História The undead (os mortos-vivos) - Baldir

“Isso muda tudo, tudo! Minhas teoria foram relacionadas a droga e ao vírus, mas nunca havia colocado arranhar na equação...”

Claire não para de falar em suas teorias enquanto estamos a caminho de sabe-se lá onde:

-Pensem, se as pessoas arranhadas também se transformam, e se houver contato sexual? Ah, são tantas variaveis! Quero chegar logo em algum lugar que eu possa começar meus estudos.

Jason não está feliz. Não entendo como ele se apegou tão rápido a uma mulher que nem conhecia direito, talvez seja a adrenalina, quem sabe. O mais engraçado é que a aura de “nós temos que seguir em frente”, sumiu. Como ele pode ser tão frio quanto a morte da própria irmã e tão sensitivo com uma pessoa que nunca viu na vida? Eu tento distrai-lo dos pensamentos sombrios enquanto dirijo:

-Então, pra onde vocês acham que nós estamos indo?

Jason:

-Sei lá.

Maze:

-Algum lugar protegido, para a cientista estudar, não temos nada assim por aqui... as meninas disseram no carro que um avião de resgate caiu do prédio dela ou algo assim? Tudo indica que pelo menos vão nos levar pra outro país.

-Outro país? Que palpite bom... enfim, Jason, será que eles conseguem dar um trabalho pra quando a gente chegar lá? –Eu continuo tentando puxar assunto

Jason:

-Não sei, e será que da pra você parar de falar?

-Uau, Jason. Tudo bem... Mas caso você queira conversar...

-Eu sei oque você está pensando, Alec. Você quer saber porque eu não pareci abalado quanto a Sara? Porque eu queria ser forte, por você! Você é a única pessoa do meu antigo mundo que restou. Também estava sendo forte pela Sara, ela não queria que eu ficasse triste caso algo assim acontecesse. Mas o maior motivo é que eu precisava continuar forte por mim, pra tentar fazer o mundo voltar ao normal, eu já falhei uma vez com a Mary...

-Jason... a Mary não foi sua culpa!

Jason continua a falar, já  com olhos marejados:

-Foi totalmente minha culpa, Alec. Eu fui avisado para parar de investigar o caro dos Santiagos, eu fui ameaçado, minha familia foi ameaçada, e eu continuei... se não fosse por mim, Mary ainda estaria viva, eu falhei quando quebrei a promessa de que meu trabalho não entraria entre a gente. E eu falhei com Sara também. Mas não podia falhar com o objetivo maior, salvar a todos, mas agora mais uma pessoa morreu, na minha frente! Minha culpa!

-Jason, você não precisa ser forte por mim, porque nós estamos nessa juntos. Você não precisa me proteger, porque nós vamos cuidar uns dos outros, você tem todo o direito de ficar triste, e não devia se preocupar com isso.

Depois que falo essa frase, Jason começa chorar. E minha vontade de dar um abraço nele é grande, mas estou dirigindo, então decido deixar que ele tome seu próprio tempo, depois de algum tempo com a cara entre as mãos, Jason me agradece, e seguimos viagem calados.
 Nós estamos em uma van mais equipada  que a que tínhamos antes, essa é cortesia de Sete, que não é um cara nem um pouco legal, na minha opinião.
Estamos aqui em uma missão que consiste em levar Baldir e Claire para um lugar que nem ao menos sabemos onde é, aliás,   por que temos que levar esse homem a esse lugar? Oque ele tem de especial? Também não sabemos.
Sete não se deu muito bem comigo e Jason, fizemos um  recorde, duas brigas em menos de 2 horas, nós não confiamos nele, por tanto, queríamos dirigir, são 3 lugares na frente, no caso, eu dirijo, Sete da as coordenadas e Jason faz minha proteção. Mas Sete não concorda. Ele tem de dirigir, e Baldir tem de estar com ele. Propomos uma coisa baseada nas circunstâncias: ele precisa da gente, nós precisamos dele, mas quem precisa mais de quem? Já temos um grupo e ele não vai encontrar outro grupo afim de fazer uma missão sem saber nada sobre ela.
Ao menos alguns se dão bem com Sete, Claire e Maze se identificam com ele, Maze é uma militar e ele também, isso deve ser um ponto positivo para eles. Agora Claire... acredito que ela goste do jeito frio dele de tomar decisões, como na parte em que os dois acharam que Benedite era um perigo. Então, no fim das contas Maze vem pra frente, Sete nos passa um ponto a que temos que ir ate a próxima parada e vai para trás da Van com Baldir, o que esse cara tem de tão especial para uma missão ser voltada em apenas escoltar ele?
É oque nós vamos descobrir.
O rádio do carro começa a chiar e escutamos as mesmas vozes que nos mandaram para o posto. Sete responde por seu comunicador:
-Sete, você está aí?Sete, você está ai?
escutamos Sete falar alguns números mas não entendemos direito por conta de eles estarem atrás da Van, em seguida ele explica que achou um grupo disposto a fazer a missão.
Mas algum tempo de viagem, vou pensando no quanto precisamos que essa missão dê certo, porém eu preciso ter 100% de certeza que estou fazendo a coisa certa, se não a morte de todas as pessoas que vimos morrer nesse caminho, de Sara e até mesmo de Benedite, terão sido em vão.
-Jason, eu preciso parar carro.
-Oque? Por que?
-Para esclarecer algumas coisas.
Paro o carro e saio, sendo seguido pelos outros. Sete já sai transtornado da parte de trás da Van:
-Nós não estamos no nosso destino ainda, por que diabos vocês pararam essa merda?
-Para ter respostas! E você vai me dar elas agora! Nós estamos nessa missão, mas não sabemos nada sobre ela, ou você nos explica oque está acontecendo, ou nós paramos por aqui-  eu respondo ele.
-Ah, então já estamos na fase de exigências? Tudo bem.
Ele entra na Van e puxa Baldir pela blusa  com brutalidade, como da outra vez, até o lado de fora e diz:
-Mostre para eles.

Baldir:

-Puta que pariu viu

Em seguida levanta a blusa e oque vemos faz os olhos de Claire brilharem, mas me faz sentir pena dele, são múltiplas mordidas, mordidas de que? Nunca vi uma mulher com fetiches assim, então talvez... Baldir só pode ser um imune, e talvez a chave para uma cura.