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História Which his side? - Two Cases


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Gente, desculpem a demora pra postar é que eu estava lotada com provas, seminários, trabalhos e mais provas, daí hoje eu vi que eu tinha um cap reserva e decidi postá-lo pq já faz duas semanas q não posto, enfim, espero que gostem, boa leitura xoxo

Capítulo 36 - Two Cases


Quaker Valley, Oregon.

- De novo. – disse Crowley sentado na cadeira observando dois demônios segurando os braços algemado de Bela, enquanto um terceiro afundava a cabeça dela dentro de um barril contendo água gelada com pedras de gelo por um tempinho. – Puxem-na!

Eles a puxam de volta e Bela respira ofegante desesperada por oxigênio, além de se tremer de frio não só por causa da água, mas por causa dela estar em uma sala climatizada de algum frigorífico.

- Por que simplesmente não mata ela, senhor? – perguntou o demônio que enfiava a cabeça de Bela na água.

- Porque eu não quero. – disse Crowley olhando duro.

- V-v-voce... O q-que o q-que quer de mim? – disse Bela batendo os dentes.

- Voce é tão metida assim? Por que acha que quero algo de voce? – indagou Crowley.

- Então... p-p-por que estou a-aqui? – Bela engole seco.

- Simples. Porque eu quero. DE NOVO! – ordena Crowley e os demônios confusos encaram seu mestre. – O que estão esperando? Me obedeçam! Ou irei torturar voces! – gritou Crowley e eles obedecem afundando a cabeça de Bela no barril. A água borbulha com o ar saindo das narinas de Bela.

- Senhor! – gritou um demônio invadindo a sala.

- Espero que voce esteja com a lâmina de Caim nas mãos, porque se voce esta interrompendo meu momento de assistir Bela Talbot fazendo cosplay do Jack do Titanic morrendo congelado por nada, eu terei que matar voce! – disse Crowley olhando torto para o demônio.

- Não interrompo em vão. Eu consegui, senhor! Eu trouxe a lâmina e segui o plano de ressuscitar o Jason. – disse o demônio se aproximando com a lâmina em mãos.

- Jason matou os Winchesters? – perguntou Crowley interessado e tomando a lâmina. Ele estava quase sorrindo.

- Jason foi morto, senhor! Mas eu apaguei Dean Winchester para roubar a lâmina! – disse o demônio que vê Bela batendo a perna agonizando com falta de ar.

- Puxem-na! – disse Crowley entediado, os demônios obedecem. Bela tomba pra trás, mas eles a seguram enquanto ela recuperava o fôlego e tossia. – E quanto ao Sam?

- Como assim? – perguntou o demônio confuso.

- Voce matou o Dean, por que não matou o Sam? – indagou Crowley.

- E era para matá-los? – perguntou o demônio receoso. Crowley revira os olhos e enfia a primeira lâmina no coração do demônio que grita de dor, mas não morre.

- Droga! Só funciona com a marca! – lembrou Crowley agora tirando a espada angelical roubada de dentro do terno e enfia no olho do demônio que morre de imediato. Crowley se levanta. – Na próxima vez que um de voces toparem com Sam ou Dean Winchester, eu quero que voces o matem e me tragam a cabeça para eu colocá-la numa estaca! – disse Crowley furioso, depois ele olha para Bela. – Levem-na para o congelador! Agora tenho coisas importantes a fazer! – Crowley passa por eles indo para a saída.

New Orleans, Louisiana.

Após 14 horas de viagem, eles chegam a cidade. Assim que Ruby falou que estava indo para lá matar um dos demônios que a torturou no inferno antes de receber o falso chamado deles para ir a Crystal Lake. Sam convenceu Dean a ir também alegando que eles poderiam arranjar pista de Abaddon com esse demônio, porém Dean sabia que o verdadeiro motivo era que Sam não queria desgrudar de Ruby.

- Ótimo! Estamos aqui, qual o próximo passo? – perguntou Dean entediado.

