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História Wrong for you - Baegyado


Escrita por: LolaFly

Notas do Autor


Quem ta vivo sempre aparece, não é mesmo?
Pode me matar, eu deixo
Mas antes, leiam o capitulo, okay?
Boa Leitura :3

Capítulo 3 - Baegyado


- Hyung! Olhe aquela praia! Eu quero ir lá! – Minhyuk gritou quando ainda estava desembarcando. Não importa quanto tempo passe, ele continua sendo uma criança imperativa.

- Calma, Minnie. Vamos nos instalar no quarto primeiro, depois a gente resolve o lugar que iremos. – Respondi enquanto pegava minhas malas, que se resumiam em apenas uma mochila simples e uma mala de mão. Minhyuk também pegou sua bagagem e assim fomos na direção, indicada por um dos funcionários da balsa, que nos levaria até o hotel.

Na verdade, o nosso destino não ficava muito longe. Apenas seguimos a trilha de pedra por alguns minutos e conseguimos chegar até uma residência de madeira com aparência rural, uma pensão bonita e confortável, mas acima de tudo simples. Eu realmente gostei do local.

Minhyuk já havia ligado semanas antes para reservar nossos quartos, então não houve problema algum quando demos nossos nomes para uma senhora de sorriso simpático na entrada. A mesma nos recebeu como se fosse uma mãe preocupada, levando-nos até o segundo andar e indicando o nosso quarto.

- Não achei que era preciso dois quartos apenas para nós dois. – Minhyuk explicou ao ver minha expressão questionadora ao observar a mulher desejar um bom dia e sair sem me mostrar o meu quarto. – Nós temos intimidade o suficiente para dividir o mesmo quarto, hyung.

Sim, nós realmente tínhamos intimidade, mas não o suficiente. Não tanto quanto eu queria e não da maneira como eu queria.

- Tudo bem. – Respondi simples. – Não tire muitas coisas de sua mala. Amanhã iremos embora, e eu não quero bagunça.

- Você parece o Appa falando assim, Joohoney. – O loiro disse colocando suas malas sobre a cama de solteiro.

Eu revirei os olhos com seu tom de deboche. Minhyuk sempre usava esse apelido – que eu, diga-se de passagem, detestava – quando queria ser irônico ou atrevido, esquecendo por alguns segundos quem era o verdadeiro hyung. Eu odiava que as pessoas me chamassem dessa maneira, desde que Hoseok inventou esse apelido, eu não tive mais paz, principalmente depois que Minhyuk, que na época era um adolescente cheio de emoções extremas e continuas, adotou esse apelido. Joohoney é meu inferno pessoal. Obrigado, Hoseok, um dia eu ainda lhe mato por causa disso.

Não o respondi por pura birra, arrancando risadas do ômega. Comecei a tirar apenas o necessário da mala para que eu pudesse tomar um banho, retirar aquele cheiro de “sono” que ainda residia no meu corpo.

- Eu gostei daqui. Eles acertaram o meu gosto. – Minhyuk disse quando eu já andava em direção ao banheiro que tinha no quarto. Olhei em sua direção para entender o que ele falava e pude ver o lençol da cor amarela que tinha na sua cama. Não segurei o riso leve que subiu por minha garganta.

- Acho que isso é um bom sinal. – Minhyuk sorriu e concordou. – Eu vou tomar um banho, depois você vai e assim podemos ir para o lugar que você quiser, tudo bem?

Pude ver Minhyuk novamente concordar antes de fechar a porta do banheiro e tomar meu merecido banho.

 

 

O chapéu de praia tentava a todo custo seguir o percurso do forte vento da praia, no entanto, Minhyuk o impedia de voar segurando com sua mão esquerda ao mesmo tempo que sorria tão brilhante quanto a areia da praia.

Meu boné estava firme em minha cabeça, impedindo que meus olhos ardessem com a luz tão ardente do sol. Apesar de todos os detalhes considerados incômodos para nós seres humanos, a paisagem valia muito a pena.

A agua era o azul mais bonito que eu tive o prazer de apreciar em minha vida, combinando perfeitamente com o céu de meio-dia com poucas nuvens. – Parece que eu estou dentro de uma fotografia. – Foi o que Minnie disse ao se deparar com um cenário tão bonito.

- Você quer mergulhar um pouco, Minnie? – Questionei enquanto observava ele tentar manipular a máquina pendurada em seu pescoço ao mesmo tempo que segurava seu chapéu.  Ele parecia tão imerso na câmera que nem ao menos conseguiu me escutar. – Minhyuk!

- Sim? – Ele finalmente saiu de seu mundo particular. Quando Minhyuk está com uma câmera, é o único momento que ele realmente consegue se focar somente em uma coisa, sem ficar animado e inquieto como sempre.

