1. Spirit Fanfics >
  2. You And I >
  3. Viagem Part.II - Conflitos

História You And I - Viagem Part.II - Conflitos


Escrita por: YukiGrey

Notas do Autor


Oie Cupcakes! Yooo Minna!
Eu passei por ali e vi que faz quase três meses que postei e quase cai da cadeira '-'
Acreditem em mim, eu venho tentado fazer esse capítulo esse tempo todo, tinha muita coisa para por nele por isso ficou meio grandin ^^
Sério juntando o tanto de coisa que tinha para colocar e com a coragem que eu estava deu nesse tempo todo sem atualização ;-;
Me perdoeem! Eu sei que já estão cansados dessas desculpas, mas prometo que vou tentar ser mais rápida *^*
Não me matem até eu concluir a fanfic okay?
Enjoy History!

Capítulo 24 - Viagem Part.II - Conflitos


POV Fudo:

                A festa já começou me impressionando, toda decoração, a animação, tudo me deixou eufórico por curtição, puxei Kido para dentro do ginásio onde todos dançavam som de “This One’s For You Do David Guetta ft Zara Larsson”, Kido todo travado tentava fazer alguns passos e eu ri muito da situação.

— Não vou mais dançar — reclamou Kido parando — na verdade nem sei

— Calma meu amor — falei tentando não rir mais — é só questão de prática

— Vamos sair daqui? — perguntou ele sem jeito

— Tudo bem — respondi e saímos de mãos dadas até o lado de fora

                Fomos sorrateiramente para um lugar mais reservado, bem aos fundos do colégio onde não havia nenhum sinal de humanos. Em segundos ele me empurrou na parede mais próxima e selou nossos lábios num beijo urgente, não havia nenhum espaço entre nossos corpos, nem mesmo para o vento passar, logo que faltou ar nos separamos um pouco e sorrimos.

                Puxei a camisa dele e voltamos a nos beijar, sua mão urgente passava por todo o meu corpo me fazendo arfar, sem aguentar mais tirei minha camisa e ele fez o mesmo, praticamente arrancamos nossas calças do corpo e ficamos só de boxe, jogando as roupas para qualquer lugar.

                Voltamos a nos beijar com mais pressa, Kido parou o beijo e começou a depositar beijos no meu pescoço me fazendo gemer baixinho, ele desceu lentamente até minha boxe, no qual imediatamente me fez tirar, sem demoras pois meu membro em sua boca e começou movimentos lentos, tive de me conter para não gritar de prazer, logo movimentos rápidos me fizeram perder o raciocínio, não custou e gozei.

                Kido riu satisfeito, o puxei para mim e selei nossos lábio com urgência, puxei sua boxe com violência e nossos membros se chocaram arrancando gemidos de ambos, não pudemos mais esperar. Kido sentou no chão e lentamente sentei no seu membro, gemi baixinho de excitação, ele mordeu os lábio para se conter.

                Rebolei lentamente sobre seu membro e ele não consegui segurar e gemeu, ri satisfeito e ele franziu o cenho.

— Para de me torturar Akio — sussurrou

                Ele rapidamente trocou posição e ficou por cima de mim, encostando minhas costas na grama começou a fazer movimentos rápidos e fortes, gememos alto, minhas costas arqueavam de prazer, não custou para chegarmos ao ápice e gozamos juntos. Kido desabou nos meus ombros.

— Você vai acabar me matando de desejo um dia — resmungou Kido ofegante e ri

— Não será o contrário? — perguntei malicioso

— Vamos ficar mais tempo? — perguntou Kido malicioso e mordi seu pescoço

— Só se aguentar mais um round —respondi rindo

                Kido tirou seu membro de mim e não hesitei, pulei em cima dele o derrubando fazendo o ficar por baixo rebolei em cima dele.

— Acho que temos mais tempo — sussurrou Kido tentando se conter e ri

— Nem vão notar nossa falta — brinquei e selei nossos lábio num beijo cheio de luxuria

 

POV Kazemaru:

                Fui para o mais distante do ginásio que tive coragem, meu coração ainda batia acelerado, um grito preso em mim deixava um nó desagradável na garganta, não aguentei e soltei, gritei revoltado para lua, por um momento parecia que parte das estrelas haviam sumido assustadas. Chutei a grama inutilmente e me sentei, desta vez era impossível segurar as lágrimas. Chorei por um bom tempo em silêncio, por que essas coisas insistem a acontecer comigo? O que fiz para este mundo me tratar tão mal.

