1. Spirit Fanfics >
  2. Winter Flowers >
  3. Sonata

História Winter Flowers - Sonata


Escrita por: JoeSnow

Notas do Autor


Primeiramente me desculpem por demorar a publicar esse capítulo, mas surgiram muitos problemas não só aqui na minha casa como na escola e por isso fiquei muito sem tempo de terminar de escrever e publicar. Mas em fim estou aqui com mais um capítulo para vocês, e gente posso dizer que estou muito feliz mesmo pelos comentários, é uma alegria muito grande recebe-los.

E um aviso importante: o próximo capítulo vai sair exatamente no dia 25/11 por que próxima semana minhas provas vão começar e sem dúvidas vou ficar muito sem tempo.

* Capítulo não betado, ou seja, pode conter aqueles errinhos desagradáveis.

* A imagem do capítulo não me pertence entãão créditos ao artista.

Capítulo 6 - Sonata


Fanfic / Fanfiction Winter Flowers - Sonata

- Sonata

- Narrador Onisciente

No dia seguinte Degel estava deitado em sua cama, Kardia não subira consigo durante a noite preferiu ficar aproveitando o tempo com seus amigos. O ruivo suspirou e olhou para o relógio que marcavam quase oito horas, ouviu algumas batidas na porta e uma empregada entrou timidamente carregando um carrinho onde tinham alguns alimentos.

- Se..senhor Halston - Começou a jovem olhando para o chão - Senhor Kardia pediu que eu trouxesse seu café da manhã.

A jovem aproximou-se com um carrinho onde tinha uma bandeja cheia de algumas comidas que o ruivo gostava - Onde está meu esposo? - Perguntou sentando-se na cama fingindo não sentir dor.

- Está na piscina com seus amigos, pediu que o senhor descesse após o banho e a refeição.

- Não precisa me chamar de senhor, você e os demais empregados pode me chamar pelo meu nome - Degel sorriu docemente e pegou o pedaço de torta de morango com chocolate.

- Sim... Sim sen.. Degel - A empregada permaneceu de cabeça baixa e deu alguns passos para trás - Vou preparar o seu banho.

Após tomar o café da manhã Degel passou um longo tempo dentro da banheira, seus cabelos estavam presos para cima em um coque frouxo para evitar molha-los novamente e seu corpo submerso nas águas. Não queria descer e encarar Kardia, visto que ainda estava dolorido e já não conseguia disfarçar o desconforto que sentia.

- Minha vida vai ser infeliz aqui, disso eu não tenho dúvidas - Sussurrou para si - Mas... Se eu conseguir ter um bebê pode ser que as coisas melhorem.

Deixou algumas lágrimas caírem e abraçou seus joelhos - Com certeza vai melhorar - Degel olhou para o lado com o semblante assustado, só acalmou-se quando notou que era Leyla quem estava na porta do banheiro o olhando - Conte-me como foi.

- Ele não me deu prazer, investiu em mim com força e depois que estava satisfeito deitou cama e me deixou sangrando - Leyla chegou perto e limpou as lágrimas do ruivo. Realmente havia passado por sua cabeça que Kardia o machucaria por isso, sempre conversava como ele e chegava a implorar que não fizesse mal algum a seu esposo.

- Conversei tanto com ele, pedi tanto - Leyla estava olhando para o chão - Vem comigo, tem um parte da casa que é exclusivamente sua.

Degel ficou da cor de seus cabelos e cobriu seu íntimo fazendo a morena entender, ela sorriu pegando o roupão e o entregou - Vou esperar lá fora.

Depois de vestido Degel a seguiu pelo corredor que dava acesso a escada principal, depois de chegarem a sala onde Marigold e Sage discutiam tendo Hakurei apenas rindo. Seguiram por um corredor que levava a mais uma escada, indo para uma outra extremidade da casa que Degel jamais imaginava que existia, no fim pararam em frente à mais uma porta dupla escutando o som de um piano.

- Estranho - Leyla sussurrou e abriu as portas deparando-se com Kardia dedilhando algumas notas - Faz tempo que eu não o via tocar em um piano.

O loiro virou-se e franziu o cenho voltando-se para o piano fechando a tampa - Já estava saíndo - respondeu ficando de pé e seguindo em direção a porta sem olhar para Degel.

