SingleGirl

Toda garota sonha em encontrar o príncipe encantado. Toda garota sonha em se casar, ter uma família. Toda garota, mas comigo, talvez seja diferente ultimamente. Dentro da limusine branca já podia avistar a grande igreja, que já estava marcada depois de meses. Sentia o meu coração bater cada vez mais rápido, eu me sentia cada vez mais nervosa. A limusine parou, e eu pude analisar cada detalhe daquela igreja, a igreja que eu tanto sonhei. Era impossível não se encantar com a mesma, de tão grande e bem cuidada que ela era. O motorista deu a volta no carro, abrindo a porta para mim. Ele me estendeu a mão, me ajudando a sair, levantei um pouco o vestido para não me atrapalhar para sair, e peguei na mão dele. Olhei em seus olhos –castanhos claro, que mais pareciam mel- e eu sorri agradecida para ele, que retribuiu o sorriso de prontidão, um lindo e verdadeiro sorriso. Suspirei, saindo do carro. Olhei para a entrada da igreja já preparada, era agora ou nunca, agora que eu me casaria ou talvez nunca entraria numa igreja como essa de novo.

-20 dias. -Ela falou, Justin olhou para ela, sem entender nada. -Em 20 dias, quero que você me trate, como se isso não tivesse acontecido, como éramos antes, pelo menos na frente de nossos filhos,, depois, você pode fingir que eu não existo, pode fazer o que quiser. -Anne falou decidida, e Justin olhou dentro dos olhos dela, ele assentiu com a cabeça devagar.

Em 20 dias, Anne viveu os melhores dias que ela poderia pedir. Em 20 dias, Anne pode amar novamente o homem que ela sempre amou. Em 20 dias, Justin aprendeu a amar Anne novamente. Em 20 dias, Justin foi capaz de perceber o idiota que ele fora. Em 20 dias, os dois viveram uma história de amor. Agora que os 20 dias acabaram, Justin percebeu que não importa o que pode acontecer, ele sempre vai esperar por ela.

"Eu vou me casar", a morena dos olhos esverdeados falou baixo para o homem, que paralisou no lugar. Lentamente, ele tentou encontrar os olhos dela, na esperança de ser apenas mais uma brincadeira idiota que ela sempre faz, mas era verdade. Pego de surpresa, ele apenas a olhava, tentando achar as palavras certas a serem ditas naquele momento, mas nenhuma parecia adequada o suficiente. A morena apenas o olhava, esperando uma reação melhor da qual ele estava demonstrando. Afinal de contas, ele era o seu melhor amigo, deveria ficar feliz por ela não? (...)

Já não aguentava mais, meus braços e pernas doem, eu engulo mais e mais água, meus olhos estão pesados. Essa deve ser a minha deixa…
De repente, sinto uma mão me puxando e o vento fresco perfurar minha pele, eu não consigo abrir os olhos pra saber quem me salvou. Sou levada até a areia, meu pulmão dói, não consigo respirar. Alguém tampa o meu nariz e abre minha boca, começando a “soprar” lá dentro, depois ela dá três bombeadas em meu peito. Repete isso cinco vezes, até que uma grande rajada de água passa por minha garganta e saindo por minha boca.
Agora era minha garganta que doía, e tossir desesperadamente não ajuda, começo a puxar bastante ar, quero que essa dor no peito pare. Abro os olhos, encontrando grandes esferas castanhas, o ser a minha frente era perfeito! Sua boca rosada em forma de coração, as pequenas pintinhas espalhadas por seu rosto – que era bem esculpido –, as milhões de tatuagens em seus braços e pescoço. Ele usava uma roupa vermelha de guarda-vidas, percebo que era o homem que me olhava quando eu estava na seção de fotos. O loiro da um sorriso e estranhamente meu coração acelerou e sinto borboletas em minha barriga.

As pessoas costumam reclamar da vida, sem perceber que existem pessoas piores que elas. Existem pessoas que reclamam por terem de acordar para mais um dia cansativo, enquanto do outro lado, tem pessoas que agradecem apenas por terem acordado. Existem tantas pessoas reclamando de suas vidas, sem saber que muitas vezes podem ter mais sorte que muitos.

-Para onde Srta? -O taxista, um homem com os cabelos brancos, a pele enrugada, os olhos de um tom de azul claro acinzentado, e um sorriso gentil, me perguntou depois de eu entrar no banco de trás, me olhando pelo espelho retrovisor.
-Para o aeroporto. -Falei secando as lágrimas, enquanto dava um pequeno sorriso. O gentil taxista assentiu com a cabeça, ligando o taxi. Adeus Drew, pensei enquanto olhava a enorme casa cada vez mais distante.

(...)

Adeus Justin, seja feliz meu amor.

Ela é estranha, não a conheço apenas sei seu nome. Ninguém parece conhece-la, quando a vejo, ela sempre está só. Mas ela parece tão perfeita, delicada, nunca a vejo sorrir... Ela é misteriosa, não dá bola para nenhum garoto, sempre que o sinal soa, a vejo ir para a porta da escola, ninguém a busca, mas ela è rápida o bastante, eu nunca a consigo a seguir... Só queria saber, quem és ela?