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História Yeong-ung - Vinte e Cinco


Escrita por: NatyBonaty

Capítulo 26 - Vinte e Cinco


Fanfic / Fanfiction Yeong-ung - Vinte e Cinco

JENNIE

Eu precisa agradecer de verdade a Suho por ter me ajudado. Quando deitei a cabeça no travesseiro após o longo dia, percebi que se não fosse por ele, eu agora estaria jogada numa sarjeta, meu corpo usado e sem vida, provavelmente. Então passei o domingo convencendo Rosé e Chen de apagarem as fotos e me passar tudo. Claro que precisei mentir um pouco sobre porque isso, algo como: fiquei sabendo que ela iria denunciar a policia e vocês estarão ferrados, mas precisávamos manter aquilo, então que salvassem em um pen drive. E o resto foi fácil.

A cara de chocado de Suho foi impagável. Acho que foi a primeira expressão verdadeira que retirei dele. Lisa também ficou bem surpresa, mas não ligava pra ela. Só fiz aquilo, porque sabia que Suho ficaria mais aliviado por saber que a amiguinha dele estava protegida, e agora meu trabalho estava feito, eu podia seguir em frente e ignorar completamente a existência dos dois.

E foi o que fiz.

Os dias seguintes os burburinhos a respeito dela foram sumindo, Rosé e Chen nem lembravam mais daquilo, apenas quando alguém comentava com eles, então a escola continuava como sempre. Porem Lay era o novo problema. Ter prometido que podíamos sair juntos o levou a outro nível de grude. Sua mão era mais insistente em minha cintura, sempre querendo estar agarrado e me beijando, bem mais que antes. Eu estava quase surtado a respeito disso, quando finalmente o fim de semana chegou.

Ele havia marcado hora em um restaurante caro no centro da cidade. Era um bistrô muito agradável. Eu usava um vestido leve e anckle boots, o cabelo solto e uma maquiagem bem leve. Lay estava lindo em seu terno, e puxou a cadeira pra mim quando fomos sentar à mesa reservada. O meu plano parecia estar funcionando bem. Ser eu mesma, mas um pouco mais chata, desaprovando muitos dos pratos e reclamando do lugar, que não aprecia tão fino assim. Ignorei muito do papo de Lay, mas fingindo que prestava atenção, até que mudava completamente de assunto, falando sobre mim. Eu sabia que ele odiava meninas frescas e narcisistas, e era isso o que estava dando a ele.

Ao fim do jantar, ele não parecia muito contente, mas levantou e me guiou para fora, dizendo que agora iriamos a outro lugar ficar um pouco mais juntos. Franzi a testa. Isso não estava nos planos, mas segui com ele, entrando no carro e seguindo o caminho com ele. O caminho apaguei um pouco a mente, deixando ele falar sobre sei lá o que falava, estava curiosa para saber onde iriamos. E como eu devia ter imaginado, era uma péssima ideia ter aceitado continuar com aquela noite.

- Um motel? – olho chocada pra ele quando entra no local.

- Sim. – pisca pra mim e vira pra moça por trás de um vidro e pede um quarto de luxo.

- Lay, não. – falo seria, aquilo havia ido longe demais – Não vou dormir com você, se é o que está pensando.

Ele pega a chave com a moça e me olha enquanto segue.

- Qual é Jennie. Estamos juntos há semanas.

- De mentira. – o lembro enquanto cruzo os braços – Quantas vezes tenho que repetir isso?

Ele balança a cabeça em negação, seguindo pela rua do motel, até parar diante de uma garagem e aperta um botão na chave que a mulher lhe deu e olha pra mim enquanto a porta da garagem abre.

- E vai negar a química que temos? – arqueia uma sobrancelha – Sei que me deseja tanto quanto te desejo.

- Não nego, - admito – mas isso não significa que queria transar com você.

- Você já transou com outros caras. Porque não comigo? – sorri de lado enquanto entra na garagem.

Olho chocada pra ele. Porque todo mundo acreditava nos boatos de que eu saia transando com os caras de fraternidade nas faculdade? Eu não era uma vadia. Na verdade, ainda era virgem, mas isso não era algo que eu queria anunciar aos sete ventos, pois seria um imã para caras babacas a fim de ficar comigo só pra ser meu primeiro.

- Não importa. Não vou fazer isso com você. – firmo o corpo no banco – Além do mais, não pode me obrigar a sair do carro.

Ele desliga o carro e tirar o cinto, um sorriso divertido nos lábios.

- Ok Jennie. Sei que passou a noite forçando a barra e fazendo birra, mas já chega. Te conheço o suficiente pra saber que não é daquele jeito. Poderia convencer a outro, não a mim. Agora vamos entrar e nos divertir um pouco vai.

- Já falei que não. – me movo fazendo mais peso sobre o banco e ficando ali – Só saio daqui na hora de ir pra casa.

Ele respira fundo e desce do carro. Olho curiosa ele dar a volta pela frente do carro e abrir a porta do meu lado. Seguro no cinto, o olhando de lado, tensa.

- Deixa de brincadeira. Vamos logo. – ele se inclina sobre mim, tentando tirar o cinto de segurança do fecho.

- Para Lay. – falo aflita, o impedindo – Isso não tem graça. Eu não quero transar com você e ponto.

- Porque não? – ele para e me encara – Não me acha atraente o suficiente?

- Não é isso. – digo com um gosto amargo na boca. Talvez o nervosismo por toda aquela situação.

- Então o que é? Porque não vejo nada de errado com a gente fazer isso. Eu to afim disso há muito tempo. Além do mais, me deve por ter fingido ser seu namorado esse tempo todo.

O olho em choque. Então era isso? Desde o começo ele quis só transar comigo? Por isso me ajudou? Bom, se um dia pensei que podia transar com ele, essa vontade se extinguiu por completo nesse momento.