- Você virou sua primeira noite de casado com seus amigos, não tem vergonha Kardia? - Leyla pôs-se na frente do sobrinho e não o deixou passar.

- Tia Leyla, por favor, não começa. Eu estou casado e não em uma prisão - Kardia tentou esquivar, mas a morena foi rápida em puxar Degel e o jogar em seus braços. O loiro segurou-o firme evitando que acabasse no chão.

- Está doida? - O grego perguntou mas sua tia já passava pela porta.

- Devia procurar conhecer seu esposo.

- Me desculpe - Degel saiu dos braços de Kardia e ajeitou sua blusa.

- Não tem por que se desculpar, a cada dia que se passa minha tia fica mais doida - Respondeu rindo como se lembrasse de algo engraçado.

- Vou... Vou voltar para o quarto, não quero incomodar você...

Kardia segurou sua mão e o puxou para perto, fazendo-o encara-lo, o grego chegou bem perto do ouvido de seu esposo e sussurrou:

- Não me esqueci do que disse ontem - Começou a descer sua mão até alcançar o mamilo por cima da blusa - Vou te fazer enlouquecer Degel, vai se arrepender por aquelas palavras e me implorar por mais. Vamos para o quarto.

A voz do grego estava rouca e irresistível, mas Degel tinha medo, medo de doer novamente e dessa vez a ponto de não conseguir andar ou ao menos se mexer na cama. Desvencilhou-se das mãos de seu esposo e virou de costas abraçando o próprio corpo. Kardia achou estranha aquela atitude, mas decidiu ignorar e novamente foi até o francês tocando sua cintura e o puxando para perto beijando sua nuca.

- Kardia... Eu... Eu não quero, por favor não insista - Degel foi até a porta e seguiu até as escadas olhando para o chão não percebendo quando tomou a direção errada, por um segundo viu-se perdido dentro da mansão, olhou para os lados atrás do corredor que levava ao seu quarto mas não o viu.

Andou um pouco mais a frente notando uma porta aberta, quando entrou deparou-se com uma enorme biblioteca, riu como uma criança e seguiu até uma estante lendo os títulos. Não sabia se poderia estar ali, mas já havia entrado e agora era tarde, tamanha foi sua emoção ao ver alguns livros de seu escritor favorito - Albert Camus - Sussurrou e pegou um título lendo a primeira página.

- Achei que os Ninshin não podiam ler ou escrever - Degel sentiu todo seu corpo arrepiar, virou-se e encarou Kardia, o mesmo parecia irritado e disposto a matar uma pessoa caso necessário - Primeiro você vem com aquele "papinho" de "meu esposo não soube me dar prazer" logo depois, você contou para o seu priminho e ele me deu um chute no saco, e quando eu finalmente estou disposto a dar o prazer que tanto quer, você foge!!

- É claro! Você me machucou, não se importou comigo, pensei que... que depois de me proteger daquele jeito, você seria gentil e não um ogro - Degel disse com lágrimas nos olhos e virou de costas, ouviu Kardia suspirar e sair andando até uma estante.

- Senhor Kardia - Uma empregada chamou fazendo os dois olharem - Chegou um rapaz atrás do senhor.

- Acho que é o Defteros, vem comigo - Kardia estendeu sua mão para Degel, que antes de aceita-la guardou o livro.

Narrador personagem - Degel

Depois que saímos da biblioteca acompanhei Kardia segurando sua mão. Sem dúvida alguma ele achava que eu era um tipo de brinquedo, ou algum "viciado" em sexo, se bem que seria impossível ser essa segunda opção, já que aquela havia sido minha primeira vez. Olhei-o de relance, esse grego, o que ele acha que é? Pensa que pode me controlar? Bufei sem ao menos me dar conta que eu deixava transparecer meus pensamentos, ele me encarou, seus lábios estavam entreabertos enquanto me olhava, virei rápido o rosto, estava com vergonha.

Quando chegamos na sala, vi um casal sentado na sala nos esperando, notei que um dos amigos de Kardia brigava com um garoto loiro que deveria ter minha idade, enquanto um outro rapaz muito mais forte e mais moreno estava apenas calado, olhando e apenas ouvindo tudo o que o outro dizia. Fiquei espantado quando notei que os dois eram gêmeos e o rapaz loiro estava grávido.