               

                Depois de um tempo, respirei fundo e tentei me recompor, me levantei determinado e limpei a sujeira do chão que estava em minha roupa, voltei a olhar para lua, linda e sensível, sozinha por ninguém se comparar, assustadas as estrelas somem a seu brilho, e tristemente ela derrama suas lágrimas sob a terra, o sol a assusta e ela mantém distancia. Imponente observa o mundo, derrama de seu brilho ameno tentando inutilmente repara o coração partido, mas nada é sentido ao receber sua luz, além do vento gélido e da solidão que a noite lhe propõe.

                 Sempre pensei na lua como um conforto para o coração, infelizmente nada senti ao ser tocado por sua luz, o vento ainda era gelado a noite ainda solitária, mas em determinadas ocasiões, seu brilho foi a luz que clareou a noite escura e me deu a visão de coisas antes não vista.

— Kazemaru — chamou Goenji

                Fui arrancado dos meus pensamentos e a dor voltou com tudo ao meu peito, seu rosto estava inexpressivo e o observei duramente.

—O que quer desta vez? — perguntei mantendo a calma

— Me desculpe por mais cedo — respondeu triste — não queria te assustar

— Não me assustou — menti — só nunca achei que pensaria que sou uma Natsume dois

— Você entendeu mal — começou dizendo

— Entendi mal? — perguntei indignado

— Corrigindo — disse sem graça — não me expliquei direito, veja bem, não durmo bem a noite, não tenho mais vontade na vida, tudo perdeu a graça...

— E o que tenho a ver com isso? — perguntei

— O dia que passei com você me fez esquecer tudo, me senti bem outra vez...

— Primeiro, não sou sua solução Goenji, você sabe bem do que precisa, Segundo, isso são consequência de seus atos mal pensados, não posso te ajudar resolvendo isso, agora é com você —falei sério

                Me virei para sair e fui surpreendido por Goenji que segurou meu braço firme.

— Não me abandone — disse ele segurando o choro

— Não posso te ajudar, já disse. —respondi ríspido — tenho os meus próprios problemas, o seu só tem uma solução: Fubuki!

— Eu quero só você! — gritou

— Percebeu isso eu um dia?! — protestei — nunca vou ficar com você do jeito que quer, agora me deixe, preciso procurar paz em algum lugar por aqui

                Soltei meu braço e sai andando pesadamente, minha mente parecia um turbilhão de pensamentos, o ódio queimava em meu peito, meu coração se tornou pesado, difícil de carregar, olhei para lua e uma rajada fria me envolveu, sua luz de nada serviu meu caminho estava escuro, a cada passada a escuridão me envolvia, procurei um lugar onde poderia por meus pensamentos em ordem, onde a solidão me acariciaria e a luz do luar faria sentido iluminar.

 

POV Fubuki:

                A noite terminou mal para todo mundo, meia noite em ponto sem relutância entraram todos no ônibus, ninguém parecia bem, olhares tortos, silêncio ensurdecedor, nenhuma risada ou cutucada, quieto.

                Fui o último a subir seguido por Kudo, trocamos olhares preocupados e seguimos caminho pra casa. Sentei na frente ao lado de Kudo, ele olhava concentrado o caminho a frente, encostei minha cabeça na janela do ônibus e observei as casas passando, apenas gatos correndo trazia vida as ruas que há muito foram abandonada por pessoas que agora sonhavam.

                Minha concentração foi tirada repentinamente ao sentir Kudo segurando minha mão direita que estava sob meu colo, olhei para ele confuso e ele não me olhou, apenas continuou olhando fixamente para estrada e voltei a observar pela janela.

                Segui-se assim em silêncio o caminho todo até chegarmos a chácara, Kudo soltou minha mão de imediato o que fez me sentir sozinho. Em silêncio todos desceram, todos cansados de mais para dizer uma palavra sequer, tristes e irritados de mais.

                O motorista foi embora estacionar o ônibus, eu e Kudo fomos os últimos a entrar, ele queria se certificar de que todos tinham vindo.

