1. Spirit Fanfics >
  2. Yin Yang >
  3. O nós

História Yin Yang - O nós


Escrita por: KimSeuk

Notas do Autor


Então pessoas, estou chegando com o penúltimo cap de YY T.T Choro por isto, de verdade meu xodozinho Hunhan <3
Espero que gostem do capítulo <3 Que aproveitem, pq sei que vão amar uma parte específica desse capítulo heheheh
Aguardo imensamente os comentários, esperem que gostem!!
BOA LEITURA!

Capítulo 31 - O nós


Fanfic / Fanfiction Yin Yang - O nós

Aquele ambiente tinha ganhado uma tensão característica para quem conhecesse a história de todo aquele grupo. Luhan conseguia firmar o olhar em todos e pediu, com um gesto, que o grupo ficasse confortável em seus assentos, pois logo o garçom trataria de atendê-los. 

Helen não conseguia descrever o misto de raiva e ódio que estava sentindo. Como um reles secretário estava agora se passando pelo presidente de uma empresa muito lucrativa e famosa? Olhava para Luhan, que estava vestido a caráter com uma expressão séria no rosto e estava querendo gritar de raiva e certa inveja, coisa que não queria admitir. 

O Sr. Oh queria se manter impassível a tal acontecimento, mas só conseguia se martirizar internamente ao ver Luhan naquela posição. O presidente da J&S praticamente comandava a sua empresa com o número de ações. E o arrependimento por tudo que fez aquele garoto começou a bater. Não de forma sentimental, mas claramente de uma forma gananciosa. 

Sehun não conseguiu esconder um sorriso na lateral de seus lábios ao ver Luhan daquela forma. Seu peito ardia em saudade e sua única vontade naquele momento era correr até o mesmo para abraçá-lo e beijá-lo. Conseguiu sentir orgulho da imagem a sua frente, da mesma forma que Luhan não poderia estar se sentindo mais satisfeito pela reação de Helen e seu pai. 

— Desculpem o atraso — todos olharam para a porta encontrando a figura de Segi, que tinha sido chamada a comparecer ao jantar por Luhan — Todos reunidos dessa forma me faz relembrar os velhos tempos. 

— O que está fazendo aqui? — o Sr. Oh perguntou um tanto quanto espantado ao ver seu filho vestido formalmente indo para o lado de Luhan. 

— Segi foi comigo para Xangai no período que fiquei por lá, ele se tornou um bom amigo, não poderia ter qualquer decisão essa noite caso ele não estivesse presente. Também soube que ele precisava ter uma conversa particular com o senhor — Luhan disse o que Segi tinha lhe ditado por mensagem — Fiquem à vontade de pedir o que quiserem; hoje, a noite é por minha conta. 

Todos se sentaram. Helen ficou ao lado de Sehun em frente à Luhan e Segi como uma espécie de proteção ao seu macho. O Sr. Oh ficou em uma das pontas e não conseguia deixar de encarar Luhan e Segi, estava muito desconfortável, mas não poderia deixar que sua pose superior fosse abalada, então resolveu atuar como um bom homem: 

— Luhan eu espero que todas nossas desavenças do passado fiquem para trás, sei que fiz muitas coisas indevidas à sua pessoa, espero que esteja considerando esquecê-las como um verdadeiro homem de negócios — o garçom novamente entrou na sala privada — Poderemos ter uma boa relação assim. 

— Por favor, traga um vinho Santa Sara — Luhan pediu e voltou a sua posição inicial olhando para o Sr. Oh — Foram tantos acontecimentos, mas acredito que foram em um âmbito pessoal, portanto, posso separar a conversa profissional do pessoal — o vinho chegou, sendo derramada na taça de todos — Não tenho tanta compaixão de esquecer todos, mas quando se tratar de negócios, atuarei como um presidente que pensa no melhor futuro para sua empresa. 

— Você cresceu muito rápido, do pior para o melhor — Helen comentou colocando seu braço em volta do ombro de Sehun, deixando a mostra o anel de noivado que tinha comprado para si — Vi que aceitou ir ao nosso casamento, nunca imaginei que aceitaria esse pedido. 

