo instante abri a bata dela e meus olhos se arregalaram com o que viram.

Sua pele branquinha estava cheia de hematomas roxos.

- Emma, é melhor chamarmos o médico, isso não deve ser normal...! — Preocupei-me.

- Amor, não! Ele irá me fazer perguntas e eu não quero falar do meu cafetão!

- Então foi ele que fez isso...?

- Acho que sim… o que mais poderia ser...?

- Por favor, me deixe chamá-lo. Isso pode ser um sintoma. — Supliquei-lhe.

Mesmo hesitante, ela concordou.

- Obrigado — Beijei sua testa antes de ir.

Saí com pressa do quarto e pedi que chamassem o doutor que estava cuidando dela.

Voltei para o quarto, e senti a alma deixando o meu corpo.

Emma estava com os olhos revirados e um sangramento nasal.

- EMMA! — Meu grito ecoou por todo o hospital.

Corri até ela e não demorou nada para entrarem pela porta alguns enfermeiros acompanhados do médico.

- Harry, você precisa sair — Me disse o doutor.

- Não, eu não vou deixá-la! — Neguei apertando-a em meus braços.

- Prometo cuidar dela, por favor! Não temos tempo!

Soltei-a calmamente entregando-a, e saí do quarto cambaleando.

Desnorteado, me encostei na parede ao lado da porta e escorreguei até está sentado no chão. Enfiei a cabeça entre os joelhos e comecei a soluçar.

Naquele momento já não sabia mais como suportar a dor existente em meu coração. 

Senti alguém tocar a minha cabeça, deslizando dedos por entre os meus fios.

- Meu querido, por que chora tanto...? — Era a voz de uma senhora.

- Acho…que...a...minha...esposa...está...morrendo...

- Querido… — Ela pareceu inconsolável. — Eu sinto muito…

- Lá está ele! Harry! — Ouvi a voz de Niall.

- Cuidem dele — A senhora disse à eles.

- Harry, o que aconteceu?!

- Ela desmaiou de novo… — Choraminguei escondendo o rosto entre as mãos. — Ela tá sangrando… ela tá sangrando…

- Oh meu Deus, Harry… — Lamentou Liam sentando-se ao meu lado.

Ele abaixou minha cabeça em seu ombro, onde deixei-me chorar por minutos até receber notícias.

Ouvimos um barulho de porta abrindo e eu olhei brevemente para o lado encontrando o doutor Williams.

- Precisamos conversar. — Ele disse, visivelmente abalado.

- Como ela está?? — Prontamente perguntei.

- No momento estabilizada, mas de saúde, ruim, Harry. Muito ruim. — Lamentou-me.

- O que ela tem, doutor…? Diga de uma vez… — Choraminguei exausto emocionalmente.

- Não vou fazer rodeios, não acho que estamos em um momento para isso. — Ele retirou os óculos por um momento e coçou os olhos, colocando-os de volta em seguida. — Conversei com Emma e ela me disse que desde alguns anos tem sentido calafrios, fraquezas, dores nos ossos e articulações, desmaios e alguns sangramentos nasais. Você sabia disso?

- Não... — Respondi fungando. — Nós nos conhecemos e casamos em pouquíssimo tempo...

- Esses sintomas são preocupantes e temo que minhas suspeitas estejam certas — Um formigamento nervoso tomou conta do meu corpo.

- Mas que suspeitas...?! — Me entreguei de novo ao choro.

- Que Emma tenha LMA.

- LMA…? — Choraminguei sem saber exatamente o que perguntava.

Pensativo, ele ficou em silêncio, me observando chorar.

- Leucemia Mielóide Aguda.

 


Notas Finais


Meu Deus, EMMA 💔
Será que Emm tem mesmo LMA?
Me digam o que acharam do capítulo e até o próximo ❤️


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