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História Which his side? - Thief Stealing Thief


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Finalmente outro capítulo e dessa vez não demorei tanto pra postar (eu acho pq nas férias a gnt meio q perde a noção do tempo kkkkkkkk). Os acontecimentos daqui são referentes ao caso do Vinil do diabo (caps 23, 24 e 25), porque como sabemos desde que o Sam voltou no tempo, ele tem alterado tudo. E até que ele ta saindo bem, né? Sei que aconteceu muitas tretas (Bela tentando matar o Dean. Ruby com o rabo preso por causa de Metatron, etc), mas pelo menos todo mundo tá abiguinho (ou não kkkkk). Enfim, espero que gostem desse capítulo. Boa leitura xoxo

Capítulo 49 - Thief Stealing Thief


Queens, New York.

Ruby chega ao prédio onde ficava o apê de Bela e pergunta ao recepcionista se ele viu a britânica entrar no prédio, ele confirma avisando que faz aproximadamente duas horas que ela subiu. Ela agradece pela informação e pega o elevador. Se sentindo aliviada por não ter dado viagem perdida.

Assim que o elevador abre, Ruby sai caminhando pelos corredores em direção ao apê da ladra. Ao encontrá-lo, ela aperta a campainha. Torcendo para que Bela abrisse logo, pois ela estava com fome e cansada. Mas antes ela precisava resolver uns assuntos pendentes...

Bela abre a porta segurando um copo de vitamina de abacate que quase caí ao levar um pequeno susto ao ver Ruby apontar o revolver para seu rosto.

- É grosseria apontar uma arma para o rosto das pessoas.

- Só se eu não tivesse motivo. – rebateu Ruby.

- Tudo bem. Voce pode atirar ou me contar o que supostamente fiz dessa vez. – Bela dá um gole na vitamina despreocupada como se não se importasse em ter uma arma apontada para ela.

- Chicago.

- Aw, Chicago. Eu ouvi falar que houve muita agitação lá por esses dias. – desconversou Bela.

- E não está errada.

As duas se encaram por um segundo tentando desvendar o que se passava na mente da outra, até que Bela quebra o silêncio perguntando com certo sarcasmo:

- Você vai compartilhar as novidades?

- Claro. – Ruby dá um sorriso falso. - Eu sei que você esteve em Chicago e que esteve com o Dean. E sabe o que é realmente estranho?

- Não, o que? – perguntou Bela cínica. Mas na verdade, ela já estava suspeitando que Crowley pudesse ter plantado a má semente da discórdia na loira assim como a Abaddon fez.

- Enquanto você estava com o Dean “expandindo novos horizontes”, a Abaddon dava uma de Rocky Balboa e fazia meu namorado de saco de pancadas. Quanta coincidência, não é mesmo? – ironizou Ruby.

- Sua ironia está certa. Não há coincidência. Foi tudo premeditado. – Bela sorri.

- O que está tentando me dizer, Bells? – disse Ruby agora destravando a arma. Até então ela acreditava na inocência da Bela por questão de sobrevivência, mas com essa afirmação, tudo estava confuso.

- Quero dizer que não estou com a Abaddon. E se quase matei o Dean, foi porque realmente acreditei que estava envenenada. Afinal, ela me furou com uma seringa, eu não tinha como sequer ter o benefício da dúvida. Voce não pode me julgar por querer viver. – justificou-se Bela.

- E como você descobriu que o veneno era uma farsa? – indagou Ruby desconfiada.

- Olá? Eu sou uma negociadora de objetos sobrenaturais. E, minha nossa! Eu tenho um tabuleiro ouija que coincidentemente é um poderoso objeto para se fazer consultas de qualquer tipo. – dramatizou Bela de forma bem humorada.

- Voce contatou o além para saber se tinha veneno em seu organismo? – indagou Ruby desacreditada. Ela jamais teria pensado nisso.

