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História Wolves and Witches - Socos e Pontapés



Notas do Autor


Oi pessoal, pedimos perdão pelo atraso do capítulo. Tivemos alguns imprevistos, mas esperamos que gostem!

A imagem de capa é uma referência a linda da Yume suspirando pelo Jacob hahahaha

Boa leitura!

Capítulo 3 - Socos e Pontapés


Fanfic / Fanfiction Wolves and Witches - Socos e Pontapés


POV Lilith



Não tô muito satisfeita com essa coisa de trabalhar só aos sábados, mas não posso negar que tem seu lado bom. Há muito tempo eu não tinha a chance de dormir durante a noite e aproveitar o dia como as outras pessoas fazem... Na verdade, sair durante o dia pra resolver algo, era uma verdadeira tortura pra mim, porque afinal, eu mais parecia um zumbi ambulante depois de uma noite inana trabalhando em pé atrás de uma mesa de dj. É, eu não sei quanto tempo vai durar meu pensamento positivo sobre estar em casa, aproveitar o dia e essas coisas, mas por enquanto não está sendo tão torturante quanto imaginei. Sem contar o fato de que meu chefinho querido não cometeu a insanidade de rebaixar meu salário, apenas retirou a porcentagem que era o acréscimo que ele me pagava por noite trabalhada, mas meu salário é pra lá de suficiente pra me manter então, está tudo tranquilo.


Levantei bem cedo, o dia hoje não está chuvoso e faz um friozinho que me remete a alguns momentos vivido em New York. A saudade da minha família bateu com força e nessa situação, qualquer pessoa normal à essa distância faria uma chamada de vídeo e tentaria amenizar a falta que sente das pessoas que lhe são queridas. Mas não Lilith Bennett. Eu nunca fui normal e tenho total consciência disso, por tanto, tratei de fazer um feitiço criado por minha tartaravó e  que aprendi com meu pai quando era apenas uma menina. Então me utilizando de alguns condensadores eu fiz uma chamada no estilo bruxa Bennett. Tá certo que o feitiço não nos permite tocar e assim poder abraçar como eu gostaria, mas é muito mais próximo de um contato real do que seria utilizando um aparelho eletrônico. E depois de uma meia hora conversando com meus pais, me despedi deles e quase surtei ao notar que ainda não eram nem dez horas da manhã. Coisa estranha, parece que durante dia o tempo passa lentamente.


Visto uma roupa quentinha e vou de carro até o supermercado, estava mesmo precisando de um tempo pra abastecer a despensa e a geladeira. Fazer compras de supermercado é um saco, mas é necessário, ainda mais agora passando a semana toda a toa. É eu vou ter que arrumar algo pra ocupar meu novo tempo livre... Termino as compras, guardo tudo na mala do carro e ao sair do estaciono, noto uma lojinha pouco adiante e que estava fechada quando cheguei. Aquela visão faz me surgir um sorriso imenso, eu enfim encontrei o que precisava. Paro meu carro em frente a loja e logo o cheiro de tinta e das madeiras dos cavaletes me fascinam e como uma criança em um playground eu começo a selecionar um pouco de tudo que preciso pra voltar a praticar o que desde que deixei New York, nunca mais tive tempo. Eu sempre fui encantada por arte e pintar tem sido minha paixão desde criança, fiz inúmeros cursos e fui aconselhada por diversos professores a expor meus trabalhos mas eu nunca fiz. Tudo que criei até hoje, está embalado e guardado bem nos fundos da garagem da casa dos meus pais. E agora, a minha alegria é enorme por saber que eu poderei retomar algo tão importante pra mim, poderei novamente pincelar as telas como eu sempre amei fazer... 


Compro todo o material que preciso, o rapaz que me atendeu gentilmente me ajudou a colocar tudo no banco de trás do carro, e se eu comprasse mais um pouco nem caberia ali, como o próprio rapaz comentou me fazendo rir. É claro que dei uma gorjeta à ele pela "mãozinha" e totalmente satisfeita eu sai dali doida pra chegar em casa e contar para as meninas sobre a minha alegria em voltar a pintar. Chegando em casa deixei as compras do supermercado sobre a bancada da cozinha e as da loja de produtos para artistas, eu deixei no sofá da sala, alcancei o telefone e é claro que disquei o número da Yume. Ela com certeza vai ficar feliz com a minha ligação, ela vive me dizendo que eu deveria voltar a me dedicar a pintura...

