1. Spirit Fanfics >
  2. You Could Be Mine >
  3. Lie Down in Bed

História You Could Be Mine - Lie Down in Bed


Escrita por: SrtaRocketQueen

Notas do Autor


Gente, vocês são incríveis pra caralho ♥ O capítulo anterior teve o recorde de comentários da fanfic, e eu não estou acreditando até agora!!! Fiquei tão feliz por isso que já estou postando esse capítulo. MUITO OBRIGADA, SÉRIO!!! Vejo vocês nas notas finais, ein?

Boa leitura ♥

Capítulo 41 - Lie Down in Bed


Fanfic / Fanfiction You Could Be Mine - Lie Down in Bed

— Mas que porra, Shannon! 

— Axl, eu já pedi desculpa, cara! Por favor!  

Essas foram as primeiras coisas que eu escutei assim que abri meus olhos e tomei minha consciência. Tudo estava doendo em mim. Desde a minha cabeça, que parecia ser feita de ferro devido ao peso que estava, até os meus pés que doíam quando eu mexia. 

Observei o local onde estava com a testa franzida. Não estava reconhecendo. Era um quarto pequeno verde, com uma cama de casal, um guarda-roupa enorme e uma prateleira cheia de livros. Havia também uma penteadeira grande cheia de maquiagens dos mais variados tipos. 

— Que merda está acontecendo? — Perguntei para mim mesma, tentando me levantar. Mas a minha cabeça parecia que ia explodir se eu fizesse isso, então eu desisti, grunhindo. 

— Débora? Você acordou! — Ouvi uma voz feminina adentrar o quarto e virei-me para a porta. Era Stela, completamente sorridente. Ah, pelo menos eu não havia sido sequestrada. 

— Onde eu estou? 

— Na minha casa. Você se lembra do que houve ontem? — Ela perguntou. Flashes das merdas que eu havia feito vieram em minha cabeça e eu bufei. Como eu havia tido a coragem de beber tanto a ponto de desmaiar? Eu havia chegado ao meu limite. 

— Lembro. — Respondi, contrariada. — Achei que eu tinha morrido. 

— Todos pensam isso nessas horas. — Stela riu, como se fosse algo muito engraçado mesmo. Quando eu consegui acostumar meus olhos com a luz fraca do cômodo, pude perceber que mais pessoas estavam entrando no quarto. Arregalei completamente meus olhos quando vi quem eram. Axl e Duff. 

— O que vocês estão fazendo aqui? — Perguntei, confusa. Acho que eu havia perdido muita coisa mesmo. 

— Eu sempre soube que no fundo você é bem louca! — Duff disse, rindo. Se aproximou de mim. — Você conseguiu me superar. Faz tempo que eu não fico no estado que você está. 

— Como conseguiram me encontrar? 

— Shannon encontrou com nós. — Ele continuou. — Estávamos perto do bar em que você encheu a cara. 

— Não me lembre disso. — Murmurei, respirando fundo. Pude ouvir a risada do loiro. 

— Não tem como ignorarmos esse fato. Não se preocupe Deb, foi bem divertido. Ou não foi? — A cara que ele me lançou demonstrou bem que ele sabia a resposta. E estava certo. 

— Quero ficar sozinho com ela. — Axl murmurou, encarando-me com uma cara nada boa. — Saiam. — Não precisou dizer duas vezes. Stela e Duff saíram do quarto, fechando a porta. Merda, por que foram embora mesmo? Eu não queria ficar sozinha com ele... 

— Está com cara de quem vai me matar. — Eu murmurei, rindo. Apenas para tentar deixar o clima mais leve, porém, não funcionou. 

— Você não pode ficar sozinha mesmo. — Ele censurou, cruzando os braços. Eu me senti uma criancinha de 5 anos recebendo uma bronca do pai. — Tem sorte de não ter precisado leva-la no hospital. Se precisasse também, ia morrer. Ninguém estava muito são para se lembrar disso. 

— Não precisa ser tão duro, Axl. — Grunhi, recebendo suas palavras. Machucava a forma como ele falava e olhava para mim. 

— Porra Débora, você tem noção do que fez? 

— Eu sinceramente não entendo você. — Rebati, conseguindo juntar forças para sentar na cama. A raiva sempre renovava as minhas energias. — Me criticava tanto por ser uma garota sem graça que não curtia a vida. Agora que estou fazendo isso, continua me censurando! 

— Você acha que o estado que ficou e está agora é divertido? 