- Pelo menos o resultado é mais rápido que exame de sangue. – rebateu Bela dando de ombros. - E se não acredita em mim. Voce pode perguntar aos espíritos e descobrir se estou mentindo ou não. Inclusive confirmarão também que não tive nada a ver com o Sam. O tabuleiro esta bem ali. É só usar. – Bela aponta com o olhar para o tabuleiro que estava sobre a mesa.

- Uhm. Não preciso. – Ruby trava a arma e a abaixa. - Acredito em você. Só precisava ouvir de sua própria boca.

- Obrigada pela confiança e por não ter atirado em mim de novo. – zombou Bela se lembrando da confusão que a gravação falsa havia causado.

- Disponha. – sorriu Ruby.

 - Suponho que você não veio aqui apenas para tentar me intimidar com a arma e avaliar minha conduta, certo? – deduziu Bela.

- Não. Eu vim porque preciso de sua ajuda.

- E eu pensando que você estava com saudades... – debochou Bela indo até cozinha pegar mais um copo de vitamina. - Servida? – Bela oferece um copo e Ruby acena a cabeça aceitando. - Então, no que posso ser útil? – A ladra entrega o copo a Ruby e se escora no balcão.

- Bem... Nós concordamos em trabalhar juntar para se vingar da Abaddon, então achei que você poderia me ajudar em outra coisa enquanto isso.

- Pule pra parte interessante, Ruby. – exigiu Bela de forma sutil.

- Castiel.

- Castiel? E o que você pretende? – perguntou Bela não gostando muito disso, afinal, ela já estava em maus lençóis com o Dean depois da tentativa de homicídio através da bebida envenenada e a última coisa que ela queria era que o Winchester a caçasse feito louco para fins fatais.

- Recuperar a graça dele. – disse Ruby dando um gole na vitamina.

- Desculpe, mas não acho que posso ajudá-lo. Talvez um psicólogo seja uma ajuda profissional bem mais eficiente para os problemas dele.

- Voce não entendeu. O Castiel não tá precisando desse tipo de ajuda. Ele não está com a mente ferrada. Ele precisa da graça original dele que é tipo uma essência que faz os anjos serem anjos de fato tipo curar, fulminar demônios, ter força sobrenatural, etc. E o Castiel está usando uma graça roubada que pelo o que me parece, tá na reserva e ele não pretende recarregar.

- Com recarregar você quer dizer roubar de outro anjo? – indagou Bela achando aquilo o cúmulo do absurdo. Quando ela pensa que já viu de tudo, surge algo ainda mais insano.

- Sim, isso mesmo.

- Deixe-me adivinhar. Os Winchesters não estão sabendo de nada, não é? – supôs Bela desconfiada semicerrando os olhos.

- Não. Eu fiz umas merdas necessárias e preciso começar a escalar os degraus da redenção. – disse Ruby meio culpada se lembrando de Metatron e dando outro gole na vitamina.

- Façamos assim. Me atualize e verei o que posso fazer por você.

Lebanon, Kansas.

Depois das revelações nada empolgantes sobre a “gratificação”, tudo o que Dean queria fazer era encher a cara enquanto descarregava um pente nos alvos da sala de treinamento de tiros que tinha no bunker, porém ele estranha o fato de Sam estar tão calado durante a viagem. Já que sempre quando tinha algo que deixava Dean puto, Sam bancava o psicólogo com o papinho de “você precisa conversar sobre isso”.

- Voce está tão falante, Sammy. – disse Dean com ironia vendo que o irmão estava concentrado riscando em sua caderneta. - O que tá escrevendo aí?

- Só checando as datas. – respondeu Sam rascunhando algo do lado.

- 29 de dezembro? Isso tem haver com o futuro, estou certo? – disse Dean olhando de relance para as anotações enquanto dirigia rumo ao bunker.

- É, tem sim. – Sam esfrega a testa pensando em como poderia resolver aquilo.

- E o que acontece no dia 29 de dezembro, posso saber? – perguntou Dean curioso.