 

 


POV Yume


Sabe aquela  hora que você tá mergulhada no mais profundo sono, vagando pelo universo dos sonhos, tendo aquela escandalosa fantasia inconfessável, com um cara lindo e gostoso, e do nada, você é arrancada de lá?
Então, isso acaba de acontecer comigo. Bem frustrante, não?
Me viro na cama e alcanço o celular no criado ao lado da cama. Ainda de olhos fechados deslizo o dedo pela tela e atendo sem verificar quem teve a ousadia de me ligar justo nessa hora.


__É melhor ter uma coisa muito importante pra me falar, ou eu juro que te estrangulo e te jogo numa cova rasa.
__Ei gata! Calma aí, que bicho te mordeu a essa hora da manhã?

Me levanto e sento na beirada da cama, ainda sentindo em meu corpo os resquícios do sonho nada casto que estava tendo minutos antes. 

__Esse é exatamente o X da questão, são apenas oito horas da manhã, Li. Você acaba de mim tirar de um sonho formidável.

Escutei a risada irônica dela do outro lado da linha e revirei os olhos, mesmo sabendo que ela não poderia ver.

__Fala sério! Você devia parar sonhar tanto com caras imaginários e procurar um de carne e osso pra tirar esse mal humor matinal aí. Um dia desses você acaba subindo pelas paredes.
Como eu sempre fazia nesses momentos, eu tentei ignorar o comentário sarcástico dela.
__Então? Pra que mesmo você me ligou a essa hora da manhã? Tá dando um siricutico de novo e precisa de ajuda?
Dessa vez eu acho que consegui acabar com o sorriso dela.
__Nada disso. Eu estou ótima. Eu quero saber como foi seu passeio em La Push. Conheceu muitos gatinhos? Me conta tudo e não me esconda nenhum detalhe.
__Bom, não aconteceu nada demais.  Foi legal o passeio, a praia é linda, eu me afoguei e fui salva por um cara perfeito e ele me convidou para jantar. Só isso.

Mordi o lábio e esperei a explosão dela, que com certeza viria.

__Só isso? Você é louca garota? Você quase morreu e só agora você me diz, e ainda como se fosse a coisa mais natural do mundo. Espera... você disse um cara perfeito? Foi isso mesmo que eu ouvi? Para tudo! Como ele é? Onde ele mora? Eu o conheço? Qual o nome dele? Vai... me conta logo... quero saber os mínimos detalhes.
__Quem é você e o que fez com a minha amiga? Caramba! Você tá ligada no 220 garota? Se acalme, tá legal! Primeiramente, ele é o cara mais lindo que eu já vi na vida, daqueles que faz a gente derreter só um olhar ou um sorriso. E além de tudo, ele é perfeito! E mora me La Push...
__Espera. O mais importante você esqueceu... o nome dele.
__Eu não esqueci. Eu apenas não quero dizer.
__Eu não acredito que você vai me esconder isso. Eu sou sua melhor amiga! Quase sua irmã! E eu te conto tudo da minha vida, não é justo.
__ Olha o drama! Nem adianta vir com chantagem emocional, você sabe que eu não caio mais nessa. Por enquanto é só isso mesmo que você vai saber. Eu também não pretendo contar pra Lisie também. Então nem tenha ideias.
__Você é uma bruxa má, sabia?
__Sabia. Agora vai descansar por que você virou a noite acordada. 


Mal esperei a resposta dela, desliguei a chamada e me joguei novamente na cama. Comecei a me lembrar do dia em que conheci Jacob, da forma inusitada que ele entrou na minha vida. Como em apenas poucas horas de conversa ele abalou todas as  minhas estruturas. Em como ele fez meu coração palpitar frenético pela primeira vez...
Eu suspirei alto e resolvi que já estava na hora de deixar os devaneios de lado.
Enquanto eu caminhava para o banheiro, eu tomei uma decisão: a melhor coisa que eu podia fazer seria deixar as coisas na mão do destino, afinal o tempo cuidaria de tudo e me diria o caminho certo a seguir.





