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História Which his side? - Drink, Pray and Bark - Part 1


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Depois de três semanas sumida, eu acho. Voltei finalmente com um capítulo novo e o próximo já está pronto, porém postarei na sexta ou no sábado. Já que minhas aulas começam essa semana. Outra coisa, é que esse capítulo ocorre no dia 30 de dezembro, véspera de ano novo. Espero que gostem. Boa leitura xoxo.

Capítulo 50 - Drink, Pray and Bark - Part 1


Lebanon, Kansas.

Dean entra no bunker cantarolando Smoke On The Water, o que faz Sam encarar o irmão com os olhos semicerrados. Dean desce as escadas e Sam pergunta um tanto admirado:

- Faz tempo que não vejo você cantar Deep Purple, o que aconteceu?

- Exorcizei o vinil do diabo e dei o troco na vigarista da Bela.

- O que você fez? – perguntou Sam agora preocupado, ele iria precisar da ajuda de Bela para evitar problemas com Papa Midnight.

- Deixei um bilhete no lugar do vinil. Coisa simples, mas com certeza ela não vai esquecer. E por isso, temos que ficar de olhos abertos. – advertiu Dean.

- Nós não. Você. – corrigiu Sam falando baixinho, já que foi Dean que declarou “guerra” contra Bela e não ele.

- Hã? O que voce disse? – indagou Dean franzindo a testa por ter conseguido ouvir.

- Eu disse que Castiel está bem. – desconversou Sam. - O sangue não era dele e sim, de um demônio chamado... – Sam confere no papel. - Brian Rodgers. O líder do clã da Seita de New York. O último clã que faltava. Cas não atendia nossas ligações porque estava se livrando do corpo.

- Voce está querendo dizer que todos aqueles babacas da Seita foram pro saco? – questionou Dean maravilhado.

- Isso mesmo. A Seita já era.

- Isso é magnífico! – disse Dean empolgado com um sorriso largo. - Sabe, deveríamos tirar esses dois dias de folga, ir para a praia de Seattle e comemorar com uma boa cerveja. – sugeriu Dean.

- Ou podemos ir para Pittsburgh, resolver esse caso e comemorar o réveillon numa Oktoberfest fora de época. – contrapôs Sam virando o notebook para Dean e apontando para o parágrafo que o loiro deveria ler.

- “Médico encontrado morto em seu carro.” Peito aberto e sem coração? Faz tempo que não vejo um lobisomem.

- E então? – insistiu Sam com um sorriso amarelo evidenciando que ele estava escondendo algo.

- Qual a pegadinha? – questionou Dean desconfiado.

- Do que voce esta falando? – perguntou Sam confuso.

- Desde quando você se interessa pela Oktoberfest fora de época? Voce é todo certinho. A não ser que... Se tem alguma coisa que você sabe e eu não sei, é melhor começar a contar.

Sam dá um longo suspiro, mas abre o jogo.

- Em Seattle você reencontra uma garçonete chamada Vicky e ela... Bem... Definitivamente não é nada igual a antes. – disse Sam suavizando as palavras.

- Vicky? – Dean balança a cabeça em negação. - Não lembro de nenhuma Vicky.

- Opala. Piercing. Chocolate derretido. – disse Sam se lembrando das palavras de Vicky quando Dean não a reconheceu de primeira na outra linha do tempo.

- Como você sabe disso? – perguntou Dean arregalando os olhos pasmo.

- Foi o que ela disse quando anotava nossos pedidos e bulinava você. – Sam ri. - Era como rever a Gertrudes do caso do navio fantasma na versão garçonete, mas invés de eu ser atacado, era você. – disse Sam ainda rindo e se lembrando das cenas.

- Era tão ruim assim? – perguntou Dean receoso fazendo uma careta.

- Voce tinha que ver seu desespero pra sair de lá. – disse Sam a seguir imitando algumas das reações de Dean na lanchonete e depois cai na gargalhada.

- Ok, você me convenceu. Vamos para Pittsburgh.

New Castle, Indiana.

Bela encarava seu segundo copo de milkshake e mexia constantemente o canudo, ela não achava que era possível ficar ainda mais entediada, mas Ruby provou o contrário. A loira teve a idéia estúpida de se trancar no banheiro da lanchonete e rezar para que Metatron a redirecionasse para uma cidade. Já que na parede só tinha escrito o nome do estado da “Pennsylvania” em hebraico.