- Encontramos o vinil de Willie Cole.

- O vinil do diabo? Voce está dizendo que encontramos o vinil mais famoso da história que tem a voz do diabo registrada? – disse Dean surpreso até então ele achava que era apenas uma lenda do tipo “Elvis não morreu”.

- Esse mesmo. – respondeu Sam sem nenhuma empolgação.

- Ok. Qual o problema, Sammy? – indagou Dean já pressentindo que ali vinha bomba.

- William Fell contratou uma detetive particular para localizar o vinil e assim poder trocá-lo pela sua liberdade do pacto.

- William Fell. Esse nome me parece familiar... De onde eu já ouvi? – disse Dean estralando os dedos como se ajudasse a relembrar. - Ah, lembrei. Fell era aquele retardado da Shara Verti que fez um cover horrível de War Pigs do Sabbath e quebrou uma guitarra na cabeça de fã.

- Como você conhece o Fell? – questionou Sam, afinal, Fell era um Zé-Ninguém no mundo do rock e ele só soube porque Ruby jogou no Search.

- Sexta série. Tinha uma garota que eu tava afim e ela era fã desse cara. E aí ela mostrou o cover e disse que esse perdedor canta War Pigs melhor que o próprio Black Sabbath. Como na época eu era um moleque de 12 anos sem nenhuma experiência com garotas. Já pode imaginar o que aconteceu depois. – Dean olhando de relance para o irmão com um sorriso fraco.

- Ela te deu um fora. – disse Sam rindo desacreditado.

- Mas foi ela que saiu perdendo. – advertiu Dean convencido. Eles chegam ao bunker, Dean o estaciona e Sam é o primeiro a sair. Ele precisava da ajuda de Castiel para lidar com aquele problema do vinil sem Dean saber. Afinal, Dean estava muito encasquetado com Bela.

- Cas? Voce está aí? – perguntou Sam entrando no quarto onde o anjo havia ficado com Ruby vendo séries, porém não havia ninguém. O moreno procura por todo o bunker e quando chega na garagem, ele vê um rastro de sangue que some exatamente no local onde Castiel havia deixado seu Ford estacionado, mas o carro também não estava lá.

Sam tenta ligar para o anjo que não atendia, ele tenta mais duas vezes, porém nada. O moreno volta até a sala e encontra Dean jogando as mochilas sobre a mesa.

- Castiel sumiu. Eu encontrei uma trilha de sangue na garagem. – falou Sam preocupado e sem rodeios.

- Quê? Mas o bunker não tem sinal de arrombamento e a guarda não está baixa. – disse Dean olhando ao redor, enquanto discava para o anjo, a ligação chamava, mas ninguém atendia. - Droga! Ele não está atendendo.

- Tive uma idéia. Vamos nos separar. Voce tenta encontrar o Castiel e eu resolvo o caso do vinil. Amanhã já é dia 29 e precisamos exorcizar o vinil antes que ocorra uma chacina. – alegou Sam pegando a mochila sobre a mesa.

- Bom plano, mas é melhor eu ficar no caso do vinil, porque se o cara está em um pacto. Óbvio que terá cães do inferno e bem, eu tenho a marca, a lâmina e preciso atirar em alguma coisa ou irei surtar. – disse Dean expondo suas necessidades.

- Não acho uma boa idéia. – Sam coça atrás da orelha.

- Por que não? – questionou Dean franzindo a testa. - Sammy?

Sam encara o chão pensando nos prós e contras, mas a única opção era confiar em Dean para lidar com a Bela e o vinil, pois, se porventura Castiel foi levado pelos anjos seguidores de Meleos, Ruby seria a próxima e ele precisava descobrir o que aconteceu o quanto antes.

- Sammy? – insistiu Dean.

- Bela é a detetive particular do William Fell. – disse Sam de uma vez praguejando contra si mesmo mentalmente.

