1. Spirit Fanfics >
  2. Which his side? >
  3. The Man

História Which his side? - The Man


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Bem, nesse capítulo vamos conhecer um pouco mais da Ruby e descobrir o que ela fez em Albuquerque. Espero que gostem, boa leitura xoxo

Capítulo 30 - The Man


Albuquerque, New Mexico.

- Se eles podem fazer o que quiserem? Então, também posso! Não vou para aquela reunião chata! Também não vou voltar pra casa naquele subúrbio idiota. Odeio todos de lá! – falou Holly revoltada caminhando pelo parque de diversão que estava vazio. Ela estava cheia de tudo. Farta de sua mãe, de seu pai, da escola e da seita religiosa em que seus pais se meteram.

Está ficando tarde, mas ela não se importa. Definitivamente ela não iria voltar pra casa, iria fazer que nem sua tia Ruby, apenas sumir. Holly se aproxima do brinquedo das cadeiras giratórias e imagina o quanto deve ser legal aquilo quando está ligado.

- Queria que a tia Ruby tivesse aqui... - Ao pensar na tia, Holly deixa o semblante cair de tristeza misturada com saudades.

Tudo que Holly sabia era que sua tia e sua mãe brigaram feio. Ela gritou por Ruby quando a viu sair, mas ela nem sequer olhou para trás, apenas entrou no carro e nunca mais voltou, isso já fazia seis anos e ela nunca deu notícia.

 “Talvez ela nem se lembre de mim, talvez ela esteja morta. Por que ela e minha mãe brigaram? Por que ninguém nunca me diz nada?”. Seus pensamentos são quebrados quando um velho que estava sentado no chão rasgando um pedaço de pão diz:

- Voce vai morrer, criança! - Holly se vira para ele assustada, ela não havia o notado. – Voce... – O velho aponta para Holly. – Vai morrer!

- Ei! – gritou uma garota morena acompanhada de outras duas, uma loira e uma negra. Holly se volta para elas. – Deixa-a em paz! – O velho olha assustado para as crianças que era um pouco mais velha que Holly e foge. As crianças encaram Holly que enfrenta os olhares, ela aprendeu com Ruby que se dá o que recebe, seja amizade ou olhos roxos. – Voce está bem?

- Eu estou bem. Eu só... – falou Holly meio hesitante ao ver que as três meninas usavam um vestido branco igual ao de bonecas de porcelanas.

- Não a nada a temer, não é? – A garota loira mexe nos cabelos ruivos de Holly.

- Não. – disse Holly e a menina sorri. - Eu não sei o por quê... – Holly ia questioná-las por se vestirem igual, mas desiste.

- Por que voce está aqui fora tão tarde? Sozinha... – A morena alisa o rosto de Holly. – Voce está sozinha, certo? – indagou a menina.

- Eu fugi de casa. Eu e minha mãe brigamos novamente. – disse Holly chateada. – Por que voces estão aqui fora tão tarde assim?

- Ele nos deixa fazer o que queremos. – respondeu a garota negra que estava calada até agora.

- Quem deixa? – questiona Holly.

- O Homem. – diz a loira.

- Estamos casadas com ele. – disse a morena, Holly fica surpresa. – Todas nós.

- Eu sempre sonhei em me casar. – disse Holly dando um sorriso fraco. – Até roubei o anel de casamento da minha mãe. – As meninas sorriem.

- Voce gostaria... De um anel de casamento agora? O seu próprio anel? – pergunta a morena.

- Acho que sim. Posso ver o de vocês? – falou Holly empolgada olhando para as mãos das meninas procurando os anéis. As três puxam a gola do vestido e mostram uma marca em volta do pescoço.

- Não são lindos? – falou a loira sorridente. Holly engole seco.

- Isso dói? – indaga Holly com receio, afinal, aquelas marcas pareciam ser de enforcamento.

- Só no início, mas depois... Voce não sente mais nada. – disse a loira vitoriosa. Holly fica sem reação.

- Sabe, se voce estivesse casada com o Homem, voce nunca mais estaria sozinha novamente. – disse a morena como se estivesse oferecendo a oportunidade de ouro. – Seríamos uma família. Todas nós. Quer se casar com o Homem?

- S-Sim... – Holly parecia feliz, apesar de não saber o porquê aceitou, mas ela sentia uma tranqüilidade da qual não podia resistir.

- Venha, vamos levá-la pra casa. – falou a morena dando a mão. – Voce dará uma noiva muito bonita. – As quatro meninas saem do parque rindo e se perdem na escuridão.

[...]

Já estava entrando na terceira semana que Ruby estava em Albuquerque, de início ela veio pra visitar o túmulo de Jake Harrison, um médico que Furcifer usou sua projeção para enganar Ruby no processo de exorcismo de Bela e fugir da armadilha.

