- Ruby esta viva? – perguntou Castiel abismado.
- Não é o demônio. É a garota que foi possuída. – falou Sam sem tirar os olhos de Bela.
- Eu não podia deixar o Dean ser enganado, eu sei quais são as intenções da Ruby e não são nada boas, muito menos com voce. Por onde eu começo? – falou Bela como se tentasse lembrar.
- Comece explicando sobre o fato de voce querer matar a mim e ao meu irmão!
- Voce quer matar o Sam e o Dean? – falou Castiel incrédulo se aproximando de Bela.
- Aah não! Lá vem de novo a história daquela gravação estúpida! Voce realmente acredita naquilo? – falou Bela entediada.
- Era sua voz, suas palavras. Me diga voce!
- Ok, vamos raciocinar um pouco. A voz era minha, mas as palavras não. Voce ouviu a gravação toda? Aquilo não tinha nem 45 segundos direito. E por que eu iria querer virar um demônio, sendo que foi um demônio que me ferrou? Agora já pode me soltar!
- Seus argumentos não me convenceram. – falou Sam firme.
- Se eu quisesse ferrar vocês dois, eu já teria feito, estou bem à frente de todos vocês, sem querer me gabar. – falou Bela um pouco arrogante.
- O que voce quer dizer com isso? – perguntou Castiel.
- Quero dizer que enquanto voces estão no palco, eu sei o que acontece nos bastidores como por exemplo, Abaddon esta usando a Ruby pra tirar o foco de vocês destruírem ela enquanto ela executa seus planos. – falou Bela vitoriosa.
- Que planos? – perguntou Sam e Castiel ao mesmo tempo.
- Estou investigando, mas sei que é coisa grande. – finalizou Bela.
- E quanto a voce? Também não está aqui apenas para nos distrair? – perguntou Sam lembrando das palavras de Dean sobre Ruby.
- Eu decidi pular fora porque não irei brincar de Gossip Girl com voce, Dean e Ruby, tenho coisas mais importantes a fazer. – falou Bela com menosprezo.
- Por que eu deveria acreditar em voce? Se a gravação diz outra coisa. É sua palavra contra sua palavra? Isso não tem lógica.
- Simples, se eu tivesse ameaçado Abaddon, eu não estaria viva pra contar história e outra mesmo que eu tivesse ameaçado, eu não falaria de uma forma tão ridícula que me faz parecer mais lunático convencido que é Napoleão Bonaparte. – falou Bela se sentindo ofendida até que Charlie a interrompe e grita apontando para Castiel:
- É ele! Ele é o cara que me apagou! O cara do kung fu! – Sam e Bela olham para Castiel.
[...]
Lander, Wyoming.
Eram quase 6 horas da manhã, Dean dormia na casa da psicóloga com quem ele teve uma “sessão”. A psicóloga houve o barulho do carro do marido. Ela sacode Dean o acordando.
- Hã? O que foi? – falou Dean esfregando os olhos para ver melhor.
- Voce precisa ir, meu marido chegou. Ele é muito ciumento! – falou a psicóloga nervosa.
- Mas eu não sou. – falou Dean dando um sorriso cafajeste e roubando um beijo da psicóloga.
- Voce precisa ir antes que ocorra uma tragédia! – falou a psicóloga recolhendo as roupas de Dean e jogando pra ele que nem tinha se levantado da cama ainda. Ela veste um roupão.
- Querida, cheguei! – falou o marido subindo as escadas.
- Por favor! Voce tem de ir embora! – implorou a psicóloga.
- “Querida, cheguei”? Esse cara é o papai da Família Dinossauro? – falou Dean debochado vestindo as calças.
- Desculpa por isso. Eu não imaginava que ele viria hoje. – falou a psicóloga constrangida.
- Relaxe e mande um “olá” pro seu marido por mim. – falou Dean irônico calçando as botas, ele coloca uma perna na janela, a psicóloga segura a janela. – Esqueci uma coisa.
- O quê? – falou a psicóloga apreensiva. Dean rouba outro beijo. Ele sai e a porta do quarto se abre. O marido entra e fala:
- Voce viu quem foi o idiota que estacionou um Impala na calçada de frente a nossa garagem? Tive que passar com o carro por cima do nosso gramado. Droga! Vai dar um trabalho pra concertar!
- Impala? Eu não vi nada. Como foi a viagem, amor? – falou a psicóloga beijando o marido. Por um segundo, Dean teve inveja do homem exceto pela parte que ele é corno. Dean queria poder chegar de uma viagem e encontrar sua família, em sua casa, sem monstros. Dean veste a camiseta e depois a jaqueta, ele salta do telhado e rola no chão com experiência.