- Bela? E você não achou que isso era uma informação importante? Ela vai armar pra cima da gente de novo e você apenas omite deixando por isso mesmo?! – gritou Dean revoltado.

- Dean, ouça. Voce precisa relaxar. – disse Sam tentando aplacar a fúria do irmão.

- Como? Eu não posso nem respirar e ela já vai tentar ferrar a gente de novo?! – Dean dá um soco na mesa. - Mas não vou permitir, não dessa vez. – injuriou-se Dean, depois se volta para Sam. - Me dê o endereço! Vou acabar com isso agora! – exigiu Dean.

- E o que pretende fazer? Matar ela? – questionou Sam encarando o irmão.

- Não. Matar seria muito fácil. Eu vou fazer ela pagar na mesma moeda. Apenas me dê maldito o endereço e deixa que eu resolvo, ok? – disse Dean já impaciente.

- Eu só lhe dou o endereço com uma condição. – concordou Sam a contragosto.

- Qual? – perguntou Dean entediado.

- Fique longe da Bela e do Papa Midnight ou você vai entrar numa fria. Voce sabe, eu conheço o futuro. – advertiu Sam usando de estratégia, já que o irmão com certeza não agüentaria ficar sem trocar farpas com a ladra e isso poderia favorecer a Bela roubar o vinil colocando a vida de pessoas inocentes em perigo.

- E quem é esse Papa Midnight? – questionou Dean.

- Um feiticeiro que comprou a alma do Fell. – disse Sam escrevendo o endereço da localização do vinil e da mansão de Fell.

- Agora feiticeiros compram almas com pactos? Pensei que isso era trabalho apenas de demônios de encruzilhada... – Dean arqueia uma sobrancelha.

- Pelo que parece não é mais. E não o subestime, no futuro você quase morreu pra ele e a Ruby lhe salvou.

- Ok, serei mais calculista que o Agente 47. – Sam encara o irmão esperando ele prometer ficar longe. - E juro pelo meu carro que não cruzarei com os caminhos da filha da mãe da Bela e desse macumbeiro aí. – disse Dean meio zombador colocando a mão no peito.

- Eu estou confiando em você, Dean. – Sam arranca a folha e entrega para Dean.

- E eu em você. Encontre o Cas. – Dean dá um tapa no ombro do irmão e depois cai na estrada.

Queens, New York.

- Definitivamente essa é uma idéia muito estúpida. – disse Bela encarando o copo com o chá de raiz africanas do sonho.

- É só você não sonhar com o Dean e tudo ficará bem. – brincou Ruby também segurando um copo com o chá e Bela faz uma cara de tédio pro comentário da loira. - Relaxe Bells, como vou beber um cabelo seu, eu controlo seu sonho e como você vai...

- Já entendi. – disse Bela enojada.

- Ouça, se conversarmos dentro de nossos sonhos não terá risco de sermos ouvidas e... – Bela interrompe Ruby dizendo:

- Que seja! Apenas faça essa conversa valer a pena. Porque não pretendo tomar outro chá desses. – disse Bela encarando o chá com receio.

- Ok, tim tim. – Ruby bate seu copo no de Bela e as duas bebem o chá.

- E agora? – perguntou Bela dando tapas no busto pra ajudar a descer.

- Sei lá. Acho que já deveríamos estar sentindo... – disse Ruby dando algumas tosses e as luzes do apê se apagam. -... Algo.

- Ruby, o que está acontecendo? – indagou Bela abismada caminhando até a janela que tinha uma forte claridade, ela abre as cortinas para ver o que era aquilo. - Quando foi que zarpamos?

- Não zarpamos. Estamos sonhando. – afirmou Ruby indo até a janela vendo que elas estavam em alto mar. - Cruzeiro? Com certeza, esse sonho é seu.

- O que posso fazer? Gosto da boa vida. Mas vamos no focar no que interessa... – disse Bela se voltando pra Ruby e o cenário muda.

