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História Young (Imagine Suga) - Sorry


Escrita por: A-T-H-E-N-A

Notas do Autor


ALÔ ALÔ GRAÇAS A DEUX

Sim voltei, e já vou pedindo desculpas pelos erros de portuga, mas vamo que vamo

Capítulo 4 - Sorry


Fanfic / Fanfiction Young (Imagine Suga) - Sorry

É impressionante como às vezes as coisas parecem passar em câmera lenta. Até mesmo o seu pensamento fica em câmera lenta. Meu coração disparava enquanto eu tentava formular uma frase. Percebi que minha garganta estava seca.

— Senhor! — chamou um dos seguranças. Ele estava um pouco mais ao longe, no final da sala de espera, onde ficava a porta que dava acesso a ala da emergência. — O senhor acabou dormindo e a criança fugiu. — disse simplesmente.

De fato, Suga estava com uma cara amassada e com o cabelo revirado, como se tivesse dormido pouco e de qualquer jeito.

— E por que você não me acordou? — perguntou o loiro.

— Eu tentei, — respondeu o homem. — mas o senhor dormia de um jeito que parecia uma pedra. Quando eu achei que tinha conseguido te acordar, o senhor me xingou e voltou a dormir.

Um silêncio se instaurou por poucos segundos, eu podia ver os músculos de Suga relaxarem, assim como a sua postura.

— E por que você não o impediu?

— Eu sou um segurança, não um babá.

— Tsc. — Suga estalou a língua com desdém e se virou, procurando um lugar para se sentar.

— E-Eu estava... — assim que as primeiras palavras saíram, o loiro se voltou para a minha direção novamente. — Procurando pelos pais dele...

Seu olhar era sério, ele me olhou de cima a baixo, mas não havia desdém, não havia nada, ele apenas me olhava.

— Obrigado. — disse baixinho.

Ele se sentou perto da porta, ao lado de uma grande bolsa branca, e eu voltei a me sentar ao lado dos meninos.

— O “obrigado” ele fala baixinho. — disse Jimin.

— Esquece isso. — eu disse, tentando acalmar meu nervosismo.

— Não acredito que você gosta desse tipo de gente. — disse Jungkook.

Não retruquei seu comentário, de qualquer forma não havia o que dizer.

— Você deveria ter mandado ele a merda. — disse Jimin. — Deixa essa timidez de lado, já te falei mil vezes!

— É! Deixa as pessoas serem grossas contigo e depois fica se sentindo mal. — apoiou Jungkook.

— Obrigado, vou me lembrar disso.

Coloquei minhas pernas no banco e escondi meu rosto nos joelhos, tentando não me afetar com as palavras dos meus próprios amigos, como se as de Suga já não tivessem sido o suficiente.

— Olha o que você fez! — acusou Jungkook. — Ela ta chorando de novo.

— Você também foi grosso! — se defendeu Jimin.

— Eu não estou chorando! — minha voz soou abafada. — Só estou cansada.

O pior de tudo é que eles tinham razão, apesar de suas palavras ásperas. Eu era muito tímida, às vezes nem conseguia falar direito, apenas com quem eu conhecia. Sei que na escola as pessoas me chamam de retardada e coisas do tipo, só porque eu não consigo interagir direito, nem com a ajuda dos meninos.

Depois de alguns minutos, uma enfermeira abriu a porta no final da sala de espera e nos chamou, dizendo que poderíamos ver Taehyung. Nós nos levantamos e quase corremos até a porta, não ousei olhar nos olhos de Suga quando passei por ele. A enfermeira, que possuía a façanha de ser mais baixa do que eu, nos levou para a terceira maca, que ficava dividida das demais por cortinas grossas de lona branca.

Como era de se esperar, Taehyung estava sorrindo, apesar de seu rosto estar meio sem cor. Havia faixas nos machucados maiores, bem como alguns curativos nos menores. Olhando agora, não parecia grande coisa.

— Não houve nada grave, digo, a ponto de precisar levar pontos. Eu fechei os machucados por hora, para que ele pudesse ir para casa. — disse a enfermeira para nós, que escutávamos atentamente. — Eles vão demorar pra cicatrizar, devem trocar as faixas e higienizar bastante...

— Vai arder? — interrompeu Taehyung.

A mulher olhou para ele com um sorriso nos lábios.