— E por acaso você se importa com isso? — Perguntei. Axl ficou em silêncio. — Não sei porque todo esse sermão. Desde quando você se importa comigo? — Eu quis muito que ele respondesse algo, mas não veio nada da sua boca. Ele se preparou para dar meia volta e ir embora, mas eu fui mais rápida. — Axl, fica aqui. 

— Por que? — Ele encarou-me com o cenho franzido. 

— Eu... não quero ficar sozinha. Aqui. — Respondi, meio sem graça. De certa forma, sentia-me segura com a presença do ruivo. Por mais idiota que isso fosse. 

— Peça outra pessoa para te fazer companhia. — Ele murmurou, saindo do quarto e fechando a porta sem delicadeza. Eu respirei fundo. 

 

Agora Axl tinha dois bons motivos para estar com raiva de mim. 

 

Primeiro porque eu fui uma idiota e contei para ele que eu havia beijado Izzy. E segundo porque fui mais idiota ainda, bebi horrores e agora estou aqui, passando mal. Passei a mão pelo meu rosto, frustrada comigo mesma. 

[...] 

A casa de Stela era incrivelmente agradável, mas acho que já estava na hora deu ir embora. Depois que tomei um bom banho no banheiro dela e bebi os remédios que a ruiva me passou, desci as escadas e encontrei todos na sala pequena e vermelha. 

— Eu quero ir embora. — Disse e todos olharam para mim. Shannon foi o único que abriu um sorriso. 

— Débora, você está ótima!  

— Minha cabeça está explodindo. 

— Ah, mas isso passa! Não se esqueça de tomar muita água, sim? — Ele levantou-se, vindo em minha direção. Eu assenti. 

— Vou tentar me lembrar. Obrigada por... ter me ajudado. 

— É claro que eu ajudaria você. Não precisa agradecer. — Shannon me abraçou. Eu fiquei meio sem reação mas acabei retribuindo. 

— Axl vai te levar. Eu vou continuar por aqui... — Duff disse, lançando um olhar nada inocente para Stela, que riu. Eu ignorei aquilo. 

— Bom, então já vou indo. — Despedi de Stela, agradecendo-a milhares de vezes por tudo que fez por mim. Ela era uma garota muito simpática. Depois, sai de sua casa e avistei o carro vermelho que estava com Axl mas não era dele. Para a minha sorte, o carro estava aberto, então eu tratei de logo sentar no banco de carona. 

E então esperei. Esperei, esperei e esperei mais um pouco. Deu quase quarenta minutos de espera quando Axl finalmente saiu da casa de Stela e foi sentar-se no seu lugar do carro. Eu já estava irritada. 

— Mas que demora! 

— Não sou seu motorista. — Ele sorriu ironicamente para mim e eu bufei. Não trocou mais nenhuma palavra comigo até a metade do caminho, quando eu criei coragem para lhe dizer algo. 

— Por quanto tempo continuará assim comigo? 

— Assim como? — Rose piscou os olhos, como se realmente não soubesse do que eu estava falando. Ri de desgosto. 

— Axl, eu estou falando sério. 

— Eu também estou! Não sei porque está achando que estou diferente com você, eu não tenho motivos para isso. — A ironia dele era quase cortante. Eu bufei, desistindo de continuar com aquilo, afinal, Axl estava brincando comigo. 

Continuamos o resto do caminho em silêncio. Quando ele estacionou o carro, finalmente, eu dei graças a Deus e adentrei logo a minha casa. Nunca estive tão feliz em estar nela. 

— Débora! Porra, achei que você tinha morrido! — Slash exclamou, surpreso e irritado. Estava na sala com sua guitarra. 

— Longa história... 

— O que aconteceu? — Ele perguntou. Quando Axl entrou em casa, ficou mais surpreso ainda. — Você estava com ele? 

— Sim e não. — Respondi. Então, contei-lhe tudo que havia acontecido e, a cada nova palavra que saia da minha boca, a expressão de Slash se tornava mais inesperada ainda. 

— Se qualquer outra pessoa me contasse essa história, eu não me importaria. Mas você? Preparem os guarda-chuvas, hoje vai chover bastante. 

— A vida é uma caixa de surpresa. — Murmurei rolando os olhos e o cabeludo riu. Lembrei-me então do que não deveria ter esquecido. — Izzy já chegou? 

— Sim, está lá em cima. Perguntou por você. — Slash respondeu e eu rapidamente fitei Axl, que estava na cozinha. Ele tinha um sorrisinho bem maldoso no canto dos lábios. Engoli em seco. 

