Quorra_Rider

Doze anos após o fim da Guerra Maligna, os Herondale e os Lightwood, salvo Alexander, estavam vivendo em Idris com seus filhos até que estes tivessem idade suficiente para se juntarem à Academia de Caçadores de Sombras. Suas vidas não eram calmas, tampouco descomplicadas, mas, se alguém lhes perguntasse sobre o que achavam, eles responderiam que tudo estava ótimo – a guerra havia acabado, afinal, e todo tempo de paz é bem-vindo.
Mas, no mundo dos homens, se há algo que não perdura, esse é a paz, e, numa noite tempestuosa nos arredores da Cidade de Vidro, ela foi perturbada irreversivelmente, quando um bem valioso foi levado embora e um jogo foi proposto a seu dono.
Quem imaginaria que seria tão fácil para o inimigo tomar posse de uma arma dos Caçadores de Sombras?
E quem imaginaria que essa arma ressurgiria mais de uma década e meia depois, provando que a profecia – ou maldição – estava correta?
No Submundo correm sussurros. Dizem que a guerra foi plantada e levou quinze anos para crescer, agora vem a colheita; quem irá vencer?
O ditado diz que o que lhe pertence, se roubado, há de retornar ao dono. Mas, e quanto a seres humanos? Pertencem mesmo a alguém?
Agora, vinte e cinco anos após a guerra que Clarissa Fairchild e Jace Herondale venceram, se lhes perguntarem o que acham, eles responderão: “Não podemos pestanejar, mas se pudéssemos pedir algo, pediríamos que devolvessem o tesouro que roubaram”.
O tesouro de valor imensurável está lá fora, em algum lugar. Os heróis que conhecemos já lutaram as próprias batalhas e novos estão por vir. Depende deles – só deles – se irão impedir a guerra, vencê-la, ou apenas se tornarem mais um dos utensílios que trarão o Caos à terra.

Eu realmente achei que estava no controle. Eu achava que o fato de ninguém me conhecer bem de verdade era o suficiente para me manter segura e mantê-los longe de mim e de todos que eu conhecia. Jamais estive tão errada. É quase engraçado pensar que tudo isso começou com um pequeno desafio que despertou minha ousadia mais do que deveria e me levou a lugares onde eu nunca deveria ter pensado em pisar. Mas erros acontecem, e adolescentes entediados cometem mais erros do que os outros.
Eu nunca imaginaria que eles seriam tão rápidos ao tornar meu mundo um inferno em vida. Mas acho que não poderia se esperar menos vindo deles. O objetivo de sua existência é trazer o inferno para o mundo dos vivos. Eu sou igual quanto a meus próprios objetivos.
Acho que, no fundo, eu sempre tive conhecimento da alma de um assassino.

Quando Rafa se arrumou naquela noite, tentou não pensar na opinião do namorado sobre o vestido azul e brilhante. Tentou não pensar no que ele diria sobre o glitter nos lábios dela. Tentou não se perguntar se o delineador estava muito exagerado. Tentou não se preocupar com os cabelos cacheados enormes e com a pele caramelho que havia ficado ainda mais escura nas últimas semanas.
Não conseguiu. Então passou o tempo todo debatendo o que faria quando chegasse à praia para o Ano Novo.
Não deveria ter se preocupado tanto. Não quando a primeira coisa que o garoto fez ao vê-la foi se livrar dela e fazer questão de fazê-la se sentir mal, como se fosse ela quem estava errada na situação.
Mas ela sabia que não estava errada. Ele também não estava errado - tecnicamente. Mas estar certo não o tornava um babaca menos pior.
Era como os sábios diziam: "Se for estar certo, tudo bem. Mas vá estar certo bem longe de mim".
Lara Bianchini acabou ajudando um pouco com isso.