— Vai Macho Man.

Tae se limitou a gemer, fazendo uma expressão de dor.

— A gente já te avisou para usar proteção. — comentou Jimin.

A enfermeira nos deu uma receita de alguns remédios para a dor e para ajudar na higienização, ela também deu um atestado de uma semana para Tae. Jungkook teve que ajudar o moreno a andar, nós estávamos saindo do posto quando um carro prateado parou com tudo na porta do prédio.

— Lá vem. — resmungou Taehyung.

— MEU AMOR! — gritou a mãe de Tae ao sair do carro. A mulher correu em nossa direção, praticamente se jogou em cima do filho, quase derrubando Taehyung e Jungkook. — Eu e seu pai ficamos tão preocupados!

O pai de Tae saiu do carro e se aproximou.

— A mãe de _____ nos ligou, mas estávamos no almoço de negócios, eu estava sem celular e o de sua mãe tinha descarregado!

— Está tudo bem agora. — disse Taehyung, com a voz um pouco sofrida. — Eu só quero ir para casa.

Jungkook e o pai de Taehyung o ajudaram a entrar no carro, Jimin ficou no meio, mas como só podiam entrar cinco passageiros, eu teria de ir no colo de Jungkook.

— Tem certeza que você não se importa? — perguntou o moreno pela quarta vez.

Revirei os olhos e sorri.

— Já falei que não tem problema, Kookie. Além do mais, não quero ter esse monte de músculos me esmagando a cada curva.

Nós dois fomos os últimos a entrar no veiculo, o carro era pequeno, e apesar de a mãe de Taehyung ter puxado o banco da frente ao máximo, eu sabia que ficaríamos apertados. Antes de entrar no carro dei uma última olhada para o rosto de Jungkook, que estava vermelho como uma pimenta. Sorrindo, me sentei em seu colo, quando fui fechar a porta me deparo com Suga me encarando. Seu filho estava acordado agora e brincava com suas correntes, sem demonstrar emoção alguma, ele comoçou a caminhar para o portão do posto.

 

 

***

 

 

— Você já falou com ele? — perguntei para Jungkook, me sentando ao seu lado no banco do pátio frontal.

— Já liguei umas cinco vezes e nada.

Estávamos na escola, era segunda-feira, então provavelmente Jimin chegaria durante segundo período. Procurei pelo ruivo por entre a multidão de alunos que se espalhavam pelo colégio, mas não havia nenhum sinal dele. Desistimos de tentar ligar para Jimin quando o sinal sou alto pelas caixas de som, Jungkook e eu nos dirigimos ao prédio destinado aos alunos do ensino médio. Ele era o primeiro prédio, depois dele era os alunos do fundamental e o menor prédio, que ficava aos fundos, era o jardim de infância.

Quando chegamos ao primeiro andar, tive que me despedir de Jungkook, pois os alunos do segundo ano estudavam no segundo andar. Respirei fundo enquanto me aproximava da minha sala, tentando acalmar meu nervosismo. Assim que entrei no local, o grupinho das Garotas Malvadas (como eu as apelidei) se virou em minha direção, me olhando de cima a baixo. Você pode imaginar porquê de eu chamar elas assim. Elas começaram a cochichar entre si, dando risinho, enquanto continuavam a me encarar. Eu nunca falei com elas, mas parece que algumas cobras gostam de espalhar veneno de graça.

Eram quatro meninas, eu sabia o nome de apenas uma, pois a mesma já deu em cima de todos os meninos bonitos do colégio, o que inclui Jimin, Jungkook e Taehyung. O nome dela era Minzy, ela tinha os cabelos na altura do ombro e todos os dias ela fazia cachos para tentar fazer parecer que não tinha quatro fios de cabelo na cabeça. O resto do grupo é composto por duas morenas, uma delas tinhas mechas roxas nas pontas e a outra era extremamente alta. A quarta era uma menina de óculos que estava sempre com o cabelo preto perfeitamente penteado, ela era a mais feinha, todos sabiam que as demais só eram amigas dela para pedir cola, já que a mesma era muito dedicada aos estudos.

Passei os três períodos que antessedem o recreio sem nenhum problema, mas o dia ainda não tinha acabado. Assim que o sinal bateu para o intervalo as GMs vieram em minha direção e praticamente me cercaram ao redor da minha classe.