— Ahn... estou indo lá. — Subi as escadas rapidamente e entrei no quarto de Izzy, que estava com a porta aberta. Ele estava deitado e Alice estava ao seu lado. Os dois me fitaram quando eu me aproximei. 

— Débora! — Izzy sorriu. — Onde estava? Achei que ia me buscar também. 

— Bom, longa história. — Ri, sem graça. 

— Eu gostaria de saber. — Rebateu. Pensei por um momento se eu deveria contar, mas de qualquer forma ele saberia mesmo. 

— Basicamente eu saí ontem à noite, encontrei com Stela e nós fomos em um bar. Bebi tanto que desmaiei e só acordei hoje de manhã, com Axl e Duff falando na minha cabeça. — Quando terminei o relato, os dois estavam com as bocas escancaradas. Demoraram um pouco para dizer algo. 

— Agora sim você está honrando a família! — Alice gargalhou e eu não consegui não rir junto com ela. Se meu pai estivesse aqui e escutasse isso, mataria nós duas. 

— Eu não acredito. — Izzy ainda estava com os olhos arregalados. — Apesar de tudo, foi perigoso o que fez. 

— Não precisa me repreender, Izzy. Axl já fez isso muito bem. 

— Bom, sinal de que ele ficou preocupado. — Alice interviu, séria. Eu respirei fundo, assentindo. Fiquei em silêncio, sem saber o que responder. — Izzy, venha comigo. Você precisa de um bom banho. 

— Eu posso ajudar. — Intervi. O olhar que Alice me lançou não foi nada bom, contudo. 

— Não precisamos da sua ajuda por aqui, obrigada. 

— Alice, quero falar com você. — Disse, séria. Já estava cansada daquilo, não ia deixar ela me tratar daquela forma, muito menos me impedir de algo que eu tinha extrema vontade de fazer. Sai do quarto e cruzei os meus braços, esperando que minha prima viesse ao meu encontro. Não demorou muito para que isso acontecesse. 

— O que foi? 

— Eu sei que ter eu por perto não é uma coisa boa para você, ainda mais quando Izzy está envolvido. Mas entenda o meu lado! Fui eu quem o vi no pior estado possível, você acha que eu consegui tirar essa imagem da minha cabeça? Eu sinto a necessidade, ou melhor, a obrigação de ajudar cuidar dele. Isso é maior do que eu Alice, e não estarei satisfeita enquanto isso não acontecer. 

— Débora... 

— Espere. — Pedi, pegando fôlego para continuar. — Eu vou ajuda-la cuidar dele, você querendo ou não. Eu não posso deixar de fazer algo que eu sinto que preciso muito fazer. Você entende? — A cara que minha prima fez, foi de total surpresa. Provavelmente ela não estava esperando que aquilo fosse tão importante para mim. Acho bom que agora ela tenha percebido.  

Alice respirou fundo umas, duas, três vezes seguidas. Ficou um bom tempo pensativa, decidindo o que ia falar.  

— Bom... tudo bem. Talvez eu precisa mesmo de alguém para me ajudar a... ajuda-lo. — Ela disse e eu suspirei, aliviada. 

— Certo. Por favor, nada de implicâncias. O que aconteceu entre eu e Izzy não... existe mais. Eu sei muito bem dos seus sentimentos por ele. — Me senti um pouquinho falsa com o que estava falando. Mal sabia ela que em menos de vinte quatro horas atrás eu estava sentindo a boca dele na minha. 

— Você não entende... Eu sinto que há algo na forma como ele... — Ela travou e eu senti um frio na barriga. 

— Alice, não há nada. Eu e Izzy somos apenas amigos e eu preciso que você confie em mim. Não há nada. — Eu quase quis rir de mim mesma. Minha prima encarou-me no fundo dos meus olhos e eu permaneci firme. Então, ela suspirou, dando-se por vencida. 

— Tudo bem, Débora. Dessa vez eu acreditarei em você. 

— Obrigada. — Sorri, realmente feliz por sua aceitação. Nós adentramos o quarto novamente e Izzy sorria, divertido. 

— Pensei que iam voltar com as roupas rasgadas e marcas de unhas pelo corpo. Resolveram brigar aqui dentro para me divertir um pouco? 

— Como você é engraçadinho. — Eu rolei os olhos. — Alice deixou que eu ajudasse a cuidar de você. 