— Tenho certeza que me convidou por não saber quem era o novo presidente da J&S, caso contrário, estaria na lista negra de sua festa — Luhan olhou para Sehun, ficando atento em cada traço que não tinha mudado tanto, mesmo ele percebendo que seu grande amor estava abatido, mais magro e com olheiras escondidas por maquiagem — Deve ter organizado uma grande festa, não é mesmo? — deu um gole em seu vinho, mantendo certa ironia em sua fala. 

— A melhor do ano, tenha certeza de comparecer — Helen deu um beijo na bochecha de seu noivo que apenas deu uma leve afastada depois do ato — A empresa do meu amor vai tão bem, tenho certeza que logo poderá comprar as suas ações de volta, tenho certeza que essa parceria logo pode acabar — destilou um pouco de seu veneno, pois conhecia um pouco dos negócios e iria fazer questão de que Sehun cortasse qualquer laço com a empresa de Luhan a partir do casamento. 

— A parceria entre nossas empresas deve ser mantida, se não seria um grande prejuízo para a empresa do Sr. Oh e do Sehun, ele conhece bastante de negócios, não é mesmo Sr. Oh? — olhou para o citado, enquanto percebeu que Segi segurava em sua coxa, apertando como se fosse uma forma de segurar a raiva que estava sentindo naquele momento.

— Obviamente, essa menina ainda é inexperiente no que fala, por favor, desconsidere sua fala — Helen se mostrou indignada pela falta de proteção do seu futuro sogro, como revolta tomou todo o líquido de sua taça — Mas o que tem para conversar comigo Oh Segi? Pelo que me lembre, tudo o que precisávamos falar já foi falado. 

— Digamos que eu encontrei uma pessoa em Xangai que esclareceu muita coisa para mim, acho que conhece, ele se chama Byun Baekhyun — o Sr. Oh trancou sua respiração naquele momento e só pode ficar em silêncio tentando não ter um surto ali mesmo — Vamos dizer que encontrei aquilo que mais queria esconder de mim. 

— Acho melhor tratarmos disso mais tarde e a sós — o Sr. Oh começou a sentir sua palma da mão esquentar devido ao suor — Espero que o garçom já possa vir trazer o jantar. 

O jantar foi levado praticamente em silêncio ou quando se via necessário falar alguma coisa, eram sempre sobre negócios. A troca de olhares que existia entre Luhan e Sehun era palpável, tentavam passar por míseros segundos o que ficaram tanto tempo sem falar. Naquele momento, sabia que não existia mais barreira intransponível para eles, Luhan tinha amadurecido e agora tinha poder de ditar aquilo que acreditava ser certo, sem punição. 

— Devo agradecer pelo delicioso jantar — o Sr. Oh tremeu sua mão ao dizer aquelas palavras a Luhan, estava tão submisso que tinha ódio de si mesmo — É melhor nós irmos...

— Na verdade, gostaria de conversar com Sehun antes que partissem — Luhan sabia o quanto estava com vontade de sorrir por estar dizendo tudo aquilo e recebendo a resposta que queria — Tenho certeza que não se importa não é mesmo?

— Sr.Oh... — Helen chamou a atenção do mais velho de forma um tanto quanto irritada caso desse uma resposta afirmativa. 

— Não tem que conversar com Segi? — Segi estava mandando mensagem no celular, tinha combinado de ir para casa mais cedo para assistirem um filme com Enzo — Tenho certeza que o assunto é bastante importante, que eu saiba tem uma sala desocupada aqui ao lado. 

— Claro, eu não vou me importar — respondeu com a boca quase fechada, formando punhos com suas mãos — Helen vá para casa.

— Mas... — foi interrompida com um gesto da mão do Sr. Oh. 

— Conversamos mais amanhã — ela apenas bufou irritada e saiu daquele lugar borbulhando de raiva. 

Assim que ela já não era mais vista, Segi passou em frente ao pai pedindo que o mesmo o acompanhasse até a sala ao lado. Sua postura era firme, nesses três meses que passou ao lado de Enzo, o instinto protetor que tinha ganhado pela criança era de uma força desconhecida. Sabia que seu pai era uma ameaça para sua proteção, precisava dar um basta naquilo, se não conseguisse da forma mais simples, apelaria para qualquer método que fosse necessário. 

