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História Yeong-ung - Vinte e Quatro


Escrita por: NatyBonaty

Capítulo 25 - Vinte e Quatro


Fanfic / Fanfiction Yeong-ung - Vinte e Quatro

LISA

Xiumim foi um fofo à todo momento enquanto me levava para casa. Parou em uma conveniência, mesmo que eu não tivesse dito nada, e comprou sorvetes para a gente. Então seguiu até o mirante da cidade, ficamos ali, apenas olhando as luzes e tomando sorvete em silencio. Eu não queria conversar mesmo, na verdade nem pensar, e o que ele fez me ajudou bastante.

- Obrigada. – falei depois de um tempo parados ali.

- Gosto de vim aqui quando fico chateado. – disse ele – Me ajuda a pensar direito e a relaxar.

- Realmente funciona. – dou um sorriso leve – Mas agora pode me levar pra casa?

- Claro.  – ele desencosta do carro.

Desço do capô e voltamos pra dentro. Trocamos poucas palavras durante o trajeto, mas eu me sentia realmente melhor. Isso até ele estacionar diante da minha casa e eu ver Suho parado na frente do portão. Me despedi de Xiumim, agradecendo mais um vez por ter me ajudado e animado novamente, e segui para dentro de casa. Iria ignorar completamente Suho, até perceber a pilha de papeis em suas mãos.

- Retirei todos. – disse ele notando meu olhar – Não sabia o que haviam feito.

Cruzo os braços, virando pra ele. Xiumim dobrava a esquina agora e estávamos sozinhos na rua sempre calma durante a noite.

- E mesmo assim não foi atrás de mim. – comento.

- Você estava com raiva. – ele olhou em meus olhos – Não sei o que fiz pra você, mas vi e ouvi o que disse quando entrou no carro dele. – indicou o caminho por onde Xiumim havia sumido.

Baixo os olhos. Sim, eu fiquei com raiva, mas não era exatamente dele. Achei que era, mas no fim era de Jennie e seus amigos, que tanto infernizavam a minha vida.

- Porque estava com a Jennie naquela hora? Achei que não se falassem mais. – pergunto voltando o olhar pra ele.

- Eu não estava com ela. Jimim me chamou para falar sobre o jogo, ela e Chaeyoung estavam lá já. Mal trocamos palavras.

Molho o lábio, novamente desviando o olhar do dele. Eu estava parecendo uma namorada ciumenta. Suspirei. Minha raiva nem estava mais ali. Não por ele, apenas vergonha por aquelas fotos e pelo que ocorreu, já que minha raiva por Rosé e seus amigos era eterna.

- Sinto muito pelo que aconteceu. Eu teria evitado se soubesse. – diz sincero, seus olhos sem deixar meu rosto – Mas ainda vou dar um jeito neles, isso não vai ficar assim.

- Esquece Sohu. – balanço a cabeça em negação – Um dia vão esquecer disso.

- Mas Lisa...

- Deixa pra lá. Já estou acostumada. – viro o rosto sentindo aquela tristeza de novo, a vontade de chorar – Só quero dormir e esquecer esse dia.

Ele fica me olhando por um tempo e então assente.

- Tudo bem. Vou queimar essas fotos, e tentar recuperar os originais pra não fazerem mais isso.

Assinto e viro para entrar em casa, mas paro e volto indo até ele e o abraçando. Suho fica surpreso, mas me abraça carinhosamente. Me sinto tão bem em seus braços que mal consigo me afastar.

- Obrigada por se preocupar comigo.

- Claro que me preocupo. – ele toca meu rosto fazendo uma caricia – Você é minha amiga.

Dou um sorriso curto. Eu sonhava com o dia que ele não dissesse isso. Viro e entro em casa sem outra palavra. Tomo um banho e caio na cama, cansada daquele dia, e de como ia indo minha vida.

***

Durante a madrugada achei ter ouvido a moto de Suho sendo ligada, mas não levantei, devia ser algum problema para ele resolver, como sempre. Pela manhã levantei me sentindo tão cansada quanto no dia anterior. Tudo que aconteceu parecia não querer me deixar. Tomei café de forma mecânica e ajudei minha mãe com o que precisava ser feito apenas pelo costume disso. Pela tarde fui fiquei jogada no meu quarto, olhando pro teto enquanto ouvi um pouco de música.