- Bobagem, eu já estou em casa! – falou Dean sorrindo ao dar partida no Impala. Ele abre o porta-luvas, tateia procurando por uma fita do Eric Clapton, ao achar coloca no toca-fitas que começa a tocar Cocaine.
[...]
- Voce esta dizendo que o cara que apagou voce é o Castiel? Isso é impossível! Ele não faria mal a ninguém! – falou Sam totalmente incrédulo caminhando para o centro da sala. Bela apenas observa a cena, afinal, o foco não era mais ela e aquela gravação estúpida.
- Ele é o Castiel? O anjo do Senhor que segurou o Dean forte e o tirou da perdição? O mesmo Castiel que não sabe por que o cara da pizza bate na babá? – falou Charlie pasma.
- Sim, é ele. Eu acho que voce enganou, eu conheço o Castiel, ele não faria nada disso. – defendeu Sam.
- Tirou o Dean da perdição? Acho que voce falhou, ele ainda está meio depravado... – falou Bela se lembrando das revistas pornôs que ela e Ruby haviam achado na gaveta. Sam começa a imaginar coisas e ignora o ciúme, mas se amaldiçoa por dentro por ter essa paixonite estúpida por Bela.
- A perdição é o inferno. – falou Castiel olhando pra Bela depois se volta para Charlie e pergunta. – Mas por que o cara da pizza bate na babá?
- “Spank” tem em todo pornô. – falou Charlie fingindo dar um tapa no ar. – É sexy!
- Sexy? – falou Castiel imitando Charlie e também dando um tapa no ar.
- Parem com isso voces dois! – advertiu Sam a Charlie e Cas.
- Voce é um anjo que assiste pornô? – falou Bela dando uma gargalhada. Aquilo era melhor que o Saturday Night Live.
- É interessante!
- Eu concordo com voce, mas isso não muda o fato de que voce foi um Lando Calrissian comigo, sendo que eu só fiz te ajudar a achar a ladra ali digo Grande Ladra, eu aceitaria até um simples obrigado, mas não... Voce me apagou! – falou Charlie apontando pra Bela que semicerra os olhos ao ouvir o “Grande Ladra”.
- Ok, chega disso! Diz a ela, Castiel. Que voce não a apagou. – falou Sam convicto.
- Desculpe, não foi minha intenção, eu estava sem dinheiro e desesperado. – falou Castiel culpado.
- Não é a toa que voce disse que nem tudo é o que parece ser, não é mesmo? Apagar uma pessoa porque não tinha dinheiro para pagar um serviço de rastreamento. Olha, eu estou realmente surpresa! – falou Bela rindo e se divertindo ainda mais com a situação.
- Voce apagou a Charlie porque não tinha dinheiro? – falou Sam tentando processar a informação ainda.
- Quem é Charlie? – falou Castiel confuso, pois ele não sabia que o nome da hacker era Charlie.
- Eu sou a Charlie! A garota que voce apagou e sabe onde voce me fez parar? Numa delegacia cheia de vampiros! – falou Charlie revoltada.
- Voce disse que só tinha três vampiros. – corrigiu Sam.
- A delegacia era pequena, três vampiros são muita coisa pra uma delegacia pequena. – rebateu Charlie.
- Eu realmente lamento por tudo o que aconteceu. – falou Castiel se sentindo culpado.
- É o mínimo que voce pode fazer! Estou mais decepcionada com voce do que com o Anakin Skywalker no Episódio III. Voce não sabe o quanto eu sofri!
- Com o filme? – perguntou Bela.
- Voce fique calada. – advertiu Sam olhando pra Bela.
- Também. Foi difícil ver a Padmé daquele jeito. Mas eu me referia a delegacia, eu sofri lá, eu fiquei trancada com vampiros ao som da música tema de Top Gun aquele filme que tem o Tom Cruise.
- Take My Breath Away da banda Berlin? Dá vontade de estourar os miolos só de ouvir! – falou Bela enojada. Sam olhou torto pra Bela. – O que foi? A música é terrível mesmo!
- Finalmente alguém que me compreende! – falou Charlie fechando os punhos e olhando pro teto como se agradecesse a Deus, depois ela se vira para Castiel. - Voce não sabe o quanto desejei morrer, odeio aquela música com todas as forças do meu ser!
- Isso aqui é pior que a MTV. – resmungou Sam baixinho. Antes que Charlie continuasse com sua dramatização, Sam interrompe Charlie notando que Castiel estava sem camisa e com o abdômen todo enfaixado e pergunta:
- O que houve com voce?
- Um clã de bruxos roubou minha graça, sou humano agora. Eles queriam me sacrificar para libertar algo. Eu desenhei sigilos para me proteger e impedir de ser encontrado enquanto fugia. – falou Castiel apontando para o abdômen. – Bela cuidou de mim.
