Feer-chan

Com uma lista de compras em suas mãos, ela se viu no dever de comprar apenas o que sua mãe havia lhe ordenado e mesmo assim, tentada a venda do homem que apontava as belas maçãs no balcão, afirmando serem doces, ela as comprou, confiando naquelas palavras...

"Você deveria ter comprado apenas o que pedi" - sua mãe falou desanimada, percebendo a inocência de sua filha.


Por sorte aquela maçã só estava amarga e não envenenada, mas se ela continuasse seguindo com a correnteza, tudo seria uma questão de tempo até encontrar uma que a mataria devidamente.

(...)
― E se dessa vez – iniciou, quase tocando seus lábios ― Eu recusar me afastar?
Seus olhos fechavam, desfrutando aquele momento, ate que ela finalmente entendeu...
― Inacreditável – relaxando seus braços, passou a mão livre nos fios negros, arranhando delicadamente sua nuca, enquanto seus lábios deslizavam dos lábios, para bochecha, até chegar no ouvido. O hálito quente dela fazia com que ele a pressionasse com mais força contra seu corpo, mas Rebecca não recuou ― Diferente daquela época, eu não caio mais nessas brincadeiras, Shiki. – riu, apoiando a garrafa contra o peito dele, afastando seus corpos, aproveitando para encara-lo sem o mínimo de pudor ― Vai precisar muito mais do que uma provocação infantil para me ter novamente.

(...)

“Vamos ver do que você é capaz, Rei Demônio.”

"— Encontre minha filha – sua voz baixa e trêmula transbordava em exaustão e um sentimento que ele nunca havia a visto demonstrar despertava em si, assim como a pele clara ainda mais pálida do que o normal, exibia hematomas recentes e breves cortes irregulares por toda sua extensão visível. Suas roupas de seda, não tão formosas como sempre, reluziam um cenário catastrófico, e por um instante ele se perguntou o que possivelmente poderia ter acontecido e principalmente, o que aquele pedido significava."

Lucy tinha de ser forte e somente ele poderia ajuda-la.
Natsu teria de passar nos testes, e somente ela teria capacidade de ensina-lo.

Poderiam se ajudar, mesmo com tantas desavenças, mas ela o pediu algo para aceitar aquele acordo:

"–Prometa não se apaixonar por mim"

“Uma vez ouvi que nossos pesadelos são apenas monstros que nós criamos.”

A anotação de Lucy Heartfilia vinha de uma caligrafia perfeita em seu diário, no entanto a resposta escrita logo abaixo, mesmo que feita por sua própria mão, já não possuía a mesma atenção anterior.

“Talvez você seja meu próximo pesadelo e eu terei que matá-la, querida. –
Com amor, Rebecca.”

“Uma vida por outra” – ouviu mais uma vez.

Em meio a um conflito interno entre um garoto e seu passado, Lucy se vê em uma posição na qual drogas, sexo, corrupção, pobreza são apenas uma parte da teia gigantesca em que Natsu a tornou o principal alvo para um dos maiores traficantes de sua cidade.

Uma ponte de interesses é construída a cada dia e o desejo por vingança se torna cada vez mais insaciável.

Feliz dia dos namorados, para você que ama ... unilateralmente.

Para inicio de conversa quero deixar claro que, não é como se minha imortalidade fosse, de fato, interessante o suficiente para se apreciar e exatamente por essa razão que não me sobressai o bastante em toda a “história-padrão-da-mitologia” – sendo retratada poucas vezes.
De qualquer maneira, ainda posso dizer que obtive a experiência mais criativa entre todas as outras e, tendo isso em mente, quero lhes contar a verdade.
Mas para tal, achei melhor separar esta história em algumas etapas – isso mesmo, cortar minha vida como se fosse um legume – tomando a liberdade de nomear cada uma destas.