- Perguntei se você quer ficar e dar um mergulho.

- Ah não, hyung! Você sabe que eu não sei nadar em mar. Eu só vou se você vier comigo.

Ficar com o Minhyuk em uma praia vazia, debaixo da agua, com ele e eu usando somente uma bermuda e ainda tendo que ficar próximo dele para o manter em segurança. Parecia ser muito arriscado para mim.

- Melhor não. Acabamos de almoçar na pensão, acho muito arriscado mergulhar. Quem sabe, mais tarde a gente não dá um mergulho. – Usei como desculpa, mas, de certa forma, eu estava sendo responsável.

- Você é realmente um velhinho cismado. Sempre tão protetor... – Minhyuk disse atrevido antes de levar sua câmera até seu rosto e registrar aquela linda paisagem.

Arrumei um lugar na areia e coloquei duas cadeiras de praia, em seguida o guarda-sol para termos uma sombra confortável em meio a tanto calor. Me sentei na mesma e peguei um livro, aproveitando aquela paz para ler um pouco.

- Só você para trazer um livro para a praia... – Minhyuk resmungou ainda tirando várias fotos. Afinal, esse era o objetivo dessa viagem.

- É bom exercitar a mente constantemente. – Respondi no mesmo tom de deboche.

- Não use palavras difíceis para parecer inteligente. Aposto que daqui a quinze minutos você já vai ter dormido, hyung.

- Você está sendo muito atrevido com seu hyung, não acha, criança?

- Isso é porque eu te amo. – Minhyuk falou rindo e eu revirei os olhos, sabendo que aquilo era só uma brincadeira. Estou muito velho para me deixar levar por palavras tão superficiais e brincalhonas como as da minha criança. Quer dizer, pelo menos é isso que eu me digo toda vez que meu peito se aperta ao escuta-lo falando dessa forma.

Continuamos ali, eu com o livro na mão e o Minhyuk tirando incontáveis fotos, em várias posições, com vários focos e técnicas que ele aprenderá na faculdade. Ele estava levando aquela viagem como uma ótima experiência profissionalizante.

Não sei quando aconteceu, na verdade, nem ao menos notei que eu havia dormido, só percebi quando senti alguém me cutucando e a típica voz da criança debochada:

- Está com uma babinha escorrendo em sua boca, hyung.

Abri os olhos, estes que arderam com a claridade ainda presente do sol forte tropical. Mas não tanto graças a figura bem perto dos meus olhos, impedindo que a luz me atacasse diretamente. Era ele, perto demais.

- O que foi? – Perguntei, tentando esconder meu nervosismo, meu medo de fazer uma besteira grande demais.

- Eu estive conversando com uns caras que passaram por aqui. – Minhyuk finalmente se afastou, se sentando em sua cadeira e me dando a oportunidade de arrumar minha postura. – Eles também são turistas. Vieram da China. Eles falaram para mim que seguindo aquele caminho de rochas, do outro lado vai ter o farol da ilha. Vamos lá?

Esfreguei a costa da minha mão em meus olhos, tentando afastar a sonolência que me tomou e processando as palavras do ômega. Agora estando bem desperto, pude perceber que o sol não estava tão forte quanto no horário do almoço.

- Onde?

- Por ali, hyung. –Ele apontou para as extremidades da praia, onde havia rochas que delimitavam a área, havia muitas arvores e não parecia existir uma trilha humana por ali. – Vamos! Eu quero tirar fotos do farol.

Eu, tipicamente, fiz sua vontade. Reuni nossas coisas novamente na mochila e o desnecessário, como a cadeira e o guarda-sol, levei de voltar para a pensão. Em poucos minutos, estávamos no caminho indicado pelos tais turistas chineses.

 

 

Eu não sei quanto tempo se passou, mas, ao julgar pelas dores em meu corpo, principalmente nas pernas, pude saber que já caminhávamos há um longo período. Nós estávamos seguindo uma trilha quase inexistente em meio as rochas.

Eu desejava ir embora, falando para Minhyuk para voltarmos pois aquilo não nós levaríamos a lugar nenhum, no entanto, o ômega se mantinha otimista e insistia para que continuássemos.

- Eu já estou cansado, Minnie. Está ficando tarde... – Resmunguei enquanto ele permanecia caminhando animado, sem jamais perder seu ritmo. – Sem falar que parece que vai chover.

- Pare de ser tão velho, hyung! Estamos quase chegando e não vai chover. Confie em mim.

 

 

- Não sei porque eu ainda continuo realizando suas vontades!