- Bela? – falou Sam desacreditado.
- Sim, ela me prestou socorros, eu cai perto da lata de lixo, eu estava muito ferido e ela me socorreu. – falou Castiel olhando pra Bela agradecido. Sam fica calado e ao mesmo tempo maravilhado.
- O que foi? Eu não posso mais fazer uma boa ação em pleno Natal? - falou Bela com um sorriso nos lábios.
- Talvez ainda tenha salvação pra voce, Bela. – Sam se volta agora para Castiel. - Por acaso, eles usavam esse símbolo? – Sam mostra o símbolo da Seita para Castiel que confirma balançando a cabeça. – Preciso ligar para o Dean, pra informar que tem um clã da Seita aqui.
- Quem é a Seita afinal? – perguntou Charlie curiosa.
- Eles são comandados por demônios e querem libertar Lúcifer, porém os seguidores acham que vão libertar Miguel. – falou Sam enquanto discava.
- Voces adoram se meter numas enrascadas nível survival, não é? – falou Charlie não tão empolgada, pois se lembrou de Dick Roman.
- Ainda não terminamos! – falou Sam apontando para Bela e Castiel. Ele se afasta para poder conversar com Dean.
- Espero não estar atrapalhando sua “sessão”, mas é realmente importante o que tenho pra dizer. – falou Sam olhando de relance para Bela e depois pra Castiel.
- Minha sessão já acabou, eu estou no quarto no motel, aonde voce se meteu? – perguntou o Winchester mais velho e Sam podia ouvir as passadas de Dean no assoalho pra lá e pra cá.
- Eu estou em Riverton, numa festa do pijama se posso assim dizer... Vou resumir pra voce. Charlie apareceu mais cedo dizendo que alguém a nocauteou, descubro que esse alguém era Castiel, a gente o localiza e ele esta na suíte com a Bela no centro da cidade.
- QUÊ? Voce esta dizendo que o Castiel nocauteou a Charlie e esta com a Bela? Ele tem merda na cabeça? Me passa o endereço, eu estou indo pra aí agora! – falou Dean quase atravessando o celular.
- Já está tudo sob controle. Mas descobri que tem um clã da Seita aqui, eles atacaram o Cas que agora está sem graça.
- O Cas está tímido? O que eu tenho a ver com isso? – perguntou Dean.
- Não, ele perdeu a graça dele, não é mais anjo, agora é humano como a gente, Dean.
- Filho da... – Sam interrompe Dean e fala:
- Depois eu ligo.
- Sam, cadê a locali... – Sam desliga o celular.
- Vamos acelerar as coisas! Cas, se voce estava com problemas por que não ligou pra mim e pro Dean?
- Eu já fiz essa pergunta. Parece que vocês andavam muito ocupados demais para o anjinho... – Sam metralha Bela com os olhos.
- Precisava da ajuda dela com o diário de Metatron. – respondeu Castiel rápido, antes que mais briga se desenrolasse.
- Aquilo não deu em nada, Cas. Era furada, nós traduzimos e só tinha receitas.
- Não era só receitas. – afirmou Castiel.
- Se voce descobriu algo por que não pediu a minha ajuda? Por que veio logo atrás dela? Ela não é confiável. – falou Sam apontando pra Bela.
- Qual o ressentimento dessa vez? Se for a Caveira de Cristal? Voce pode ir buscá-la em Dublin, mas saiba que eu e o Dean já conversamos sobre isso. – falou Bela apenas pra causar dissensão.
- Do que voce está falando? – falou Sam sentindo o sangue ferver.
- Ops... O Dean não te contou, né? – Bela morde os lábios.
- Eu deveria atirar em voce! – falou Sam tentando sacar a arma, mas não a encontra.
- Procurando por isso? – falou Bela balançando a arma com grande satisfação.
- Nossa! Ela é boa mesmo. – falou Charlie espantada com a habilidade de Bela.
- Como voce consegue se olhar no espelho? – perguntou Sam olhando pra Bela com desprezo.
- Não acho que ela tenha dificuldade com isso, não. – falou Charlie praticamente babando Bela.
- Charlie! – falou Sam repreensor.
- Bem, parece que não preciso responder essa pergunta e sobre o diário... – Bela vai até a bolsa e pega um saquinho com cinzas e um papel. – Aqui esta seu diário. – Castiel segura o saquinho e olha para o mesmo como se fosse uma criança ao quebrar acidentalmente seu brinquedo favorito. – Ele estava enfeitiçado, depois que o feitiço foi desfeito o diário incendiou e suas cinzas formaram essas coordenadas. – Bela entrega o papel com as coordenadas.
- Metatron escondia coordenadas? Precisamos ir até lá. – falou Castiel pegando seu sobretudo e saindo apressado da suíte.
