História You are my Beast - Sozinho em tantos pensamentos

Narração

A densa floresta mostrava os últimos raios do sol soava pelas as pequenas frestas das arvores, os dois garotos andavam calmamente já que o menino conjunto ao sapo e a ave preocupada andavam distancia em sua frente.

- Esse lugar é estranho.- diz brevemente olhando ao seu redor e segurando a mão do mais velho que sorriu para o menor.

- Não se preocupe com isso, eu vou estar aqui com você.- falou segurando levemente a cintura do menor, colocando sua testa com a do outro, os olhares entre eles eram intensos, fogosos com sorrisos e caricias calorosos.

- Wirt, Wallace achamos uma cidade.- a voz infantil do garoto menor do grupo fez os dois separarem rapidamente, fazendo Wirt corar levemente e Wallace rir.

Seguiram caminho saindo da vasta floresta, até a placa de entrada escrita Pottsfield e poucos números de habitantes a vista da cidade parecia adorável, calma e pacata e ao mesmo tempo parecia tão deserta e sombria. Wirt olhava tudo com receio junto com perigo crescer naquela cidade, mas se sentiu seguro ao vê sua mão entrelaçada com a do seu namorado, olhou para o maior que sorria calmamente em sua direção.

De repente viu as sombras tomarem o seu companheiro o transformando em uma criatura alta esguia com galos grandes em sua cabeça, os olhos azuis viraram grandes esferas brancas profundas deixando Wirt amedrontado pois sua mão ainda era segurada pera criatura que um dia falou a frase para si "eu te amo" e machucando, até ouvir algo que a desabou a chorar:

- Eu não quero te ver mais aqui. Nossos sentimentos não são reais. Eu. Não. Amo. Você.- aquelas palavras perfurou seu coração inocente, fazendo assim sair correndo pela a floresta fechada com lagrimas caindo e embaçando sua visão.

P.o.v Wirt

Acordei em um pulo todo suado, já fazia três longos anos que isso ocorreu e parece que ainda não superei esse fim de namoro sem nenhuma explicação, olhei para a janela de frente para minha cama e percebi que ainda era cedo virei para o relógio que marcava oito da manhã. Respirei fundo, passei minhas mãos pelo meus cabelos bagunçados e em seguida me levantei da cama me espreguiçando. Destranquei a porta que é um habito costumeiro meu, já que não gosto de ninguém entrando no meu quarto.

Sai do meu quarto e segui andando no corredor, desci as escadas na calma, já que não irei a lugar nenhum hoje. Entrei na cozinha e me sentei na cadeira do balcão em silêncio outro mal habito que minha mãe não gostava muito, e fiquei olhando para os meus pais cochichando sobre algo que eu não entendia muito bem, até aparecer meu meio irmão com um sorriso alegre e assustando os mais velhos e sorriram em seguida.

- Bom dia meninos, dormiram bem? - perguntou minha mãe pondo na mesa um prato cheio de panquecas, e depois um jarro de suco de laranja já meu padrasto colocava os pratos, copos e talheres em devidos lugares.

- Dormir muito bem mãe.- falou Greg se sentando na cadeira e atacando o prato de panquecas, olhava aquela cena todos dias e me sentia a cada dia distante da minha família, pois parecia que não me encontrava ali, emocionante.

- Wirt, venha se sentar com a gente.- olhei para o Alan, e desde que o conheci ainda não consigo chama-lo de 'pai', foi um trauma muito grande para mim do que o termino do meu ex namorado.

Levantei da cadeira fui até a mesa onde estavam os três peguei um prato coloquei algumas panquecas e um pouco de geleia e um copo de suco e voltei pro meu lugar e comecei a comer. Todos tinha um pingo de esperança que volte ser aquela pessoa que não tinha mal hábitos, que não se isolava no quarto, já fazia um tempo que nem tocava o meu clarinete e acredito que minha inspiração já se foi a muito tempo.

Depois do café subi novamente as escadas seguindo para o meu quarto, onde a paz reinava brevemente já que o que faço é olhar para a janela observando a floresta de Gravity Falls que todos dizem ser encantada. Me sentei no batente da janela e via calmamente os pássaros voando, gnomos correndo para lá e pra cá, ouvir batidas na minha porta e virei para a mesma, me levantei e fui abrir para ver se era a minha mãe, e eu estava correto.

- Querido, estamos indo trabalhar...- minha mãe diz segurando nervosamente a sua bolsa procurando por algo, então a interrompi dizendo:

- Não se preocupe, eu vou cuidar do Greg.- digo calmo e sorrindo forçado, ela parou o que estava fazendo me olhou com cautela e me deu um beijo na testa.

- Eu te amo, saiba disso filho.- sussurrou tranquila, ela se afastou tranquilamente e seguiu para as escadas.- Não se esqueça de tomar um banho.