— A noite parece que foi um desastre — sussurrei e ele assentiu triste

— Não devia ter deixado — falou desanimado

— Acho que pode aproveitar essa situação delicada amanhã para reunir todos num time só como você queria — falei dando de ombros

— Usando a situação a meu favor?

— Exatamente — falei — todos parecem tristes e decepcionados, aproveitem esse momento sensível e os uma novamente como um único time novamente

— Tem toda razão — suspirou pesadamente

— Estou cansado, vou indo dormir — falei e sai

— Espere — disse segurando meu braço — pode ficar no meu quarto hoje

                Senti meu rosto queimando de vergonha quando ele falou aquilo, segurei a respiração por segundos até lembrar de respirar. Eu devia está parecendo muito assustado quando ele se pronunciou, pois logo me soltou e ficou nervoso.

— Não desse jeito — disse urgente

— Ah... Okay — falei sem jeito

                Fomos sorrateiramente para o quarto e assim que ele fechou a porta respirei aliviado, ninguém nos viu ou pelo menos eu achava isso. O quarto era pequeno com duas camas, o local cheirava a flores do campo, o chão era tão limpo que tive medo de pisar.

— Fique a vontade — falou Kudo

                Me joguei na cama da esquerda, me estiquei um pouco fazendo meus músculos reclamarem um pouco devido a agitação do dia hoje, respirei fundo e senti o cansaço me alcançar, fazendo meu corpo afundar mais e mais no colchão, os olhos já não me obedeciam.

— Quer dividir a cama? —perguntou Kudo e assenti confuso

                Ele jogou o lençol na minha cara e rimos, em seguida pegou o seu e apagou as luzes, tiramos somente os sapatos e deitamos ainda com as roupas de festa, o cansaço não permitia muito. Deitamos lado a lado, ele me encarou por um tempo e sorriu levemente, sorri de volta, não conseguimos conversar mais, nossas pálpebras logo pesaram e nos levaram lentamente para os sonhos.

 

                Era uma daquelas manhãs serenas, acordei lentamente e quase tomei um susto quando dei de cara com Kudo, tinha esquecido completamente que havia dormido no quarto dele, ele por sua vez não pareceu notar a pequena agitação minha na cama, dormia tranquilamente num sono que parecia que não queria acordar. Devagar e com cuidado me levantei, o frio não demorou para me acolher e me seguir.

                Apesar de embaçada pequenos raios solares conseguiam penetrar pela janela tocando amenamente todo ambiente, passarinhos cantavam alegremente enquanto fazia círculos no ar, me aproximei da janela e limpei um pouco com a mão para ter uma visão melhor de fora. As folhas se amontoavam aos montes ao pé de suas arvores que tristemente soltava uma por uma a cada rajada de vento, uma leve nevoa cobria tudo deixando mais difícil a passagem dos raios de sol, deixando a paisagem cinza e sem vida.

— Bom dia — disse Kudo me dando um susto

— Bom — respondi sem jeito

— Desculpe se lhe assustei — disse se espreguiçando

— Melhor eu ir, antes que alguém note que não estou no quarto — falei nervoso

— Vamos lá para fora? — perguntou Kudo

— Agora? — perguntei confuso e ele assentiu sério — mas o que iremos fazer?

— Quero te mostrar algo — respondeu

                Desconfiado assenti, não tinha nada a perder o seguindo lá para fora, ou pelo menos eu acho.

           Lá fora a casa parecia mais quieta, parecia dormir junto com o pessoal. Troncos molhados, fungos antigos, folhas secas sob terra úmida, manhã fria. Meus pulmões foram preenchido por todos aqueles aromas, o outono não deixava tardar.

— Vou tocar um pouco — pronunciou Kudo me dando um susto

— Tocar?

— Sim — respondeu e mostrou o violão que carregava em mãos

                Sentou no degrau mais alto da escadaria e o segui. Lentamente dedilhou as primeiras notas musicais, um som melancólico soou por entre a madeira da casa, levantou folhas secas, calando os pássaros que atentamente apreciavam a dor de um homem solitário.

