Ouvimos um barulho de porta abrindo e eu olhei brevemente para o lado encontrando o doutor Williams.
- Precisamos conversar. — Ele disse, visivelmente abalado.
- Como ela está?? — Prontamente perguntei.
- No momento estabilizada, mas de saúde, ruim, Harry. Muito ruim. — Lamentou-me.
- O que ela tem, doutor…? Diga de uma vez… — Choraminguei exausto emocionalmente.
- Não vou fazer rodeios, não acho que estamos em um momento para isso. — Ele retirou os óculos por um momento e coçou os olhos, colocando-os de volta em seguida. — Conversei com Emma e ela me disse que desde alguns anos tem sentido calafrios, fraquezas, dores nos ossos e articulações, desmaios e alguns sangramentos nasais. Você sabia disso?
- Não... — Respondi fungando. — Nós nos conhecemos e casamos em pouquíssimo tempo...
- Esses sintomas são preocupantes e temo que minhas suspeitas estejam certas — Um formigamento nervoso tomou conta do meu corpo.
- Mas que suspeitas...?! — Me entreguei de novo ao choro.
- Que Emma tenha LMA.
- LMA…? — Choraminguei sem saber exatamente o que perguntava.
Pensativo, ele ficou em silêncio, me observando chorar.
- Leucemia Mielóide Aguda.
Harry
Eu não reagi.
Nem consegui montar os pensamentos, logicamente, dentro da minha cabeça.
Às vezes a verdade é corrosiva como um ácido. Choca-se como balas de canhão dentro de você...
Soluçando, mais lágrimas escorreram por meus olhos apertados, eu sentia uma dor excruciante. Só queria jogar-me no chão e colher os pedaços de mim... ou chorar agarrado aos meus retalhos espalhados por aquele piso gélido...
Eu tentava falar alguma coisa, mas a minha voz não saia… a minha visão apagava a cada segundo, fazendo tudo escurecer… eu não conseguia falar, mas ouvia tudo ao meu redor...
- Mas é certeza ela ter isso, doutor...? Por favor diga que não... — Rogou Liam, sua voz embargada me indicava que ele também chorava.
- Certeza mesmo só teremos com os exames obrigatórios
- E que exames são esses?? — Perguntou Niall, afogado nas lágrimas em seu rosto.
- O mielograma, que é quando uma amostra de sangue da medula óssea é retirada por meio de uma agulha, sendo fundamental para a investigação das anormalidades registradas no hemograma. Logo em seguida será feita uma biópsia da medula, e um fragmento do osso da região lombar deverá ser retirado para avaliação em laboratório. A partir disso é que será constatada ou não a leucemia. — Não podia aceitar nenhuma palavra do que o médico dizia. Não queria aceitar.
- NÃO! ELA NÃO TEM ISSO! — Gritei ficando de pé. — ISSO É MENTIRA! — Gritei de novo, com meu choro fazendo o meu peito doer.
A dor cortava-me a carne… cerrava-me os ossos. Era uma dor crua.
- Hazza
Corri para a porta e depois corri até Emma.
Tomei-a em meus braços e a abracei com toda força que pude.
Como superar a morte de um ente querido que ainda está vivo...?
Como eu irei conseguir viver sem ela quando chegar o momento...?
Que Deus me leve antes… por favor, por favor, eu imploro!
Ela é meu tudo, um tudo por completo. Não sei como explicar isso. Talvez nem tenha como…
Emma é o amor da minha vida, e digo isso com toda convicção.
Demorou muito até que eu a soltasse e me afasta-se dela…
- Meu amor… — Sussurrou-me baixinho e funguei recebendo suas mãos em meu rosto para secar minhas lágrimas.
- Não fale nada, por favor… só me beija, por favor — Supliquei-lhe e ela concordou beijando meus lábios, buscando minha língua com calma, me afogando naquela sensação gostosa que acontecia em todas as vezes que sentia o seu gosto.
Senti minhas lágrimas misturando-se ao seu sabor ao mesmo tempo que enterrei calmamente minhas mãos em seu cabelo sentindo-a entre os meus dedos…
O beijo estava gentil e calmo, sem nenhum movimento apressado ou súbito, nossas línguas entrelaçavam-se com profundo amor e carinho...