- Lisa! Lisa, tá acordada?

Ergo um pouco a cabeça pra olhar pela janela, Suho estava na janela dele, olhando pra mim. Sentei e dei um sorriso fraco.

- Oi. O que houve?

- Pode sair?

Olho pro relógio ao lado da cama e assinto pra ele. Ergo a mão para que ele esperasse um pouco e levanto da cama, indo pra saída. Aviso pra mamãe, que estava na cozinha, que iria até a casa do Suho e então saio para o encontrar na frente da sua casa.

- O que aconteceu? Ouvi sua moto ontem.

- Jennie esteve aqui.

Paro antes de retirar meus sapatos pra entrar na sua casa.

- Jennie o que? – o encaro.

- Não sei o que aconteceu, mas ela estava perdida aqui na no bairro. Os meninos da bocada pararam ela quase em frente da sua casa.

Entreabro os lábios, chocada.

- Perdida, aqui? Mas... – balanço a cabeça – Isso não faz sentido.

- Eu sei. Achei que pudesse me ajudar a entender o que houve. Levei ela pra casa e não conversamos muito.

Cruzo o braço e penso um pouco.

- Acho que foi por causa do jogo. Apesar de não fazer tanto sentido. – penso em voz alta.

- O que quer dizer? – ele senta em frente da porta.

Sento a seu lado, olhando pelo quintal enquanto explico a idiotice que era nossa escola.

- Temos meio que um ritual. O time que perde, pega o mascote da escola. Mas esse ano acho que eles resolveram mudar de ideia e levaram a Jennie.

- Pra que isso? – indaga abismado.

- Vai entender. – dou de ombros – O povo da escola são uns completos idiotas.

Ele assente e após um curto silencio, mudamos de assunto. As coisas ate que voltaram rapidamente ao que eram, como se o ontem não tivesse acontecido.

Na segunda, chegamos juntos, conversamos animados sobre sair mais tarde para assistir um filme. Isso até Jennie surgir na nossa frente.

- Oi. – disse dando um sorriso curto.

Fiquei a encarando e não falei nada, apenas olhei ao redor, atrás dos seus dois amigos. Eu apenas vinha ignorando o fato de minhas fotos ainda serem um sucesso e de as pessoas estarem olhando pra mim com sorrisos maliciosos. Pelo menos não estavam fazendo comentários maldosos.

- Oi. – respondeu Suho.

- Quero realmente agradecer por ontem. – disse ela me ignorando – Sei que não expliquei, mas parece que foi mais um dos trotes do time perdedor. Só que pegaram um pouco pesado. A policia vai fazer uma visita na escola deles.

Reviro os olhos. Claro que iriam. Ninguém tocava na princesa Jennie e saia impune.

- Legal. – diz polidamente Suho.

Jennie remexe na bolsa cara e dourada e retira um pen drive, o estendendo pra Suho.

- Aqui. Rosé e Chen apagaram as fotos do celular, e só tem aqui dentro agora. Caso queira se divertir um dia olhando pra elas. – ela olha pra mim – E não precisa agradecer. Fiz isso por ele, não por você.

E sem mais, ela virou e saiu rebolando pra dentro da escola. Olho pra Suho, que olhava pra Jennie, confuso. Notando que eu o olhar, olhou pra mim e depois para o pen drive.

- Seriam as minhas fotos? – pergunto um pouco chocada.

- Só há um jeito de descobrir. – ele me estende o pen drive.

Pego mordendo o lábio e o analiso, aquele pequeno apetrecho. O sinal toca e troco um olhar com ele. Seguimos pra sala e eu mal presto atenção na aula até o intervalo. Corro até a biblioteca, sento diante de um computador, plugo o pen drive e o abro. Estava com todas as minhas fotos. Fecho rapidamente a janela, para que ninguém aparecesse por trás e visse aquilo – apesar de que todos na escola pareceram ter visto.

Eu não conseguia acreditar que Jennie havia feito isso.



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