Oh, droga! Naquele ponto, eu estava mais do que irritado. Além de andarmos por muito tempo, agora estávamos começando a ficar molhados por conta da chuva que se iniciou. Eu não devia ter escutado o Minhyuk! Estávamos na primavera, chuvas repentinas eram comuns, principalmente no litoral, mas, mesmo sabendo disso, eu resolvi escutar a minha criança. O pior erro de todos.

- Pare de falar e corra, hyung! Eu não posso molhar minha câmera. – Ele gritou enquanto corria pela trilha, eu apenas o segui, sem escolhas.

As rochas pareciam mais escorregadias na chuva, fazendo com que tomássemos um cuidado especial. Por sorte, o pouco de terra que havia ali nos dava um pouco de segurança.

Por conta da corrida, creio que chegamos mais rápido ao nosso destino, conseguindo avistar o grande farol, que agora permanecia ligado para guiar os barcos ao redor da praia. A chuva engrossava e fazia com que corrêssemos ainda mais rápido em direção ao único porto seguro ali.

Atravessamos uma pequena ponte de madeira para chegarmos a construção e demorou um pouco para encontrássemos a porta de entrada da mesma, esta que era de madeira e parecia estar sem manutenção há anos, me obrigando a chuta-la para que se abrisse.

- Graças a Deus! – Minhyuk disse baixo ao ligar sua câmera e conferir que esta estava funcionando normalmente, sem nenhum dano aparentemente.

Estamos molhados, com frio e cansados por conta da corrida, mas a salvos. A mochila em minhas costas guardava uma garrafa de agua e dois sanduiches feitos pela senhora da pensão que me entregou os mesmos antes que fossemos nessa pequena aventura. Eu tenho que a agradecer quando voltar.

- Vamos subir, hyung?

Minhyuk apontou para uma escada próxima que, ainda com a iluminação precária, eu consegui enxergar. Provavelmente aquela escada nos levaria para o topo do farol, onde a grande luz que guiava os barcos ficava. Bom, lá deve ser mais quente do que o andar inferior.

E eu estava certo. A luz deixava a área mais quente e, logicamente, mais visível para os meus olhos.

A área era aberta, grande e em formato de círculo, sendo que no meio havia uma grande lanterna que girava sem pausa tendo um vidro ao seu redor para impedir que estragasse a curto prazo. Para delimitar a área, havia grades simples.

A chuva não conseguia nos alcançar então decidimos que ficaríamos ali até a mesma cessar. Afinal, era somente algo de primavera, passageiro.

Peguei o sanduiche dentro da bolsa e entreguei a Minhyuk junto com a garrada de agua, não demorando em pegar o meu também e começar a come-lo. Eu estava morrendo de fome!

Enquanto eu comia, notei a paisagem que podia ser vista daquele ponto alto. Mesmo com a chuva, pude observar a imensidão de agua escura e agitada, mas não deixando de ser bela. Era uma beleza obscura graças as nuvens acinzentadas e densas. Era... diferente.

Olhei para o lado ao escutar um fungar baixo e discreto. Minhyuk estava comendo o seu lanche vagarosamente e tremia de frio, me causando uma preocupação típica.

Infelizmente, eu não tinha nenhuma blusa de frio ou algo que lhe aquecesse naquele momento. Tive uma ideia perigosa e pensei muito se deveria ou não arriscar, mas quando se tratava do bem-estar dele, eu podia fazer qualquer coisa.

Me aproximei com cuidado e o puxei para mim. Eu estava igualmente frio, mas ainda assim era melhor do que ficar exposto daquela forma. Ele não disse nada e eu não pude ver sua expressão por conta da posição. Não sabia o que se passava em sua cabeça naquele momento.

 

 

A chuva estava, aos poucos, ficando mais fina e serena, dando indícios de que logo se cessaria. Eu não sabia quantas horas era, mas arrisco dizer que estava próximo do crepúsculo. Talvez nós déssemos sorte de ver o pôr-do-sol dali.

Minhyuk permaneceu calado por todo esse tempo, o que era incrível. Uma criança tão imperativa e falante como ele não costumava a ficar tão quieta por um período tão longo de tempo. Isso me deixava mais apreensível.

- Está quase acabando... – Falei baixo, me referindo a chuva, para testar se ele estava dormindo ou não.

- Hyung, por que você veio?

Sua voz saiu baixa e rouca, por causa do tempo em que ele não a usou. Por alguns segundos, minha mente ficou completamente vazia, tentando processar o sentindo no qual ele proferiu aquela frase, sem querer me deixar levar por ideias impensadas demais. Eu jamais poderia agir por impulso com Minhyuk.

- Para cuidar de você. Não poderia te deixar sozinho.