- Bem vindo Defteros - Kardia disse e seguiu até onde seu amigo estava abraçando-o - Então esse é o Asmita?

Asmita, então esse era o nome daquele garoto, ele parecia triste, tinha lágrimas nos olhos e seu semblante estava carregado. Mesmo assim aquele loiro sorriu para meu esposo, o cumprimentando com um aceno de cabeça. Olhei novamente para sua barriga, ela estava pequena ainda, mas dava para percebe-la de repente me vi daquela mesma forma, quando ele a tocou prestando atenção a tudo o que Kardia falava, sem perceber toquei a minha sendo finalmente notado por ele que sorriu gentilmente.

Fiquei corado, rapidamente tirei a mão de minha barriga e segui para cumprimenta-lo, fiz o mesmo aceno de cabeça e me apresentei, não conseguindo disfarçar minha repentina fascinação por sua barriga. Nós dois sentamos no sofá logo depois de conhecer seu esposo, Defteros que era irmão gêmeo mais novo de Aspros.

- Fiquei muito surpreso quando soubemos de seu casamento - Disse Asmita - É que... Sempre foi difícil de imaginar Kardia casado... Cuidando de uma família.

Ele falava olhando espantado para suas mãos, como se a visão daquilo em sua mente fosse realmente grotesco, apenas sorri e o olhei - Como... Como é estar grávido? - Perguntei em fim.

- Nem sei explicar - Asmita acariciou sua barriga e sorriu como bobo - É uma sensação única sabe, é muito difícil no início, mas com o passar dos meses fica mais fácil.

- Está com quantos meses?

- Cinco - Ele soltou uma risada - Eu sei que não parece, mas é por causa dessa túnica que fica "pequena".

- Já sabe o sexo? - Ele negou, e continuou mirando sua barriga, eu fiz o mesmo, já que não havia conseguido desviar um segundo se quer.

- Eu... Eu só quero saber na hora do parto. Vou tentar o parto normal.

Fiquei boquiaberto e de olhos arregalados, era possível? Um Ninshin ter em parto normal uma criança? Saí de meus pensamentos quando Asmita tocou minha mão e a puxou levando até sua barriga, devo tê-lo encarado durante muito tempo. Quando a toquei, notei que realmente estava grande e o bebê se mexeu, fiquei surpreso sorrindo como bobo. Era a primeira vez que sentia um bebê se mexer dentro da barriga, aproximei-me mais e acariciei. Não sei o que deu em mim, mas mordi o lábio inferior e olhei para Kardia que para minha surpresa já estava me encarando.

Novamente senti meu rosto esquentar e ouvi uma risada de Asmita - Acho que ele ou ela, vai gostar de você - Realmente desde o momento em que o toquei, o bebê não parava de mexer.

Retirei minha mão e sorri - Quero muito engravidar - Disse, talvez mais para mim do que para ele. Senti novamente o toque de sua mão na minha, mas dessa vez Asmita a acariciou, assim como fiz em sua barriga.

- Você vai conseguir - Ele disse sorrindo, só naquele momento pude notar que ele usava um óculos de grau muito forte.

Defteros aproximou-se de nós dois e sorriu - Me desculpe interromper a conversa mas, Asmita, meu amor você tem que descansar, a viagem foi muito longa - Ele disse e estendeu a mão para o loiro.

- Queria continuar conversando - Asmita disse em tom baixo, fazendo com que Aspros levantasse rápido assustando a nós dois.

- Você não tem querer! - Aspros falou em tom baixo e ameaçador, olhei para Defteros esperando alguma reação mas ele nada fazia. No fim o gêmeo mais velho vendo que Asmita não o obedeceria, o puxou violentamente pelo braço, arrancando-lhe um gemido de dor - Se meu irmão disser que você tem que ir pro quarto, você vai e pronto! Ouviu bem? Aberração!

Asmita assentiu de olhos fechados tocando sua barriga de forma protetora com a mão livre, estava quase chorando, notei isso e olhei para Kardia, que deu de ombros. Defteros levou Asmita deixando para trás um Aspros incrivelmente irritado, enquanto Kardia também veio em minha direção.

- É melhor você subir também, vou conversar com ele - Meu esposo disse indicando dessa vez, o caminho correto para o quarto.