- Vamos pro Downtown’s Neighboorhood Bar, assim além de buscarmos informação sobre o demônio Lawson ainda podemos comemorar seu aniversário. – sugeriu Ruby tentando ser amigável.

- Acho uma boa idéia, voce sempre gostou de bares. – concordou Sam.

- “Voce sempre gostou de bares”. – disse Dean imitando Sam. - Pra seu bem, Sammy... É melhor esse bar ser um dos bons.

- Vamos! – disse Sam empolgado dando um tapinha no braço do irmão para entrar.

Dean entra no bar e se deparam com um jukebox que tocava Pearl Jam, o que para Sam era o máximo, já para Dean nem tanto... Ele se lembra do bar Scrapp, um dos seus favoritos da cidade, lá pelo menos tocava música de verdade.

- Eu vou ver se consigo alguma informação sobre Lawson e já volto. – disse Ruby dando um selinho em Sam. Dean observa a cena meio nauseante.

- Tudo bem. – disse Sam dando um pequeno sorriso.

- Sério que voces vão ficar fazendo isso direto? – disse Dean enojado.

- Se voce esta se sentindo sozinho é só fazer um “disque-britânica”. – disse Ruby dando uma piscadela antes de ir pra parte mais distante do bar. Dean logo saca que ela se referia a Bela e fecha a cara.

- Dean, voce...

- Nem comece, Sammy! – advertiu o loiro.

- Do que está falando? Eu ia perguntar se voce queria uma mesa perto da janela. – disse Sam confuso.

- Certo... – Dean coça a nuca. - Vou pegar as bebidas. – Dean sai de supetão deixando o irmão sozinho e vai até o balcão.

Enquanto o barman prepara as bebidas, Dean observa o movimento e vê uma moça chegando por trás de um rapaz e dando um beijo de leve no rosto, o que o lembra de Bela que fez o mesmo com ele no bar Scrapp quando tentou negociar com ele a Caveira de Cristal. Ele sorri um pouco nostálgico, mas logo volta ao “mundo real” quando escuta o barulho da mesa de sinuca, seguido pelo barman chamando sua atenção para entregar as bebidas. Dean as pega e vai até a mesa onde Sam esperava.

- Um uísque duplo pra mim, uma cerveja pra você e um coquetel para a namorada irritante do Sam. – falou Dean divertido colocando as bebidas sobre a mesa.

- Admita Dean, você acha a Ruby legal. – disse Sam rindo e depois dando um gole na bebida.

- Ruby legal? – Dean dá risada. – Voce vive em que mundo, Sammy? No mundo em que Denver Broncos são melhores que o Kansas City Chiefs? – Ruby aparece atrás de Dean e fala:

- Exatamente! – Dean arregala os olhos de susto, por um segundo ele pensou que fosse a ladra britânica e depois fecha a cara com os comentários esportivos da loira. - Apesar que o Seahawks é bem melhor que o Denver Broncos e o Kansas Chiefs juntos.

- Seahawks melhor que o Kansas Chiefs? Voces perderam para Carolina Panthers e ganharam no sufoco do Minnesota Vikings... Enquanto nós ganhamos do Houston Texans e do Oakland Raiders. – disse Dean se vangloriando.

- Todo mundo ganha do Houston e dos Raiders, Dean. Principalmente dos Raiders que estão numa campanha ruim. Nem sei como eles conseguiram participar dessa temporada e você já se esqueceu que voces perderam para o New England Patriots? E ainda querem ser melhor que o Denver Broncos... – falou Ruby provocativa.

- Não sei porque a briga, porque quem ganhou o NFL Playoffs foi o Denver... – Sam se interrompe ao ver os olhares de Dean e Ruby nada amigáveis para ele. – Acho que vou precisar de outra bebida... – Sam se levanta indo buscar outra cerveja apenas para dar tempo dos dois esfriarem quando ele volta, eles ainda batiam boca. – A noite vai ser longa... – diz a si mesmo.