Porém não foi por isso que Ruby permanecia ainda na cidade. Ela havia topado com um membro do clã da Seita, que era um demônio, ela o torturou por dias até revelar o nome de todos os membros. A seguir, ela deu início a uma caçada, mas não contatou os Winchesters, pois, o que ninguém sabia era que ela tinha uma irmã e uma sobrinha que morava na cidade.

A única forma de proteger sua família era não se aproximar deixando elas pensarem que ela estava por aí ou até mesmo morta. Ruby estava se envolvendo com Sam, o que não era novidade para os demônios, se eles descobrissem sobre sua família... Isso traria mortes com certeza.

Após matar o último membro, ela retorna ao motel. Ruby estava exausta, o último membro deu trabalho pra morrer, mas nada que três cadeiradas, uma bola de boliche e um headshot não resolvessem. Ela começa a fazer as malas para partir ao amanhecer, quando seu celular toca, era Sam.

- Voce realmente não consegue ficar longe de mim, não é? – disse Ruby rindo e procurando por algo na geladeira que não fosse garrafas d’água e cubos de gelo.

- Bem, voce sabe... Eu tenho que ligar, já que voce não consegue dormir sem antes ouvir minha voz. – debocha Sam.

- Não me faça rir, Sam Winchester. Nós dois sabemos que é voce quem não consegue passar um dia sem me ligar.

- E voce sempre atende rápido. É, temos reciprocidade. – rebate Sam.

- Tudo bem, eu admito! Eu adoro suas ligações. – Ruby fecha a geladeira, já que não encontra nada.

- O quê? Voce pode repetir? Eu não ouvi direito o que falou. – brincou Sam.

- Não seja palhaço! Voce ouviu muito bem. – Ruby tira a jaqueta e liga o rádio já que a TV estava quebrada. “Que bela droga de motel!”

- Já me dou por satisfeito! Só o fato de voce admitir isso, já é um grande passo... – Ruby interrompe Sam e fala:

- Voce acha que vai me dobrar tão facilmente?

- Acho, mas não precisamos lidar com isso agora. – Sam sorri imaginando a expressão de Ruby no momento.

- Voce é muito... – Ruby é interrompida quando o rádio anuncia “Bzzzit... Está noite no subúrbio, a polícia procura Holly Stokes, de 12 anos que não voltou para casa essa tarde. Quatro crianças desapareceram na cidade este mês...”. Ruby fica perplexa ao ouvir o nome da sobrinha sua voz some naquele momento.

- Ruby? – pergunta Sam notando que algo deve ter acontecido.

- Eu preciso desligar. – Ruby desliga sem dar explicações. Ela veste a jaqueta pega as chaves do carro e vai para a casa da irmã sem perda de tempo.

Finalmente Holly e as meninas chegam a casa no bosque. Holly esta cansada, mas feliz as garotas querem ela em sua família. Holly entra na casa, o local está bagunçado, sujo, mas ela não comenta nada. Ela não queria machucar o sentimento das meninas que a levam até o quarto delas onde Holly simplesmente adormece...

Enquanto isso, Ruby chega a casa da irmã que esta lotada de religiosos da Cruzada. Ruby podia ouvir de longe o pranto de sua irmã, ela tenta entrar, mas um religioso a esbarra.

- Saia da minha frente antes que eu parta sua cara ao meio igual Moisés fez ao mar vermelho! – ameaçou Ruby, os outros religiosos se aproximam. – Eu sou parente, saiam da frente! – Eles saem do caminho e Ruby entra. Era evidente a marca da dor no rosto de Cheryl que assim que vê Ruby, ela corre para abraçá-la e fala:

- Ruby! É mesmo voce? Meu Deus! Estou ficando louca? É mesmo voce? – Ruby acena a cabeça. - Não sei o que fazer, a Holly...

- Está tudo bem, eu vou cuidar de tudo. – Ruby tenta acalmar a irmã.

- O que ela faz aqui? Não tem nada pra voce fazer aqui! – disse Tony, o marido de Cheryl, ríspido ao notar Ruby que se aproxima dele e dos irmãos da seita religiosa.

- É o que voce pensa, Tony. Vamos começar com um pouco de adivinhação! – protestou Ruby mesmo sabendo que aquilo iria fazer o circo pegar fogo.

- Não! Eu proíbo. Se usar as artes negras o anjo não irá protegê-la. – gritou o líder da Cruzada.

- Vá proibir a outro e não me venha com esse papo de artes negras seus abutres! Eu não estou nem aí pro que voce pensa. Holly sumiu. Os emplumados não estão atendendo a oração de ninguém pelo o que eu soube no inferno, e ela não precisa deles, Holly precisa de mim.

