BegNina

- Tem sido uns dias difíceis. – O homem começou a falar e aproveitei para servir um café e puxar uma cadeira para ele. – Meu sobrinho da cidade começou a dar alguns problemas e minha irmã decidiu que seria uma boa ideia manda-lo passar uns dias comigo.
- Ah, esses moleques da cidade são problemáticos mesmo. – Zeff disse querendo me alfinetar mas nem dei bola e continuei ouvindo Koshiro.
- Sim. Ele estava tendo umas amizades estranhas e depois de reprovar algumas vezes, ela teme que agora, depois de terminar a escola e com o tempo livre, desande ainda mais.
- Cabeça vazia, oficina do diabo.
- Exatamente. Por isso aceitei, eu sei que posso oferecer disciplina com as colheitas. - Bom, e foi por isso que eu vim até aqui. Gostaria de pedir um favor. – Koshiro explicou.
- Diga, faço qualquer coisa que estiver ao meu alcance. – O homem loiro falou firme.
- Na verdade, o favor é pra você, Sanji.
- Eu?
- É, você é um bom menino. – Koshiro disse. – Sei que poderia ser uma boa influência para meu sobrinho nesse tempo que ele passará aqui na fazenda.

Mas foi a maior surpresa da minha vida quando abri a porta e vi aquilo....

Ali havia uma mulher com um corpo escultural cheio de ataduras repousando na cama espaçosa.

Eu não conseguia raciocinar e minha mente estava em completo pane.

O que....???

Por que...????

Quem....???????

Meus lábios estavam caídos e eu tentava entender quem era aquela mulher belíssima de cabelos verdes dormindo tão serena em uma das camas....

Espera. Cabelos...

Não!

Não pode ser!!!!

Minhas suspeitas foram confirmadas quando notei as três espadas repousando ao lado do corpo completamente definido e cheio das tão memoráveis cicatrizes.

E não sei se foi o efeito do álcool ou daquela possibilidade cruel que estava frente aos meus olhos, mas senti todo o meu mundo girar e antes que eu pudesse fazer algo para impedir me vi indo ao chão e tudo escureceu.

Ainda restavam cerca de vinte minutos do intervalo, então decidi tirar uma soneca em um local um pouco mais afastado para Luffy não vir encher o saco de novo.
O lugar estava silencioso como eu apreciava e após encontrar uma grama fofa para deitar me permiti relaxar ali, colocando um alarme no celular para não perder o horário da aula.
Eu estava bem aconchegado, já sentindo a inconsciência chegar quando comecei a ouvir alguns gritos. Parece que tinha alguém brigando.
Tentei fechar os olhos e ignorar aquela gritaria, mas foi impossível.
Bufei, irritado. Decidindo me levantar para tirar satisfação com quem quer que fosse que atrapalhou meu sono.
Segui os sons até a parte de trás da construção da escola e vi que, de fato, tinham algumas pessoas tretando ali.
Eu já tava pronto pra dar meia volta e deixar que eles terminassem o que começaram sozinhos quando ouvi.
- Me deixa em paz. – A voz mansa e apavorada pediu, quase indo às lágrimas. Olhei para seu dono e vi um rapaz magro e com o cabelo loiro sendo pego pela blusa por um outro garoto bem mais alto.

- Mas e naquela caixa, Franky? O que tem? - Chopper perguntou ansioso, apontando para uma caixa de presente que estava em cima da mesa.
- Ah, ali? É algo que fiz mas não sei se vai funcionar.
- Óbvio que vai. - Ussop disse e Franky sorriu convencido.
- É, vai mesmo. Abre. - E sem esperar a rena abiu o pacote com a mesma empolgação e tirou de lá um objeto quadrado e prateado, que cabia em sua mão.
- O que é isso Franky?
- Essa é a FrankyZoom!!! Uma câmera!!
- WOOOOOOOOOOOOOOOOW!!!!! - Luffy, Chopper e Ussop gritaram, fazendo Zoro dar um pulinho acordando de seu cochilo, me fazendo rir com a cena.
- Isso é incrível, Franky!!! - Ussop elogiou interessado.
- Nossa, que legal! - Nami tomou a câmera das mãos de Ussop, arrancando um protesto do narigudo. - A imagem é ótima! - A ruiva disse apontando para ela mesma e tirando uma foto.
- Minha deusa, deixa que eu tiro a foto! - Eu pedi quase conseguindo tocar no objeto metálico mas a morena foi mais rápida e a pegou antes, mirando em minha direção e batendo uma foto. - Robin-chan, me deixe ver!
A morena riu e me entregou a câmera. Realmente Franky havia se superado com aquela tecnologia, a foto ficou bem engraçada.
- Você é uma ótima fotógrafa, Robin-chan! Pena que o Marimo apareceu pra estragar a foto.
- O que? - O idiota levantou rápido e pegou a câmera de minha mão.
- Ei, imbecil! Eu estou vendo!
- Apaga isso! - Ele ordenou para ninguém específico. - Como apaga isso?
- Uma anta como você nunca vai saber.
- Então me fala como faz, idiota! - Ele disse após olhar as funções da câmera.
- Quanta agressividade! - Brook comentou se divertindo com a situação.
- Pois é. - Franky disse, pegando a câmera da mãos brutas de Zoro. - Eu não incluí a função delete. Bom, não diretamente.
- O que? Por que não? - Zoro perguntou abismado.
- Exatamente por situações como essa. Eu sou da opinião que cada foto é uma memória, seja ela bonita ou feia. Então todas vão ficar.