— Mas é claro que pode, Alice não manda em nada. — Ele brincou, mas a morena não estava achando graça. —  Estou brincando... Fico feliz que tenha vocês duas por mim. Obrigado, de verdade. — Ele disse, sério. Nós duas sorrimos. 

— Bom, está na hora do banho.  

— Nós vamos... entrar com ele no banheiro? — Perguntei, arregalando os olhos. Alice sorriu. 

— Mas é claro, você acha que ele consegue ensaboar o corpo sozinho? — Ela respondeu e eu entrei em pânico. Minhas bochechas ficaram da cor de um pimentão.  

— Bom, acho que posso ajudar com outra coisa... — Sorri, sem graça. 

— Mas é claro. Pode deixar que isso eu faço sozinha. — Minha prima piscou, completamente maliciosa. 

— Eu acho que... consigo fazer isso sozinho. — Izzy murmurou, nitidamente incomodado. Eu sabia que ele se sentiria assim justamente pela forma como Alice estava encarando-o. 

— Jeffrey, você quebrou a costela. Não se esqueça disso. 

— Mas eu consigo fazer as coisas normalmente, só sinto uma dorzinha. Não se preocupe Ali, só preciso de ajuda para levantar. O resto eu consigo. 

— Mas e se você cair? — Ela estava frustrada. 

— Se eu cair você pode ir me ajudar. Mas isso não vai acontecer, certo? — Ele sorriu. Alice deu de ombros, nitidamente nervosa com aquilo. Olhou para mim e fez um pedido silencioso para que eu a ajudasse pegar Izzy para leva-lo ao banheiro. E assim fiz. 

Nós duas seguramos ele enquanto ajudávamos o albino a chegar no banheiro. Izzy conseguiu tirar sua camisa, mas estava encontrando dificuldades para tirar a calça. 

— Quer que eu ajude? — Alice perguntou, agora sem nenhuma expressão de malícia. Izzy respirou fundo e assentiu depois de um tempo. A morena tirou sua calça lentamente e eu não consegui ficar sem olhar o volume considerável que destacava sua cueca box branca. 

 

Merda Débora, foco! 

 

— O resto eu tiro. — O moreno disse, rindo. Alice assentiu com as bochechas vermelhas e se retirou do banheiro, me puxando. Alguns minutos depois, nós escutamos o chuveiro ser ligado. 

— Ele precisa de uma roupa bem fresca e limpa... — Ela murmurou, abrindo o guarda-roupa. 

— Nisso eu posso ajudar! Deixa que eu escolho. — Disse, sorrindo. Dei uma olhada geral nas blusas de Izzy, encontrando coisas só em tons neutros. Não havia cor naquelas roupas, só detalhes como o sangue vermelho vivo de uma estampa de banda de rock. Bufei. 

— Débora, ele não vai participar do tapete vermelho do Oscar. É qualquer roupa que estiver aí. — Alice rolou os olhos, rindo. 

— Você acha que ele não vai receber visitas? Tem que estar bem preparado. — Respondi, arrancando outra risada da minha prima. 

— Izzy deve estar com fome. Vou preparar algo para ele... 

— Posso ajudar também. — Disse, rapidamente. Alice olhou-me como se eu tivesse um olho na testa. 

— Eu ouvi direito? Você está dizendo que vai me ajudar cozinhar? 

— Bom, sim. Quando eu disse que queria ajudar, seria para qualquer coisa mesmo. — Respondi, firme. Ela ficou me olhando com aquela cara por um bom tempo, depois suspirou e sorriu. 

— Só vamos esperar ele terminar. — Disse e eu assenti. Depois de um tempo, o moreno saiu do banheiro com uma toalha enrolada no seu quadril. Ele tinha o copo bem atraente... Mas eu não estava pensando nisso, oh, não mesmo. 

Nós o ajudamos a vestir as roupas — menos a cueca, isso ele vestiu sozinho — e o deitamos na cama com delicadeza. Em seguida, descemos para a cozinha. 

— O que vai fazer? — Perguntei, suspirando. Provavelmente aquilo acabaria com as minhas unhas, mas tudo bem, em breve eu faria elas de novo mesmo. Sem contar que o esmalte já estava todo descascado. 

— Um dos pratos preferidos dele. Lasanha de frango. — Ela sorriu. — Pegue para mim o creme de leite e a farinha naquele armário. — Eu fui até lá e peguei o que ela estava pedindo. Alice pegou presunto e mussarela que estavam na geladeira e colocou em cima da mesa também. Quando notou o que eu havia pegado, franziu o cenho. — Débora, isso daqui é leite condensado. 

