História World Of The Dead - Eyes

Ao chegar a casa, descobrimos que o homem que nos salvou era Morgan, ele ajudou Rick no começo de tudo e parecia procurar ele para finalmente poder ficar ao lado de seu grande amigo que conhecerá no pior momento.

Nessas ultimas semanas nada muito importante aconteceu, eu, Daryl e Aaron continuamos com o recrutamento, mas não achamos nada e ninguém, paramos de ver os famosos zumbis com o “W” em suas testas.

Eu e Daryl, bom éramos o casal mais estranho dali com certeza. Hora estávamos bens outros completamente irritados um com o outro, o que já me acostumei. Vamos dizer que um Dixon nunca foi fácil de lidar.

Rick, essas semanas estava meio isolado, quando voltamos descobrimos o que ocorreu com o marido da Deanna e com o de Jessie havia sido mortos. Tentei conversar com ele, mas sabia que ele queria um tempo sozinho e aos poucos tudo foi voltando como antes.

***

Acordei com a claridade batendo em meu rosto, me virei encaixando meu rosto entre o pescoço do Daryl, podendo cheirar o seu cheiro natural. – agradeci por ele já te começado a tomar banho. – em seguida beijei no local vendo que o mesmo tinha se arrepiado logo em seguida, assim, me fazendo sorrir.

— Hora de acordar? – diz com sua linda voz rouca.

— Não, pode dormir mais se quiser, não iremos sair hoje. – começo a mexer em seu cabelo.

— Hum, isso é ótimo. – me virou para poder me abraçar por trás.

Ficamos por uns tempos assim, deitados e calmos, o que era muito raro de acontecer, sempre alguém nos chamava para poder ajudar em algo que talvez não fosse necessário.

Ultimamente vinha muito pensando entre minha relação com Daryl, eu o amava, o amava como nunca amei ninguém, claramente não tive muitos namorados, talvez, três em todo esse tempo e eu sabia que eu e o Dixon podíamos ter tudo, mas não éramos namorados, tínhamos uma relação completamente difícil de lidar. Com todo esse tempo juntos eu já havia falado que eu o amava mais do que eu devia talvez.

Eu o amo, sabia que não iria receber as mesmas palavras vindo dele, nem eu mesma acreditava que tinha falado para o mesmo. Daryl já não é um homem de se relacionar, de ter sentimentos, isso percebemos logo que vemos em seu olhar, mas eu sabia que depois de tudo, ele sentia algo, ele se importava, mas eu queria tentar entender o que realmente sentia. Estamos em uma época em que cada momento é sagrado, se saiamos pelo aquele portão tínhamos chance de nunca mais voltar. E eu tinha medo disso acontecer comigo antes de saber o que ele realmente queria de mim.

Mas então me lembre de quando eu havia chegado chorando em casa por causa de um namorado e meu irmão, tão pequeno e esperto, estava sentado no sofá, me perguntou o que aconteceu e eu apenas desabei então ele me surpreendeu dizendo “Tenha paciência. Tudo aquilo que você deseja, se for verdadeiro, e o mais importante: se for para ser seu, acontecerá.” Sorri a me lembrar dele, sentia tanta sua falta, mas me odiava ao lembrar-se do maldito dia em que eu o perdi.

Virei-me podendo ficar de frente para Daryl, olhava para seu rosto, cada traço dele, com minha mão direita passava levemente pelas suas pequenas cicatrizes quase impercebíveis, depois a desci ate seus lábios finos, mas completamente viciantes, nesse momento ele já olhava para mim, me observando também. Então eu olhei para onde eram meu porto seguro, seus olhos. Porque quando eu vi meus olhos penetraram nos dele, e por um instante foi como se o mundo todo parasse no tempo e só existisse eu e ele, ali, frente a frente, olho a olho, face a face, quando seu olhar desviou por um único instante tudo parecia mudar.

DARYL DIXON P.O.V.

Ela olhava para o meu rosto como se fosse à coisa mais importante naquele momento, talvez fosse sua mão estava em meus lábios e olhava bem no fundo dos meus olhos, como se através deles ela pudesse ver minha alma. Não como isso tudo entre nós começou.

Acho que foram seus olhos, ou seus lábios, ou seu sorriso, eu ainda não descobri o que foi, mas algo nela me fez perder o controle. O alto controle que tanto eu falava, batia no peito e dizia "comigo não, eu sei me controlar." Aquilo não era controle, era falta de amor, falta de paixão, de todo o sentimento necessário, aquilo era a pessoa errada tentando agir como a certa, e pra mim era fácil demais recusar. Já com a Chloe não, nem teve jeito, porque tinha amor, paixão, química. Tinha sentimento até demais e foi ai que eu perdi o controle, perdi não, foi ali que descobri que quando se trata dela nem controle eu tenho.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranoia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes frio, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso. E ela conseguiu fazer isso sem nenhum sacrifício, parecia ser a coisa mais fácil para ela. Fazer com que todo aquele cara durão, sem sentimentos fosse embora, mas só quando estava com ela sozinho, onde eu poderia, sem nenhuma dificuldade mostrar o eu que eu tanto guardei.

Então me lembrei de uma frase de uma grande amiga, Beth, onde ela dizia que quando você se importava com as pessoas, se machucar vinha no pacote. Olhando para a linda mulher que estava deitada ao meu lado, ainda nos encarando, veio em minha mente será que um dia ela me machucaria? Ou seria que eu a machucaria?

Só sei que nunca senti o que estava sentindo pela aquela mulher, nunca tratei uma como a trato e principalmente, nunca senti nada como sinto com ela. E isso me assustava.

— Eu te amo. – e mais uma vez eu havia escutado aquelas palavras que tanto me assustava.