- Eu vou no banheiro, não deixe sua namorada sacanear minha bebida! – Dean se levanta. – Ou melhor, vou beber tudo logo! – Dean vira o copo de vez.

- Eu não preciso te sacanear, voce já faz isso sozinho. – debocha Ruby.

- Vai pro inferno, Ruby! – xinga Dean com a voz arrastada.

Dean caminha em direção ao banheiro que estava uma fila enorme, ele fica uns dois minutos ali, o teto baixo daquela parte deixava o lugar mais quente, o que fez Dean suar. Logo, ele sai do bar para pegar uma brisa, ele olha pro céu e depois pro lado notando um beco, o que lhe pareceu conveniente para ser um banheiro improvisado.

Ele caminha para dentro trocando os passos, ele estava meio alto, ele esbarra no poste e pede desculpas. Ele coloca a mão na fivela do cinto, cospe no chão e se aproxima da parede.

- Perigoso? Fala sério, garota. – disse uma moça loira entrando no beco e falando no telefone. – Perigoso é deixar o projeto para o último minuto, perder a bolsa de estudos e não trabalhar para a Vogue... – A moça desvia do poste e vê Dean lutando contra a fivela do cinto que não quer abrir, ele resmunga um “Droga!”. Ele nota a garota e tira o distintivo do bolso mostrando para ela sem encará-la, como se indicasse para ela seguir seu caminho.

- Uff... E tem um policial de New Orleans bem aqui... – Antes que a moça mencione sobre Dean tentar tirar o cinto para urinar, ela acaba esbarrando em uma garota asiática que usava uma máscara descartável. – Olhe onde anda! – reclama a moça. Dean para de lutar contra o cinto e observa a cena. – Roupa maneira. – disse a moça notando o vestido prateado da asiática.

- Acha que sou bonita? – perguntou a asiática.

- Não, acho que é louca. Se está carente querida, monta uma barraquinha do beijo. – debocha a moça. A asiática puxa a tesoura e gira a moça em fração de segundo a golpeando no pescoço, a moça grita e Dean se vira puxando o revolver e ordena:

- Larga a tesoura, se não atiro! – A asiática ignora Dean continuando a esfaquear, ele abre fogo e as balas ricocheteavam nela sem causar nenhum dano. – Mas que diabos é isso? – disse Dean espantado vendo a asiática correr velozmente desaparecendo na esquina. Ele corre atrás, mas não havia sinal dela em canto algum. A rua estava deserta. – Droga! – Ele corre de volta a moça para socorrê-la, mas já era tarde demais.

Quarker Valley, Oregon.

Crowley entra no congelador segurando um copo com chocolate quente e ele vestia um casaco de frio que os esquimós costumam usar. O demônio atrás dele fecha a porta. Crowley dá um sorriso escarnecedor ao ver Bela cabisbaixa abraçando o próprio corpo sentada num caixote de madeira.

- Isso deve ser uma droga. – disse Crowley vendo que Bela estava ficando azul devido a baixa temperatura, havia formação de gelo em seus cabelos e sobrancelha, seus lábios estavam roxos. Ela olha para Crowley enquanto treme e saía um pequeno vapor de sua boca.

Crowley puxa um caixote e se senta de frente a Bela esbanjando seu chocolate quente e ela deseja, mas depois volta a abaixar a cabeça.

- Estive pesquisando no Google tentando descobrir quanto tempo voce sobreviverá antes que partes de seu corpo comecem a cair. – Bela volta a encará-lo seus lábios tremiam com o frio. – E adivinha o que descobri? A maioria dos dados foi cortesia dos soldadinhos de chumbo de Hitler. Sim, os nazistas. – Crowley dá um gole em seu chocolate quente e Bela olha fixamente para Crowley o que faz ele pensar se ela estava desejando um gole ou matá-lo.