- Irmão Tony, expulse essa mulher! A presença dela perturba a energia da oração! – disse o líder indignado.

- Querido, os incomodados que se retirem! Eu vou achar a Holly e é melhor voces ficarem fora do meu caminho! – ameaçou Ruby dando as costas e subindo as escadas que levam até os quartos. Cheryl vai logo atrás e questiona nada contente:

- O que foi aquilo?

- Eu que te pergunto. Meu Deus, Cheryl! No que voce se meteu? Que lixo é esse de Cruzada? – indagou Ruby indignada parando de frente ao quarto de Holly.

- Não menospreze, Ruby. Isso nos manteve juntos depois de voce e o Tony me traírem na minha cama! – Cheryl eleva o tom de voz, depois coloca a mão no rosto. – Eu não quero brigar com voce, eu... – Cheryl começa a chorar.

- Eu lamento por tudo! E sobre o Tony, eu estava fora de mim, naquele dia o Skinny me passou uma droga, daí... Bem, eu acabei sendo uma vadia com voce. – mentiu Ruby. Naquele dia Ruby, não estava drogada, ela estava possuída, daí era mais fácil falar que estava sob efeito de drogas fazendo merda como sempre do que falar que estava com o diabo nos coros literalmente.

- Mas isso não justifica voce sumir por todos esses anos, eu liguei para a Columbia e disseram que voce largou a faculdade, onde voce se meteu? – questionou Cheryl.

- Eu não sei por onde começar. Há muita coisa que não sabe sobre mim, esses seis anos... Foram uma loucura! – disse Ruby sabendo muito bem que ela passou esse tempo todo no inferno. – Mas não temos tempo a perder, precisamos achar Holly. – Ruby entra no quarto da sobrinha que mais parece uma cela de freira, sem bichos de pelúcia, sem pôsteres de artistas, apenas cama e móveis. “Agora sei por que Holly fugiu de casa.”

- Como voce vai achá-la?

Ruby não responde, ela entra no banheiro, pega a escova de dente e a de cabelo da sobrinha. Ela não tinha nenhum kit com ingredientes para fazer feitiço de localização, então improvisa.

- Quer me dizer o que está fazendo? – Cheryl observa Ruby fazer uma bola com os cabelos de Holly encontrados na escova.

- Voce não tem um taser aí, tem? – pergunta Ruby ignorando as perguntas da irmã.

- Não. – disse Cheryl confusa tentando compreender o que era aquilo tudo. Ruby olha ao redor do quarto e vê um abajur.

- Isso deverá ser o bastante. – Ruby liga o abajur e começa o rito.

- Ruby? – Cheryl arregala os olhos quando a loira passa a escova de dente na língua, em seguida enfia o tufo de cabelos na boca, colocando a escova novamente. – Oh céus, Ruby! – Cheryl coloca a mão na boca. Ruby bate o abajur na quina do criado-mudo e enfia o dedo no plug, uma corrente elétrica passa por todo seu corpo. – Meu Deus, Ruby! – grita Cheryl sem saber o que fazer ao ver minutos depois sangue sair dos canais lacrimares.

Ruby estava quase revirando os olhos, mas o rito funciona. Ela tem uma visão do local exato onde Holly está. Ela cai no chão e Cheryl a ajuda a levantar.

- Voce é louca? Esta tentando se matar? Não acredito que permiti que voce fizesse uma idiotice dessas! – Ruby senta na cama e cospe o tufo de cabelo que estava fumaçando, o que deixa Cheryl nauseada.

- Se tivesse outro jeito, Cher... Eu teria tentado, acredite! Mas tempos desesperados e tudo mais. – Ruby debocha mesmo sentindo seu corpo ainda formigar.

- O que é isso que voce fez?

- Os tibetanos chamam isso de perfurar o véu. DNA, as palavras certas, uma parada cardíaca... – Ruby coloca a mão no coração. – E voce entra no “Estado de Bardo”. Permite que voce se conecte com o espírito da pessoa.

- E o que voce viu? – perguntou Cheryl esperançosa.

- Eu vi através dos olhos dela. Ela saiu da escola, desceu a rua e então... Eu sei onde ela foi raptada. – Ruby se levanta da cama.

- Eu vou com voce!

- Nesse caso, é melhor voce pegar sua bolsa, vai precisar. – disse Ruby sorrindo falsamente, ela não iria permitir que sua irmã entrasse na linha de fogo. Assim que Cheryl sai para buscar a bolsa, Ruby corre para a janela, não era tão alto, então ela pula e rola na grama. Se levanta rapidamente e dá a volta na casa, entrando no carro e deixando Cheryl para trás.