                Assim que começou a cantar senti sua tristeza me consumir, abraçando me levemente a cada nota, me levando a cada palavra, a angústia abraçou meu coração e pude sentir como ele se sentia. Continuou a cantar:

I'll be good,I'll be good
And I'll love the world, like I should
I'll be good, I'll be good
I'll be good, I'll be good
For all of the light that I've shout out
For all of the innocent things that I've doubt
For all of the bruises that I've caused in the tears
For all of the things that I've done all these years
Yeah, for all the sparks that I've stomped out
For all of the perfect things that I've doubt

 

                Quis abraçar ele e o confortar das várias maneiras que eu achava possível, mas de nada adiantaria, apenas fiquei quieto enquanto a natureza parava e observar a amargura que aquele homem carregava, a angústia dedilhar o violão, o arrependimento inundar suas palavras.

 

Eu serei bom, eu vou ser bom
E eu amarei o mundo, como eu deveria
Eu serei bom, eu serei bom
Eu serei bom, eu serei bom
Por toda a luz que eu tenho apagado
Para todas as coisas inocentes das quais duvidei
Para todos os hematomas que eu causei nas lágrimas
Por todas as coisas que eu tenho feito todos esses anos
Sim, por todas as faíscas que eu tenho pisado
Para todas as coisas perfeitas das quais duvidei

 

                Ele queria uma nova chance de recomeçar, de acertar e esperava de mim o primeiro passo. Terminado a música enxuguei uma lágrima que cismou em cair e o abracei, da forma mais acolhedora que pude. Seu coração acelerou e ele conteve o choro.

— Eu não vou te abandonar — sussurrei

— O que está acontecendo aqui? — questionou Goenji irritado

                O mundo voltou a girar na mesma velocidade novamente, por segundos pareceu que ele seguia o ritmo da música, mas agora parecia uma sinfonia desorganizada, sons de passos pesados na casa, conversar alheias, pássaros cantando, carros buzinando ao longe. O dia se tornava mais claro, a nevoa se dissipou, o sol aquecia minha pele lentamente.

— Estava apenas apreciando uma boa música — protestei me levantando

— Não foi bem o que vi — brigou Goenji

— Goenji, essas suas brigas sem sentido estão perdendo a graça, melhor ficar quieto antes que se dê mal — disse Kudo sério

— Quem é você para dizer o que devo e o que não devo fazer? — perguntou Goenji irritado

— Seu treinador, e como tal deve obedecer as minhas regras — respondeu Kudo ríspido

— Tente — desafiou Goenji

                Por segundo eles se encararam, Kudo inexpressivo, já Goenji parecia soltar fumaça pelos nariz e orelhas, em pouquíssimo tempo os dois estavam no chão, Goenji por cima tentava bater em Kudo que facilmente o segurou e o afastou de si sem bater de volta.

                Sem muita mobilidade Goenji tentou o melhor que pode, deu uma cabeçada forte em Kudo que o desorientou deixando ele escapar, com toda revolta que havia acumulado socou o nariz do treinador, em segundos Kudo ficou de pé e revidou o golpe de Goenji que caiu no chão inconsciente.

                Silêncio.

 

POV Mido:

                Entrei as pressas no quarto e pulei em cima da cama do Endo o acordando.

— Não te conto — falei animado

— Então não conte e me deixe dormir — resmungou Endo

— Não! — briguei — não posso deixar outro te contar...

— Minha vida anda um lixo, sonhar é melhor que ficar acordado — choramingou

— A sua vida está um lixo porque você a quer assim, tudo será resolvido conversando com o Kaze... Agora, notícias da manhã... Kudo e Goenji brigaram feio!

— Como é que é? — perguntou Endo num pulo

— Acordado agora? — perguntei malicioso — é verdade querida, Goenji até desmaiou com um soco do treinador!

— Minha nossa! — disse Endo perplexo

— Vamos bela adormecida, hora de levantar — falei animado e sai

                Melhor se eu tivesse esperado mais um pouco no quarto, quando sai do quarto dei de cara com Hiroto saindo do dele que ficava em frente ao meu, respirei fundo e tentei o ignorar seguindo meu caminho, mas fui impedido por ele que segurou meu braço.

— Espera — pediu e o lancei um olhar frio

— Não temos nada para conversar — falei ríspido

—Você não, mas eu tenho — falou sério — olha, sinto sua falta — continuou — será que não podemos nos resolver?