Agora elas não estavam mais no deck do cruzeiro e sim, numa pequena sala repleta de arquivos sobre ovnis, além de um pôster na parede que tinha um disco voador e uma frase “I Want To Believe”.

- Tenho a singela impressão que esse sonho não é meu. – disse Bela abrindo uma gaveta e encontrando arquivos nomeados como “arquivos x”.

- Não me julgue, eu fiz maratona de The X Files. E também voce disse que deveríamos nos focar e aqui é um bom lugar para conspirarmos. – defendeu-se Ruby fazendo Bela revirar os olhos.

[...]

Bela e Ruby acordam do sonho devido o som do celular de Bela tocando. Ruby retira os fios de cabelos colados na testa devido ao suor e diz:

- Parece que combinar sonhos queima calorias.

- Ainda assim prefiro o pilates do que beber aquele troço de novo. – comentou Bela fazendo uma careta e depois indo para a varanda atender a ligação, além de pegar um pouco de ar. Assim que ela volta, sem perca de tempo, Bela pega uma toalha e corre para o banheiro.

- Pra que essa correria toda? Vai pegar um trem? – perguntou Ruby.

- Quase. – gritou Bela abrindo o chuveiro. - Fui contratada para um serviço rápido. Encontrar uma relíquia. O vinil do diabo.

- Pensei que isso fosse uma lenda...

- Eu também, mas se realmente é verdade. Isso vai me rendar uma grana preta. – disse Bela empolgada.

- E quanto a nossa conversa? O tempo está correndo para o Castiel. – Ruby se escora na parede ao lado do banheiro. Bela abre a porta enrolada na toalha e diz:

- Contate Metatron primeiro, mas até lá. Os negócios não podem parar. – Bela pega o tabuleiro ouija e sobe as escadas que a levam para o quarto.

- Material Girl. – murmurou Ruby.

A loira vai a cozinha e começa a preparar um sanduíche cantarolando FullMoon do Sonata Arctica, quando sente algo passar por sua perna lhe dando um pequeno susto, então ela vê que era Whis, o gato da Bela, que começa a miar e se esfregar em sua perna.

- Olha, só quem encontramos aqui. – Ruby faz um carinho no felino e depois compartilha uma tira de mortadela.

- Voce vem comigo para Duncan ou vai ficar contrabandeando comida pro meu gato? – perguntou Bela vendo Ruby abaixada alimentando Whis.

- Só estávamos fortalecendo nosso elo de amizade. – brincou Ruby se justificando. Bela aponta com o olhar para o chão mostrando a tigela cheia de ração. - Ok... Melhor eu pegar minhas coisas. - disse Ruby recuando meio culpada. - E vou levar isso comigo. – Ruby balança o sanduíche e sai imediatamente da cozinha.

- Acho bom você não me trocar por ela. – disse Bela pegando outra tira de mortadela deixando Whis comer na palma de sua mão, fazendo um carinho assim que ele termina de comer.  

[...]

Duncan, Oklahoma.

Bela havia passado a noite toda dirigindo rumo as coordenadas que a levaria até o vinil de Willie Cole, também conhecido como o “Vinil do diabo”. Já Ruby havia ficado no hotel tentando contatar Metatron através de feitiços para invocar anjos.

Assim que Bela chega ao velho estúdio abandonado, ela dá um longo suspiro. Depois de Furcifer, estúdios não lhe davam mais uma boa impressão. Ela desce do carro e caminha até a porta, mas antes de entrar no estúdio, ela calça as luvas para se proteger da maldição do vinil e checa se a arma está carregada.

Bela realiza um lockpick abrindo a porta com um clip, ela liga a lanterna e entra no local. Havia animais estripados espalhados pelo chão, obviamente obra de algum maníaco. Bela torce para que esteja sozinha, mas não recua mesmo estando com o estômago embrulhado. Ela tinha um trabalho a fazer e dinheiro para faturar.