- M-m-mentes incríveis, não? – disse Bela.

- Eles queriam saber se havia algo na genética russa, que permitia aqueles comunistas sobreviverem ao inverno. Alerta de spoiler, não havia nada. – debocha Crowley. - Todos congelamos até a morte do mesmo jeito, mas estou divagando. – Crowley não tira os olhos de Bela lançando um olhar ameaçador dando a entender que ela deveria temê-lo. – A verdade é que eles mantiveram notas meticulosas. E por isso, posso mantê-la viva sofrendo o tanto que eu quiser. O tempo necessário para obter minhas informações.

- O que v-voce quer s-saber?

- Por que voce me quer morto? Pensei que depois que te ajudei no bunker, achei que estava rolando um clima entre nós. – disse Crowley com zombaria.

- E-eu n-não te q-q-quero morto.

- Não? Então, por que me entregou a Abaddon?

- N-não tive escolha. E-eu tinha q-que parecer leal à Abaddon. – Bela encara o chão com uma expressão culpada.

- Tsc tsc. – Crowley segura o rosto de Bela com força fazendo-a encará-lo. – Voce poderia ter tentado uma carreira de atriz, eu quase acreditei na sua atuação se não fosse pela sua reação no centro vodoo mostrando claramente o quanto voce me odeia... Mas relaxe, não vou machucá-la, farei pior. Vou descobrir todas suas fraquezas e usar contra voce.

- P-por que simplesmente não m-me mata? Não é isso q-que q-quer? Vingança? – Bela dá um sorrisinho fraco.

- Voce deseja morrer? Esta com saudades do inferno? Do papai? – Crowley coloca a mão sobre a coxa de Bela apenas para relembrá-la do passado dela com o pai. Bela tenta tirar a mão de Crowley em vão que segura sua coxa com mais força. – Talvez eu possa trazer ele de volta, deixá-los à sós numa reunião em família com sua adorável filha.

- Pare! – gritou Bela.

- Soube que ele adora uniformes colegiais.

- Chega! – gritou Bela novamente.

- Era sempre depois da escola, lembra? Ele mandava voce esperá-lo no quarto, dizia o quanto voce era linda... – Bela interrompe Crowley.  

 - P-p-por que v-voce esta fazendo i-isso? – indagou Bela sentindo seus olhos queimarem, as lágrimas estavam se formando.

- Ah, problemas com seu atual namorado, sabe como é... Não aceitei muito bem o nosso término. Voce me traiu com o meu amigo. Voce é uma vadia sem coração, Bela! – Ele tira a mão da coxa de Bela e encara o copo. - Uau! Me senti muito bem por desabafar. Um brinde? – debocha Crowley dando outro gole.

- Vá pro inferno! – gritou Bela.

- Até iria, mas a vadia da Abaddon ainda está lá. – Crowley dá outro gole. – Mas não por muito tempo. – Crowley se levanta. – Darei um tempo pra voce refletir em como voce foi uma garota má, depois voce me contará tudo que quero saber.

- Isso n-não vai a-acontecer. – Crowley a ignora e sai do congelador, ele ainda tinha muitos planos para Bela antes de obrigá-la a falar, por isso, iria deixá-la acreditar que ela podia fazer algo para assim, destruir suas esperanças de vez.

New Orleans, Louisiana.

- Repete novamente! – insistiu Sam.

- Uma asiática gostosa com uma máscara cirúrgica matou a loira gostosa com uma tesoura. E então ela desapareceu. – disse Dean mostrando o local em quem o corpo caiu.

- Tudo bem... Vamos ver se foi um fantasma. – disse Sam puxando o EMF do bolso que começa a bipar. – É, havia um espírito aqui.

- Então voce atirou no fantasma, mas não vejo marcas de balas nas paredes. – disse Ruby notando que as paredes estavam intactas.

- É porque acertei todas nela. – afirmou Dean.

