anti-romantic

O bolso do universo é recheado com uma conta exata de vinte e quatro Ning’s: doze Kai Kamal Huening’s, doze Ning Yizhuo’s. É lei, ponto.

The Kinda Blues, segundo o Dicionário de Tristezas Obscuras, significa: “… a triste consciência de que o desenrolar do enredo de sua vida parece novo e profundo, mas não é único, apenas um de algumas dezenas de riffs possíveis na mesma progressão de acordes, enquanto as músicas que reverberam na jukebox em seu peito são todas covers de antigos padrões.”

Ou, Yoo Jimin, uma bicho-grilo introvertida e, abre aspas, jornalista, fecha aspas, pensa que sua vida é um eterno Quase Blues, pois vive na mesmice, escreve matérias chinfrins e padece num clichê de mocinha que foge de um lugar horrível para outro lugar mais horrível ainda; ela o-d-e-i-a o mar e seus mistérios, sobretudo, odeia as condições que vive, porém é conformista demais para esbravejar isso. Esse horror do cotidiano, no entanto, é desbotado por certa loira, cantora de Blues-e-mais-outras-coisas, a.k.a Kim Minjeong, equipada com sua guitarra rox’ocaso, que lhe dedica canções oitentistas, vez ou outra, na Pluto’s Laje, quando consegue fazer Jimin sair de sua crisálida para vivenciar A Epifania Nossa de Cada Dia.

Adronitis, segundo o Dicionário de Tristezas Obscuras, significa: “… frustração com o tempo que leva para conhecer alguém — passando as primeiras semanas conversando em sua entrada psicológica, com cada conversa subsequente como entrar em uma ante-sala diferente, cada uma um pouco mais perto do centro da casa —, desejando, em vez disso, que fosse possível sair de lá, trocando seus segredos mais profundos primeiro, antes de cair na casualidade, até que você tenha construído mistério suficiente ao longo dos anos para perguntar de onde eles são e o que fazem para viver.”

Ou, Uchinaga Aeri — que também atende à alcunha Giselle — é uma jovenzinha complicada que gostaria de viver um clichê romântico, à la slow burn, dos filmes, embora tivesse certeza de seus sentimentos ardentes para com certo rapaz de madeixas fosforescentes e olhos gatunos. Isto é, é o que Aeri pensa desejar, ainda que, às vezes, surja a dúvida de realmente querer se jogar nas águas profundas do oceano que é Choi Yeonjun, agarrando-se à crença de que existam Aspirinas Anti-Romance capazes de fazer, então, dissipar todo esse sentimento… Ou será que essas aspirinas são parte do dito clichê?! Mas uma coisa é certa… Parece que, quanto mais mergulhava, nada descobria dos mistérios daquele oceano.

Digamos que Hyunjin também precise de exatamente vint'uma décadas para ter, nessa mesma palma, a nova edição do gibi d'As Garotas Lunares. (São tempos difíceis, irmão. Tempos difíceis...!)

Nossas conversas são assim: sempre acabam num rumo inesperado. E é por isso que não há forma melhor de comemorar o meu aniversário… Com meus dois amigos idiotas que sempre melhoram qualquer ocasião.

Eles estão de volta, crescidos e amadurecidos (até parece…), envoltos no bolor das responsabilidades e com um novo Manual totalmente reformado: vem aí — Manual “Tu traiu o movimento punk, véio! Quer dizer… A gente virou adulto, né?”, carinhosamente abreviado como TTOMPVQDAGVAN! Esses cinco rapazes irão te ajudar a como sobreviver à Vid’Adulta… ou talvez não.

Sol'yaya explodirá de tanto amor, supermassiva, que sente por Minhyuk e seus demais companheiros, e os tomará às suas terras solares. É cíclico!
Por enquanto, Minhyuk se permite apenas em sorrir e ansiosamente esperar, amando-a com furor.

Que fique claro: essa não é uma história sobre Park Sunghoon. Embora comece entre as paredes achatadas de seu quarto, cujas pistas de uma sutil mania de limpeza estão por todo lado, sem demora empurra os verdadeiros protagonistas de uma narrativa com pinceladas de romance e camadas infinitas de sarcasmo. É o diabo e seu advogado, ou, em melhores nomenclaturas, Park Jongseong e Lee Heeseung. Não há a permissão para um “Leia e descubra”, mas há a beleza do mistério: eles foram abençoados pelo mangaká que deu uma de doido e por um cacho de bananas. De resto...