Luhan e Sehun ficaram sozinhos naquela sala, assim que o garçom fechou a porta, nenhum dos dois conseguiam dar os passos apressados que em sua mente já estavam formulados. Não conseguiam proferir nenhuma das palavras que muitas noites ficavam acordados pensando quais seriam as melhores a serem usadas.

— Eu senti sua falta — Luhan foi o primeiro a se pronunciar. 

— Eu também — Sehun comprimiu seus lábios, nervoso — Esse é o Luhan que eu conheço? Ele está de volta?

— Impressionou-me ver a forma como você passou a me conhecer Oh Sehun — Luhan ia se aproximando lentamente de seu interlocutor — Pelo jeito não consigo ser um bom ator perto de você, meus olhos não me deixam enganá-lo, o sofrimento visto em meus orbes provou o quanto eu sou frágil quando se trata dos meus sentimentos por você. 

— Eu tentei mesmo entender minha loucura naquela época, eu acreditei mesmo estar pirando ao ver aquele falso Luhan, tentava não permitir que todas aquelas palavras que proferiu a mim não passaram de um pesadelo e que logo eu acordaria, mas — Sehun suspirou já ao ver o quão próximo Luhan estava de si — Quando acordei você tinha ido embora. 

— Tenho tanto para lhe contar que não sei por onde começar — Luhan sentiu seus olhos marejarem ao sentir aquele perfume que tantas noites tinha sonhado em sentir novamente — Mas eu só quero tratar da palavra nós agora.

— A palavra nós — Sehun passou seu polegar embaixo dos olhos de Luhan antes que aquela lágrima descesse pela sua bochecha — Ainda existe esse nós?

— Eu sei o quanto eu te machuquei esses últimos tempos, mas eu também sofri da mesma forma, receber ameaças para não ficar perto de você foi o único motivo para eu me afastar, é preferível te ver bem estando longe, do que ver acabarem com sua vida estando perto — Luhan viu que Sehun não se impressionou com a questão da ameaça, que sabia ser do seu pai — Todo esse investimento que fiz em ser o melhor, em ser reconhecido e ganhar poder, era para chegar no dia de hoje e conseguir visualizar um futuro com você, Oh Sehun. Se tem uma coisa que pode existir agora é o nós. 

— Acho que estamos conectados por alguma coisa — Sehun riu e segurou o rosto de Luhan entre suas mãos — Esses meses sem você, percebi que esta é a última coisa que quero para minha vida. Resolvi que em vez de me martirizar todos os dias com uma probabilidade, eu resolvi reunir minhas forças para pensar em uma forma de sair dessa teia de aranha que meu pai me colocou, passei a pensar uma forma de te trazer para mim novamente — Sehun olhava para Luhan, mas seus olhos também estavam embaçando — Eu consegui meu objetivo e agora que te vejo a minha frente, nunca tive tanta certeza de ter tomado a decisão mais certa em minha vida. 

Luhan levantou um pouco seus pés, selando seus lábios na bochecha de Sehun, beijando assim a lágrima que descia lentamente pela sua face. Sentia seu corpo tremer completamente pela saudade daquela pele, pela falta do toque, pela falta de amor. Sabia que tudo o que tinha passado foi uma terrível experiência que o tornou forte e o fez conhecer o que era amar uma pessoa de verdade. Sentia seu coração acelerar apenas pelo olhar inebriante que Sehun lhe lançava no mais completo silêncio. 

— Agora eu posso dizer com todas as palavras o quanto eu te amo Luhan, nesse momento eu sei que sou capaz de ter qualquer atitude para ser capaz de ficar ao lado da pessoa que me faz feliz, que fez minha vida tomar um rumo que eu nunca alcançaria sozinho — deu um beijo na testa do mesmo — Eu quero que me perdoe por todas as vezes que fui covarde o suficiente por virar as costas para suas necessidades, por parecer fraco a enfrentar uma pessoa que estava sem qualquer razão. 

— Minha única resposta para todos esses pedidos de desculpas pode parecer um pouco irônico, mas também será esse pedido — Luhan sabia todo esse tempo muitos pedido tinham acumulado em si — Perdoe por ser incapaz de contar os meus tormentos, de guardar para mim a confiança que eu deveria ter depositado em você, me desculpe por fazer você passar por maus lençóis, me perdoe por demorar tanto tempo a voltar para o seu lado. 