Rir abafado revirando os olhos, fechei a porta do meu quarto e voltei para a janela, suspirei olhando para o horizonte, tudo parecia tão tranquilo do lado de fora, que estava difícil se acostumar. Ouvi minha porta sendo aberta e a cabeça do Greg aparecer pela fresta e sorrir em seguida, falando:

- Ei, quer alguma companhia?- perguntou, entrando por inteiro no meu quarto.- Puxa que bagunça está esse quarto viu, amigo.

- Não quero uma companhia, muito obrigado já pode sair daqui.- digo olhando o menor se sentando na minha cama me olhando ainda com o sorriso simpático no rosto, o que me fez revirar os olhos novamente.

- Então, vá caminhar. Saía desde quarto, vá conhecer novas pessoas.- suas palavras soavam preocupação, o que já era de costume entre todos na minha família, depois do ocorrido e do meu isolamento com o resto do mundo, eles ficaram assutados comigo e do meu comportamento repentino.

Ficamos em silêncio, sabia que Greg e a mãe foram os que mais saíram machucados disso tudo, não queria que isso ocorresse com ninguém, mas me tornei um estranho na minha própria casa. Voltei olhar para a janela e ouvir no fundo o Greg suspirando, minha atenção foi para os pinheiros e reparar algo diferente, uma criatura de forma triangular amarela de um olho só e ao seu lado outra criatura alta esguia totalmente negra com esferas brancas assustadoras, vê-lo me deu um arrepio na espinha e cair na realidade que já sabia quem se tratava ser aquela criatura.

- Ele está aqui.- murmuro baixo, ainda observando a criatura que também me observava, me dando mais arrepios e sentir meu coração acelerado.

- ... Eu vou para a Cabana dos Mistérios, por favor pense sobre o que eu te falei.- a voz do Greg me tirou atenção da janela voltando a realidade e o olhando concordando com algo que não escutei direito.

- Não volte tarde.- falei vendo o menor sair do meu quarto, me direcionei para a janela a onde o Fera poderia está ali, mas não havia ninguém.- Talvez fosse minha imaginação.

P.o.v Wallace

Vagava nas sombras das arvores de EndWoord cantarolando baixo uma música qualquer, até ser parado pela Isabelly, a filha do Senhor da Mata, ela estava sorridente como sempre, se mostrava animada todos os dias e tentava me colocar para cima mesmo sabendo ser inútil.

- Diga-me senhor Wallace, dormiu bem está noite?- perguntou se sentando num tronco caído ao meu lado, já que me escondia nas sombras, a olhei sabendo que a mesma sorria sem mostrar os dentes querendo uma resposta clara.

- Você sabe que eu não durmo, Isabelly.- digo cínico, agora olhando para frente, onde um córrego passava e mais para frente algumas crianças e animais brincavam com barcos de papeis, uma visão bonita de vê logo de manhã.

- Eu sei, mas acho que aquele seu pesadelo virou mais frequente, não é?- essa pergunta estou ouvindo frequentemente da mais nova, assim que ela inicia uma conversa comigo até o John Crops me perguntou sobre essa má lembrança que fica me atormentando à três anos.

Mas não respondi sua pregunta, fiquei em silêncio pois sei que Isabelly é inteligente o suficiente para saber qual é a minha resposta. Não me importava está aqui, ser a criatura que a minoria temem ou ser odiado por poucos que moravam ali, mas do mesmo modo me sentia vazio como se o que ocorreu anos trás foi um erro, me entregando de corpo e alma para salvar quem eu realmente amo o deixando escapar pelas minhas mãos.

Em Unknown eu me via preso, encurralado em um lugar sem saída, não tinha nenhuma esperança de voltar para onde quer esteja o Wirt nesse momento. Eu tinha os mesmos pensamentos de que o mesmo seguiu em frente e deixou todo o nosso passado para trás, e nesse meio tempo tentei realmente esquecer-lo só que não serviu de nada, já que o meu sentimento por ele ainda era forte, vivo de todos os jeitos imagináveis.

- ... Sabe, você deveria ir vê-lo.- a voz de Isabelly se vez presente depois de tanta reflexão, na verdade eu não ouvi metade do que ela falava até a ultima frase.

- Me desculpe, não entendi.- falei minutos depois, o que a menor me dá um tapa leve no braço com uma expressão raivosa em sua face.

- Me escute, em vez de ficar aí com cara de sofrência por que não vai atras do garoto que tu gosta. Sabe assim não ficará criando especulações que ele está ou não em um novo relacionamento.- ela estava certa, eu não sabia o que realmente está acontecendo na vida do Wirt, sempre comentava com a própria sobre essa insegurança sobre dele me odiar por ter o deixado.

- É uma ideia ariscada, mas eu posso pensar... no caso.- falo baixo soltando um sorriso de canto, mas virei o rosto para desfasar para a morena não olhar e debochar sobre minha expressão mas foi falho.

- Olha só ele sabe sorrir.- disse sorrindo sarcástica.