- Espera, voce quer dizer que as balas não atravessaram ela? – indagou Sam admirado.

- É isso aí! – Dean balança a cabeça confirmando.

- Realmente agora as coisas estão ficando bem estranhas. – disse Ruby.

- Pensei que eu fosse o único a notar isso. – reforçou Sam.

- Certo... Vamos dormir um pouco e retomar logo cedo. De toda forma, o fantasma não vai a canto algum. – Dean passa bocejando entre Sam e Ruby caminhando em direção ao Impala.

[...]

- Onde está a Ruby? – questionou Dean pagando a recepcionista do motel.

- Ela preferiu ir para um hotel. Estava cansada das camas com molas.

- Já volto com as chaves. – disse a recepcionista sorridente flertando através de olhares com Dean.

- Obrigado. – Dean sorri de volta.

- Dois quartos? – questiona Sam arqueando a sobrancelha.

- Sabe como é?! Voce e a Ruby... Não quero correr o risco de ter meus olhos queimando ao ver coisas indesejadas ou de encontrar resquícios de acasalamento ”Sam barra Ruby” na minha cama.

- Isso até poderia acontecer se eu me chamasse Dean e estivesse em Seattle, de preferência em um supermercado. – debocha Sam soltando indireta mais que direta. Dean olha torto pro irmão. A recepcionista chega com as chaves. – Pensando bem... Acho que eu e meu namorado vamos querer um quarto com uma cama de casal.

- O que voce está fazendo? – Dean se vira irritado.

- Não se reprima, seus pais não estão aqui para ver. – zomba Sam. A recepcionista abre e fecha a boca em total surpresa, mas faz o que Sam pede e trás o champanhe.

- Aceitam champanhe de cortesia? – diz a recepcionista segurando uma garrafa.

- Não, obrigado. – disse Dean tomando as chaves de Sam e esbarrando nele de propósito ao caminhar para o quarto. Sam dá risada e vai logo atrás, antes de abrir a porta, Dean adverte. – A cama é minha! Se quiser durma na banheira ou no sofá se tiver. – Ele coloca a chave na fechadura, mas antes de girar, ele se vira pra Sam. – Na próxima vez que voce fizer isso, eu desço a porrada em voce!

- Voce vai abrir essa porta hoje ou...

- Vadia! – resmunga Dean abrindo a porta.

- Idiota. – Sam entra logo atrás e depois ri timidamente.

Quarker Valley, Oregon.

Bela marchava sem sair do lugar chacoalhando os braços para manter seu sangue circulando antes que ele congelasse e isso resultasse em sua morte, quando de repente a porta se abre.

- Toc toc. – disse Crowley entrando no congelador segurando uma bandeja com dois pratos em mãos.

- Preciso ir ao banheiro. – disse Bela se levantando e abraçando o próprio corpo tentando se aquecer.

- Ninguém está impedindo, ma chérie. – Crowley se vira para Bela. – Não sei se ta com fome, mas sabe o que a mamãe dizia?

- “Por que não tomei o xarope?”

- Não. “Há sempre espaço pra sopa!”. – disse Crowley divertido. – Pega aí. – Ele oferece e Bela reluta um pouco, mas pega levando o prato a boca, já que não tinha colher. – Boa garota. – Crowley pega o outro prato. – Diga o que quiser dá dona desse lugar, mas ela manda bem na sopa de feijão e salsicha.

- Mas que porra é essa? – disse Bela parando de beber a sopa ao sentir algo um pouco viscoso tocar seus lábios, ela chacoalha o prato para descobrir o que é, quando um par de olhos emerge para a superfície da sopa. – Meu Deus! – Ela arremessa o prato contra a parede e grita recuando assustada.

- Acho que descobriu o segredo da nossa receita. Às vezes uma boa sopa precisa de um olhar especial e isso o Tedd sabe fazer muito bem. – debocha Crowley.

Um demônio empurra um corpo pendurado de um jovem que estava com os olhos arrancados.