— Não vamos falar sobre nossas decisões hoje, vamos apenas curtir esse momento de paz — Sehun alcançou os lábios de Luhan e os capturou com calmaria, iniciando com um doce selar que logo se intensificou de acordo com a saudade que os dois estavam de sentirem um toque mais profundo do outro. 

Os dois sabiam que agora qualquer decisão que tomassem agora envolvia um ao outro. 

 

*8*

 

Segi fechou a porta depois que entrou e não soube explicar o misto de emoções que estavam o deixando de cabeça quente. Apertou certos pontos de sua mão para aliviar um pouco tal sentimento. Esses meses que tinha passado com Baekhyun e Enzo tinham sido bastante agradáveis, passou a perceber o quanto Baekhyun amava seu filho a ponto de entregar sua vida pela criança em crescimento. 

Ao perceber que seu pai era uma grande possibilidade para acabar com toda essa paz e harmonia que circundava os três, sabia que teria que fazer algo. Não deixaria o medo falar mais alto pelas atitudes de Baekhyun, sabia que era o único que poderia dar um basta. 

— Então finalmente descobriu meu segredo — o Sr. Oh voltou com sua expressão sádica no rosto, sabia que seu filho sabia sobre o que tinha feito com Baekhyun, não precisaria mais atuar como inocente, de nada adiantaria — Pelo jeito descobriu o maior erro de sua vida pelas ruas de Xangai... Não acredito que era lá que esse veadinho estava. 

— Lave sua boca para falar dele, seu velho imundo — Segi sabia que ter força de vontade para não dar um soco na cara de seu pai seria uma árdua missão esta noite — Eu não acredito que não me contou sobre isto, que você sabia e ainda fez algo contra aquele que cuidou do seu neto por todos esses anos. 

— Nós sabemos o quanto Jin Na foi infeliz em sua vida para terminar com aquele seu suicídio, não tenho culpa se ela tinha problemas mentais e não soube cuidar do filho direito, o entregando para um orfanato — o Sr. Oh andava de um lado para o outro — No mundo dos negócios, nós sempre temos encontrar alguma forma de conseguir lucro, essa criança seria uma ótima forma de eu concretizar meus planos. 

— Seus planos, ah! Seus planos — Segi começou a rir — Não sei se percebeu, mas as coisas não estão muito boas para seu lado, papai — se aproximou do mais velho — Eu não quero entrar em detalhes pelo que aconteceu, eu sou uma pessoa que se preocupa com o passado, para mim o que importa são o presente e o futuro — ficou o mais próximo que os corpos permitiam — Eu só queria ter essa conversa para avisar que, caso esteja pensando em fazer alguma coisa ao Baekhyun ou ao nosso filho, eu não deixarei as coisas baratas e terei certeza de te colocar na cadeia sem dó ou piedade. 

— E por acaso como faria isto? Apesar de agora ser amigo do presidente de uma importante empresa, infelizmente conhecido como Xiao Luhan, você ainda continua sendo um nada com um sobrenome importante, mas nunca reconhecido — o Sr. Oh por mais que tentasse parecer normal, sabia o que Segi tinha capacidade de fazer. 

— Apenas tente fazer alguma coisa que você verá o que posso fazer — Segi terminou e assim saiu da sala — Você não me conhece. 

Sehun tinha combinado de ir visitar Yerin-ah, pois Sehun sabia que tinha uma dívida para com a pequena a ser quitada. Esperavam Segi na porta do restaurante sorrindo iguais dois recém apaixonados se olhando de forma intensa, contato visual percebido por Segi, que não pode de deixar abrir um sorriso conformado por perceber que poderia admitir mesmo ter perdido a guerra, ganhou batalhas, mas o território do coração de Luhan já tinha pregado uma bandeira com Oh Sehun costurado. 

— Eu devo desistir e seguir em frente pelo jeito — Segi olhou para o relógio percebendo que já estava em cima da hora de encontrar com Baekhyun — Não se preocupem em me dar carona, eu vou pegar um táxi para o meu apartamento — olhou para seu irmão — Eu gostaria de conversar com você amanhã, pode me encontrar no cemitério?