- Sinto dizer, mas foi um trato, que não envolvia nem toque, muito menos sexo. – o encaro enfezada – Não sou uma vadia qualquer que você acha que vai me levar pra cama só porque é bonito.

Ele fica me olhando por um tempo, pensando, talvez. Sustendo seu olhar, mostrando que eu não mudaria de ideia. E que se quisesse me colocar dentro desse quarto, teria que me arrastar amordaçada, ou do contraria, eu lutaria com todas minhas força e gritaria pela policia.

- Tudo bem. Se é assim que quer...

Lay bateu a porta do carro com força, me fazendo pular com susto. Olho ele dar a volta novamente, entrar no carro e dar a partida. Ódio emanava por seus poros e eu, pela primeira vez na vida, sinto medo de Lay. Penso em dizer algo, mas não sabia o que poderia dizer que pudesse lhe acalmar. Ele para novamente diante de uma janela com uma mulher atrás e paga pelo quarto não usado, saindo em seguida. Assim que ganhamos a rua, ele para o carro e destrava as trancas.

- Desce.

- O que? – indago confusa.

- Desce do meu carro.

- Porque?

- Você não vai transar comigo, então desce. – me encara enfezado.

Dou um sorriso curto, descrente.

- Isso é ridículo, Lay. Não pode me deixar aqui só porque...

- DESCE DA PORRA DO MEU CARRO! – gritou.

Tremo toda de medo. Com as mãos tremulas, retiro o cinto e desço do carro, mas não fecho a porta, olho pra ele, segurando as lágrimas.

- Você vai mesmo me deixar aqui? – indago assustada.

- Vou.

E sem mais, ele puxa a porta da minha mão, batendo com força, e no instante seguinte ele está seguindo com seu carro, enquanto olho se distanciar. Olho ao redor, completamente desamparada e me sentindo ridícula.

Não era uma rua deserta, mas passava apenas carros, e alguns já estavam buzinando por eu estar parada na esquina de um motel. Com a mão tremula, puxo o celular e ligo pra Rosé, mas cai na caixa postal, nas duas vezes. Tento minha mãe, mas chama e ninguém atende. Respiro controlando a vontade de chorar enquanto tento ligar pro Kai.

Tudo que aconteceu depois foi rápido demais. Eu virava para olhar o movimento dos carros passando enquanto a ligação para Kai completava, no segundo seguinte uma forte luz vinha minha direção, ficando perto demais em uma velocidade muito rápida, só tive tempo de arregalar os olhos e entender que eu seria atropelada. Isso até sentir braços ao meu redor e tudo se tornar um borrão, meu corpo girar no ar e então aterrissar sobre algo macio e duro ao mesmo tempo.

O estrondo do carro batendo contra o muro foi alto, mas nenhum pedaço me atingiu, pôs assim que caímos, meu salvador virou e ficou por cima de mim, cobrindo meu corpo com o seu. Para minha surpresa, era o Homem de Preto, o cara que vinha salvando pessoas e ajudando a policia a deter assaltos grandes e a diminuir o trafico na cidade. Fico olhando em seus olhos castanhos que me olham de volta. Era como se não houvesse um acidente, onde eu estava envolvida e quase morri, pois os olhos dele nos meus, seu corpo quente contra o meu, era distração demais para até lembrar meu nome.

- Você está bem? – indaga ele.

- A-acho que sim... – murmuro.

Só agora que parei para prestar atenção se não havia nada fora do lugar, com a checagem rápida, tudo parecia ok.

- Ótimo.

Ele levanta e suprimo a vontade de resmungar pela falta do seu corpo contra o meu, mas apenas seguro a mão que ele estende pra me ajudar a levantar. Levanto olhando para a confusão ao redor. O som de sirenes vindo ao longe, pessoas saindo de seus carros e olhando o ocorrido com pavor e curiosidade.

- Está bem? – questiona novamente o mascarado.

- Estou, acho. – olho pra ele, um pouco atordoada ainda pelo que aconteceu – Um pouco assustada, não sei.

- Fiquei longe do carro. – avisa e me solta, virando na direção do carro.

Ia pedir para que não fosse, que não me deixasse sozinha, mas ele já estava do outro lado do carro, retirando o motorista. Sua força era grande, arrancando a porta amassada devido a batida, e com outro puxão arrancou o cinto de segurança da fecho, rapidamente retirando o motorista do banco e levando para longe do carro. Assisto tudo como se estive em um filme, me sentindo um pouco aérea, até que percebo um carro parando ao meu lado: a policia. Em seguida vem uma ambulância.

Absorvi tudo com muito confusão. Os paramédico ajudando o homem que havia saído do carro, o mascarado sumindo entre as sombras, uns policiais me chamando, mas eu estava correndo em direção as sombras onde o mascarado sumiu. Não sei bem o que fez ter essa atitude, meus pés apenas saíram andando em direção a rua em que o vi dobrar e corri até um beco sem saída.

Parei ali, olhando ao redor e para cima, sem sinal dele. Suspirei levemente frustrada.

- Porque você sempre foge? – gritei para o alto.

Baixei a vista e iria puxar o celular para ligar para alguém, quando percebo que estava sem minha bolsa. Ela havia voado do meu ombro quando o mascarado me agarrou e livrou da morte certa.

- Ótimo. – resmungo já seguindo em direção ao acidente para pegar minhas coisas.

- Posso te levar pra casa.

Paro e viro olhando pra trás. Acima do muro no fim do beco estava o mascarado, acocado e me olhando silencioso. De onde ele tinha vindo? Será que ele era tipo o homem aranha? Não, eu nunca vi nada parecido com teia.

- Adoraria. – dou um curto sorriso para ele.

CONTINUA...



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