                Eu pensei em rir de indignação, mas senti que se eu o fizesse perderia a postura e desabaria, respirei fundo e engoli o choro.

— Já tentei isso antes — falei o mais calmo possível — agora vai precisar mais que um pedido para eu voltar atrás

— Pensei que gostasse de mim — resmungou Hiroto

                Indignado bati o pé no chão, me segurei desta vez para não bater nele e respirei fundo.

— Eu gosto, só não sou burro — respondi indignado —acha que só porque me quer eu vou me entregar a você? Pensou errado! Não sou bobo não! Se me quiser vai ter que lutar por mim, muito mais do que lutei por você!

                Sai dali o mais rápido que pude, a raiva me consumia a cada passo, quando menos notei já estava de pé na cozinha que parecia uma zona, Goenji já acordado colocava gelo no olho, Kudo fazia o mesmo só que na boca, Fubuki estava confuso sentado a mesa... Os urubus do time cercavam os três como podiam, suas caras estavam todas péssimas, todo mundo de ressaca.

— O que houve? — perguntou Natsume se aproximando do Goenji

— Uma briga — sussurrou Fubuki

— Mas... Como? Quem? Quando? — perguntou ela urgente

— São perguntas de mais para uma pessoa só — resmungou Kudo a fazendo calar

— Sem detalhes — falou Fubuki desanimado —foi o que o treinador disse

— Agora fala por ele? — perguntou Natsume irritada

— Cala a boca — brigou Fubuki irritado

— Chega! —brigou Kudo se levantando — reunião em cinco minutos na sala, quero todos lá

                Não questionei e segui direto para lá como todos, os outros que não estavam ali logo foram avisados e em menos de cinco minutos a sala estava lotada com todos os jogadores e auxiliares.

— Não sei o que tinha em mente — começou Kudo — vocês não são um time, pelo que vejo nunca serão... Tem muita angústia, rancor, inveja dentre muitos outros sentimentos em seus corações, não há espaço para mais nada, nem mesmo para companheirismo...  Vejo um ninho de cobra aqui, cada um por si, Deus por todos! Mas não devia ser assim, desse jeito vamos perder todos os jogos que entramos em campo. Meu objetivo aqui era acabar com isso, mas parece que eu incitei mais vocês em seus desentendimentos... Vamos embora hoje mesmo! Antes do por do sol quero todos dentro daquele ônibus, foi um erro trazer todos aqui...

                Não olhou para traz, apenas se virou e saiu indignado subindo as escadas, senti que Fubuki queria o seguir, mas hesitou e acabou escolhendo ficar ali, quieto, enquanto todos saiam e ficávamos apenas, eu, ele e o Endo.

— O que fazemos? — perguntou Endo confuso

— Arrumamos as malas — respondi desanimado — o que vai acontecer quando seus pais souberem que o treinador bateu no seu irmão? — perguntei a Fubuki que deu de ombros

— Me pegou... Eu não tenho a menor ideia — respondeu sem graça

— Se a policia souber — disse Endo nervoso — vão prender ele!

— Isso não pode acontecer — falou Fubuki num pulo nervoso

— Bem provável de acontecer — falei — ele deve estar se lastimando no quarto, mas você não pode fazer nada Fubuki

— Mas... —começou Fubi e o interrompi

— Ele já é bem grandinho para se resolver — falei sério — o deixe com seus pensamentos e vamos ver o que sai de uma mente adulta nessas situações

— Ele vai abandonar o time — murmurou Endo

—Não vai — falei sem graça

— Vai sim — confirmou Fubuki segurando o choro

— Ele não pode desistir assim tão fácil — protestei

— A batalha já está perdida — disse Fubuki triste e saiu

— Ele fez tudo que podia — continuou Endo e segui com Fubuki para fora da casa

                Então é assim que nossa história termina? O treinador nos leva para uma viagem que só aflora mais os instintos de competições e intrigas, ele não consegue nenhum resultado agradável ou plausível dessa experiência e simplesmente desiste? Preciso fazer alguma coisa, e logo.

