História Wishing I Was 23 - Capítulo 31 (Dezmond Wade e Austin Moon)

But somewhere we went wrong 

We were once so strong 

Our love is like a song 

You can't forget it.- Demi Lovato (Don't forget) 

***

Dezmond Wade (Dez) 

 -Terra chamando Austin.- Falei mais uma vez.  

-O que? Desculpa cara, eu não queria te ignorar. Estou cansado, o pequeno Toby chora demais e Bianca não para de me encher o saco.  

-Eu sinto muito. 

-Tudo bem, mas me diga você, tenho certeza que não me chamou para não fazer nada.  

-Trish está grávida. – Austin arregalou os olhos e eu quase sorri.- O filho não é meu, Elliot é o pai. 

-O Elliot? Ele não é gay? 

-Sim, ele é, mas agora resolveu ser hetero e engravidar minha namorada. - Tomei um gole da minha cerveja.  

-Quando soube?  

-Ah uns dias.  

-Imagino que não tenha sido fácil.   

-Não mesmo, descobri pelo Elliot bem alterado. Trish queria tirar o bebê dele.  

-Sério? Ela ainda quer? 

-Bom, eu sinto que sim, mas ela me prometeu seguinte com a gravidez. – Tomei outro gole.- Vou pedir ela em casamento. 

-O que? 

-É cara, casamento. Eu quero casar com ela e assumir a criança com eles, posso ser o tio Dez legal.  

-Você a ama não é? 

-Mais do que você imagina. 

 Austin sorriu e tomou sua cerveja. 

-Isso é bom.- falou 

-Então, já está preparado para seu primeiro natal com um filho?- falei mudando de assunto. 

-Arg, nem me fale, Ally resolveu não ajudar, faz mais de duas semanas que ela me ignora.  

-Então você não sabe? 

 Ele nega. 

-Cara, você deveria ter ido na casa dela. Ally está indo para Rosemary hoje. 

-Ela o que? 

-Ah merda! Por que você não foi na casa dela? 

-Eu fui, cara...- ele levantou em um pulo e começou a andar de um lado para o outro.- Porra! Ela não pode ir embora.  

 Austin me olho via agonia em seus olhos, ele estava perdendo quem amava, aquilo era um sinal que eu havia feito a escolha certa. Eu não me vejo mais sem minha gordinha.  

 -Oi meninos... O que está acontecendo? – Disse Trish se aproximando, estávamos na minha casa a beira da piscina, mas hoje estava frio, então estávamos apenas aproveitando a área. 

-Austin acabou de saber sobre Ally.  

-Oh... Austin eu sinto muito.  

-Eu preciso ir. 

 Austin começou a correr para a entrada. 

-Ela já foi embora, Austin. Pegou a estrada logo cedo. 

-Como Assim? Sem nem ao menos me dar tchau?  

 Minha namorada se aproximou do loiro e o abraçou. 

-Eu sinto muito.- repetiu. 

*** 

Austin Mônica Moon 

Dia 29 de novembro, meu aniversário. Estava na casa da minha mãe com o meu pequeno Toby no colo. Hoje eu deveria estar feliz, ou fazendo piadas por esta mais velho, mas tudo hoje parecia tão cinza, tão sem vida.  

 Olhei para Toby que se mexeu soltando a chupeta, a cara de choro foi imediata, rapidamente tratei de devolver a sua boca e logo o pequeno se acalmou. Seus cabelos estavam dando o ar da graça depois de um mês quase sem nada, eram loiros quase branco com os meus. Ele era minha miniatura com o nariz da Bianca.  

 -E aí, carinha? – sussurrou o ruivo sentando ao meu lado.- Como você está?  

-Normal, eu acho. Eu não queria um jantar em comemoração ao meu aniversário. Por mim passaria a noite aqui nessa posição. 

 Eu estava sentado à beira da piscina observando o lugar com o pequeno no colo, calmaria.  

-Ela não falou com você?  

-Não.  

-Isso é uma merda. É seu aniversário, o dia que mais festejávamos, agora não passa de um verdadeiro fiasco.  

-Fiasco, escolheu a palavra ideal para hoje. 

-Bom, eu vou entrar, preciso de mais cerveja. 

 Essa foi a sua deixa, alguns segundos depois restava apenas Toby e eu.  

-Hoje é aniversário do papai, me desculpe por não te mostra o quanto fico Alegre com a data. 

 Ouço meu celular tocar, tiro rapidamente do bolso antes que o pequeno Toby acordasse.   

-Alô?- ouvi alguém fungar no outro lado da linha, tirei o celular da orelha e vi seu nome quando olhei para a tela. Meu coração quase para.- Ally? Céus, Ally! Por favor não desliga.  

-Eu não vou. 

-Por que você sumiu gata? 

-Você precisava de espaço. Só liguei para te dar os parabéns.  

 Ficamos em silêncio ouvindo um a respiração do outro. 

-Você irá voltar não é? 

-Papai não pretende voltar, ele colocou a Sonic Boon a venda, está abrindo uma escola de música aqui. 

-Não, você não pode me deixar, Ally, você... por favor. 

 Implorei, eu imploraria muito mais se fosse necessário.  

-Você me deixou primeiro, Austin. Eu estava lá e você preferiu a Bianca.  

-Não, Ally. Eu preferi meu filho, Bianca é só uma consequência. Nós estamos na casa da minha mãe. O apartamento é seu, neném. 

-Austin... 

-Só uma chance, amor. Por favor, não tivemos tempo de conversar, eu nem mesmo entendi por que você me deixou.  

Mais alguns minutos em silencio, ela precisava me aceitar de volta. Talvez eu amasse essa garota mais do que o necessário, mas eu não ligava. 

-Feliz aniversário, Austin.  

 E assim ela desligou, meu coração apertou. Meu pequeno pareceu sentir tudo, pois caiu no choro. O abracei, chorava igual. Nunca imaginei que ficaria tão dependente daquela garota. Eu tenho que fazer alguma coisa e já sei até o que.