— O que? — Peguei a lata, batendo a mão na minha própria testa. — Me desculpe, é tudo de leite... 

— Você tem que aprender muito ainda. — Ela riu. Eu finalmente peguei a lata certa e entreguei-a. E quando todos os ingredientes estavam à disposição, finalmente começou o preparo. 

Na verdade, eu só estava ajudando a pegar as coisas. Quem fazia mesmo tudo era Alice, com muita concentração e dedicação. Eu fiquei inesperadamente interessada com todo aquele processo para fazer a lasanha, e fiquei observando tudo que ela fazia. Estava ficando uma delícia, por um momento eu até cogitei a possibilidade de sair um pouquinho da dieta... Mas não faria isso. 

Quando ela terminou, depois de um bom tempo, levou ao forno e virou-se para mim, satisfeita com o que havia feito. 

— Agora é só esperar. 

— Você... mandou bem. — Disse, sem jeito. Não estava nem um pouco acostumada em elogiar Alice. 

— Obrigada. Bom, agora é só alimentá-lo e deixa-lo descansar. Você não precisa... ajudar com mais nada. 

— Tem certeza? — Arquei as sobrancelhas. 

— Sim. Qualquer coisa eu te chamo. De verdade. — Ela disse, sincera. Eu respirei fundo e assenti, subindo as escadas. Estava feliz por estar conseguindo ajudar Izzy depois de tudo que ele passou. 

 

Bom... escolher a roupa dele e pegar os ingredientes enquanto Alice fazia a comida era uma boa ajuda, não? 

 

De qualquer forma, eu o ajudaria mais vezes. Era apenas o começo. 

Quando cheguei no meu quarto, percebi que minha cabeça ainda continuava doendo. Provavelmente isso não estava me incomodando antes porque eu estava concentrada demais com outras coisas. Mas agora que estava no tédio, a dor veio à tona. 

Eu até tentei dormir para ver se passava, mas meu copo todo estava latejando, eu podia sentir o pulsar das minhas veias cerebrais. Maldita bebida! Bufando, eu fui até as minhas roupas e coloquei algo mais leve, já que estava vestindo a mesma coisa de ontem ainda. 

Coloquei um vestido básico e um pouco transparente branco que eu tinha, combinando com a minha sandália azul marinho. Prendi meu cabelo em um coque e saí do meu quarto, determinada a ir pegar um remédio para melhorar minha situação. 

Assim que comecei a descer as escadas, escutei um barulho alto de algo caindo vindo de uns dos quartos. Fiquei subitamente preocupada em ser algo relacionado a Izzy, ele poderia ter caído e precisava de ajuda. Corri até seu quarto e abri a porta com rapidez. Ele estava lendo um livro e se assustou quando me viu. 

— O que houve? — Perguntou, com o cenho franzido. Eu normalizei minha respiração e soltei todo o ar dos meus pulmões, aliviada. 

— Escutei um barulho, achei que havia acontecido algo com você. 

— Oh, você está mesmo preocupada comigo. — Ele riu, achando aquilo divertido. 

— Bom, isso é ruim para você? 

— De forma alguma. — Respondeu rapidamente. — Estou feliz por isso. 

— Que bom. — Eu sorri. — Vou deixa-lo em paz. Sua lasanha provavelmente está quase pronta. 

— Lasanha? Mal posso esperar. — Ele mordeu os lábios. Eu ri e fechei a porta, suspirando. Ia voltar para a minha ideia inicial, mas o mesmo barulho de antes voltou a ser proferido. E agora eu sabia da onde vinha. 

 

Quarto de Axl. 

 

Uma voz desesperada surgiu na minha cabeça, implorando para que eu ignorasse aquilo e fosse pegar o remédio. Mas o resto do meu corpo simplesmente não obedecia. Eu sentia uma necessidade muito grande de ir até lá. E foi exatamente o que eu fiz. 

A porta estava meio aberta, um verdadeiro milagre. Estava tudo escuro, sendo iluminado apenas pela luz do sol que entrava por algumas frestas da janela. Não dava para ver muita coisa, então eu adentrei o quarto, fazendo a porta ranger levemente. 

Axl, que estava deitado de bruços, virou-se para mim. Não mudou nenhum sinal de sua expressão, pelo menos não que eu tenha visto. Ficou fitando-me, esperando que eu dissesse alguma coisa, afinal, eu havia entrado em seu quarto. Mas eu travei, para variar um pouco. 

— Diga logo o que você quer. — Ele disse, irritado. Eu engoli em seco. 