— Sim, eu posso — Sehun tinha percebido que estava na hora de resolver as coisas com irmão, e assim todos seguirem com suas vidas. 

— Às 10:00 — deu sinal para um táxi e depois que entrou no veículo começou a ficar cada vez mais longe. 

— É melhor irmos, estou ansioso para ver minha princesinha — Luhan viu o manobrista chegar com seu carro alugado. 

 

*8*

 

Helen estava em um bar tomando todas as bebidas conhecidas por si, estava afogando toda a sua raiva no líquido que descia pela sua garganta rasgando. Olhava para o barman que já entendia o sinal para que colocasse mais licor em seu copo. 

Com a embriaguez já tomando conta de seu corpo, pegou a chave de seu carro e se levantou do banco, sendo segurava pelo barman que pediu que ela tomasse um táxi para casa, esta seria a decisão mais sábia. Recusando, com passos tortos seguiu até a entrada do bar, pegou seu celular e discou o número de Luhan em seu celular, tinham mandado descobrir o número dele e agradeceu por não ter mudado. 

— Você é o culpado da desgraça da minha vida, sabia? — foi a primeira coisa que falou quando escutou um alô do outro lado da ligação. Luhan ainda estava dirigindo quando viu o número desconhecido em sua tela, como o celular estava conectado ao bluetooth do carro, resolveu atender e deixar no viva voz — Você é um grande filho da puta, sabia?

Quem fala? — Luhan perguntou, mas Sehun soube na hora que aquela era a voz de Helen.

— Sou eu Helen, liguei porque eu quero que você morra! Por que voltou? — Helen berrava pelo telefone que segurava com uma mão enquanto ligou a ignição do carro — Você roubou o Sehun de mim, apareceu na minha vida só para fazê-la desmoronar morro abaixo. 

Helen, você está bêbada — apesar de não gostar da pessoa Helen, ficou preocupado ao escutar ao longe o barulho de um motor, ela estava bêbada indo pegar a direção — Não dê partida nesse carro. 

Helen, me escuta — Sehun interviu — Não faça burrice. 

— Quero uma resposta sua, Sehun — ela pouco se importou com os avisos e saiu da vaga, dirigindo com uma única mão — O que ele tem que eu não tenho? Pelo que percebo, estão juntos agora, como em um conto de fadas, vão transar a noite toda para relembrar os velhos tempos, com a babaquice chamada amor que vocês sentem um pelo outro — acelerava cada vez mais o carro indo para uma rodovia que levava para a saída de Seul — Fale Sehun, o que ele tem o que eu não tenho!? — seus olhos já enchiam de lágrimas, recebendo buzinas de outros carros em suas laterais por estar indo de um lado para o outro na rodovia. 

Helen, você está sendo imprudente — Luhan comentou parando o carro em uma vaga que encontrou, eles queriam acalmá-la. 

— Só responda! — estava em total descontrole. 

Não existe motivo para gostarmos de uma pessoa, você não consegue encontrar diferença dele com outras pessoas, ele só é especial para mim — Sehun pensou que obedecendo o que ela queria, poderiam acalmá-la. 

Helen você também pode ser especial para alguém, esqueça esse ódio e rancor por mim, viva sua vida como você quer, não como outras pessoas querem que você tome suas decisões — Luhan completou, esquecendo completamente tudo o que tinha contra ela, pois a vida estava em risco — Não torne esse seu amor em uma doença, dê valor a si e sua vida!

— Vocês não sabem de nada! Eu só quero que você... — escutaram o barulho de freio e consequentemente de uma batida. 

Ela sofreu um acidente, chame a polícia, vamos tentar localizar o celular dela pela minha chamada — Luhan deixou a chamada em andamento e saiu do carro um tanto quanto desesperado.

Apesar de todos os conflitos que já teve com a mesma, sabia que a vida dela poderia estar por um fio, ao contrário da morte que ela desejava para si, não queria vê-la morrer com um ódio tão amargo dentro de si. 

 

*8*

 

Jongin estava sentado ao lado de Kyungsoo tão desconfortável a ponto de imaginar que estava com cobras venenosas espalhadas por todo seu corpo, qualquer movimento em falso seria responsável por uma picada fatal. Só conseguia escutar blá vindo daqueles lábios carnudos que seu professor particular tinha. 