- Voltei. – disse Ruby se sentando em frente a Bela. - Rezar dá fome. – A loira puxa o pratinho de batata-frita para si, melando algumas no catchup que tinha no pratinho ao lado antes de comê-las. - Hum, delicioso. Nunca me canso de comer isso.

- Conseguiu a localização? – perguntou Bela impaciente.

- Não. – respondeu Ruby tranquila. - Você ainda vai beber isso? – perguntou a loira apontando para o milkshake de Bela.

- Como não? E o que você estava fazendo esse tempo todo no banheiro? – indagou Bela desacreditada e indignada por ter ficado tanto tempo esperando.

- Conversando com o Sam pelo celular. – Ruby nota a expressão nada feliz de Bela e se justifica. - Claro que fiz isso, depois de rezar de várias formas e ver que não surtiu efeito nenhum. – Ruby se apossa do copo de milkshake de Bela e dá um gole. - Ele deve estar se fazendo de difícil ou me testando.

- Ou nos fazendo de idiota. – resmungou Bela colocando o dinheiro sobre a mesa, quando de repente o tempo para. - Mais o que é isso? – Ela olha ao redor e está todo mundo congelado incluindo Ruby.

Bela se levanta da cadeira abismada e quando se vira para trás, dá de cara com Metatron. Instintivamente ela saca a arma e aponta para o ex-escrivão de Deus, agora atual Boss.

- É dessa forma que voce trata seu papai do céu? – indagou Metatron apontando para si mesmo um tanto ofendido.

- Desculpe. Não sou fã de figuras paternas. Prefiro eles à uma distância de sete palmos abaixo da terra. – respondeu Bela abaixando a arma.

- Compreendo. - Metatron balança a cabeça. - Enfim, estarei esperando vocês em Pittsburgh no Beerhead Bar às 18h. Ah! E antes que eu me esqueça: Nada de truques.

- Truques? – indagou Bela com uma risada abafada achando aquilo um tanto ridículo.

- Sim, truques como usar as raízes africanas do sonho para fazer reuniões secretas ou tentar me sacanear como voce faz com Dean Winchester.

- A raiz africana foi idéia da Ruby para manter em segredo o acordo que vocês dois tem sem que os rapazes saibam e quanto ao Dean... Acredite, eu não preciso me esforçar para deixá-lo para trás. – disse Bela com um sorriso arrogante. - Agora, por que não aproveitamos que voce já está aqui e vamos aos negócios? Me pouparia gasolina. – sugeriu Bela com um toque leve de sarcasmo.

- Porque sou eu quem decido como a música toca, docinho. Até mais... – Metatron dá tchauzinho e desaparece fazendo o tempo voltar a correr.

- Como voce se deslocou tão rápido? Voce estava agora pouco ali e... – indagou Ruby um tanto assustada apontando primeiramente para a antiga posição de Bela e depois para a atual.

- Metatron esteve aqui.

- QUÊ? – gritou Ruby chamando a atenção de todos do estabelecimento.

- Voce é tão discreta... – ironizou Bela tombando a cabeça de lado.

- Eu sei, eu exagerei, mas como Metatron apareceu, se eu... – Bela interrompe Ruby e diz saindo apressada olhando por cima dos ombros enquanto a loira a acompanhava um pouco atrás:

- Não temos tempo a perder. Apenas vamos embora. No carro eu explico tudo.

Pittsburgh, Pennsylvania.

Dean e Sam assim que chegam na cidade, reservam um quarto de motel e de imediato vão ao necrotério falar com o legista e ver o corpo do finado Dr. Lester Ramon. A seguir, eles vão para o local onde aconteceria o evento do Oktoberfest fora de época para interrogar Alfonso Pontes, amigo da vítima e um cliente assíduo do The Summit, um bar conhecido por ter os melhores coquetéis.

- Voce acha que o lobisomem matou o médico por que ele não quis fazer um transplante de coração para a marmitex dele? – brincou Dean estacionando o carro em uma vaga.

- Pode ser. – disse Sam indo na onda de Dean. - Mas e quanto as outras três vítimas? Amanda Kennedy era personal trainer, Christopher Markus era mecânico e John Ridley, técnico de informática. Não vejo nenhuma ligação entre eles, exceto que morreram do mesmo jeito.