Julguei aquela resposta aceitável para as circunstâncias, no entanto, o silencio que se instalou em seguida me fez repensar minhas palavras, questionando a mim mesmo se, talvez, aquilo tivesse sido um tanto quanto estranho para minha criança.

- Como você me vê, hyung?

Isso era uma pergunta um tanto quanto comprometedora. Novamente, não poderia deixar que meus verdadeiros pensamentos entrassem em ação. O que eu não entendia era o motivo por trás de suas palavras. O que ele tentava arrancar de mim? E aquele sentimento, o mesmo que eu senti quando Hyungwon conversou comigo antes de viajarmos, me tomou. Ele sabia? Minhyuk sabia meus sentimentos? Oh, meu Deus! Eu estava parecendo um adolescente em crise!

- Eu te vejo da mesma forma que você me vê, Minnie.

A resposta incerta, no entanto, a melhor que eu poderia bolar em tais circunstâncias.

 O silencio, naquele momento, nunca me pareceu tão agradável e reconfortante ao mesmo tempo que tortuoso.

 

Como previsto, a chuva cessou. As nuvens acinzentadas se dispersaram deixando um céu mais limpo do que na manhã daquele mesmo dia, o mar voltou a ser tranquilo e o sol estava se despedindo.

Eu me levantei e o Minhyuk fez o mesmo. Em um acordo silencioso, nós dois nos encaminhamos para as grades e observamos o pôr-do-sol tranquilo e gracioso de Baegyado. O que foi estranho para mim foi o fato de Minhyuk não registrar aquela cena, a qual ele tanto almejava e o motivo pelo qual andamos tanto, nem ao menos tocou em sua câmera ou fez menção de tal.

Me virei para si e o olhei questionador. – Não vai tirar nenhuma foto, Minnie?

Não, ele não ia. Nem ao menos estava pensando sobre isso. Muito pelo contrário, sua mente estava raciocinando algo tão surpreendente e espetacular quanto sua personalidade cor de amarelo vivo.

O local era romântico, tranquilo e perfeito para o primeiro beijo de um casal de adolescentes vivendo seu primeiro amor. No entanto, eu não era um adolescente e não estava vivendo, tecnicamente, meu primeiro amor e sim o mais intenso deles, o mais intenso e errado. Mas, ainda sobre essas circunstâncias, nada impediu que Minhyuk se aproximasse rápido demais para meus sentidos entorpecidos por sua presença e selasse o contato que eu tanto almejava ao mesmo tempo que condenava.

Em minha mente, os sentidos estavam em colapso e guerreando com todos os pensamentos maduros e racionais que minha idade me obrigava a ter. Em contrapartida, em meu peito, somente restava explosões idiotas de ansiedade e batimentos descontrolados dignos de alguém inexperiente, o que não era meu caso. Minhyuk me fazia me sentir dessa maneira, jovem, inexperiente, idiota e extremamente bobo apaixonado.

O selar foi rápido, mas longo o suficiente para levar ao precipício. Não fechei os olhos em nenhum momento, diferente dele que não me olhou de forma alguma. Minhyuk se afastou e, sem falar nada, deu as costas, pegou minha mochila e foi em direção ao lugar pelo qual entramos.

Eu realmente não o entendia e também não me entendia. Nós éramos dois malditos adolescentes infantis demais para lidar com tudo aquilo.  

 

 

 


Notas Finais


Minhyuk é mais confuso que eu no meio de fandoms americanos.
O primeiro beijo nem foi tão primeiro beijo, nada de espetacular, mas necessário.
Agora, vamos começar com as minhas desculpas:

Gente, me perdoa. Primeiro, eu não consegui escrever nada pela ansiedade que tomou meu corpo por causa do fansign do 24K, e depois que o fansign passou, não consegui escrever nada por causa da depressão de viver sem meus filhos. Depois disso, eu acabei machucando o pulso devido uma briga que eu tive com meu professor de luta (aries sendo aries, pois é). Fiquei tão triste com muitas coisas que aconteceram que nem ao menos consegui escrever uma frase decente. Me perdoa, por favor, e não desiste de mim.

Esse capitulo nem ficou essas coisas por causa desses motivos. Nesse momento, eu estou gripada e morrendo de dor de cabeça, porém, era injusto deixar vocês sem essa fic por mais tempo. Na verdade, acho que não tem ninguem lendo isso agora, gksdghs, desistiram de mim?? Provavelmente.

Bom, mas eu não desisti de Joohyuk.
Acho que é só isso mesmo.
Esperem mais interações interessantes Joohyuk no próximo capitulo. Estou pensando em altas coisinhas para esses dois :3

Tchauzinho


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