— Jongin — Kyungsoo abanou a mão em frente aos olhos dele o chamando atenção, mas logo percebeu não ter sido uma boa ideia, pois também estava se sentindo desconfortável ao lado do moreno, e olhar para aqueles lábios secos sendo umedecidos pela língua dele não estava ajudando — Qual a resposta?

— Já chega! — Jongin levantou da cadeira, olhando para Kyungsoo — Eu não suporto ficar assim, preciso esclarecer o que aconteceu. 

— O que... — Kyungsoo apenas largou a caneta que segurava e olhou para Jongin. 

— Por que eu fiquei com vontade de te beijar? E por que eu quero fazer isto de novo? — Jongin bagunçava o cabelo — Não era para isso ser estranho? 

— Isso não é estranho, é natural — Kyungsoo levantou-se olhando fixo para Jongin — Eu sei que era para eu ser profissional, mas eu não vou deixar de falar o que penso já que tocou no assunto — Kyungsoo iria pagar as consequências, mas iria ser sincero com ele e consigo mesmo — Eu comecei a sentir algo por você, mas eu sou muito bom em esconder meus sentimentos, porque eu preciso manter esse emprego pela minha mãe. 

— Você gosta de mim? Desde quando? — Jongin estava impressionada, mas sua fala fez seu professor corar. 

— Isto não importa, o que importa é matemática — voltou a focar sua atenção aos livros, mas teve seu pulso puxado por Jongin — O que está fazendo?

— Não podemos ficar assim, você gostando de mim e ponto — Jongin sabia que não queria estagnar ali — Vamos dizer que eu quero tentar alguma coisa, eu quero descobrir o que é isso que sinto quando eu estou perto de você, esse magnetismo. 

— É sério? — Kyungsoo viu seus olhos aumentarem de tamanho, devido a pontada de felicidade. 

— Seríssimo — Jongin abriu um sorriso branco — Vamos dizer que estou aberto a novas experiências e tentar com uma pessoa que gosta de mim será bem melhor, vai me fazer descobrir meus pontos fortes de conquista — Jongin brincou sentando-se novamente — Vamos voltar aos estudos que a prova mais importante da minha vida está chegando, e eu preciso orgulhar meu professor — bagunçou o cabelo do amigo. 

 

*8*

 

Segi chegou em casa vendo Enzo apoiado nas costas de Baekhyun, que preparava seu jantar. Ver aquela cena fez com que um sorriso preenchesse seus lábios; como tinha entrado silenciosamente, se permitiu ficar observando aquela deliciosa cena a sua frente, escutando as risadas de Enzo preencherem o ambiente enquanto Baekhyun fazia alguma palhaçada. 

— Não vai entrar? — Jin Su apareceu ao seu lado na porta, chamando a atenção de Baekhyun para Segi, ela estava com várias sacolas de supermercado que levou para a arquibancada da cozinha do seu apartamento. 

— O que está fazendo aqui? — perguntou jogando a chave da casa na primeira escrivaninha que tinha na porta. 

— Vim ver meu sobrinho, agora que estamos esclarecidos posso vim visitá-los mais vezes, trouxe até um chocalho para ele brincar — tirou uma embalagem de uma das sacolas entregando para Baekhyun — Não vamos guardar rancores do passado, afinal, aquele dia que você achava que eu iria fugir, na verdade eu estava confusa sobre o que eu iria fazer, então tive que conversar com meu psicólogo sobre qual era a melhor decisão a tomar, pensei mesmo em fugir só que as palavras sobre enfrentar medos vindas dele, me fizeram voltar. 

— Tudo bem, só perdoo momentaneamente porque sei que mais tarde vou querer ficar com raiva pelo Enzo ficar balançando esse chocalho colorido o dia inteiro, então vou descontar em você — brincou irônico indo em direção ao seu filho, o tirando das costas de Baekhyun — E o que é esta gororoba que está preparando para ele?

— Essa gororoba é muito nutritiva para o crescimento do Enzo, contém todos os nutrientes diários — Baekhyun falou colocando no prato — O senhor também deveria comer. 