- Ei Sammy, acho que é o nosso cara. – disse Dean dando um tapinha no braço do irmão ao ver um homem latino. Eles seguem o homem em direção ao The Summit, quando para a surpresa de ambos os irmãos, Ruby sai do local.

- Ruby? – perguntou Sam surpreso.

- Olá, Sam. – Ela olha de relance para o loiro. - Dean. – Porém o loiro balança a cabeça entediado.

- O que está fazendo aqui? – perguntou Sam abrindo um sorriso entusiasmado, enquanto Dean começa a cronometrar os minutos no relógio.

- Seguindo voce... Pelo o que mais outro motivo me traria aqui? – indagou Ruby passando os braços ao redor do pescoço de Sam e encarando sua boca.

- Eu não sei, talvez tenha algum outro “Meleos” à solta. Ultimamente voce anda meio Lara Croft. – brincou Sam.

- Olha só quem fala, em plena véspera de ano novo é voce que está trabalhando, não eu. – zombou Ruby.

- Eu deixaria pra depois, se pudesse. Voce sabe disso. – justificou Sam que se inclina fazendo suas bocas se chocarem em um beijo suave e demorado. Passa-se três minutos, Dean revira os olhos já cansado de segurar vela e protesta:

- Por que o papai e a mamãe aí não vão pegar um quarto? Eu vou interrogar o Alfonso enquanto isso...

- Espera, eu vou com voce. – insistiu Sam que olha para Ruby prestes a convencê-la para deixar o que começaram para mais tarde, mas antes que ele possa até mesmo conjecturar uma frase, ela diz compreensiva ajeitando o nó na gravata do moreno:

- Relaxe, sei que voce está ocupado, que tal fazermos assim? Voce resolve o caso e depois me liga para a gente conversar.

- Acho uma boa idéia. – Sam dá um selinho em Ruby, quando Bela surge logo atrás e diz irônica notando Dean segurar vela:

- Own! O amor é lindo, não?

- O que diabos voce está fazendo aqui, Bela? – perguntou Dean nada contente em vê-la já imaginando que ela iria querer vingança pelo vinil.

- Gosto do clima daqui. – Bela dá de ombros. - E também vim aproveitar o evento com a Ruby. – respondeu Bela apontando sutilmente para a loira.

- Qual é, Bela? Sabemos que você não sai de casa ao acaso. O que está tramando? – perguntou Sam desconfiado.

- Ding dong! Voce não deixa nada passar desapercebido. Não é, querido? – disse Ruby com um sorriso travesso. - Bem, ela veio aqui por alguém especial... – Ruby desvia seu olhar propositalmente para Dean que sorri egocêntrico e pergunta provocativo a ladra:

- O que foi, Bela? Sentiu saudades ou não superou eu ter dado a volta em você?

- Voce não a ouviu? – questionou Bela cínica. - Ela disse alguém especial, não você.

- Ouch! Essa doeu... – zombou Ruby, enquanto Sam fecha o punho colocando em frente a boca segurando o riso o que faz um efeito de tosse.

- Voce. Calaboca. – disse Dean apontando para Ruby, depois aponta para o irmão que continuava com os risos curtos e nasalados. - E voce também. – Finalmente Dean volta sua atenção para Bela que agora abriu um sorriso. - E quanto a voce... Faz todo o sentido, voce aparecer de repente aqui com a Ruby na mesma cidade que eu e o Sammy estamos caçando com a desculpa que veio atrás dessa tal “pessoa especial”... – ironizou Dean fazendo aspas com as mãos, porém Ruby o interrompe dizendo:

- Oh, saquei. Voce acha que...

- Eu não acho. Eu sei. Só o fato de vocês duas estarem juntas, não se pode esperar coisa boa. – Dean desvia o olhar para a morena. - Por isso Bela, é melhor começar a falar antes que... – Bela interrompe Dean e diz de forma cooperativa:

- Tudo bem, contarei tudo o que voce quiser. – Ruby arregala os olhos para Bela como se perguntasse “O que diabos voce pensa que está fazendo?”. - Mas antes voce precisa derrotar a Ruby.

- Hein? Do que voce tá falando? – indagou a loira confusa.

- Relaxe, eu sei o que estou fazendo. – respondeu Bela confiante para a loira.