- Cas, espera! – gritou Sam correndo até a porta, ele se vira pra Bela. – Isso não vai ficar assim!
- Tchauzinho. – falou Bela com um sorriso irritante.
- Vamos Charlie! – falou Sam saindo e Charlie fica parada e fala um tanto nervosa:
- Desculpe pelo incomodo e quero dizer que é um prazer te conhecer, se voce tiver afim de dar uma volta... Apenas me liga! – Charlie entrega um cartão com seu número.
- Veeem! – falou Sam voltando e puxando Charlie para fora da suíte. Bela olha confusa para o cartão e fala:
- Hã?
[...]
- Ótimo! Sammy desligou o GPS. – falou Dean dirigindo pelo centro de Riverton, já era fim de tarde. Ele procurava um edifício que se encaixasse com o perfil de Bela, porém todos eram grandes. “Se eu fosse uma garota britânica, burguesa e metida em que hotel eu me hospedaria?”, mas nenhuma resposta lhe veio a mente.
- Olá Dean, o que faz sozinho no Impala em plena véspera de Natal? – falou Crowley aparecendo do lado de Dean no banco do passageiro, o que fez o loiro levar um susto.
- Estou tentando descobrir qual prédio o Sammy está, ele encontrou Castiel com a Bela... – Crowley interrompe Dean e fala revoltado:
- Quê? Aquele anjo da quinta-feira pegou a Bela? Pensei que ele fosse apaixonado por voce.
- Quê? – falou Dean fazendo uma careta. “Isso deve ser efeito daquela garrafa de vodka que bebi com a psicóloga.” O celular de Crowley toca, ele atende entediado por ver que era um demônio que ligava para ele.
- O que foi? Estou ocupado, seja rápido.
- Senhor, sinto informar, mas Abaddon acaba de libertar... Aahh... – Crowley escuta o som de algo eletrocutando.
- Libertar o que? Fale seu verme! – gritou Crowley.
- O que está acontecendo? – perguntou Dean apreensivo.
- Olá Crowley. Olá Dean. – falou uma voz feminina. - Parece que voce ainda tem fiéis aqui no inferno.
- Abaddon...
- Abaddon está na linha? Coloca no auto-falante! – falou Dean voltando sua atenção para Crowley que faz o que Dean pediu.
- Espero que voces estejam em clima natalino como eu estou, o natal será bem vermelho...
- Do que voce esta falando? – perguntou Dean já imaginando o que ela pretendia fazer.
- Carnifica, Dean. O soldadinho infiltrado que acabei de matar estava tentando avisar que eu libertei uns monstrinhos natalinos... Espero que voce observe e aprenda o que é ser demônio de verdade, Crowley... – Crowley interrompe Abaddon e fala com toda petulância:
- Voce acha que isso é ser demônio? Voce quebrou pactos, voce esta causando uma bagunça, voce é uma vadia louca que não sabe nada sobre administração. – Crowley consegue ouvir Abaddon bocejar no outro lado da linha.
- Já acabou? – perguntou a ruiva entediada.
- Não, não acabei, mas saiba que eu irei entrar pela porta da frente e chutar esse seu traseiro por todo o inferno e reivindicarei o meu lugar por direito. Por isso, aproveite seus últimos dias porque eu verei voce tombar e engasgar em seu próprio sangue enquanto saboreio um vinho escocês. – Abaddon dá uma gargalhada na outra linha.
- Adoro seu senso de humor, Crowley. Agora vejo que voce tem vocação para ser bobo da corte, talvez se voce voltar para o inferno se humilhar e jurar lealdade a mim, claro, isso depois de uma sessão de tortura. Talvez eu te oficialize no cargo.
- Vá pro inferno! – gritou Crowley irritado.
- Eu já estou nele, querido. – falou Abaddon rindo.
- É, isso não soou como eu queria. – falou Crowley baixinho para si mesmo. – Mas pode ir cantando vitória, Abaddon. Porque sua queda será tão rápida que os demônios nem se quer lembraram que um dia o inferno esteve sob sua gestão. O que voce chama de reinado, eu chamo de fracasso eminente.
- Continue a latir, Crowley. Todo mundo sabe que voce não morde, se voce cumprisse metade das coisas que diz, os Winchesters já estariam mortos. Voce é a putinha deles, não merece o trono e muito menos o inferno. E quanto a voce, Dean? Eu estou excitada para me encontrar com voce.
- Sinto muito, mas não durmo com vadias. Voce terá que fazer o trabalho sujo sozinha. – Eles podem ouvir as risadas de Abaddon ecoar.
- E quem disse que tenho esse objetivo? De qualquer forma, divirtam-se. - Abaddon desliga na cara de Crowley e Dean.
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