- Oh meu Deus! Seu monstro! – gritou Bela em meio as náuseas.

- Deixa disso. Toma pegue minha sopa! Garanto que não tem olhos...

- Vá pro inferno!

- Ok, me desculpe pela brincadeira de mal gosto. Anda, pegue a sopa! Voce está com fome e eu não quero que voce morra, apenas estou te mantendo trancada para usar como moeda de troca com o Dean e antes que voce diga não vai funcionar, eu sei que ele traçou seu rabo e sei também que ele adora salvar donzelas indefesas. Sopa? – insistiu Crowley estendendo o prato para Bela, ela pensa em negar, mas sua barriga ronca a denunciando.

Bela aceita relutantemente, quando sua boca toca a sopa, um pedaço de carne branco com desenhos de curvas vermelhas emerge ao mesmo tempo que o demônio dá um tapa em Tedd fazendo o corpo ficar de costas para Bela revelando o crânio aberto sem cérebro. Imediatamente Bela solta o prato e grita desesperada. É inevitável, seu estomago revira e ela vomita. A morena se apóia nos joelhos, respirando devagar com os olhos lacrimejando, ouvindo as risadas dos demônios.

- Comer cérebros não te faz um monstro. Tem que ter disposição. Veja os wendigos, eles comem humanos e adquirem suas habilidades. Se bem que se voce comer ele, talvez voce vire o Jesse Pinkman... Porque ele era um traficante!

Bela eleva a cabeça devagar para encará-lo com um ódio sem tamanho, ela tenta partir pra cima de Crowley, mas um demônio soca seu estomago o que a faz cair no chão e ficar em posição fetal enquanto tosse pela falta de ar.

New Orleans, Louisiana.

Na manhã seguinte, Dean acorda ouvindo uma movimentação no quarto. Ele estava deitado de bruços e olha por cima do ombro vendo Sam e Ruby discutirem sobre o caso. Ele olha para o relógio de pulso eram seis e cinco da manhã.

- Ainda bem que voce acordou! – disse Sam notando o irmão abaixar o braço depois de ver as horas.

- Voces do mal não dormem nunca, não? – resmungou Dean.

- Acorda Soneca! Deu no rádio policial que houve um acidente na estrada... – Dean interrompe Ruby.

- E daí?

- E daí que é o quinto acidente dentro de uma semana nesse mesmo local, acho que vale a pena dar uma olhada.

- Ótimo! Por que ter um caso quando se pode ter dois e o dobro de problemas, não? - resmungou Dean mal-humorado.

- Voce é sempre rabugento assim pela manhã ou... – Dean corta Ruby e aponta para o relógio de pulso.

- Voce sabia que ainda são seis horas?! Eu lutei contra o Jason, passei 14 horas dirigindo sem pausa, comemorei o resto do meu aniversário enchendo a cara e voce quer que eu tenha disposição para acordar cedo?

- Pare de corpo mole, soldado! A guerra ainda está longe de acabar! – disse Ruby puxando o lençol.

- Anda logo, Dean! Levanta! – falou Sam rindo.

- Por que voces não vão na frente? Eu alcanço voces! – disse Dean preguiçoso puxando o lençol de volta.

- Ótimo! Dê a chave do Impala pro Sam, porque eu vim de táxi. – disse Ruby dando um sorriso sacana dando a entender que iria aprontar no Impala. Dean a encara e diz:

- Nem morto! Vou tomar banho, não demoro cinco minutos! – Dean pula da cama.

[...]

- Segundo o rádio da polícia deveria estar bem aqui... – disse Ruby olhando o GPS no celular. Eles vêem os policiais fecharem um lado da pista.

- Que distintivo voce quer usar dessa vez?

- Me passa o do James Hetfield.

- Dean, nós já resolvemos dois casos seguidos em que voce usa o nome do vocalista do Metallica! – falou Sam abrindo o porta-luvas e procurando outras opções. – Que tal Eddie Vedder?