POV Leah



Até que foi uma boa ideia sair um pouco, mesmo estando cansada devido as rondas. Eu precisava me distrair, desligar um pouco minha mente e ser apenas a Leah e não a garota lobo. A balada estava lotada e tocava várias musicas boas era diversão na certa, claro, se Embry não estivesse ali com seus olhares e insinuações, garoto idiota! Acha que vou cair nessa, estou fechada para relacionamentos, na verdade tenho até medo de sair e encontrar meu imprinting e Embry não sera uma exceção, logo ele que não pode ver um rabo de saia. Fingi (.isso mesmo) fingi indiferença quando ele saiu da balada acompanhado e depois fingi me divertir o resto da noite. Por que por mais que eu não queira, o que ele diz e faz mexe comigo. Mas do que me adianta ficar lembrando disso tudo ?, já passou ele saiu de la com aquela garota e minha noite tinha sido uma bosta. Página virada.


- Sério Leah, o Embry? - Havia me esquecido que estava na ronda com Sam.
-Não Sam, mas também isso não é da sua conta. - Respondi brava.
- É da minha conta sim. - Rosnou na minha cabeça.
-Não, não é.
- Ele é um moleque Lee, só vai te machucar e fazer você sofrer.
- Mais do que já sofri? Acho impossível. Não finja se preocupar comigo até por que o que você esta pensando é um absurdo!
- Você não pode ficar com ele.
- Você não podia ter ficado com minha prima, você era o meu namorado, no entanto isso não te impediu não é mesmo? Agora eu sou livre e desimpedida e fico com quem eu bem quiser. Se fosse o caso. Mas apenas não se meta Samuel.
- Depois não diga que eu não avisei.


Apenas o deixei falando sozinho. Até parece que Sam Babaca Uley tem algum tipo de autoridade sobre mim. Haha.                        



POV Paul


Eu já não consigo mais ficar aqui, olhando para o teto do quarto e não tomar uma atitude mais concreta. Sam me aconselhou a ir até Rachel e me abrir, Jacob disse pra eu ir devagar e eu fico nesse meio, confuso sem saber o que fazer. Levanto da cama, visto a camisa e saio de casa sem pensar muito, eu moro bem de frente para a praia de La Push, num cantinho da Reserva um tanto afastado, na verdade de toda a matilha eu sou o que mora mais afastado. E assim que eu vejo o mar sinto a esperança de que meu pai estivesse chegando pra me aconselhar, mas minhas esperanças se frustram. Meu pai quando vai para o mar, leva dias pra voltar e eu já estou acostumado com isso. A distância da minha casa até a dos Black seria um pouco incomoda para um humano percorrer correndo, uma caminhada humana seria de aproximadamente uma hora, se o humano estivesse em muito boa forma. Mas eu percorro esse mesmo trajeto em pouco mais de 15 minutos e isso sem me transformar, que me permitiria ser ainda mais veloz. Chegando próximo a casa de Billy, é justamente ele que eu encontro de saída, me aproximo com o peito inflado de coragem, o pai de Jacob está ciente da situação e ao me ver já começa a rir da minha cara em ironia.

— O que você quer aqui filho? 
— Preciso falar com ela Billy, chega de segredos.
— Você está ciente de que vai lidar com uma leoa da montanha das mais ariscas né? --- Ele estreita os olhos assim que termina de falar e eu sei que Billy está me avaliando.
— Eu faria qualquer coisa por ela Billy, você sabe disso.

O homem em sua cadeira de rodas suspira meneando a cabeça de um jeito sarcástico e de repente afasta um pouco a cadeira me permitindo a passagem.

— Então que nossos ancestrais o ajudem nesse momento filho. 
Meneio a cabeça e passo por ele após ouvi-lo e logo ele me chama novamente.
—Ahh, e Paul.
— Billy?
— Eu pretendia ir até o Charlie, assistir um jogo, mas agora. Vou ficar aqui, esperando pra ver você sendo chutado pra fora...

Ele ri de mim e eu dou de ombros, me aproximo da porta e bato esperando ser atendido. Depois dos 3 minutos mais longos da minha vida a porta se abre.