— Ouvi barulhos vindos daqui, vim ver o que era. 

— Tirei o violão da cama com os pés, estava me incomodando. Já pode ir embora agora. — Ele disse, virando-se para o outro lado. Eu permaneci no mesmo lugar. 

— Axl, já está ficando chato... 

— Débora, saia daqui. — Disse, entredentes. Eu comecei a sentir a raiva se apossar de cada parte do meu corpo. Ele não podia continuar me tratando assim! Me aproximei de sua cama, firme. 

— Não vou sair daqui enquanto você não falar direito comigo. 

— Puta que pariu, por que você simplesmente não me deixa em paz? — Ele gritou, levantando-se em um pulo e parando na minha frente. Eu olhei-o de cima em baixo. Estava apenas com uma cueca box vermelha.  

— Eu... — Fiquei sem fala. Senti um calor subir todo o meu corpo e meus pelos da nuca se eriçarem. Não estava esperando por aquilo. Axl pareceu perceber e riu, balançando a cabeça. 

— Você é inacreditável. 

— Tá legal. — Engoli em seco, tentando me concentrar no que diria. — Primeiro, qual o problema deu ter beijado Izzy? Qual o problema deu ter bebido? Eu não estou entendendo porque está com raiva de mim por coisas que nem lhe dizem a respeito! 

— Eu já disse que não vou conversar sobre isso, Débora. Saia do meu quarto. — Ele bufou, passando a mão pelo rosto. Eu permaneci firme em meu lugar. 

— Se tem uma coisa que eu odeio é ser ignorada. Não vou sair daqui enquanto não me tratar da forma correta. 

— Pegue uma cadeira então, você vai se cansar. — Ele rebateu, com um sorriso provocativo. 

— Axl.. O que você quer que eu faça para parar de agir assim? — Perguntei. Axl arqueou as sobrancelhas e abriu um sorriso extremamente divertido. Fiquei um tempo esperando que ele dissesse algo, mas só então percebi alguns segundos depois: a resposta estava bem estampada em sua cara. 

Eu engoli em seco. Abaixei meu olhar para o seu corpo novamente, sentindo um arrepio subir pela minha espinha. O seu abdômen subia e descia conforme sua respiração calma, o volume na sua cueca estava maior. As suas pernas definidas estavam completamente amostra. 

 

Eu senti desejo. Muito desejo. 

 

E foi nesse exato momento que eu finalmente entendi o que ele queria. Minha mão começou a tremer levemente, e eu arregalei meus olhos. Nunca imaginei que faria isso com nenhum cara em toda a minha vida. Já tinha ouvido amigas falarem que fizeram, e pensava naquilo com bastante repulsa. Era assim que eu pensava, com bastante nojo e preconceito. 

Mas agora, com Axl ali na minha frente daquele jeito, eu senti algo muito longe disso. Eu senti desejo, senti minha pele ficar quente e minha boca salivar. Encarei os olhos verdes de Axl, que estavam bastante intensos repousados em mim. 

Sim, eu sentia culpa por ter feito tudo que fiz com ele. Sentia vergonha de ter deixado ele saber essas coisas como o beijo em Izzy e o desmaio que eu dei. Sentia que estava em dívida com ele, e merda, nem sabia o porquê! Nós não tínhamos absolutamente nada e mesmo assim eu sentia que devia satisfações a ele! 

Mas quando eu finalmente decidi que ia fazer aquilo, não foi por causa de culpa ou qualquer outro sentimento parecido. Foi porque eu queria aquilo e sabia que ele também. Então, abri um sorriso um pouco tímido e sussurrei aquelas palavras lentamente: 

— Deite-se na cama. 


Notas Finais


Olha como a Débora tá ousada HAHAHAH por essa vocês não esperavam! (eu acho)
Nesse capítulo a Deb surpreendeu, até querer ajudar na cozinha ela quis (mesmo confundindo creme de leite com leite condensado)
Bom, acho que vocês já imaginam o que a loira vai fazer no próximo capítulo, né? (emoji de lua)

QUERO POSTAR LOGO

Mais uma vez, muito obrigada mesmo pelos elogios e por gastaram um tempinho comentando aqui. Eu fico muito feliz mesmo de saber que vocês estão gostando! Continuem interagindo comigo e me contem o que acharam desse capítulo, quero muito saber!
E gente, aquela prova que eu falei pra vocês que vou fazer é nesse final de semana. Me desejem boa sorte hahahaha ♥

Até em breve.

Xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...