- Derrotar a Ruby? – Dean solta uma pequena risada. - E o que vamos fazer? Um duelo no estilo Velho Oeste? Eu adoraria atirar nela. – debochou Dean o que faz Sam fechar a cara o repreendendo. - O que foi? Eu realmente adoraria atirar nela. Pelo menos sou sincero.

- Idiota... – balbuciou Ruby para o loiro.

- Na realidade, eu proponho um desafio. Vamos aproveitar a Oktoberfest fora de época e ver quem consegue beber sem cair. Quem de vocês dois apagar primeiro, perde.

- Voce só pode estar brincando. – Dean ri achando aquilo ridículo, ganhar de Ruby seria como tirar doce de criança.

- Eu não estou. – disse Bela convicta.

- Dean, eu não acho que é uma boa idéia. – cochichou Sam notando que Bela estava confiante demais.

- Como não? Vai ser fácil nocautear a Ruby, eu aposto com voce que no segundo copo, ela apaga... – No entanto, Dean observa a expressão nada feliz de Sam. - Ah, claro que isso vai estragar sua noite com ela, mas não se preocupe tem várias moças do bar disponíveis. Voce só passa o réveillon sozinho, se quiser. – Dean dá um sorriso sacana.

- Depois não diga que eu não avisei. – alertou Sam apontando o dedo para o irmão, ao mesmo tempo que Ruby um tanto receosa com a situação cochicha para Bela questionando, afinal, elas ainda tinham que se encontrar com Metatron:

- Voce tem certeza do que esta fazendo? Porque “Anjos da Noite” começa às 18h e eu odiaria perder esse filme.

- Claro, eu acredito no seu potencial. – brincou Bela dando um sorrisinho para Ruby que já suspeita que a ladra tinha um plano. - E então, Dean?

- Tudo bem, eu aceito. Porém vou logo avisando, não vou pegar leve. – advertiu Dean já ciente que iria ganhar fácil.

- Tenho certeza de que a minha amiga aqui ficaria desapontada se fosse de outra maneira. – provocou Bela, enquanto Sam tentava descobrir com Ruby o que Bela tramava, porém a loira deixou subtendido que não havia trama, mas que ela adoraria derrubar Dean e sua arrogância.

 - Bem, se eu ganhar, voce vai dizer o que veio fazer aqui, vai prometer nunca mais armar pra cima de mim e do Sammy, além de... – Dean se aproxima do ouvido de Bela e cochicha o último termo, o que faz Bela soltar uma pequena risada deixando Sam e Ruby curiosos para saber sobre o que seria.

- Voce esta começando a me surpreender, Dean. – Bela sorri. - Agora se a Ruby ganhar, eu fico com seu belo Chevy Impala 67 por uma semana.

- Meu carro não vai entrar em jogo!

- É impressão minha ou voce está amarelando? – insinuou Bela.

- Dean, esqueça isso. Temos um caso pra resolver. – insistiu Sam pela última vez.

- Quer saber? Eu vou amar tirar esse sorrisinho metido do seu rosto!

[...]

Outra fila de copos cheios de cerveja é colocado sobre a mesa de sinuca, a visão de Dean estava totalmente turva, o loiro já estava oscilando sem conseguir se firmar em pé direito. As pessoas gritavam “Vira! Vira! Vira!”, ele olha em direção a Ruby que parecia estar se mantendo firme e forte, o que o deixou indignado.  

- De jeito nenhum, eu deixarei a Ruby me ven... – disse Dean levantando o copo em direção a boca, mas ele tomba de cara na mesa apagando totalmente.

- Dean? Dean! – Sam sacode o irmão em vão, afim de acordá-lo. Aquilo era inacreditável.

- Parece que temos um vencedor, ou melhor, uma vencedora. – disse Bela arqueando uma sobrancelha junto com um sorriso esnobe e levantando o braço da loira.

- Eu venci? – perguntou Ruby totalmente zonza. - Chupa essa, Dean! – Ruby aponta aleatoriamente em diversas direções na tentativa de encontrar o loiro, já que sua visão estava múltipla. - Porra, tem muitos Deans! Ah, chupa vocês todos!

- Eu não sei o que voce fez, mas vou descobrir. – advertiu Sam apontando para Bela.