Suas mãos foram soltando meu rosto aos poucos e logo nos encaramos…
Seu olhar estava fixo no meu, apreensivo e confuso.
Meus lábios tremeram e assim abaixei a cabeça, voltando a chorar.
Eu não queria ficar assim na frente dela, e nem poderia. Mas não conseguia mais segurar aquele desespero e choro... meus soluços ficaram ainda maiores, e ela logo me abraçou, retribuí fortemente, enfiando minha cabeça em seu pescoço, sentindo o seu cheiro maravilhoso. Não queria me soltar dela nunca mais. Nunca mais.
- Por que está chorando, amor...? — Perguntou-me aflita.
- Me desculpa… me perdoa… — Comecei a me desculpar, sentindo um nó em minha garganta ao vê-la daquele jeito por minha culpa. — Eu só não queria que você passasse por tudo isso… me perdoa — Minha voz falhava por causa do choro retido.
- Não precisa explicar. Eu entendo tudo — Ela dizia calma e expressei um leve sorriso entre algumas lágrimas. — Odeio ver você chorar, ainda mais sendo minha culpa... — Disse ao enxugar minhas bochechas com a ponta dos dedos e eu a abracei novamente.
Ficamos abraçados por um longo tempo, sua carícia entre meus cabelos estava tão agradável, que me fazia fechar os olhos.
- Posso conversar com vocês por alguns minutos? — Ouvi uma voz dizer ao fundo e não soube dizer se estava sonhando ou não. Eu me sentia em outro mundo com os seus carinhos.
- Amor? — Ouvi a voz de Emma me chamando e automaticamente abri os olhos e foquei-os nela, que estava sorrindo. — Você apagou
- Desculpa — Cocei os olhos, voltando a minha posição normal sob o olhar de todos.
- Emma, acho que lhe devo uma explicação. — Lhe disse o médico. Não, não, ele não vai fazer isso, ele não vai dizer a ela, vai?
- Sim, doutor. — Ela disse. — Quero saber o que tenho
- Bom, como você já sabe seu hemograma apresentou sérias alterações — Ela concordou com a cabeça. — A príncipio não tenho um diagnóstico, apenas suspeitas, e por isso serão realizados uma série de exames em você — Respirei aliviado. Ao menos ele não contou de suas abomináveis suspeitas.
- Quando será isso? — Ela quis saber.
- No momento em que autorizarem.
- E quanto custa esses exames, doutor? — Perguntou Liam.
- Todos juntos sairiam, na média de uns 5 mil dólares — Senti minhas narinas arderem e meu peito encher-se de uma sensação de impotência. Como eu iria conseguir todo esse dinheiro? De onde eu iria tirar?
- Mas nós não temos todo esse dinheiro, doutor... — Informou Emma e meus olhos se tornaram ainda mais molhados, com vontade de chorar por puro desespero.
- A saúde é direito de todos e dever do Estado, existem organizações não governamentais e participantes do Conselho Nacional de Saúde que realizam isso gratuitamente. Com a ajuda de operadoras e empresas privadas, eles prestam assistência médica e hospitalar a quem precisa.
- Então podemos providenciar esses exames agora mesmo? — Questionei energético.
- Infelizmente não. — Lamentou-me o médico. — A fila de pacientes em espera é quilométrica. Seria um milagre Emma conseguir uma vaga tão rapidamente
- Então por que nos falou dessa solução? — Rosnei por entre os dentes.
- Porque apesar de ser médico, eu acredito em milagres, Harry...
Respirei fundo e olhei para Emma, que limpou uma lágrima que escorreu por seu rosto... não consegui fazer nada a não ser abraçá-la forte.
Ela pôs sua cabeça em meu pescoço, começando um choro que me fez partir em mil pedaços.
Nem percebi o momento que desatei em um choro compulsivo ao mesmo tempo que tentei acalmá-la.