— Oi, é Paul né? Jacob não está... --- Ela claramente finge de propósito ter esquecido meu nome e eu finjo não me importar.
— Não importa, eu vim falar com você.  
Ela franze o cenho. — Comigo? Sobre? --- Cruza os braços de um jeito desafiador.
— Imagino que você não se importará se eu entrar, não é... --- toco a porta ao lado dela abrindo passagem, me esquivo e entro enquanto ela me assiste com cara de poucos amigos.
— Já que você insiste... O que você quer Paul? Já não basta ficar com esse negócio de ficar mandando recadinhos pelo meu irmão? 
— Exatamente, já basta sim. Vim falar diretamente com você Rachel e acho melhor você se sentar porque a nossa conversa será longa.
— Não sei o que eu poderia ter pra conversar com você... --- Ela se faz de difícil e me olha com ar de esnobe. Rachel percebeu com certeza que algo está acontecendo, noto o jeito que ela me olha, e todas as vezes que tenho tentado me aproximar dela, eu sinto que a deixo nervosa, e isso é um bom sinal. Eu espero...
— Deixa de ser teimosa garota... --- Ela arregala os olhos e eu me sento no sofá, bato a mão no lugar ao lado e volto a falar. — Senta aqui e eu te explico tudo.

 Ela suspira aborrecida e vem em minha direção, se senta ao meu lado e cruza as pernas, que mesmo sob o jeans me causa pensamentos nada próprios para o momento e a seriedade do assunto.

— Vai lá Paul, para de babar e me fala que assunto é esse?
Ela me constrange um pouco mas eu engulo e começo.
— Você lembra do que é ensinado na escola da reserva, sobre as lendas da nossa tribo, descendência dos lobos, todas essas coisas?
Ela me olha com estranheza.
— Lembro. E o que tem isso?


Ela me questiona e é aí que eu desenrolo o assunto. Conto pra ela sobre a parte em que ela nunca soube, mesmo sendo descendente direta do primeiro Quileute a transformar-se. Rachel me observa chocada enquanto eu explico sobre o que aconteceu comigo, com o Jacob e os outros da matilha, ela a todo momento me interrompe com perguntas desejando saber mais detalhadamente sobre as coisas e eu pacientemente explico tudo. Nossa conversa já deve estar acontecendo há pelo menos umas duas horas e enfim, depois de esclarecer todas as dúvidas que ela apresentou, ela para e me olha com um ar um tanto intrigado.


— O que foi? --- Questiono.
— Agora me diz, porque me contou tudo isso? Qual o real motivo pra você estar aqui me revelando todas essas coisas, se você mesmo disse que o Sam exige segredo total?
Respiro fundo e tento tomar o máximo de coragem que posso.
— Sabe o que te contei, sobre o Sam e a Leah terem terminado...
— Tá o lance dele ter tido um treco mágico com a Emily, prima da própria namorada dele. E o que tem isso?
Ela me pergunta e segundos depois seu olhar muda e eu não consigo definir o que se passa em sua mente.

... 2 minutos depois...


— Mas Rachel...
— Que mané "mas Rachel"!! Dê o fora daqui Paul e não me venha mais com essa historinha pra cima de mim! Tá pensando o que? Que eu vou cair nessa conversinha fiada? 
— Rachel, por favor, me deixa te explicar...
— Você já explicou muita coisa Paul! E eu não vou ser a sua namoradinha, só porque um treco idiota de lobo mágico diz que eu tenho que ser.... Que absurdo isso! Você é mais novo que eu, fala sério!
— Isso não tem nada a ver Rachel, me deixa entrar, vamos conversar.... 
— Nós já conversamos Paul, passar bem!


Rachel Black simplesmente bateu a porta da minha cara e eu meio desnorteado me viro pensando no que fazer e me deparo com Billy a alguns metros de mim rindo como se não houvesse amanhã... Respiro fundo pensando em como tudo pra mim é sempre mais difícil, corro dali direto pra oficina, trabalhar e distrair a cabeça pode ser uma boa nesse momento e de quebra ainda consigo desabafar com Jacob que é o meu melhor amigo.                        





POV Elizabeth


Com o despertador tocando, exatamente às dez horas da manha, jogo minhas cobertas para o lado e me levanto. Reparo que hoje está mais frio que nos outros dias, me arrepio ao tirar minhas pantufas quentinhas e colocar os pés no piso gelado. Ligo meu chuveiro no mais quente possível e lavo meu corpo ainda adormecido, hoje estou como naqueles dias em que você esta acordado apenas por fora (RS). Visto minha adorada jaqueta de couro e hoje ao invés de um tênis optei por usar um salto médio.
Fazia frio mas não chovia, o que era ótimo pra mim, não queria chegar molhada no serviço. Como sempre comi apenas uma bolacha de água e sal, realmente não estava com fome hoje. O vento gelado na estrada me deu dor de cabeça então assim que cheguei no pub procurei um remédio em minha bolsa. Com tudo pronto, aquele mesmo ritual de sempre com minhas coqueteleiras abrimos o pub e não demorou pra que ele ficasse lotado.