- Eu não fiz nada. – Bela abre os braços reforçando sua inocência. - Também não achei que sua namorada era uma batedora de copos. Estou tão surpresa quanto voce. E agora que ela ganhou, o Impala é meu.

- Voce não pode estar falando sério. – persistiu Sam tentando convencê-la do contrário.

- Aposta é aposta. – disse Bela imutável.

- Por que tanto interesse no nosso carro? – perguntou Sam desconfiado.

- Bem, eu aprecio carros com banco de couro e além do mais a cor dele me excita. – disse Bela com sarcasmo. - Mas relaxe, não vou reivindicá-lo hoje para que voce possa levar seu irmão de volta a seja lá onde vocês estão hospedados, porém amanhã é outra história...

- Claro. – Sam dá um sorriso forçado mesclado de indignação, mas não havia nada que ele podia fazer. Exceto carregar o irmão em coma alcoólico para fora do estabelecimento e jogá-lo na cama do motel.

- Alô geral! Bebida de graça pra todo mundo! – gritou Ruby levantando o copo pra brindar, mas ela cai pra trás de bunda no chão derramando a bebida nela mesma. - Ops, eu caí.

- Ok, o show acabou! – Bela ajuda Ruby a se levantar e a leva até o carro, faltava 14 minutos para às 18 horas. Não iria dar tempo dela deixar Ruby no hotel, então ela decide levar a loira para o encontro com Metatron do jeito que estava.

- Sabe Bela, voce é a melhor. Voce é legal tipo batatas-fritas. Eu amo batatas-fritas, então eu amo voce porque voce são legais... É, é isso aí! Voce são legais! – Bela franze a testa com a falta de concordância verbal na fala arrastada de Ruby. - Todas voces. Todas as Belas Talbot são legais. E eu estou muito feliz.

- Quero ver voce dizer isso amanhã, quando o álcool não estiver mais respondendo por voce. – disse Bela estacionando o carro em uma vaga do Beerhead Bar. - Agora, me escute. Eu vou falar com Metatron, eu não demoro e tente não vomitar no meu carro, ok?

- Entendido, chefe. – Ruby bate continência pra Bela que morde os lábios pra não rir e depois sai deixando a loira sozinha no carro.

Ruby liga o rádio, estava tocando All By Myself da Celine Dion e ela começa a cantar junto quando nota um cachorro parar e começar a uivar como se tivesse cantando também sentindo o espírito de abandono e solidão da música.

- Olá, amiguinho. Voce também foi abandonado? – Ruby estica o braço para acariciar o cachorro que se aproxima. - Voce tem um nome? Não? Então amiguinho, vou te chamar de Billie. – Ruby abre a porta do carro deixando o cachorro subir no seu colo, ela segura o rosto dele olhando em seus olhos. - Voce tem cara de Billie e voce é meu novo amiguinho, porque Billie... Billie Jean is not my lover, she’s just a girl who claims that I am the one, but the kid is not my son...

[...]

Bela entra no bar e dá uma olhada panorâmica por todo o local, havia mesas de madeiras, um palco com uma banda tocando Stevie Nicks, prateleira de bebidas espelhadas e uma iluminação que fazia parecer que era um clube decadente de strip-tease.

Ela avista Metatron tomando um Campari com limão junto ao balcão, ela dá um longo suspiro carregado de tédio, se não fosse pelos negócios, ela jamais pisaria com seu Jimmy Choo naquele buraco.

Por outro lado o barman notou Bela assim que ela entrou, seus olhos permaneciam fixos sobre a morena, assim que ela se senta no banquinho ao lado de Metatron, o barman apóia suas mãos no balcão e pergunta insinuativo:

- Oi docinho, aceita uma bebida? Eu faço um ótimo coquetel com Martini e outras coisas também, se tiver interessada em descobrir...

- Obrigada, mas vou optar apenas pela bebida. De preferência traga uma água com gás, pois já completei minha cota de álcool hoje. – respondeu Bela seca como um osso fazendo o entusiasmo do barman evaporar.

- Voce achou esse lugar tão repugnante assim? – indagou Metatron vendo a expressão animada de Bela.

- Não, eu adorei esse lugar. Na próxima vez, podemos nos reunir com uns mendigos, se sentar numa caixa de papelão desmontada e beber restos de cerveja numa lata de ervilha. – ironizou Bela.