Ao adentrar mais, ela se depara com uma porta semi-aberta. Ela empurra com leveza e escuta o estralar de cacos. Bela ilumina o chão e vê os restos de um espelho quebrado e mais adiante havia uma pequena trilha de tijolos com traços de tinta azul que acabava na parede.

Bela ilumina a parede notando que havia uma abertura e ao redor a metade de um desenho de um sigilo feito com a tinta azul. Bela resmunga um “droga!”, alguém já havia chegado antes dela. Ela checa o buraco na parede e encontra uma garrafa de vinho em pé sobre uma bíblia sagrada enorme.

- O que é isso? – disse Bela puxando o bilhete colado na garrafa que continha a seguinte mensagem: “Chegou tarde, amor. Aproveite o vinho, mas não exagere, a enxaqueca é de matar.”.  - Dean... – rangeu Bela fechando os olhos e respirando fundo para não surtar, depois puxa a garrafa do buraco como uma criança fazendo birra.

Ela volta para o carro, coloca a garrafa no banco do passageiro e liga para o loiro que atende imediatamente dizendo com sarcasmo:

- Oi Bela. Como você está? Sentiu minha falta? Porque eu senti a sua.

- Dean, querido. Você tem algo que é meu e eu quero de volta. – exigiu Bela sem paciência e tempo para brincadeiras.

- Está falando do vinil, amor?  

- Eu o quero de volta. Agora! – ordenou Bela.

- Desculpe, Bela. Não vai rolar. Eu exorcizei aquela coisa.

- Voce está blefando. – disse Bela desacreditada.

- Estou? Ligue pro seu cliente, William Fell, acertei? Você vai descobrir que seu serviço não é mais útil. – disse Dean sorrindo de alma lavada. Finalmente ele havia dado uma rasteira na britânica.

- Seu... – resmungou Bela segurando o volante com força, mas logo se recompõe. - Tudo bem, eu deixo passar dessa vez. Mas na próxima, eu te dobro e te guardo no bolso.

- Não seja rancorosa, Bela. Você ainda pode aproveitar o meu presente. – disse Dean se referindo a garrafa de vinho.

- E irei. Boa noite, Dean. – disse Bela desligando, mas por dentro ela estava surtando de ódio por perder 50 mil de bobeira.

[...]

- Espero que sua noite tenha sido mais produtiva que a minha. – disse Bela assim que entrou no quarto do hotel, colocando a garrafa de vinho dada por Dean sobre a mesa, depois tira o casaco e o coloca nas costas da cadeira.

- O que aconteceu? – perguntou Ruby franzindo a testa.

- Dean interferiu nos meus negócios deixando essa garrafa de vinho no lugar do vinil. – Bela pega duas taças no armário.

- Ele deixou uma garrafa de vinho? Parece que alguém ficou nostálgico, chega até ser romântico! – zombou Ruby se lembrando da confusão na mansão do Crowley enquanto avaliava a garrafa. - Pelo menos o vinho é de marca boa.

- Passe isso pra cá, pule o papo furado e comece a falar. Conseguiu contato com Metatron ou não? – Bela abre a garrafa e preenche as taças entregando uma a Ruby.

- Tentei o feitiço de invocação e não deu em nada, então rezei.

- E ele apareceu? – perguntou Bela curiosa se sentando no sofá ao lado de Ruby.

- Não, mas minha oração foi atendida. - disse Ruby apontando para a parede atrás de Bela onde havia escrito em letras de ouro uma única palavra: “פנסילבניה”.

- Uau! Isso foi meio bíblico. E aquilo é hebraico? – indagou Bela abismada.

- Sim. E significa Pensilvânia. Que é exatamente o lugar para onde iremos passar o réveillon, bebendo muita cerveja como se fosse o Oktoberfest e claro, além de esperar a manifestação do Todo-Poderoso Metatron...

  


Notas Finais


Comentários? xoxo
Próximo capítulo estará em clima de réveillon. Com muita cerveja, corações arrancados e apostas. Além do chato do Metatron, é claro.


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