As horas pareciam voar e pela primeira vez não me peguei reclamando do tempo ou desse emprego. Lilith e Yumi me dão uma força tremenda me incentivam pra que eu não desista desse emprego e elas tem razão, a última coisa que eu quero é ter que pedir dinheiro aos meus pais e ouvir o famoso '' eu te avisei'' . Até que estava me acostumando.  Logo chegou a noite e pude reparar que o Embry meu melhor cliente (isso na minha opinião, é claro) não apareceu por aqui hoje, como tem feito nos últimos dias e eu senti falta de conversar com ele, as vezes ele passava aqui apenas para me dar um "oi" , Embry é uma ótima pessoa.
Mesas após mesas, desiludido por desiludido fui servindo, fazendo meus drinks até que o movimento caiu um pouco. Sentei no meu balcão para comer um lanche natural e quando já estava na metade escuto o sininho da porta tocando, guardo meu lanche e fico atenta para ver se quem entrou escolhera uma mesa. São dois garotos, altos e fortes não tive como não reparar, um mais alto e com certeza mais bonito que o outro, se encaminharam ao balcão sentando nas banquetas logo em seguida. Me peguei reparando em um deles e me repreendi por isso, nunca fui assim, e não vai ser esse deus grego moreno que vai me fazer mudar, e que deus hein. Esperei que pedissem mais eles não o fizeram. Então resolvi perguntar.


- O que vão querer?  - O garoto, o mais forte e mais moreno levantou a cabeça e sorriu, o outro foi quem respondeu com outra pergunta.
- O que nos sugere?
- Bom, faço um drink que modéstia parte é uma delícia, chama- se nevada.
- Não é um daqueles " puro álcool, certo? - O moreno forte perguntou, sua voz grossa era hipnotizante e seu olhar negro me fez corar, como sou ridícula.
- An, não esse é bem suave e é uma boa pra quem gosta de limão. - Lhes sorri.
- Ótimo vamos querer esse, certo Jake? - Então esse era o nome do bonitão, mais uma vez me reeprendi em pensamento. Me distrai com a preparação dos drinks e mais alguém entrou, espiei para ver quem era e me desanimei por que pensei ser o Embry mais era só mais um daqueles que passam de bar em bar antes de ir para casa. Entreguei os copos e sorri de satisfação quando após tomarem um bom gole agradeceram pela dica do drink. O rapaz que já entrou bêbado escolhia seu drink. Fui atendê-lo.


- Hey baby, vou querer esse Accapulco aqui.
-Só um segundo.- Me virei para preparar quando novamente o rapaz me chama.
- É você quem vai fazer? -Perguntou em desdém.
- Sim senhor, algum problema?
- Nenhum, estou afim mesmo de ver do que essas mãos são capazes. - Percebi seu duplo sentido seguido de um sorriso malicioso nojento, eu ia pedir para que meu colega Roger atendesse esse cliente por que me senti incomodada mais o coitado já estava com mesa demais. Fingi não notar seu duplo sentido e preparei seu drink rapidamente saindo de perto em seguida. Me aproximei dos meninos de novo.
- Tudo bem... Elizabeth? - Perguntou lendo meu crachá.
- Tudo sim. 
- Bom eu sou o Paul e esse é o Jacob, e com certeza vamos querer outro desse. - Ele pediu, mais seu amigo Jacob, estava alheio a conversa ele encara o rapaz do banco ao lado. Enquanto o bêbado me encarava, me senti mal ele olhava para mim de um jeito que me dava nojo.
- Hey gostosa, faça mais um para mim, sim? - Fechei a cara para mostrar que não estava gostando mesmo.
- O mesmo drink senhor?
- Vejamos, agora eu quero essa chamada" beijo na boca" , adoraria ver o que mais você sabe fazer. - Mais uma vez fingi não ouvir,  olhei para o lado apenas para me certificar de que estava tudo em ordem, e Jacob estava com o maxilar trincado as mãos em punho no balcão.