(Zosan) Short fic

- Nunca vi o Zoro insistir tanto em um jogo. – Ussop comentou.
- Preciso de dinheiro. – Zoro respondeu, colocando sakê em dois copos e servindo um para mim, para concretizar nosso plano.
- Dinheiro pra que? – Nami perguntou curiosa.
- Espada. – Disse em seu modo monossilábico que me dava nos nervos.
- E você, Robin? – A ruiva perguntou.
- Ah, acho que vou comprar uns livros.
- E eu alguns itens pra adicionar no meu braço. – Franky disse empolgado sem nem mesmo ter sido questionado.
- Pena que nenhum de vocês vai ganhar. – Nami disse convencida.
- Você que deveria fornecer dinheiro pro bando melhorar o ataque mas tudo bem. – Ussop disse baixo, mas todos ouvimos e caímos na gargalhada.
- O QUE VOCÊ TA RESMUNGANDO AÍ, USSOP? – A ruiva berrou, começando a agredir o companheiro.
- NADA! NADA!!! – Berrava e apanhava, enquanto todos nós ríamos.
- E você, cozinheiro? O que vai comprar? – Robin perguntou, me fazendo pensar.
Em momentos normais, eu compraria ingredientes diferenciados e panelas novas. Mas eu estava um tanto.... carente desde os últimos acontecimentos. E sabia que precisava transar ou morreria infartado.
- Vou satisfazer meus desejos. Vou numa boate ou bordel... – Respondi antes que pudesse me dar conta, me arrependendo logo em seguida. – O que? Eu sou um ser humano.
- Vai pagar pra transar? – Nami perguntou rindo escandalosamente e senti minhas bochechas esquentarem.
- E qual o problema? Se ninguém quer de graça. – Respondi um tanto triste por aquela sentença, mas não sendo um assunto totalmente novo pra mim.
Mesmo que os outros não saibam, eu frequentava bordeis de forma quase assídua toda vez que parávamos em alguma ilha. Eu não era de ferro, afinal.
- Só não ta procurando nos lugares certos, cozinheiro. – Franky disse de sua forma animada.
- Não acredito que paga pra transar. – Ouvi o espadachim murmurar e aí fiquei puto.
- CALA A BOCA IDIOTA! Por acaso nunca foi num bordel não? – Perguntei irado mas só o vi dar de ombros e negar. - Então com certeza a sua primeira era louca e cega. – A essa altura, o jogo havia ficado para segundo plano e todos assistiam a nossa discussão.
- E quem disse que existiu alguém, seu tarado? – Ouvi a voz grave de Zoro perguntar, também parecendo se arrepender em seguida.
- Espera. O que? – Perguntei como se não conseguisse acreditar naquilo.
- Nada. – Respondeu tentando finalizar a conversa mas pelo visto todos estavam interessados.
– Você nunca teve ninguém? – Robin perguntou, deixando-o ainda mais constrangido.
- Eu não sou pervertido! – Protestou Zoro, já completamente envergonhado.

~Zosan

- Zoroooo! Que mistura maravilhosa! Prova! - A ruiva ofereceu a bebida para Robin, que teve a mesma reação.
- Uau! Ficou bom mesmo! – Usopp elogiou. – O Sanji pode ser quem faz a melhor comida. Mas quem faz a melhor bebida é o Zoro!
Ao ouvir aquilo, minhas pernas congelaram e olhei fuzilante para o narigudo, que gritou e saiu correndo em direção ao armazém para se esconder.
Chutei um copo vazio na direção do espadachim, que levantou alarmado e desembainhou sua espada.

Nesse exato momento, estou sentado na cozinha com a maior carranca que consigo, pois Sanji está me ignorando desde que acordei, há mais ou menos duas horas.

A única coisa que passava pela minha cabeça é que não deixaria um piti do cozinheiro estragar meu dia. Principalmente porque ele disse que estava tudo bem quando perguntei pela manhã.

Tomei um susto ao me deparar com uma garota esquisita de cabelos rosa fumando sentada sobre a pia, acho que ela também se assustou, pois tossiu algumas vezes.
Ok, só ignorar.
Segui até a pia, lavei e arrumei meu rosto e roupas, tentando ignorar aqueles olhos marcantes sobre mim que não se desviaram, nem mesmo por um segundo.
- Nome? – Perguntou, demonstrando sua voz firme e rouca.
A olhei, congelando por um segundo, sentindo uma espécie de arrepio passar por toda a minha coluna. Medo, talvez.
- Caitlyn. – Falei sem vacilar e continuei a encarando.
A garota tinha várias tatuagens pelo corpo, o cabelo rosa choque raspado de apenas um lado dava um ar rebelde para a garota, o que se intensificava ainda mais se somasse com as suas roupas escuras e largas e claro, uma tatuagem com as letras V e I no ROSTO.