Você já sentiu como se fosse irrelevante?
Já teve a sensação de que era um mero fantasma perdido em um mar de pessoas reais?
Já sentiu que apenas uma pessoa é capaz de lhe trazer ao mundo real de verdade?
Percebeu que essa pessoa faz com que se sinta em pânico e feliz, voando e caindo ao mesmo tempo?
Esqueça isso.
Ilusões, é o que esses conceitos são. A cada vez que pensa que depende de alguém para existir, você existe menos.
A cada vez que você afirma ser insignificante, você se torna o que diz ser.
Tenha amigos. Não dependa deles.
Esqueça esse compromisso.

Todo leitor já se perguntou o que aconteceria se ele se encontrasse na mesma situação de um personagem ficcional. A maior parte gosta de acreditar que se daria bem porque seria melhor e mais inteligente do que o personagem original, mas outros sabem que não conseguiriam reagir diante de determinados cenários.
Eu não fazia ideia de como reagiria se me descobrisse em um universo totalmente desconhecido, mas que, ainda assim, sempre esteve bem na minha frente. Então, quando isso aconteceu, eu simplesmente agi da forma que parecia a melhor possível.
Note que eu disse "melhor", não "mais sensata".
Sensatez é o que nos afasta das melhores coisas na vida.
Eu não hesitei ao perceber que minha vida se tornou um livro. Em vez de temer a aventura, decidi vivê-la e, portanto, escrever este livro.
Meu nome é Amery e este é meu prólogo.

Lia nunca achou que fosse uma pessoa normal, até que conheceu Victor. Então teve certeza de que não era.
Depois de passar nove anos sendo tratada como uma criança esquizofrênica, Lianne Marshall não se surpreendeu tanto assim quando o Alto Feiticeiro de Woodbridge lhe contou sobre o mundo do sobrenatural. Pelo contrário, se sentiu aliviada por saber que tudo o que via era verdade. Mas não estava preparada para descobrir quem eram seus pais e por que passou quinze anos vivendo em um orfanato no interior do estado de Virgínia.
O fato é que Sam e Zack, dois caçadores de sombras, também não esperavam encontrá-la, muito menos descobrir a relação que ela tinha com os caçadores de sombras e enfrentar o fato de que ela os odiava. Mas Lia possibilitou que descobrissem outra coisa: uma verdade guardada em silêncio durante anos pelo pai de Zack, o qual ninguém nunca suspeitaria estar mentindo.
Essa é a história de um segredo, um segredo que mudará a história.

O que eu sou?
Qual o meu problema?
Por que eles não me deixam lutar?
Por que eu tenho que ser eu?
Perguntas... nossa vida está cheia de perguntas que não sabemos responder, eu vejo essas perguntas como um motivo para continuar vivendo: quero descobrir as respostas de todas elas.
Você pergunta quem eu sou? Bem, aí depende se quer saber quem eu realmente sou ou os nomes pelos quais me chamam, eu não sei quem eu sou, mas os nomes sei todos. Alguns me chamam de dama; definitivamente não sou uma. Outros me chamam de princesa; algo que não mereço.
Porém há quem me chame de família, amiga, pessoa. Mas estes títulos nunca me descreveram de verdade, a única coisa que faço é procurar ou até caçar, às vezes nem sei o que procuro, mas continuo procurando mesmo assim, é o que eu sou de verdade: Uma caçadora de estrelas.

Medo: o que minhas vítimas sentem.
Dor: o sentimento dos fracos.
Matar: o ato de retirar uma pessoa inútil do mundo
Vingança: aquilo que prova a honra de alguém que quer fazer a justiça, ato de provar que você tem o mínimo de dignidade que merece, mostrar que uma vida é valiosa demais para ser desperdiçada matando...
Isso não é um dicionário, isso é um guia mostrando o significado de certas palavras para assassinos, apenas isso. Essa também não é uma história sobre palavras, é uma história sobre como eu consegui entender o mundo de assassinos e de quem quer parar os assassinos respectivamente. Eu não sou uma assassina, mas também não quero pará-los, não sou uma vítima, mas não pude evitar cruzar o caminho de muitas vítimas, eu estou aqui para lhes mostrar... a alma de um assassino.