- Aqui sua água com gás. – disse o barman deixando a garrafa lacrada.

- Obrigada. – Bela abre e dá um gole, mas sem encostar a boca no gargalo da garrafa.

- Então... O que a loirinha pé de cana quer comigo? Ajuda para curar uma ressaca? – zombou Metatron olhando de relance para Bela e depois dá um gole no Campari.

- Não, na realidade, é ela que pode te ajudar. – corrigiu Bela.

- É mesmo? – indagou Metatron descrente e com grande ironia.

- Bem, sabendo que voce está promovendo uma excursão para o céu baseado na seleção natural de Charles Darwin onde só os fortes... E quando digo “fortes” me refiro aos que se aliarem a voce, sobrevivem. Ruby criou uma proposta que facilitaria alcançar suas metas mais rápido.

- Uma proposta?

- Sim, talvez voce não concorde de início com que tenho a sugerir, mas creio que quando se der conta da oportunidade de ouro que tem em mãos. Será impossível ignorá-la.

- Tudo bem, então explique para mim. – perguntou Metatron agora totalmente interessado.

- Se voce quer que Castiel erga um exército para participar do seu Show Business e claro, seguindo o script. Basta devolver a graça dele e ele ficará bem motivado, o que facilitará para que Ruby o convença a fazer o que voce quer, da mesma forma que uma criança controla um carrinho de controle remoto.

- Voce quer que fortaleça meu rival? – perguntou Metatron rindo de tão absurdo que aquilo lhe parecera.

- O que foi? É ousado demais para voce? – debochou Bela. - Está na hora de parar de jogar no modo fácil e subir de nível. Pense bem, Metatron. Quanto mais difícil, maior é o prêmio.

Metatron medita um pouco e balança a cabeça concordando. Ele retira a caneta do bolso e escreve no guardanapo, depois entrega a Bela que lê:

- “Qual é o lugar mais seguro do mundo”?  O que é isso?

- Parabéns! Voce conseguiu uma pista para a localização da graça de Castiel.

- Voce quer que eu e a Ruby brinque de caça ao tesouro? – indagou Bela fazendo uma careta.

- Se quiserem mesmo a graça, será dessa forma. Porque nem eu mesmo sei onde está. – Metatron dá de ombros.

- E o que eu faço isso? – Bela balança o guardanapo.

- Solucionando a charada, isso irá te levar ao local onde a graça do Castiel está. Tive que tomar essas medidas para que caso eu seja torturado, ninguém jamais obtenha a informação. Por isso, mandei um anjo esconder a graça até mesmo de mim e espalhar as pistas por aí. Então, boa sorte. – Metatron desaparece.

- Idiota. – resmungou Bela encarando o guardanapo. - “Qual é o lugar mais seguro do mundo”? Como vou saber isso?

- Biblioteca. – disse um homem com os cabelos bagunçados tomando vodka que Bela só pode o notar depois que Metatron sumiu. - Ela é o lugar mais seguro do mundo.

- Voce tem certeza disso?

- Claro, porque ninguém mais vai a bibliotecas. – disse o homem rindo debochado, depois dá um grande gole em sua bebida.

- Obrigada por compartilhar sua sabedoria. – Bela deixa o dinheiro da água sobre o balcão mais um dinheiro extra para pagar a bebida do homem que levanta o copo pra cima como se a saudasse.

[...]

Já era uma hora e vinte e sete minutos da madrugada, Bela estava dormindo quando acorda com sons de latidos. Ela pega o celular que estava no criado-mudo e aumenta o brilho da tela usando como uma espécie de lanterna.

Bela caminha cautelosa pelo flat e nota que os latidos vinham do quarto de Ruby, ela abre a porta devagar e chama pela loira que dormia feito pedra agarrada ao travesseiro. Bela nota a janela aberta e caminha até ela para fechá-la, mas antes dá uma olhada na rua e para sua surpresa, ela vê o mesmo cachorro que ela havia encontrado dentro do seu carro com Ruby e que na tentativa de expulsá-lo, ele quase a mordeu.

Bela engole seco ao ver o cachorro mostrar os dentes, ela não pensa duas vezes antes de fechar as janelas e puxar as cortinas. Dois minutos depois, ela espiona a rua por uma brecha na cortina, mas o cachorro já havia sumido.


Notas Finais


Comentários? xx


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