- Voce sabe que odeio Pearl Jam.

- Eu cuido disso. – disse Ruby que estava no banco detrás, ela desce do carro. Sam e Dean se entreolham.

- Para trás, senhora. – falou o policial esbarrando Ruby.

- Minha irmã! – grita Ruby fingindo estar desesperada tentando passar na marra, mas o policial a impede.

- A senhorita precisa se acalmar!

- Eu sabia que tinha acontecido algo, ela não atendia o celular. Ela esta morta? Eu preciso vê-la, voce precisa deixar eu vê-la! – disse Ruby dramatizando.

- O que ela tá fazendo? – falou Dean fazendo uma careta.

- Eu não sei, melhor irmos pra lá. – disse Sam descendo do carro. Eles se aproximam de Ruby e do policial.

- Senhorita, se recomponha! Esta tudo bem! – falou o policial tentando tranquilizar Ruby.

- Como esta tudo bem? É o carro dela! – gritou Ruby prateando fazendo cena. Dean se segura para não rir e Sam morde os lábios com força para a dor distraí-lo daquela situação embaraçosa e divertida.

- Senhorita, não tinha mulher no carro, era um homem. – afirmou o policial. Dean solta uma risada, mas ao ver o olhar do policial, ele finge estar engasgado e depois diz um “estou bem”.

- Não? – disse Ruby séria ignorando Dean. – Digo, tem certeza? – Ruby coça a nuca sem graça.

- Eu disse, amor. Ela deve ter esquecido o celular em casa ou ainda esta no plantão. – interveio Sam “salvando” Ruby, enquanto Dean estava encarando o chão com os olhos lacrimejando louco pra rir.

Ruby se sente envergonhada depois do papelão que fez e coloca a mão no busto fingindo estar chocada, perguntando em seguida:

- Pobre homem. O que aconteceu?

- Difícil saber. Os paramédicos tiraram o cara dos destroços e ele apenas perguntava por um tal Justin, mas não tinha ninguém. Ele morreu na ambulância. Quinto acidente em duas semanas perto dessa árvore.

- Estranho. Não é ponto cego e a estrada é boa. – disse Sam notando que o local era aberto e as árvores não atrapalhavam a visão. Um Ford Freestyle do ano de 2013 para perto do local e um homem de terno sai do carro e aponta para Dean e fala:

- Voce está preso.

- Pelo quê? – indaga Dean sem entender.

- Por suspeita de assassinato de Celine Mooney, nós temos uma testemunha que te viu no Downtown’s Neighboorhood Bar na cena do local do crime. – disse o detetive virando Dean e o algemando. O loiro olha pro lado e reconhece um dos policiais que segurava o walk-talk, ele se recorda de tê-lo visto no bar na noite passada, porém sem estar em serviço.

- Voce não pode prendê-lo! – disse Sam ao detetive que o olha duro e diz:

- Fica observando. – Ele coloca as algemas.

- Voce está cometendo um erro! Ele não é o cara mau aqui. – defendeu Ruby.

- Obrigado. – disse Dean.

- Ele pode ser idiota em achar que o Batman do Michael Keaton é melhor do que o Adam West só por causa da customização, mas isso não é motivo para prendê-lo. – Dean fuzila Ruby com os olhos.

- Estou prendendo ele por ser suspeito de assassinato e não pela a opinião sobre o Batman e só pra constar eu gosto do Batman do Keaton. – O detetive puxa Dean para o carro a força e o empurra ordenando a entrar, dando a partida a seguir.

- Tudo bem... Voce tenta descobrir o que há de errado com essa estrada e eu dou conta da asiática. – disse Sam caminhando para o Impala.

- Já que voce vai ficar com o caso mais legal, eu dirijo. – falou Ruby abrindo a porta do motorista e entrando antes que Sam proteste.


Notas Finais


Comentários? #SaveBelaTalbot xx


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