— Soube que o Taetae se machucou. — disse Minzy com a típica voz de pessoa falsa. — Você sabe quanto tempo ele vai ficar de atestado?

— U-uma se-semana. — me reprimi internamente por gaguejar.

— Ma-ma-ma-ma-ma-mas que pena! — debochou a morena fazendo as outras rirem. Ouvi alguém falar a palavra “retardada”, mas estava de cabeça abaixada guardando meu material e tentei ignorar como se nem tivesse ouvido. — Acho que vou fazer uma visita para ele, o que acham meninas? — todas as outras concordaram com palavras de incentivo. — Aposto que o Taetae vai estar sozinho em casa precisando uma mão feminina para... ajuda-lo.

Havia tanta malícia em suas palavras que eu quase vomitei.

— A-A mãe dele va-ai ficar em casa de manhã, a-até ele melhorar. — disse colocando a mochila no ombro direito, ainda com a cabeça abaixada.

— O que disse? — era obvio que todas tinham escutado, eu não falei baixinho, o que me surpreendeu muito.

— Achei você! — a voz de Jungkook soou pela sala e imediatamente eu levei meu olhar até a porta.

O sorriso que o moreno estampava sumiu ou ver as outras.

— Jungkok! Kookie! — exclamaram as meninas.

O moreno, para a minha felicidade, ignorou elas completamente, segurou meu pulso esquerdo e me levou para fora da sala.

— Você não vai acreditar! — disse o moreno quando já estávamos no pátio. — A mãe do Taehyung comprou o novo D.Devil para o filhinho dodói dela. — riu Jungkook. D.Devil era uma saga de jogo de vídeo game que nós amávamos.

— Taehyung é muito sortudo mesmo, esse jogo nem foi lançado oficialmente ainda! — exclamei. A chama da inveja ardia em mim.

— É eu sei. — disse Jungkook, revirando os olhos. Ele também estava com inveja. — É por isso que eu e você vamos matar aula para ir lá e jogar!

— O que?! Não mesmo! — exclamei soltando meu pulso.

Agora eu e Jungkook estávamos perto do prédio do fundamental, onde tecnicamente não deveríamos ir pois “os mais velhos não devem se misturar com os mais novos”.

— A qual é _____? Você nunca matou aula na vida! O Jimin já está lá e eles estão nos esperando para jogar!

Cruzei meus braços, olhando para ele o mais séria que eu poderia ficar.

— Faça isso por mim! — apelou o moreno colocando a mão nos meus ombros. — Ou você prefere passar mais duas horas e meia com aquelas quatro?

Um silêncio se instaurou, ali onde estávamos os demais alunos do ensino médio não nos viam, mas eu podia ouvir seus gritos de euforia pelos seus hormônios em combustão.

— Vamos logo. — disse colocando a outra alça da mochila no meu ombro esquerdo.

Nós fomos por entre os prédios, passamos pelo ginásio e pelas piscinas até chegar no prédio do jardim de infância. Agora era o horário em que, juntamente com o nosso recreio, as crianças do jardim de infância entravam para as suas “aulas”, então todos os zeladores estariam de olho no nosso prédio. O fim do terreno da escola fazia divisa com um terreno baldio, um lugar perfeito para matar aula, o problema é que o lugar para pular o muro ficava justamente perto da sala da diretora do jardim, então tínhamos que ter cuidado.

Ao nos aproximarmos notamos que a janela da sala estava aberta e nos permitia ouvir tudo o que acontecia lá dentro. A diretora estava conversando com uma mulher, que pela vou um pouco rouca julguei que seria uma senhora de idade. Aparentemente elas estavam terminando o acordo para que o neto da senhora fosse matriculado.

— Você vê? — disse a senhora. — Essa é uma excelente escola, e ele estudará aqui pois meu neto merece o melhor! E você como pai deveria querer o mesmo. Então deixe logo esse orgulho de lado!

Pelo visto o pai da criança também estava presente. Ouvi uma bufada de desdém, que foi o suficiente para eu o reconhecer.

— Tanto faz. — resmungou Suga. — Apenas assine logo.

Meu coração começou a acelerar, olhei para o Jungkook, eu tinha certeza que estava com os olhos arregalados, mas ele não entendeu nada. A diretora tornou a conversar com a senhora, houve um abrir e fechar de porta, depois os mesmos sons novamente abafando por completo as vozes das mulheres.