- Não chore, meu amor, por favor, não chore — Segurei delicadamente seu lindo rosto. — Vamos achar um jeito. Eu te prometo que vou conseguir esse dinheiro. Eu daria minha vida por você… eu trocaria de lugar com você agora… nem o céu é o limite até onde eu poderia chegar por você — Eu dizia entre o choro, com muita dificuldade.
- Fique calmo… — Acalentou-me.
- Não consigo… — Choraminguei. — Eu não quero perder você… — Confessei, chorando baixinho. — Eu tô com tanto medo, Emma — Ela apertou minha mão com tanta força que a senti formigar.
Segurei sua cabeça em meu peito e guardei minhas dores e medos na gaveta mais escondida dentro de mim, consolando-a com os meus carinhos e silêncio.
- Eu também estou com medo… — Me confessou. — Mas estou mais sobre você ter algum treco — Como ela poderia se preocupar com isso?
E mesmo sem humor nenhum acabei por rir.
- Você é mesmo maluca, sabia…? — Comentei a ouvindo rir, sentindo seus braços me apertarem mais forte.
- Olhe pra mim… — Ela tocou meu rosto em um sinal para que a olhasse e assim o fiz. — Eu quero que me prometa que independente do que eu tenha... você vai se manter firme. Por mim… e para mim... — Ela me encarava com o olhar vivo, e os lábios trêmulos ao prender o choro.
- Eu prometo que vou tentar… — Respondi lutando contra a vontade de novamente desabar. — Me prometa que não irá me deixar… prometa, me prometa, por favor
- Eu prometo que vou ser forte… que vou ser brava e vou enfrentar o que vier até o meu último suspiro...
- Por que está dizendo isso...? — Olhei-a desolado.
Ela sorriu triste ao acariciar meu rosto.
- Eu sei que o que devo ter é grave, amor. Eu já estou morrendo há anos… eu só preciso saber do quê…
- Não… — Abracei-a de novo, escondendo o meu rosto em seu peito. — Você não vai morrer… você não vai me deixar… você prometeu, Emma…
- Te prometi que ia ser forte… mas não posso prometer algo que está além de mim...
- Para de falar isso, para! — Choraminguei na tentativa em vão de pará-la.
- Amor, me escute
- Não, não… não quero ouvir você dizendo essas atrocidades, Emma! — Olhei para ela com uma expressão repreensiva.
- Me escute. — Pediu com uma firmeza mansa.
Desviei o olhar do dela. Não conseguia encará-la… não queria ouvir as palavras que eu sabia que ela iria dizer olhando em meus olhos.
- Vamos viver cada dia de uma forma diferente? — A encarei por alguns instantes, confuso com suas palavras. — Sem esperas, sem medos, sem receios, sem sofrimentos, sem planos, sem expectativas, sem futuros. Mas vivendo intensamente…?
- Emma — Eu ia interrompê-la, mas ela não deixou.
- Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver, Harry… e eu só quero ser feliz com você. Você pode fazer isso por mim...? — A abracei forte, com minha mão direita entrando em seus cabelos para afagá-los ali.
- Posso… claro que posso, meu amor… — Sussurrei-lhe.
- Eu amo o teu sorriso… e não quero que ele suma nunca… — Assenti.
- E eu não quero que chore mais… — Limpei seu rosto enquanto tentava controlar minhas próprias lágrimas. — Você fica ainda mais linda quando está com um sorriso no rosto — Ela sorriu fixando seus olhos nos meus. — ...me dá um beijo? — Sorri de canto.
Ela assentiu e seus lábios rosados se abriram nos meus iniciando um beijo vagaroso.
Sem pressa... sem medo... mas com muita união e amor.
Com calma e um beijinho no rosto ela nos separou, bocejando.
Acariciei seu rosto, e desviei nossos olhos, olhando ao meu redor rapidamente. Estávamos sozinhos.
- Você precisa dormir, Emm — Bocejei involuntariamente.
- Nossa, já passam das três da manhã — Assustou-se ao olhar no relógio de parede. — Você também vai? — Tentarei.
- Sim.
- Dorme comigo aqui? — Assenti.
