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"Não tenho uma filosofia propriamente dita.Talvez alguns princípios orientadores.Como diz Carnegie:"O homem que adquire a habilidade de tomar posse completa de sua própria mente,pode tomar posse de qualquer coisa a que tenha direito." Sou muito singular,ambicioso.Gosto de controlar,a mim e a quem me cerca."

É mais que resistência.

É mais que história.

É mais que súplica.

É futuro.

Michael Kasumo é um jovem que vive em uma pequena cidade na província de Akita, norte do Japão. Acostumado ao frio, ele consegue uma bolsa na nova escola interna Shoukako School. Parte em viagem com o carro, dado pelo pai, até o internato, ao extremo sul do país. Ao mesmo tempo, Toru Hyuta, é forçado pelo pai rígido a largar sua vida baladeira e virar um homem de negócios. Do mesmo princípio parte a mãe de Asuka Meiko, que deseja a filha saia um pouco da internet e de seus jogos online favoritos e tenha mais amigos.

E esses três começam aqui, cada um com um estilo de vida.

Em 31 de março de 1964, inicia-se um dos períodos mais violento, autoritário e angustiante da história do Brasil: A Ditadura Militar, colocando o fim na Quarta República. Entre crimes aos direitos humanos, falta de liberdade de expressão, violência e uma busca incessante por resultados econômicos e não mais humanitários e políticos, vivia Iracema de Carvalho Araújo.
Iracema é uma criança de 11 anos e encontrou a morte 1 vez: saiu suficientemente viva desta situação. A morte, de tão impressionada acabou por pegar uma velha máquina de escrever e pressionando seus dedos gélidos de ossos contra as teclas, teve o tempo de escrever esta história.
Assim, sendo filha da professora e militante política Lúcia Emília de Carvalho Araújo, Iracema e sua mãe moravam na zona oeste de Pernambuco, na avenida Tapajós, Vila Tamandaré.
Iracema é uma garota curiosa e leva como um grande exemplo a sua mãe, pois vê a mesma com olhos de quem vê um herói: Lúcia dava aulas para alunos do ensino fundamental, filhos dos lavradores e moradores de periferia. Filha de professora, é jeitosa e inconformada: pergunta sobre tudo, este era o grande problema (para os grandes vestidos de ternos chiques e requintados), mas também sua salvação (para a prole de gado humano, os miseráveis).
Iracema, menina brasileira e inconformada, não teve facilidade em entender porquê podemos falar algumas coisas em pública e outras não, encontrou sua dificuldade em esconder seus pensamentos enquanto marcava em mente a fala recorrente de sua mãe "Não, Iracema! Esses assuntos na rua, não! Os ternos e os camisas camufladas podem ouvir!". Iracema só tinha duas certezas, uma: os ternos e os camuflados não eram caras legais, e duas: ela gostaria de mostrar a língua para aqueles caras, que não deixam ela falar o que quiser na rua.
E foram estas vertentes e filosofias comuns que norteavam a vida de Iracema: mal ela sabia, que perderia quatro coisas: seu melhor amigo, sua mãe, seu nome e por último, de tudo que poderia pensar: perderia seus próprios pensamentos para dois invasores "camuflados" encapuzados naquela trágica noite, semanas depois após o golpe militar. O que sobrou de Iracema?