- Por que ele tratou Asmita daquela forma? - Arrisquei perguntar enquanto Kardia me guiava até a escada

- Aspros odeia os "Ninshin" por que já foi traído por um - Começou - Acho que foi a uns cinco anos, ele se apaixonou por um garoto de família não muito rica, ele acreditou que o sentimento era recíproco, os dois passaram a se encontrar várias vezes até que por ironia do destino o "Ninshin" engravidou de gêmeos, eles se casaram e passaram a viver na Grécia, pelo menos até os meninos nascerem e o esposo do Aspros fugir com boa parte do dinheiro dele.

Ouvi tudo atento, então Aspros já era pai - Isso não é motivo para tratar Asmita daquela forma - Respondi.

- Olha eu também não entendo Degel, e sem dúvidas o melhor é não questionar e não se meter entre eles, ok?

Aquilo não me convenceria jamais, não é por que ele teve uma decepção amorosa que deveria tratar justo o esposo de seu irmão, daquela forma. No fim entrei na sala que sengundo Leyla, era exclusivamente minha, tamanha foi minha surpresa quando realmente a vi. Possuía espelhos e barras para que eu treinasse, próximo ao piano estava meus outros instrumentos ainda guardados em seus cases. A decoração era luxuosa, passei a mão pela parede o que parecia ser um papel qualquer, mas na verdade era pintado a mão. Tinha também enormes janelas de vidro que davam uma bela visão de Paris, algumas cortinas pretas e por baixo delas bege também se faziam presentes.

Sorri como bobo. Tinha total certeza que não havia sido Kardia que pensou naquilo, mas ainda assim, a ideia de dentro daquela casa ter um lugar apenas para mim. Longe dele, longe de tudo. Aproximei-me do piano e sentei no banco puxando primeiro o case do violino para checar, ele era antigo e muito sensível, fiquei aliviado em vê-lo normal da mesma forma em que havia guardado da última vez.

Meu autentico Stradivarius. Sorri satisfeito pegando a espaleira e o arco posicionando-os para começar a tocar. Iniciei meu concerto favorito, sonata no. 1 BWV 1001 de Johann Sebastian Bach, algo que hoje em dia servia-me mais como um método de afinação. Perdi a noção do tempo, ao todo ainda toquei mais quatro concertos de outros músicos, guardei com cuidado meu instrumento e passei um tempo olhando para o case. Estava começando a ficar com fome, e possivelmente já havia passado do horário de almoço, mas me pergunto por que ninguém havia me chamado.

Saí daquela sala e comecei a descer as escadas - Se em três meses ele não engravidar vou tentar embora - Parei no meio da escada ao ouvir aquilo, não tive dúvidas, era voz de Kardia.

- Você tem certeza disso? - Escutei a voz de Aspros - Não que eu me importe com uma aberração qualquer, mas pode ser ruim para sua família.

- Aspros, o concelho odeia os "Ninshin" tanto quanto você - Os dois gargalharam e Kardia novamente falou - Se eu convocar uma reunião com o conselho, eles vão perguntar o motivo de eu querer uma separação em tão pouco tempo, basta dizer que ele não pode me dar o que quero, ou seja um filho, e que tenho vontade de me casar com uma mulher de verdade.

- Isso é cruel - Aspros novamente riu - Se ele escuta...

Talvez minha sanidade tenha voado para outro planeta, já que quando me dei conta já estava descendo as escadas com o olhar perdido, quando eles notaram minha presença eu já estava parado encarando meu esposo - Sabe o que pode acontecer comigo se me abandonar por "invalidez" - Perguntei sengundo as lágrimas de maneira que jamais imaginaria e mantendo o olhar mais frio possível para ele - É claro que não, você não se importa.

Saí rápido seguindo para o quarto, sem encara-los precisava passar mais um longo tempo sozinho para ao menos tentar fingir que nada aconteceu.

Continua...

 


Notas Finais


Gente escutem a sonata que citei no texto.
link: https://youtu.be/ORXOZ4VLBX8
ela é sem dúvida alguma minha favorita rs e também diferente do Degel eu to morrendo pra aprender. kkkk

Mas, então o que acharam do capítulo? Esse Kardia heim, quando será que vai parar com esse mimo?

Tivemos também a chegada do Asmita e do Defteros, que por sinal são um casal muito fofo.

Não tenho muito o que comentar rs mas espero que tenham gostado, comentem aí, beijos :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...