Assim que Holly acorda, ela não sabe como foi parar ali naquele chão frio e sórdido. Ela olha ao redor, o quarto estava vazio, sem cama, nem móveis, apenas uma janela que nem sequer abria. Sua respiração fica ofegante com apenas uma pergunta em mente “Cadê todo mundo?”.

Holly se aproxima da porta com cautela, ela gira a maçaneta numa expectativa angustiante. Para sua surpresa, não havia nada além de um corredor, ela caminha devagar e sente um cheiro horrível que faz seu estômago embrulhar, ela pode ouvir o barulho de moscas. Ela chega na cozinha e vê velas vermelhas e na parede tem símbolos desenhados com sangue. Ela se assusta, nunca tinha visto algo assim, mas com certeza não era nada bom.

Holly quer chorar, quer sair correndo e reza em pensamentos para que seu pai, sua mãe ou até mesmo sua tia Ruby aparecesse para tirá-la dali. Ela não deveria estar ali, ela vai morrer, o velho disse, ela vai morrer. O coração de Holly dispara, seria isso um infarto ou o medo excessivo fazendo seu coração bombear a todo vapor?

- Olhe para voce. Mais bonita que manteiga derretendo em panquecas. – ironizou a garota morena atrás dela acompanhada com as outras fazendo o coração de Holly dar uma pontada aguda com o susto, ela perde o ar por um minuto.

- Não sei onde estou. – disse Holly segurando as lágrimas. – Não lembro de como cheguei aqui.

- Às vezes quando acordo, não sei dizer se é realidade ou sonho. – A loira dá um passo pra frente ameaçador.

- Estava cansada quando chegou, nem disse seu nome. – disse a garota negra.

- Holly Stokes.

- Que nome bonito.

- Por que não vem conosco, Holly? Voce precisa se aprontar para o casamento! – A morena a conduz até o quarto onde elas colocam um vestido em Holly que a deixa vislumbrada, mas seu sorriso se desfaz ao ver uma gota de sangue no vestido. Ela se lembra do velho novamente “Voce vai morrer, criança!”.

- Minha mãe não sabe onde estou. – disse Holly como se quisesse ganhar tempo.

- Quando se casar com o homem não se preocupará com ninguém.

- Ela não ficará preocupada? – insiste Holly, ela queria desistir.

- Ela terá orgulho de voce, se tornando uma mulher e tudo.

- Talvez ela pudesse vir. Só precisamos fazer algo em relação ao cheiro. – As meninas ficam sérias. – Sinto muito, eu não deveria ter dito isso.

O Homem finalmente chega, ele se aproxima de Holly que parece estar fascinada, era como se ela sempre esperasse por ele. Ele pergunta seu nome e depois a leva até o porão.

- Quer se casar comigo, Holly? E ficar aqui para sempre? – Ele pergunta.

- Sim. – Ela diz. Era o que parecia certo dizer, pensa ela.

[...]

Ruby dirigia a toda velocidade, quase atropela o carteiro, mas consegue ir para o bosque. Ela larga o carro e corre passando pelo parque. Só então se lembra que não trouxe a arma, mas dane-se não há tempo. Ela encontra uma casa sinistra entre as árvores gigantescas, o que lhe dá um arrepio.

Ela invade a casa e vasculha o local gritando por Holly, até que entra em um quarto e se depara com os cadáveres de três crianças, uma loira, uma morena e uma negra. O cheiro estava insuportável.

- Porão! – lembra Ruby vendo que não havia verificado ainda e foi bom ter lembrado, pois quando chega lá... Ela se depara com um sacrifício satanista, o Homem estava colocando a corda no pescoço de Holly para estrangulá-la.

- Solte ela, seu bastardo maldito! – gritou Ruby.

- Eu conheço voce, voce é má. Quer me machucar, levar minhas esposas! – disse o Homem caminhando em direção a Ruby.

- Machucar é pouco o que eu vou fazer com voce! – rosna Ruby pegando uma garrafa e quebra o fundo. Ele vem ao seu encontro, Ruby desvia, ela poderia matá-lo, mas Holly a observa assustada então, ela empurra ele contra a parede com força. Ele se vira e acerta um soco em seu rosto fazendo tombar para trás. Depois a levanta no ar e joga com força sobre o altar.

Sem perda de tempo o homem pega um cutelo e tenta cortar a garganta de Ruby.

- Larga minha tia! – gritou Holly vindo por trás e chutando as bolas do homem que cai pro lado com dor. Ruby o empurra pro chão e acerta um belo chute na cara o que faz ele apagar.

- Tia Ruby! – gritou Holly abraçando Ruby que não diz nada, apenas retribui o abraço emocionada.


Notas Finais


Comentários? xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...