Entreguei o drink ao rapaz e mais uma vez me afastei  eu estava cogitando a idéia de pedir pra que tirassem esse cara daqui, mas já estávamos quase fechando mesmo. Paul e Jacob permaneciam sentados ali mesmo depois de terem pago a conta assim como o outro rapaz, o bêbado, mas este se encaminhava ao banheiro, ótimo! Pensei comigo mesma talvez ele já esteja indo embora. 
Recolhi o lixo debaixo da minha bancada, pedi para que Roger cuidasse de tudo enquanto eu colocava o lixo pra fora. Sai pela porta dos fundos, dois sacos enormes nas mãos os quais rapidamente me livrei. Já estava voltando para dentro quando sinto braços fortes me segurando me dando o maior susto, quando me virei vida que era aquele bêbado do pub.


- Ah gostosa fica mais um pouco. - Fechou minha passagem.
- Com licença. - Tentei passar e ele jogou meu corpo contra a parede.- Me solta! - Pedi assustada.
- Sabe, eu estava falando serio la dentro. Adoraria ver o que sabe fazer. - Sussurrou jogando em meu rosto seu hálito de álcool lambendo meu pescoço logo em seguida. Estremeci de puro nojo. Suas mãos em minha coxa apertando. Entrei em desespero.
- Me larga . - Pedia em completo desespero, a essa hora eu já chorava tentando me soltar, suas mãos nojentas passeando pelo meu corpo. - Socorro! - Eu pedia mesmo que ninguém me escutasse. - Me larga.
- Shiii, que é? Você pareceu gostar aquela hora la dentro.
- Não, por favor. - Agora eu só chorava, empurrá-lo não estava adiantando nada.
- A moça disse não, será que você não escutou? - Ouvi aquela voz grosso que me acalmou na hora e senti o corpo do bêbado que me agarrava ser puxado para longe do meu. Escorreguei para o chão chorando. Escutava barulhos de socos mas não queria ver a cena eu sabia que aquela deus estava batendo no rapaz , sou contra a violência mas no momento só conseguia pensar no quanto ele merecia aquilo.
- Já chega Jake, ele já teve o que merecia. -Paul também estava ali. - Cuide da garota Jake, já chega. -E então os sons sessaram. Senti braços quentes me levantando instintivamente o abracei e pude perceber que ele tremia por inteiro. Eu me sentia tonta e enjoada, a última coisa da qual me lembro foi de deitar a cabeça em seu peito forte e sentir seu maravilhoso cheiro. Era  como o cheiro das primeiras gotas de chuva caindo na terra.




POV Jacob


Sabe quando você conhece alguém e essa pessoa não sai da tua cabeça? E não me entenda mal, eu não estou falando de imprinting... Não, isso não aconteceu. Mas uma atração, ou química como muitos chamam, não sei definir muito bem. Gostei do jeitinho dela, poxa e como não gostar? Ela se atirou no mar revolto do La Push pra tentar me salvar... Tentar né? Porque acabou saindo de lá em meus braços e não posso negar, foi muito bom sentir que algo tão simples quanto isso, a deixou impressionada e agradecida. Eu sei que ela também gostou de mim, ela até tentou disfarçar mas não conseguiu, essa garota está mesmo na minha e eu sinto que ela é bem diferente das tantas outras garotas com quem venho saído sem nenhum comprometimento. Não, ela não é mesmo como as outras. Yume é especial pra mim.
Mas aí algo completamente louco acontece. Vendo meu amigo numa pior por causa da minha irmã, que é alvo do seu imprinting, mas está se fazendo de difícil... Resolvi sair com ele pra bater um papo, deixar ele desabafar um pouco, sei lá. E entramos no primeiro lugar que encontramos, um pub com alguns bêbados chorando suas mágoas e amarguras num copo de vodka, mas mesmo aquele sendo um lugar um tanto patético pra se estar, foi incrível encontrar o que eu encontrei ali. Na verdade, quem eu encontrei ali. Uma linda moça com os olhos mais doces que alguém poderia ter e nesse instante eu ralhei comigo mesmo por conseguir a proeza de me encantar por alguém depois de conhecer a Yume. Ela deveria ser meu foco agora, é uma garota incrível, inteligente, simpática e que me atraiu instantaneamente. Mas aí surge essa loirinha, com olhar entristecido e ainda assim atendendo a todos com um sorriso no rosto e uma simpatia que sinceramente só alguém com o coração muito bom, conseguiria ter num lugar como esse. Fuquei um tanto hipnotizado olhando pra ela e Paul até me repreendeu por isso, mas o que posso fazer? Não consigo não olhar pra ela. 

