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É o começo do primeiro dia de aula depois das férias de verão quando Jeon Jeongguk sente que o ano letivo de 1983 será como qualquer outro. Ou seja: comum e muito chato. O que depois de alguns minutos ele descobre ser um completo engano, já que um garoto mestiço aparece, pela primeira vez, na mesma escola que a sua. E de comum e chato, o novato Park Jimin, não tinha absolutamente nada.

Mas mesmo assim, para Jeongguk, o mais incomum em tudo aquilo era a ligação que, em sua cabeça, havia entre sua querida Rheya e Park Jimin.

Jimin, o único herdeiro do reino de Park, se encontra em uma situação precária após ser flagrado beijando um dos criados do seu castelo. Preocupado com a reputação de seu reino, o rei Park toma a decisão de mandar o príncipe à uma casa de campo que garante curar e restaurar a honra de seu filho pecador. O que, inicialmente, parece dar certo, já que Jimin volta depois de um ano completamente centrado e decidido a se casar com uma mulher de respeito e glória.

Princesa Jeon é, certamente, esta mulher. Filha do rei do estado ao lado, Jeon Heejin é a pretendente ideal para Jimin e o seu reino. Respeitosa, e de um dote indispensável, ela se encontra disponível para casar. A princesa seria a pretendente perfeita se não tivesse, sempre ao seu lado, Jeon Jungkook: seu irmão super-protetor, ciumento e emburrado, que acaba se tornando um grande problema para o príncipe Jimin e as suas intenções.

"- Me mostre que é digno do amor e da virtude de minha irmã, que eu permitirei que ela se case com o senhor, Park Jimin."

E apesar dos esforços do príncipe Jimin, Jungkook lentamente percebe que, talvez, Park não seja digno do amor de sua querida irmã.

E, sim, do seu.

Jeon Jeongguk é um patinador artístico que sonha em se tornar um jornalista famoso. Com uma rotina tão puxada pela profissão de atleta, Jeongguk aprecia as coisas incomuns que aparecem em sua vida e o tiram, aos poucos, da sua costumeira monotonia.

Park Jimin é um garoto misterioso que está sempre nas arquibancadas da pista de gelo, observando e intrigando (de forma positiva) Jeon Jeongguk. Sua presença é extraordinária e isso é tudo que Jeongguk precisa para pensar nele sem parar.

Com troca de olhares e coisas estranhas acontecendo no ginásio, Jeon Jeongguk e Park Jimin se aproximam. O que o patinador não imaginava era que Jimin iria virar sua vida de ponta cabeça e, assustadoramente, colocá-la em perigo.

Clínicas, psicólogos e sessões com os orientadores do colégio resumia grande parte da minha infância. Um garoto de dez anos com um amigo imaginário e sequer um verdadeiro era preocupante para os meus pais e um tanto engraçado para a minha irmã mais velha. E o mais apreensivo fato era que eu o enxergava desde que tinha seis anos de idade. No começo, minha mãe achava fofo, mas com o passar dos anos, virou um problema. Era estranho e, arrisco dizer, um pouco doentio. Todos continuavam dizendo que meu melhor amigo não era real, não existia criança loira em Busan que a velha fofoqueira da rua não conhecesse, então, Jeon Jungkook de dez anos era doidinho da cachola e via um moleque que não existia pois não conseguia lidar com o fato de não ter amigos. E quando me contaram, eu me perguntei o que eu andei fazendo nos últimos quatro anos se ele não era real.

É. ChimChim não era real. Eu acreditei nisso quando tinha dez anos.

Mas... Agora eu tenho dezoito anos, e tenho certeza absoluta de que Park Jimin da classe A-B é idêntico ao ChimChim. Estaria eu ficando louco novamente?

Em 2018, durante o mês de junho, Jeongguk e Jimin vão à uma festa numa antiga casa de praia luxuosa. Era a noite perfeita para dançar e namorar muito; o que, para eles dois, era muito importante e especial depois do tempo que passaram afastados um do outro.

Já em 1983, durante o mês de agosto, Jungkook e seus amigos vão à uma festa hi-fi, também em uma casa de praia. Mas uma coisa era certa: Jungkook não esperava que dois adolescentes estranhos fossem abordá-lo e tratá-lo como uma coisa bizarra, logo depois dele se perder de Seokjin.

Um apagão na casa, um banheiro trancado e um corredor vazio são o suficiente para aquela noite se tornar incomum e extremamente acolhedora para Jeongguk e Jungkook.

[CROSSOVER ENTRE FANFICS] Ele é Como Rheya X Meu amigo não tão imaginário

Jeon Jimin e eu somos casados há 55 anos. Somos companheiros, conversadeiros, e gostamos de fazer muita bagunça, mesmo que isso renda algumas dores nas costas! Por isso, quando a notícia de que ele tinha Alzheimer chegou até nossa família, eu temi ficar sozinho no mundo. Senti medo de não restar alegrias, conversas, ou abraços e beijos em meu casamento.

Logo, quando tivemos conhecimento da sua doença, Jimin a aceitou melhor do que eu. De acordo com ele, apesar de sua própria mãe ter sofrido de Alzheimer, ela ainda sabia amar, e para Jimin só isso importava.

No fim, foi só isso que importou para mim também.

O câncer era simples assim.

Existiam situações onde ele aparecia repentinamente, sem motivo algum. Em outras, o indivíduo já estava destinado à doença por causa do histórico da família. Em mais umas, o câncer somente estava ali há muito tempo, sem que você soubesse. E, às vezes, simplesmente ele te acompanha por um longo tempo, vai embora e, então, volta de novo.

É desgraçado, mas, é simples assim.

Aos dezoito anos, Jeon Jeongguk descobre que terá de voltar a fazer a quimioterapia. Tendo de se mudar de Busan para Seul, onde ele viveria internado num hospital especial para jovens com câncer, Jeongguk não pensou que teria lá muitas surpresas ou novidades com seus novos “colegas” de grupo de apoio, sala de espera, e futuramente, morte.

Isto é: até ele conhecer Park Jimin.

O pior (melhor) tipo de paciente de câncer que Jeon Jeongguk conheceu em toda sua vida.

Eu prefiro ser morto por te amar do que passar o resto da minha vida sem ter você por quase um segundo, Jimin.