— Eu vou primeiro para poder te pegar depois. — a voz de Jungkook me fez voltar a realidade.

Sacudi levemente a cabeça, tentando me focar no agora e deixar as mil perguntas que se formavam em minha cabeça para depois. Jungkook subiu no muro sem nenhuma dificuldade e passou para o outro lado.

— Que bonito.

A voz dele soou alta, fazendo meu coração acelerar e a ponta dos meus dedos formigar. Me virei um pouco em direção a janela da diretoria, onde Suga me olhava com os cotovelos apoiados no parapeito e um sorriso de diversão nos lábios. Engoli em seco.

— A onde você pensa que vai Não-Enfermeira-Que-Encontra-Crianças?

— E-Eu... — minha voz não saia alto o suficiente.

Suga se desencostou e pulou a janela, caindo com os pés firmes no chão. O loiro se aproximou do muro, mas agora não havia um sorriso em seu rosto. Ele flexionou os joelhos e juntou as mãos, me oferecendo apoio.

— Vo-você não deveria... me impedir?

— Eu já fui mais jovem do que já sou, — seu olhar se tornou triste. — considere também como um pedido de desculpas e um obrigado.

Um silêncio se instaurou, eu o avaliava e ele avaliava a mim.

— Por quê? — respirei fundo. — Por quê você estava daquele jeito?

Ele ficou ereto novamente, de perto, mesmo sem estar no palco, eu ainda tinha que olhar para cima.

— Apesar de não ser justificável, eu estava com raiva por ter perdido. — ele olhou para os próprios pés por um momento e tornou a me encarar. — Eu mal tenho dinheiro para sustentar meu filho e a BigHit me pagava pouco, mas era um dinheiro garantido. Me perdoe por tratar você daquele jeito.

Ele fez uma reverencia, me fazendo sorrir gentilmente.

— Eu sabia que você não era daquele jeito. Meus amigos tentaram me convencer do contrário, mas era eu que ia ver você toa noite.

Ele inclinou a cabeça um pouco abrindo seu sorriso novamente.

— Não sabia que a BigHIt deixava menores de idade entrar.

Merda.

— Tsc tsc tsc. — Suga estalou a língua e semicerrou os olhos. — Pelo visto você só parece santa.

Olhei para baixo sentindo minhas bochechas corarem. Subitamente senti sua mão em meu queixo, me assustando.

— Qual o seu nome?

— __-____.

O loiro esticou a mão direita para mim.

— Muito prazer, meu nome é Min Yoongi.

Meu coração se encheu de felicidade ao saber seu verdadeiro nome.

— Prazer. — disse segurando em sua mão.

Ouvi um sussurro, vinha do outro lado do muro.

— Pelo visto seu namorado está com pressa.

— Ju-Jungkook não é meu namorado. — corei.

— Não? É o ruivo então?

— Jimin? Não, eu não tenho namorado...

— Yoongi! — a voz da senhora soou alto, ela estava se aproximando.

O loiro flexionou os joelhos novamente e juntou as mãos. Sem nem esperar por alguma deixa eu pisei em sua mão e o mesmo me impulsionou para cima.

— Aff. — resmungou o loiro.

Me virei para o mesmo pois ainda estava em cima do muro, com uma perna em cada lado.

— O que foi?

— Você está de short por baixo. — disse o loiro dando as costas para mim e pulando a janela novamente.

— Yoongi! — chamou a senhora.

— JÁ VOU MULHER! — gritou de volta, desaparecendo logo em seguida.

— Vem logo! — exclamou Jungkook, ainda sussurrando.

Olhei para baixo e o moreno estava com os braços estendidos para mim, sorri, pois ele parecia o filho de Suga, ou melhor, Yoongi, pedindo colo. Desci do muro e minha queda foi aparada pelo moreno, que como sempre me surpreendia com sua força. Juntos, cruzamos o terreno baldio até chegar na rua, onde procuramos pela parada mais próxima, rezando para que não aparecesse ninguém da escola.


Notas Finais


Vocês estavam dele reclamar que ele é grosso né, gente por favor né, vamos entender o lado o açucareiro, não da pra ter sentença antes do julgamento, mas enfim. Acho que agora sim, a coisa vai. Pelo menos nesse foi...

É... É isso aí.

EXOEXO


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