[kim taehyung]
Acordei com batidas violentas na porta do meu quarto.
Meu pai chegou.
— Taehyung! Abre essa porta! — gritou do lado de fora.
— Não.
As batidas pararam e eu ouvi seus passos se afastarem. Eu realmente pensei que ele iria arrombar a porta, mas por incrível que pareça ele saiu. Talvez não quisesse discutir hoje.
Algo que acho meio impossível.
Arregalei os olhos ao ver o horário. Jeon logo passaria aqui.
Tomei um banho rápido e coloquei uma calça jeans de tecido claro rasgado e uma camiseta preta larga.
Logo recebi uma mensagem de Jungkook me avisando que estava vindo.
Abri a porta do meu quarto e parecia não ter ninguém, então desci em direção a porta.
— Vai a algum lugar Taehyung? — perguntou meu pai, surgindo da cozinha.
— Não te interessa. — respondi prestes a abrir a porta. Ele veio em minha direção.
— Você não vai sair Taehyung! — rosnou puxando meu cabelo pra trás.
Chutei sua perna para que ele pudesse me soltar, e acabei levando um soco no nariz.
Não sei como ele ainda não quebrou.
Quando ele ia dizer algo, foi interrompido pelo som do meu celular. Era Jungkook avisando que estava do lado de fora me esperando.
— Nós ainda não terminarmos. — avisou e saiu do cômodo.
Abri a porta e vi Jungkook de costas para mim. Ele se virou quando ouviu a porta fechar.
— Taehyung! O que houve? — perguntou assustado colocando as mãos no meu rosto.
— 'Ta tudo bem Jeon. — sorri.
— Mas Tae, seu nariz está sangrando.
— Fala uma novidade.
— Eu ainda mato o seu pai. — rosnou, mas logo depois voltou a sua feição normal. — Vamos, minha mãe está esperando no carro!
Assim que entramos no carro, os olhares se voltaram para mim.
— Oh meu Deus! — a mãe de Jungkook falou. — o que aconteceu criança?
— Nada mãe. — Jeon respondeu por mim enquanto passava um lenço delicadamente no meu nariz, tentando tirar o sangue.
Não o impedi de fazer tal ato pois minha disposição para discussões era definitivamente zero.
A mais velha não pareceu muito satisfeita com a resposta do filho, mas mesmo assim arrancou o carro em direção a pizzaria.
[...]
Calabresa, queijo, atum, frango ou bacon?
Eis a questão.
A menina de cabelos loiros e pontas verdes — não me lembro o nome — declarava sem parar que queria uma pizza de bacon só para ela. E a morena irmã de Jungkook brigava com a amiga e dizia para a mesma parar de ser esfomeada.
Acabamos por pegar uma de cada e assim que as pizzas chegaram, a loira pulou em cima dá de bacon arrastando a caixa para o lado dela.
— Lisa! Sua morta de fome! — reclamou a irmã de Jungkook.
— Poxa Ji eu 'tô com fome! — reclamou.
— Deixa ela comer Jisoo. — falou a mais velha.
— Tae, você não vai comer? — perguntou Jungkook ao meu lado enquanto abria uma das caixas.
— Sim. — respondi e peguei um pedaço dá caixa que ele abrira.
— Por que o seu pai te bateu Tae? — sussurrou Jungkook.
— Ele não queria que eu saísse de casa. — respondi pegando mais um pedaço.
— Taehyung porque você não sai daquela casa? Vem morar comigo, minha omma te adota! Né mãe? — olhou pra mais velha.
— Né o que menino? — perguntou antes de enfiar metade de um pedaço dá pizza de calabresa na boca.
— 'Tá vendo só, ela aceita! — sorriu agora virando - se para mim.
— Não posso Jungkook, aquela casa é minha também, ele não vai me tirar de lá! — falei comendo mais um pedaço daquela pizza. Estava tão boa que quase perdi até os meus sentidos.
— Aish Taehyung! Teimoso!
— Insistente. — revirei os olhos.
Logo que acabamos de comer e pagamos a conta — no caso a senhora Jeon pagou porque eu não tenho um centavo — fomos embora.
Os Jeon me deixaram em casa e Jungkook repetiu baixinho no caminho todo até a minha casa que se caso algo acontecesse eu tinha a obrigação de lhe mandar uma mensagem. Disse que me salvaria.
Pobre Jungkook, não salva nem a si mesmo, quanto mais a mim.
Entrei silenciosamente e saltei de susto ao ver a luz dá sala de ascender.
Meu pai estava sentado no sofá com uma garrafa de Whisky na mão e me encarava estranhamente.
— Que bom que chegou! — se levantou. — Poderemos terminar o que começamos...
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