E eis que surge esse cara importunando a garota. Me vejo obrigado a me controlar de tanta vontade que tenho de socar a cara dele ao ver a forma que ele fala com ela, será que esse cara não aprendeu que uma mulher merece ser tratada no mínimo com respeito? Ainda mais alguém tão doce e delicada... Bêbado idiota. Nunca teria a menor chance com ela, tenho certeza, mesmo sem conhecê-la ainda. E aí, mesmo com Paul buzinando na minha orelha que eu vou acabar me metendo em confusão, a situação passa a praticamente implorar por minha interferência. Com esse lance de lobo ouvir muito além que um humano ouviria, mesmo sem estar transformado, eu ouvi o imbecil de cara cheia ir até onde a garota foi e passar dos limites que a minha compreensão é capaz de aceitar. Eu não poderia jamais permitir que algo assim acontecesse...

Com a cena que vi quando cheguei nos fundos do pub, minha vontade era bater naquele imbecil até que ele aprendesse a respeitar uma mulher. Não deixei essa oportunidade passar, estava fora de mim. Mas Paul tinha razão em tirar-me de cima dele, com a raiva que estava eu acabaria matando o idiota. A garota estava fragilizada, precisava de alguém, precisava de mim. A abracei trazendo seu corpo do chão. Ela me apertava, esperei que ela entrasse em choque ou algo assim e pro meu desespero a garota desmaiou nos meus braços.
Esperei Elizabeth acordar e me preocupei pela demora. O cara já havia levantado e saído correndo. Bom pra ele que o deixei ir. Ela se mexeu no meu colo e acordou, no primeiro momento se debateu assustada.

- Shii...ta tudo bem agora.- Sussurrei para não assusta-la mais. Sua respiração era irregular no meu pescoço era visível seu medo.
- Eu...eu preciso ir pra casa, quero ir pra casa. - Levantei do chão onde me sentei quando ela desmaiou.
- Vem, eu te levo
- Não precisa. - Ela ainda chorava muito e cambaleou quando levantou.
- Você não esta em condições de dirigir.-.Insisti.
- Não posso deixar minha moto aqui. -Moto? Pensei.
- Okay, Paul você não se importa de levar a moto não é mesmo?
- Pode deixar que eu levo Jake. 
Voltamos para o pub e esperamos ela pegar suas coisas e entregar a chave da moto para o Paul. Já no meu carro ela permaneceu calada, abalada é claro. Não gosto nem de imaginar o que teria acontecido se eu não estivesse la.
- Você esta bem, Elizabeth?
- Lizie, me chame de Lizie - Sorriu - E sim, estou bem, obrigada Jacob- Voltou a chorar.
- Tá tudo bem, já passou  - Afaguei seu rosto parando na casa em que me indicou. Elizabeth suspirou e saiu do carro. Paul deixou a moto na entrada da garagem e foi me esperar no carro.
- Você vai ficar bem ? - Perguntei preocupado.
- Vou sim, obrigada mais uma vez.
- Eu volto - Ela levantou o olhar para mim, me fitando, seu olhar era doce - Volto para ver como você está - Ela assentiu e inesperadamente me abraçou, automaticamente minhas mãos foram para seus cabelos, afagando.
- Obrigada - Ela se afastou - Boa noite Jacob. - Seu olhar assustado ainda estava ali enquanto fechava a porta.


Paul buzinou impaciente pra que eu me apressasse enquanto eu dava as costas à porta fechada. Meus pensamentos viajavam entre as duas garotas que eu tinha conhecido em tão pouco tempo, mas que mudou algo dentro de mim. No meio do caminho ouvi mais uma vez o som estridente da buzina ecoar pela noite silenciosa. Dessa vez apressei o passo, Paul ia acabar acordando a vizinhança toda  da garota daquele jeito.
 


Notas Finais


Galera, nós sabemos que é chato ficar pedindo comentários... Mas é a maneira de termos um feedback de vocês do que tá legal ou não, então... Fiquem à vontade pra colaborar conosco! kkkk


Até daqui 15 dias!


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