- Quem sabe sorrir?- a voz pronunciada me fez desaparecer nas sombras das arvores rapidamente, fugindo da garota que me persegue alguns dias.

Lorna a doce e delicada garota, que de um jeito ou outro queria sempre está do meu lado ou ter algum relacionamento comigo. E na verdade não estou disposto a querer alguém como ela ao meu lado, sei que ainda á sequelas de maldade em sua alma mesmo sendo salva anos atras pelo Wirt e Greg, ainda vejo sua maldição na sua própria sombra. Não me leve á mal, gosto da garota porém não como uma amante, irmã ou amiga e mas como uma colega de classe que ira te ajudar em alguma coisa ou outra mas não senta ao seu lado no intervalo.

- Oh, tenho que dizer que vou em uma viajem com minha tia. Não sei que dia voltarei.- em tantos pensamentos ouvia parcialmente sua voz delicada que transbordava alegria.

- Boa sorte e boa viagem Lorna.- dizia a garota do meu lado, e seguida ouvia todo parecer distante, meus olhos ficaram cada vez mais pesados e então eu finalmente adormeci a mercê daquela arvore.

Reabrir meus olhos minutos depois, olhei em volta procurando algum rastro da Isabelly ou da Lorna, mas o que achei de fato era a floresta cheia de pinheiros e criaturas que não viviam em Unknown, me levantei limpando minhas roupas ainda não acreditando aonde eu estava, não sabia como parei neste lugar e nem como eu voltaria para EndWoord. Olhava atentamente os pinheiros, as animais e as criaturas via que tudo e todos em harmonia sentia uma paz que não sentia a muito tempo.

- Onde eu estou?- sussurrei a pergunta ao vento, sabia que não ia ter resposta tão cedo, então seguir caminhando em qualquer direção possível.

- Você, meu amigo galhoso está em Gravity Falls.- a voz veio na minha esquerda e assim que olhei para o lado direcionado me fez cair para trás de susto.- Oh eu te assustei, me desculpe. Aqui segure minha mão.

Sua aparência não era assustadora mas também não era colhedora, um rapaz centímetros baixo que eu, cabelos tingidos de loiros, pele bronzeado, roupas formais amarelas e olhos amarelos brilhantes. O mesmo flutuava e sorria de uma maneira diabólica mas ainda com sua mão estendia para me ajudar, aceitei de bom grado apoiando nele para me levantar e arrumar minhas roupas.

- Me desculpe, meu nome é Bill Cipher. Qual é o seu?- perguntou Bill ainda sorrindo parecia que o mesmo vivia ali muito bem, e estava querendo fazer uma nova amizade.

- Meu nome é Fera.- digo calmo e voltando a andar para onde quer esteja e sair dali o mais rápido possível, mesmo não gostando muito de ficar em Unknown ainda tinha muitas obrigações por lá.

- Que nome sem graça, combina com você.- falou atras de mim Bill que continuou me seguia calmo, admito que pessoas novas não era meu forte de se conviver ainda mais seres sobrenaturais como eu.- Onde quer ir, não vai conseguir voltar.

Parei de andar assim que ouvir aquelas palavras de um jeito desinteressante, virei para olha-lo e sua forma é totalmente outra um triangulo de um olho só amarelo com uma cartola e bengala pretas. Fiquei em confuso e o mesmo apontou para o outro lado onde se via distante uma casa de dois andares cinza clara, andei até onde as arvores terminavam e olhei para a ultima janela, onde vi ele o amor da minha vida diferente, crescido, maduro e distante da própria realidade.

- Sabe Fera, ele parece que sente a sua falta.- diz cauteloso e pela voz da figura triangular eu sentia amargura e magoa, assim como eu ele também sofria de amor por alguém.

Lagrimas, sentia minhas lagrimas depois de três anos de uma má despedida sentia tudo de novo a dor, a saudade, querer está sempre ao seu lado, de sentir seus abraços e beijos. Anos pensando o que fiz foi o melhor para nós dois, porem vejo com os meus próprios olhos que ambos estávamos morrendo de saudade um por outro um pelo outro. Voltei para dentro da florestas que ficava cada vez mais escuro e tenebroso, ainda com lagrimas nos olhos comecei a correr sem saber para onde ia ou se conseguia voltar pro passado e nunca deixa-lo escapar pela minhas mãos

Depois disso acordei em um pulo das sombras assustando as duas garotas que conversaram ali do meu lado, olhei para todos os lados percebendo que voltei para Unknown o que de certa forma me deu um grande alivio, acalmei os ânimos minha respiração ainda estava desregulada. Não sabia se era um sonho ou se era real, mas algo me dizia para voltar para Gravity Falls e reencontra-lo e pedir perdão.

- O que houve Wallace?- perguntou Isabelly me segurando pelo ombro esquerdo, preocupada é claro depois do susto que eu a dei.

- Eu tenho que voltar para ele.- digo determinado, firme que não o deixaria mesmo nossos mundo sendo diferente agora, mas não irei desistir do nosso amor.