 

POV Endo:

                Segui Fubuki até o lago, estava frio e a manhã cinza, dezenas de nuvens começavam a se acumular uma em cima das outras carregadas de chuvas, se chocando e trovejando, algumas maiores que as outras chegavam com imponência redondas e altas ao se bater com menos provocavam faíscas e estrondos abafados. O sol já não tinha força para penetrar aquele acumulo de nuvens e desistiu, ventos fortes atingiam o solo e logo se espalhavam com toda violência que podiam, fazendo as arvores balançarem freneticamente.

— Melhor entrarmos — gritei para Fubuki — vem uma grande tormenta por ai

— O que estamos fazendo Endo? — perguntou Fubi desolado

— Não entendi — respondi sem jeito

— Por que não desistimos e abandonamos tudo? — perguntou angustiado chorando

— Por que não podemos — respondi triste — estamos todos envolvidos emocionalmente, não temos forças para virar as costas

— Ao menos devíamos nos acertar — brigou Fubi e engoli em seco

— Nos tentamos nos acertar, mas muitas vezes não é a resposta que queremos e tornamos aquele conflito maior do que ele devia ser — falei desanimado

— O que quer dizer com isso? —perguntou brabo

— Todos aqui já tiveram a oportunidade de conversar — briguei — mas não gostando da resposta optam por se vingar... Fofocar... Ignorar... Somos crianças no jardim de infância Fubuki, brigaremos até por um papel rasgado, só que guardamos rancor, e não sabemos perdoar — falei triste

— Não há solução — concluiu

— Eu não sei — falei

— Não quero que ele vá embora ou se dê mal por conta da briga com o Goenji — disse Fubuki começando a chorar de novo, desesperado — só tenho ele no momento

— E quanto a mim e os outros? — perguntei sem graça

— A cada dia que se passa vamos nos separando mais ainda, todos nos —respondeu — não tem eu, você ou os no nosso grupo, pelo menos não mais

— Não pode acabar assim — resmunguei

— Não deveria acabar assim — falou Fubuki

                Naquele momento um turbilhão de pensamentos me veio a mente, ideias que talvez poderiam funcionar, enchi o peito e sorri para o Fubuki.

— Reúna todos na sala do time, menos o treinador — falei e ele assentiu confuso

                Logo estávamos todos ali em pé na sala, quase todos com cara de choro, nenhum sorriso ou conversinha, apenas o silêncio...

— Pessoal, tenho um trato a fazer com vocês... Pensei muito sobre nossa situação e cheguei a uma conclusão — falei nervoso — se não querem deixar o time morrer devemos fazer um trato... Assim que chegarmos no treino e colocarmos o nosso uniforme, deixamos todas as desavenças de lado, entrando no campo esquecemos de todos os problemas que nos acompanharam, estamos entendidos?

— Sim — gritaram em uníssono

—Ótimo — falei animado — todos concordam em respeitar o uniforme e o campo, sem nenhum objeção acho que não temos mais o que conversar, obrigado a todos pela compreensão

                Na mesa velocidade que chegaram saíram, achei bom pois não tive que esquentar a cabeça com perguntas e resposta tolas... Minha atenção foi atraída para fora do nada e quando olhei vi Kazemaru seguindo sozinho para o lago, pensei em não seguir ele, mas minhas pernas tinham vida próprio e quando notei estamos só nos dois a beira do lago.

—O que quer? — perguntou Kazemaru ríspido

— Não sei — respondi sem jeito

— Como assim não sabe? — perguntou indignado — então volte aqui quando souber!

— Não precisa se irritar — reclamei — vamos para floresta, não quero que ninguém veja a gente juntos

— Tem vergonha disso? —perguntou irritado

— Não — respondi — apenas não quero mais fofocas e intrigas, estou tentando fazer a minha parte me resolvendo com você

                Sem relutar Kazemaru me segui floresta a dentro, quando senti que estávamos longe o bastante parei, ao me virar recebi um soco em cheio na cara que me fez cambalear um pouco.

— Qual o seu problemas — briguei verificando o nariz

— Você é ele!

                Não pude ficar parado enquanto o Kaze me batia, então avancei, e quando menos notamos estávamos trocando socos e ponta pés, em segundos estávamos nos chão, rodando de um lado para o outro tentado ver quem batia mais e melhor.