A cama era enorme, tinha um bom espaço de um lado, então retirei meus sapatos com os pés e deitei ao lado dela.
Passei um dos braços ao redor da sua cintura mantendo-a colada em mim.
- Você está caindo da cama… — Disse ela.
- Eu não me importo
- Não, amor — Protestou.
Viramos um de frente para o outro, e então ela ergueu a mão para iniciar um carinho em meu rosto, também ergui a minha para acariciar seu macio cabelo.
- Eu te amo… — Soprou-me.
- Eu também te amo… — Rocei carinhosamente nossos narizes fazendo-a sorrir.
E foi admirando o seu lindo sorriso, que comprometir-me a não só fazê-la sorrir todos os dias, como amá-la pelo resto da minha vida...
Horas depois...
- Amor? — Abri os olhos apavorado.
- O que houve?! — Sentei na cama. — Está sentindo alguma coisa?! — Ela sorriu, levando sua mão para acariciar a minha bochecha.
- Não, calma! Eu estou bem — Disse acalmando-me.
- Caramba, amor… — Meu coração doía ao tentar recuperar suas batidas.
Beijei sua bochecha rosada e puxei o cobertor da cama para cima dela, cobrindo-a até a cintura.
- Como você está…? — Quis saber.
- Com a boca seca… estou com sede…
- Eu vou pegar água — Eu disse a ela, segurando em sua mão antes de beijá-la. Ela sorriu doce, com aquele sorriso amoroso e agradecido.
Saltei da cama e calcei meus sapatos o mais depressa.
- Já volto — Ela assentiu com a cabeça.
Caminhei pelo corredor e enchi dois copos descartáveis para ela, bebendo quase dois litros, também com sede.
Voltei para o quarto e entreguei um dos copos para ela.
- Aqui está — Nossos olhares não se desviaram, observei atententamente quando ela virou com calma o copo em sua boca. — Quer mais? — Ela assentiu com ânsia.
Estendi o outro copo para ela, que ao virar na boca, buscou por mais.
- Mais? — Questionei.
- Sim.
- Como está a paciente mais bonita desse hospital? — Perguntou o doutor Williams ao aparecer na porta do quarto.
- Estou bem, doutor — Emm sorriu sem graça.
- Ela está com muita sede — Informei-o e ele olhou-a cauteloso.
- Somente isso como novos sintomas? — Como assim sintomas?!
- Acho que sim — Ela pareceu sincera ao ser examinada por ele.
- A boca seca pode ser ocasionada por diversos fatores. Alguns medicamentos podem alterar a produção de saliva, o que pode ser bem desconfortável
- Então ela tomou algum medicamento que pode tê-la deixado assim? — Eu parecia um investigador.
- Tomou. Mas também pode não ter sido por isso. Abra a boca, por favor — E assim ela fez.
Sua língua estava vermelha e seca.
- Tudo normal na coloração — Ele disse ao analisar. — É bem provável que tenha sido apenas um efeito colateral dos remédios fortes que ela tomou. Está com fome?
- Não — Ele ficou pensativo por rápidos instantes.
- Vamos esperar mais um pouco. Quem sabe essa fome apareça mais tarde, não é? — Ela sorriu de canto. — Agora preciso ir ver outros pacientes. Com licença
- Eu já volto, amor — Eu disse afagando sua nuca. — Doutor. — Chamei-o assim que fechei a porta atrás de mim. — Eu vi como o senhor ficou quando ela disse que não está com fome. Me diga. Isso é grave? — Ele suspirou antes de responder.
- A perda de apetite certamente é um sintoma de LMA.
- Eu já disse que a Emma não tem isso! — Proferi em estresse.
- Isso somente os exames poderão confirmar, Harry — Disse tranquilamente. — Então apresse-se. — Aconselhou-me ao tocar meu ombro e sair quando o chamaram. Respirei fundo e ergui a mão para apertar a minha nuca.
Apresse-se.
Apresse-se.
Apresse-se.
Apresse-se... ela não tem muito tempo, Harry!
Voltei a abrir a porta, sentindo um nó no peito, porém me aproximei de sua cama.