— Ainda bem que você tem um pai que te ama e que sabe do que crianças normais gostam — Segi tirou uma barra de chocolate do bolso de sua calça dando para Enzo que ficou pulando em seu colo. 

— Só depois do jantar senhor — pegou o chocolate da mão de Enzo, colocando em cima do armário — Vamos jantar. 

Depois do jantar, Jin Su foi embora e assim, a pequena família foi para a sala assistir Procurando Dory com Enzo, que ficava falando “Continue a nadar” toda vez que a personagem aparecia. Passado um tempo, Enzo deitou sua cabeça no colo de Segi que passou a acariciar os cabelos lisos do pequeno. 

— Ele parece mesmo um anjinho — Baekhyun comentou admirando aquela cena tão aconchegante, observava o perfil de Segi e em pensamento, confessou que ele estava muito bonito com aquele pequeno sorriso lateral, com sua camisa social preta, sua calça de lavagem escura e um coturno. 

Mesmo não querendo admitir, nesses meses que tinha passado ao lado dele, seu coração começou a se sentir estranho ao vê-lo aproximar de si, sempre sonhou com alguém o acompanhando na criação de Enzo e Segi estava ocupando esse espaço de uma forma maravilhosa. Não negava o quanto ele era bonito e se pegava perguntando o porquê de sentir seu coração vibrar ao ver aquele tipo de cena. 

— Se precisar de um babador me avise — Segi comentou percebendo pela sua visão periférica que Baekhyun o observava — Se quiser elogiar minha beleza eu também não vou ligar. 

— Tenho que ter cuidado para dar um toque de humildade a Enzo, porque se depender de você, ele será um grande egocêntrico — Baekhyun riu junto com Segi — É melhor colocá-lo na cama. 

Assim que Sehun voltou, Baekhyun estava passando pelos canais da televisão. Segi sentou ao lado, puxando uma manta que cobria as pernas de Baekhyun e caiu no chão.

— Está frio, é melhor se proteger — falou depois de colocar a manta sobre as pernas de Byun, sentando em seguida. 

— Obrigado — comentou corando um pouco. 

Passaram uma boa parte do tempo conversando sobre a vida de Enzo na época que Segi ainda não estava presente. Baekhyun começou a ficar com sono e lentamente sua cabeça foi tombando até parar no ombro de Segi. 

— Você deve ter um grande trabalho cuidando do meu filho — Segi passou a mão pela lateral do rosto de Baekhyun — Mas agora deve compartilhar essa responsabilidade comigo, afinal, nos tornamos uma família — assim que terminou de falar Segi ficou olhando para os lábios rosados de Baekhyun, o instigando a capturá-los com os seus.

Ao ir se aproximando, o mesmo abriu os olhos chocado com a aproximação de Segi, mas ao contrário de ter uma reação abrupta, ele novamente só fechou os olhos novamente. Segi sabia que aquela admiração que começou a sentir pelas histórias que escutou dele, de todas as dificuldades e felicidades conquistadas, estavam se transformando em uma coisa mais forte.

Um longo selar iniciou aquele beijo e Segi pode perceber o quanto já queria ter feito isto nesses meses, mas se conteve em perceber que Baekhyun se permitiu a receber aquele beijo. 

Eles estavam se encaixando no verdadeiro significado de família. 

 

*8*

 

Chegando em casa, a única coisa que Sr. Oh queria era encher a cara de uísque e esquecer os acontecimentos daquela noite, para tomar coragem de enfrentar o que estava por vim. Descendo do carro só pode sentir suas pernas bambearem quando viu a figura de Lee Suk parada na porta do seu lar junto com Alfred. 

— Quanto tempo Oh Chu — Lee Suk se aproximou do mesmo com convicção, fazendo o velho recuar e suspirar.

Quão longa ainda seria sua noite?


Notas Finais


Entãooooo o que acharam????
Espero que estejam ansiosos para o fim dessa cansativa jornada Hunhan!!!
Poor Yin Yang já ter acabado no meu pc, eu postei outra fic, ela é Chanbaek com participação Chanbaek e Kaisoo, então caso tenham interesse esse é o link:
https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-exo-cara-e-coroa-6213823
Um beijooo e até o final!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...