— Eu te odeio — gritou Kaze e soquei sua cara

— Não tanto quanto eu te odeio — resmunguei

                Parei em cima dele e segurei firmemente seus braços no chão, seu choro se misturava com o sangue de sua boca, o cansaço venceu e ele nem protestou. Estávamos sujo de terra e sangue, exaustos. Quando finalmente o fôlego nos retomou me baixei ficando a centímetros de sua boca.

— Estou apaixonado por você — consegui sussurrar — não consigo te tirar da cabeça, você se tornou um problema grande de mais para eu lidar

                Selei nossos lábio num beijo urgente, meu coração agitou no peito, borboletas voavam no meu estomago, a sensação era muito boa, afastei meu lábio lentamente do dele e tentei analisar sua reação. Kazemaru me olhava confuso e sai de cima dele me deitando ao lado.

— Quero você Kazemaru — falei triste — desculpe por não notar antes

— Ainda há tempo — disse ele

                Quando menos esperei Kazemaru subiu em cima de mim e selou nossos lábios novamente, minhas mãos passearam por todo o seu corpo, me deixando cada vez mais excitado.

— Precisamos ir — disse Kazemaru separando o beijo

— Claro — falei atordoado e nos levantamos

                Arrumei-me o melhor que pude e seguimos de volta a casa, eu com certeza vou querer continuar depois.

 

POV Fubuki:

                O tom alaranjado não negava, o nosso tempo havia acabado, estávamos voltando antes do previsto, mesmo solucionada aparentemente o problema, Kudo optou por irmos logo, não queria ficar mais nenhum momento naquele lugar, ele queria nos punir por não nos entendermos logo e ter preciso ele intervir primeiro.

              Todos estávamos de malas prontas e aos poucos colocavam no ônibus, ninguém parecia entusiasmados para ir e muito menos para ficar. Subi uma última vez, mas dessa vez atrás de Kudo, bati de leve na sua porta entrei no seu quarto.

— Vamos indo? — perguntei e ele assentiu desanimado

                Entrei no quarto e fechei a porta, corri até ele e o abracei por trás.

— Eu ainda estou aqui — sussurrei

— Que bom pequeno — disse sorrindo

                Ele me afastou e ficou de frente a mim, pegou minhas mãos e levou-as a boca dando um beijo delicada nelas tornou a soltar lentamente. Saímos do quarto e ele segui em frente, o segui sorrindo feliz, eu não estava na pior, ainda tinha o Kudo na minha vida, havia muitas maneiras de tornar ele melhor.

                Parei no meu quarto e peguei minha mala, arrastei ela até as escadas, quando a levantei para passar pelas as escadas, me faltou equilíbrio, senti uma mão quente encostar em mim e empurrar. Tentei olhar para trás e ver quem estava ali, mas não consegui.

                O mundo entrou em câmera lenta, vi minha bagagem levantar voou e ir na frente, logo senti o primeiro lance de escadas encostar em meu corpo, uma dor aguda me fez trincar os dentes, eu queria me segurar, mas não sabia como fazer, não havia tempo, logo eu estava girando desajeitado escada a baixo.

                Assim que cheguei no chão senti o alivio me invadir, tinha acabado e eu ainda estava ali, pensando, mas minha vista começou a embaçada, não conseguia me mexer, minhas pálpebras criaram vida própria e começaram a se fechar contra minha vontade.

                Mas não antes pude ver os pés de Kudo a porta jogando a mala no chão e correndo até mim desesperado.

— Fubuki — gritou

                Ouvi passos apressados por toda casa, conversar e gritou confusos, Kudo me envolveu em seus braços e me levantou. Não consegui fazer mais nada e apaguei.


Notas Finais


Eu esperava que esse capítulo compensasse o atraso '~'
Perdoem erros porque não revisei, acabei de escrever ele e não quis perder tempo, já postei!
Eu achei que não ficou bom, mas vamos lá! Deem suas opiniões!
Obrigado aos novos favoritos! Sejam bem vindo e fiquem a vontade para comentar! Os antigos já sabem que amo ele nem preciso dizer u.u
Eu não sei como vai ser o próximo capítulo, nem quando vai sari, mas pretendo que não demore tanto assim como esse '-'
Não quero matar vocês de ansiedade kkk
XoXo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...