- Amor. Eu preciso resolver umas coisas — Mordi o canto da bochecha.
Ela sorriu.
- Tudo bem. — A olhei com atenção.
- Vai ficar ''bem'' sozinha? — Fiz aspas.
- Vou te esperar ansiosa — Sorri triste e acariciei seu rosto, o meu coração estava apertado. Eu precisava conseguir esse dinheiro de qualquer jeito. Por favor, Deus.
Me inclinei sobre o seu rosto e dei um selinho em seus lábios.
- Você está linda. — Eu disse sem conseguir me controlar.
Era incrível como ela conseguia se manter bela estando livre de qualquer maquiagem e com a aparência levemente abatida.
- Obrigada — Sorriu sem graça esfregando as mãos pelos braços.
- Eu volto logo — Disse em um fio de voz.
Caminhei até a porta do quarto e saí determinado.
Eu só voltaria com o dinheiro.
Com o dinheiro necessário.
Assim que passei pela porta da saída do hospital, avistei os meninos descendo do carro.
Caminhei até eles.
- Como ela está, Harry? — Perguntou Liam.
- Na mesma... — Neguei com a cabeça.
- Eu tô arrasado... sinto como se fosse comigo — Lamentou-se Niall.
- Pois é.. — Lastimou Liam. — A gente fica se sentindo impotente…
- Eu também me sinto assim… eu… — Senti meus olhos molharem sem conseguir prosseguir e então respirei fundo. — Vocês podem me ajudar muito em uma coisa, galera — Funguei.
- Nem precisa pedir. Eu dou todo o meu cachê pra ela de todos os shows que faremos. — Surpreendeu-me Niall. — Pode não ser muito, mas é de coração. Eu adoro aquela menina, Harry — Revelou-me sinceramente.
- Eu também dou o meu — Liam concordou.
- Pode contar com o meu também, Styles — Ouvi a voz rouca de Louis.
- Calma, gente, a ajuda é bem vinda, mas temos que combinar isso direito — Manifestei-me sem querer ser injusto. — Cada um de vocês têm suas contas atrasadas, nós podemos conseguir mais dinheiro sem ninguém ter que sacrificar nada ou prejudicar-se ainda mais
- Conseguir? — Questionou Louis.
- Mais dinheiro — Depois Liam.
- Como? — Niall finalizou.
- Eu vou bater de porta em porta, de todos os bares dessa cidade perguntando e pedindo uma oportunidade para a nossa banda.
- Ficou maluco, Styles...? — Questionou-me Louis. — Sabe quantos bares existem aqui? Mais de 300!
- Irei em cada um deles.
- Harry, podemos usar a razão? — Pediu-me Liam. — Você está agindo pela emoção, cara
- ENTÃO ME DIZ COMO VOCÊ AGIRIA?! — Explodi fazendo-os olharem-me compassivos. — Quando se ama alguém, o infinito é PEQUENO diante do sacrifício que somos capazes de fazer pela pessoa que a gente ama! — Voltei as lágrimas. — É difícil suportar a dor que estou sentindo… eu sinto como se fosse perdê-la a qualquer momento, a cada vez que a beijo sinto a dor de uma nova despedida, principalmente quando a deixo sozinha… eu preciso salvá-la. Eu preciso dela pra sempre na minha vida. Eu daria tudo para estar no lugar dela... mas como não posso, darei tudo de mim para tirá-la dessa situação! Não posso perdê-la, eu não suportaria… eu... — Eles aproximaram-se de mim, num abraço coletivo e apertado, tentando consolar-me.
- Ela também é nossa família... — Choramingou Liam. — E a verdadeira família é aquela que é unida pelo espírito e não pelo sangue. — Nos apertamos. — Emma é nossa famíla também… queremos ela em todos os nossos natais… em todos os nossos momentos…
- Eu não quero que ela morra… — Soluçou Niall.
Meu choro era alto e desconsolado.
- Nós vamos te ajudar, irmão... — Liam apertou meu ombro. — A maior riqueza que temos no mundo é a nossa família. E o maior diamante que temos na alma é o amor.
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